Ibovespa encerra pregão em alta de 1,18%
No exterior, a perspectiva de que os níveis de petróleo estarão abaixo do previsto elevaram as cotações
O bom desempenho dos principais mercados acionários globais em um ambiente doméstico sem notícias relevantes abriu espaço para que o Ibovespa retomasse nesta quarta-feira, 29, o patamar dos 78 mil pontos - que havia sido perdido na sessão de 15 de agosto. Contribuiu para a alta do índice a valorização dos papéis da Petrobras, que foi amparada nos ganhos dos contratos futuros de petróleo no exterior.
Após oscilar cerca de 1.400 pontos, o índice Bovespa fechou aos 78.388,83 pontos, com ganho de 1,18%. Com isso, conseguiu reduzir as perdas em agosto para 1,05%.
Especialistas em renda variável dizem que o giro financeiro baixo (R$ 8,7 bilhões no pregão de hoje) dá o indicativo de que as altas não são uma tendência para o mercado acionário local, ao menos para os próximos 60 dias.
Ultimamente, diz um analista, é o investidor estrangeiro que tem visto oportunidades em determinados papéis ao analisar o cenário macroeconômico e os fundamentos do país no longo prazo. "Isso gera uma porta de entrada, ainda mais porque, neste momento, a Bolsa está 10% mais barata para ele", afirma. "Mas o que preocupa ainda é a confiança que vem das incertezas eleitorais, que é uma questão mais conjuntural."
Lá fora, a divulgação de dados de uma economia mais forte dos Estados Unidos trouxe uma leitura de que, se o país está crescendo sozinho, existe uma perspectiva de que, talvez, no médio prazo, a tensão comercial se reduza e o governo americano se retraia em relação às ações contra outros países.
Ainda no exterior, a perspectiva de que os níveis de petróleo estarão abaixo do previsto elevaram as cotações e isso ajudou por aqui.
Entre as blue chips, destaque para as ações da Petrobras, que fecharam a sessão com ganhos de 5,07% (PN) e 4,38% (ON). O bloco financeiro, que tem peso significativo na carteira teórica, também apontou altas com Banco do Brasil ON (2,47%), Units do Santander (3,17%), Itaú Unibanco (1,64%) e Bradesco (1,21%). Entre as estatais, Eletrobras ON ganhou 8,86%.