Pará deve registrar 820 casos de câncer de colo de útero

Estimativa para 2016 no Estado faz parte de relatório do Instituto Nacional do Câncer

por Raiany Pinheiro seg, 27/06/2016 - 11:45
Divulgação Exames em dia ajudam na prevenção ao câncer de colo de útero Divulgação

Segundo relatório divulgado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Estado do Pará deve registrar mais de 820 novos casos de câncer do colo do útero até o final deste ano - 260 deles somente na capital, Belém.

De acordo com informações do Instituto, no ano passado, o Estado registrou 311 mortes por esse tipo de câncer, o que mais mata entre mulheres, mas a doença pode ser evitada se for tratada a tempo. 

Segundo informações da Agência Pará, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) criou no ano passado, para a prevenção e diagnóstico precoce da doença, o Núcleo de Apoio à Gestão na Atenção à Mulher no Controle do Câncer do Colo do Útero e Mama (Nagam). O objetivo é trabalhar para estimular as mulheres a fazer o exame preventivo todos os anos.

No Pará, os exames são feitos nos municípios pelas unidades de saúde e encaminhados ao Laboratório Central do Estado (Lacen), em Belém. Depois da análise, o laboratório encaminha os resultados aos municípios de origem, onde eles são avaliados por profissionais de saúde. 

Tempo - A coordenadora do Nagam, Nazaré Falcão, falou sobre o problema enfrentado na prevenção do câncer no Pará. “O problema no Estado é que a mulher chega tardiamente às unidades de saúde. Elas só procuram atendimento quando estão sangrando, ou seja, quando já estão com o câncer invasor, que evolui durante sete ou oito anos. O ideal seria que todas as mulheres fizessem a partir dos 25 anos o exame de Papanicolau anualmente”, disse.

Ano passado, 276 mulheres fizeram tratamento para o câncer não se desenvolver. É realizada uma cirurgia para a retirada da área afetada. O tratamento dura de um a dois anos, com 90% de possibilidade de cura. Os 10% restantes são decorrentes de negligência durante o tratamento. 

A recomendação do Ministério da Saúde é de que todas as mulheres de 25 a 64 anos façam parte do atendimento de saúde básica dos municípios e o exame preventivo do câncer do colo do útero anualmente.

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