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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou estar otimista tanto em relação ao avanço das pautas econômicas no Congresso, quanto ao desempenho da economia brasileira neste primeiro ano de governo. "Se a política se arrumar, a economia vai andar", disse, ao comentar a melhora na perspectiva de rating da S&P Global para o Brasil.

Haddad vem mantendo intensa agenda de reuniões com parlamentares e disse estar otimista com o andamento do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária. O ministro disse que, apesar de serem temas delicados, vê boa vontade dos parlamentares em dialogar, e que a mudança na perspectiva de rating colabora para esse processo.

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"Esses resultados estimulam o Congresso a participar das decisões, colocar a agenda para frente, o que vai criando um ambiente institucional favorável para o Brasil", afirmou. Ele também destacou a designação de um relator para o Projeto de Lei para a retomada do voto de qualidade do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), o deputado Beto Pereira (PSDB-MS), com quem já se reuniu para discutir um eventual substitutivo em linha com o acordo firmado com a OAB anteriormente.

Questionado sobre acreditar que o Brasil crescerá mais de 2% neste ano, Haddad afirmou que defende isso desde o início de 2023. "Desde janeiro eu dizia que o crescimento vai ficar em torno de 2% e inflação abaixo de 5,5%", disse.

O ministro também destacou que já há bancos projetando o IPCA inferior a 5,5% em 2023, mesmo com as reonerações promovidas pelo governo, como a retomada da cobrança das alíquotas de tributos federais que incidem sobre combustíveis. A meta de inflação para 2023 é de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto porcentual para cima ou para baixo.

Cientistas pesquisadores de células-tronco dizem ter criado "embriões sintéticos" sem usar espermatozoides, óvulos ou fertilização pela primeira vez, mas a perspectiva de usar essa técnica no desenvolvimento de órgãos humanos para transplante permanece distante e polêmica.

"Os embriões sintéticos se formaram sozinhos, a partir de células-tronco colocadas fora do útero", resume este trabalho publicado esta semana na Cell, uma das maiores revistas científicas de biologia.

O experimento foi realizado em camundongos em um laboratório israelense, sob a direção do palestino Jacob Hanna, e teve sucesso sem precedentes, em um campo de pesquisa que surgiu há alguns anos.

Trata-se de desenvolver estruturas próximas ao embrião em laboratório, extrair células simples de um animal e agir sobre elas sem nenhum procedimento de fertilização.

O último grande avanço nesta matéria remonta a 2018. Na época, os pesquisadores - liderados pelo francês Nicolas Rivron - conseguiram fazer com que as células-tronco se desenvolvessem em um conjunto semelhante a um embrião muito precoce, um "blastocisto". Mas, neste ponto, as células do embrião não são diferentes das que formariam uma futura placenta.

- "Esboços de órgãos" -

A equipe de Jacob Hanna foi mais longe. Desenvolveu estruturas semelhantes a um embrião de camundongo de oito dias, ou seja, um terço da gestação, e em um momento em que os órgãos começam a se diferenciar.

Para fazer isso, os pesquisadores extraíram células da pele dos camundongos e depois as reverteram artificialmente ao estado de células-tronco, capazes de se diferenciar em diferentes órgãos. Elas foram colocadas em um banho de nutrientes, constantemente agitadas e alimentadas com oxigênio para reproduzir o mais próximo possível as condições de um útero materno.

Como resultado, uma pequena parte das células se organizaram, a partir de informações próprias, para formar órgãos. É um avanço nunca visto, mas não se trata da descoberta da vida artificial.

Na maioria dos casos, a experiência não deu certo e, mesmo quando foi bem-sucedida, o resultado foi um conjunto malformado demais para ser confundido com um embrião verdadeiro.

Alguns cientistas nem mesmo aprovam o termo "embrião sintético". "Não são embriões", declara o pesquisador francês Laurent David, especialista em desenvolvimento de células-tronco. "Até que se prove o contrário, eles não produzem um indivíduo viável capaz de se reproduzir", diz.

O pesquisador, que prefere o termo 'embrioides', destaca que eles apresentam apenas "esboços" de órgãos. No entanto, elogia o trabalho "novo e muito atraente", com potencial para realizar experimentos para entender melhor como os órgãos se desenvolvem.

- Alguma esperança para o transplante? -

Esses experimentos são cruciais para que as células-tronco possam um dia se desenvolver e formar membros que possam ser transplantados sem ter que precisar retirá-los de um doador. Não é mais apenas uma possibilidade teórica.

Vários anos atrás, pesquisadores conseguiram desenvolver um intestino artificial em laboratório que funcionou uma vez implantado em um camundongo. Em humanos, essa perspectiva continua sendo ficção científica, embora Jacob Hanna acredite que sua pesquisa abre caminho diretamente para esse avanço. E, para isso, fundou uma startup, a Renewal.

Outros investigadores consideram que ainda é cedo para pensar em avanços terapêuticos, embora admitam que esta investigação constitui um tijolo importante nesta construção. Mas alertam que o próximo passo lógico será obter resultados semelhantes a partir de células humanas, abrindo caminho para questões éticas sobre o status que deve ser dado a esses "embrioides".

"Embora ainda estejamos longe da perspectiva dos embriões humanos sintéticos, será fundamental realizar amplos debates sobre as implicações legais e éticas dessa pesquisa", resume o pesquisador britânico James Briscoe, especialista em desenvolvimento embrionário do Science Media Center.

Quase uma em cada nove pessoas sofreu de desnutrição crônica em 2019, uma proporção que deve se agravar com a pandemia de Covid-19 - aponta um relatório anual da ONU divulgado nesta segunda-feira (13).

De acordo com as últimas estimativas, no ano passado, a fome afetava quase 690 milhões de pessoas, ou seja, 8,9% da população mundial, relata o documento da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), redigido com a colaboração do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Programa Mundial de Alimentos e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Isso representa 10 milhões de pessoas a mais que em 2018 e 60 milhões a mais que em 2014.

"Se a tendência continuar, estimamos que, até 2030, esse número excederá 840 milhões de pessoas. Isso significa claramente que o objetivo (erradicar a fome até 2030, estabelecido pela ONU em 2015) não está no caminho certo", declarou à AFP Thibault Meilland, analista de políticas da FAO.

E isso sem contar o choque econômico e de saúde provocado pela pandemia de COVID-19, que causou perda de renda, aumento dos preços dos alimentos, interrupção das cadeias de suprimentos, etc.

Segundo o relatório, é provável que a recessão global causada pelo novo coronavírus leve à fome entre 83 e 132 milhões de pessoas a mais.

"Ainda são hipóteses relativamente conservadoras, a situação está evoluindo", observa Meilland.

A estimativa de subnutrição no mundo é muito menor do que nas edições anteriores: o relatório do ano passado mencionou mais de 820 milhões de pessoas com fome. Mas os números não podem ser comparados: a integração de dados recentemente acessíveis - em particular de pesquisas realizadas pela China em residências no país - levou à revisão de todas as estimativas desde 2000.

"Isso não é uma queda (no número de pessoas que sofrem de desnutrição), é uma revisão. Tudo foi recalculado com base nesses novos números", insiste Meilland.

"Como a China representa um quinto da população mundial, esta atualização tem consequências importantes para os números globais", aponta o analista da FAO.

"Mesmo que o número global seja inferior, a constatação de um aumento da desnutrição desde 2014 se confirma", acrescenta.

- Custo da má alimentação -

Entre os pontos de melhoria, a prevalência de atraso de crescimento entre crianças de cinco anos caiu um terço entre 2000 e 2019, com cerca de 21% das crianças afetadas em todo o mundo. Mais de 90% delas vivem na Ásia ou na África.

Além da desnutrição, o relatório aponta que um número crescente de pessoas "teve que reduzir a quantidade e a qualidade dos alimentos que consome".

Assim, dois bilhões de pessoas sofrem de "insegurança alimentar", ou seja, não têm acesso regular a alimentos nutritivos em qualidade e quantidade suficientes, indica.

São ainda mais numerosos (3 bilhões) aqueles que não têm meios para manter uma dieta considerada equilibrada, com, em particular, ingestão suficiente de frutas e legumes.

"Em média, uma dieta saudável custa cinco vezes mais do que uma dieta que só atende às necessidades de energia com alimentos ricos em amido", diz Meilland.

Desta forma, a obesidade está aumentando tanto em adultos quanto em crianças.

As agências especializadas da ONU estimam que, se os padrões de consumo de alimentos não mudarem, seu impacto nos custos diretos de assistência médica e na perda de produtividade econômica deve atingir 1,3 trilhão de dólares por ano até 2030.

Há cinco séculos que a Igreja Católica domina a preferência religiosa no Brasil. No entanto, segundo pesquisa do Datafolha, o número de evangélicos (30%) tem se aproximado do número de católicos (50%). Espíritas (3%), adeptos das religiões afro-brasileiras (2%), outras religiões (2%), ateus (1%) e judaica (0,3%) são as religiões que aparecem em seguida. Se juntar todos esses números, além dos evangélicos e católicos, não chega nos 10% das pessoas que dizem não ter religião alguma.

À Folha de São Paulo, o pesquisador em demografia José Eustáquio Alves revela que até 2032 o número de evangélicos pode superar o de católicos no Brasil, já que anualmente, desde 1991, os católicos caíram 1% ao ano, enquanto os evangélicos cresciam 0,7%. 

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A projeção feita pelo pesquisador é que em 2032, a religião evangélica seja a realidade de 39,8% da população, enquanto os católicos se resumiriam a 38,6% da população. "Não sei se este crescimento vai continuar. Não existe nenhum determinismo nesta questão, mas é uma possibilidade que está aberta e os evangélicos podem, sim, ser maioria absoluta lá pelos idos de 2050. O futuro dirá?", indaga José Eustáquio.

O bom desempenho dos principais mercados acionários globais em um ambiente doméstico sem notícias relevantes abriu espaço para que o Ibovespa retomasse nesta quarta-feira, 29, o patamar dos 78 mil pontos - que havia sido perdido na sessão de 15 de agosto. Contribuiu para a alta do índice a valorização dos papéis da Petrobras, que foi amparada nos ganhos dos contratos futuros de petróleo no exterior.

Após oscilar cerca de 1.400 pontos, o índice Bovespa fechou aos 78.388,83 pontos, com ganho de 1,18%. Com isso, conseguiu reduzir as perdas em agosto para 1,05%.

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Especialistas em renda variável dizem que o giro financeiro baixo (R$ 8,7 bilhões no pregão de hoje) dá o indicativo de que as altas não são uma tendência para o mercado acionário local, ao menos para os próximos 60 dias.

Ultimamente, diz um analista, é o investidor estrangeiro que tem visto oportunidades em determinados papéis ao analisar o cenário macroeconômico e os fundamentos do país no longo prazo. "Isso gera uma porta de entrada, ainda mais porque, neste momento, a Bolsa está 10% mais barata para ele", afirma. "Mas o que preocupa ainda é a confiança que vem das incertezas eleitorais, que é uma questão mais conjuntural."

Lá fora, a divulgação de dados de uma economia mais forte dos Estados Unidos trouxe uma leitura de que, se o país está crescendo sozinho, existe uma perspectiva de que, talvez, no médio prazo, a tensão comercial se reduza e o governo americano se retraia em relação às ações contra outros países.

Ainda no exterior, a perspectiva de que os níveis de petróleo estarão abaixo do previsto elevaram as cotações e isso ajudou por aqui.

Entre as blue chips, destaque para as ações da Petrobras, que fecharam a sessão com ganhos de 5,07% (PN) e 4,38% (ON). O bloco financeiro, que tem peso significativo na carteira teórica, também apontou altas com Banco do Brasil ON (2,47%), Units do Santander (3,17%), Itaú Unibanco (1,64%) e Bradesco (1,21%). Entre as estatais, Eletrobras ON ganhou 8,86%.

Brenda e Breno reunidos com o pai para comemorar esse dia especial. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

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O Dia dos Pais, sempre comemorado no segundo domingo do mês de agosto, mesmo sendo uma data comercial, vem ganhando a cada ano uma importância afetiva para os papais, seus filhos e para a família. No centro do Recife, capital pernambucana, nos deparamos com alguns que, mesmo tendo que pagar pelos presentes dados pelos filhos, acham a simbologia algo muito importante, principalmente quando o filho não convive mais com ele, como é o caso do papai José Luciano Firmino da Silva, de 62 anos. “Amanhã (12) é Dia dos Pais, mas quem está comprando o presente sou eu”, relata Luciano.  

O seu filho mais velho, Jeferson Breno, 21, não mora mais na casa da família. Independente, ele trabalha atualmente como garçom e nesta véspera vai aproveitar a folga para curtir o pai. “Ele é um pai massa. O filho sempre tem que estar do lado, ?! Para proteger”, exclama o jovem. José Luciano também é pai de Brenda Vitória, de 16 anos.   

Numa loja de calçados, se auto presenteando, encontramos Walter José, 52. Ele é pai de Elizabete da Silva, de 22 anos, que acredita estar fazendo uma surpresa para presenteá-lo e “não deixar essa data passar batido”. Já Silas da Silva Ramos, 47, diz estar muito feliz por essa data que para ele mostra a importância dos pais. São três presentes de três filhos diferentes: Tiago, Aline e Camila da Silva. “É uma data que eles aproveitam para se aproximar mais de mim e demonstrar o amor deles”, relata Silas.  

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Há uma perspectiva muito grande para a movimentação do comércio. Segundo Cid Lobo Mendonça, representante da Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL), “estamos registrando um crescimento moderado, mas a gente acredita que vai ter um aumento de 2% a 3% em comparação ao mesmo período do ano passado (2017)”, reforça Cid Lobo.

O representante da CDL Recife pontua ainda que a liberação de recursos trabalhistas como o PIS/PASEP e o FGTS auxiliam para o crescimento da movimentação do comércio. “A inflação está muito baixa. Houve um recuo (da economia) devido a paralisação dos caminhoneiros, mas o comércio está cheio de ofertas com muitas coisas que não foram vendidas justamente no período da greve”, salienta Cid, que acredita que as coisas só não estão melhores devido ao número de desempregados.   

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Brasil, 2038. As imagens de torneiras e bocas secas, desertos imensos, conflitos por água povoam o imaginário de um futuro distópico, bem assustador para quem o considera como cenário possível. Como em filmes e seriados de TV em que grupos disputam à bala o poder de um poço profundo, 2038, também, marcará o centenário de Vidas Secas, obra de Graciliano Ramos que se inspirou na seca dos anos 1930 para contar uma história de ficção. Trata-se de uma família vagando pela caatinga em busca de sobrevivência. As lembranças daquele desastre (e de tantos outros, como o da seca de 1877) podem ficar no passado se, em um país que concentra nada menos do que 13% da água doce do mundo, a gestão de recursos hídricos se der de maneira adequada.

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Neste sentido, entre as preocupações, figuram o crescimento desordenado das áreas urbanas, a falta de planejamento, a poluição e as alterações climáticas cada vez mais recorrentes. Porém, segundo especialistas ouvidos pela reportagem, há também muitas razões de otimismo diante das lições aprendidas, dos avanços sociais e da evolução das tecnologias.

O coordenador do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (Ivig), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), Marcos Freitas, lembra que no início do século 21, fez um prognóstico da crise hídrica pela qual passariam grandes centros urbanos nesta década. Ele, que é professor da pós-graduação e já foi diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), costuma propor uma reflexão para os alunos na disciplina de Vulnerabilidade Hidrológica: “A primeira coisa que eu faço com eles é mostrar que a água é um bem finito, embora seja renovável. Mas a população cresce”.

Com base nisso, entende que o cenário do semiárido tende a ser, curiosamente, de menor preocupação no futuro. “Do ponto de vista climático, as mudanças foram muito pequenas nesta região se recordarmos o que era o semiárido na década de 1930. São quatro meses de chuvas para oito meses de seca. Há de se considerar, ainda, o crescimento populacional no semiárido e mais pressão por recursos hídricos”, pondera. No entanto, alguns passos importantes foram dados. “No semiárido, só dois rios são perenes: São Francisco e o Parnaíba. Nesse passado, grande parte desse território não tinha água o suficiente, o que provocou o esforço migratório, que foi a solução da época”, lembra.

A situação começou a mudar, de acordo com o especialista, na década de 1960 com investimentos em infraestrutura, e a construção de barragens para guardar água, inclusive para construção de hidrelétricas. “Em 1938, seria muito difícil imaginar um avião levando frutas de altíssima qualidade de Petrolina (PE), em meio ao sertão, por exemplo, para o exterior. Hoje, trata-se de um sucesso consagrado nessa agricultura que aproveitou o clima mediterrâneo, com solos de boa qualidade e restrição hídrica”, aponta o professor. “A tecnologia foi melhorando e o desenvolvimento é bastante interessante. E isso era impossível para Graciliano Ramos prever”, complementa.

Marcos Freitas acrescenta que a região conhecida como “Matopiba” (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) já produz mais grãos do que o Sudeste. “A minha perspectiva para o Nordeste é mais positiva do que no Sudeste. O que não está sendo resolvida na velocidade adequada é a poluição das bacias da região”, alerta.

*Colaborou Priscila Ferreira

O Ibovespa acompanhou a queda de seus pares em Nova York, porém, em ritmo um pouco mais contido. Segundo analistas, a correção é menos acentuada dos ganhos que acumulou no primeiro mês de 2018 porque ainda há motivos que dão sustentação às perspectivas mais otimistas na cena doméstica, muito embora assuntos como a reforma da Previdência estejam parcialmente precificados.

Perto do fechamento da sessão, o índice à vista da Bolsa brasileira acompanhou uma sequência forte de mínimas em Wall Street e perdeu, inclusive, o patamar dos 82 mil pontos. O índice fechou esta segunda-feira, 5, em baixa de 2,59%, aos 81.861,08 mil pontos, na mínima do dia. Ainda assim, neste ano, o Ibovespa acumula ganhos de 7,15%.

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"Vamos acompanhar a tendência das bolsas americanas, em baixa ou alta, mas a magnitude vai ser diferente", disse Raphael Figueredo, analista da Eleven Financial. Segundo ele, o mercado acionário dos Estados Unidos passa por um processo de desalavancagem e isso acaba contaminando globalmente.

Para o Brasil, no entanto, ele diz que esse efeito é menor uma vez que o Ibovespa não acompanhou todo o ciclo de alta do mercado americano e, também agora, não deve seguir em todo o ajuste.

Fabricio Stagliano, analista-chefe da Walpires Corretora, complementa afirmando que o recuo é limitado também pela expectativa sobre a cena doméstica, que ainda é positiva e diante da safra de bons resultados nos balanços que estão sendo divulgados.

Para os dois analistas, a cena doméstica contou pouco nesta segunda. Com a agenda vazia de notícias mais relevantes, as declarações de integrantes do governo e de políticos em torno do andamento da Reforma da Previdência foram monitorados. "Ainda estamos diante das mesmas notícias e essa falta de novidade corrobora para um cenário negativo", ressaltou Figueredo, que acredita que o tema ganhe fôlego e impacto no mercado após o carnaval - para quando foi marcada a discussão na Câmara da proposta.

As blue chips, preferidas dos estrangeiros, sofreram na sessão desta segunda. As ações ON e PN da Petrobras foram impactadas pela forte queda das cotações do petróleo no mercado futuro e encerraram em baixa de 4,50% e 4,66%, respectivamente. No setor financeiro, os recuos mais fortes foram notados nas units do Santander (4,07%), Itaú Unibanco PN (3,51%) e Banco do Brasil (2,98%).

O governo da Alemanha elevou ligeiramente sua projeção de crescimento econômico para este ano, afirmando que a maior economia da Europa está crescendo com firmeza.

A economia alemã deverá expandir 1,5% este ano e 1,6% em 2018, segundo a ministra da Economia, Brigitte Zypries. Em janeiro, o governo projetou crescimento de 1,4% em 2017.

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Segundo a ministra, a economia alemã está mantendo uma sólida trajetória de crescimento apesar das incertezas globais, com criação de empregos saudáveis que apoiam a demanda doméstica.

Os partidos conservadores da chanceler Angela Merkel esperam se beneficiar do forte histórico econômico do país nas eleições no mês de setembro.

A consultoria alemã DIW disse nesta quarta-feira que também está otimista sobre as perspectivas de crescimento da Alemanha, apontando para as sólidas encomendas às empresas industriais da Alemanha. "A produção industrial tem crescido notavelmente desde o começo do ano e o sentimento de negócios é extremamente bom", disse o economista Ferdinand Fichtner da DIW. Fonte: Dow Jones Newswires.

Nesta segunda-feira (26), foi transmitido o primeiro capítulo de Velho Chico sem Domingos Montagner. Nas cenas da novela, os telespectadores viram os acontecimentos por meio da perspectiva do personagem Santo, interpretado por Montagner, por meio do uso de uma câmera subjetiva. Nas redes sociais, os internautas se emocionaram com o recurso utilizado pela Rede Globo para manter viva a existência do protagonista.

“Lindas e delicadas”, classificou uma internauta, após dizer que estava emocionada com as cenas exibidas pela perspectiva do personagem. Outros telespectadores também celebraram a homenagem feita ao ator. “Que cenas lindas, que ideia linda, que homenagem linda”, publicou um internauta, no Twitter.

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Domingos Montagner morreu afogado no Rio São Francisco, no último dia 15 de setembro. A morte repentina do protagonista de Velho Chico pegou todos de surpresa e causou grande comoção nacional.

Confira a primeira cena por meio da perspectiva de Santo:

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Veja, também, reações de alguns internautas com as cenas:

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Desde que a deterioração no mercado de trabalho começou, como consequência da crise econômica e política, o País ganhou 5,397 milhões de desempregados, de acordo com os dados da Pnad Contínua, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Os indicadores começam a piorar na virada de 2013 para 2014, mas o mercado de trabalho demora mais um pouco a reagir à virada nos indicadores de atividade", lembrou Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da Nova Futura CTVM, responsável pelo cálculo no saldo de desempregados.

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Silveira ressalta que o crescimento na fila do desemprego começa em novembro de 2014 e desde então avança a galopes. "A partir daí, a desocupação sobe todo mês. Não tem refresco, é uma subida só", disse.

Da mesma forma que o mercado de trabalho demorou a demitir quando a atividade econômica começou a falhar, o emprego também deve levar um tempo antes de reagir quando o Produto Interno Bruto (PIB) do País enfim começar a se recuperar. "O mercado de trabalho deve começar a se estabilizar no primeiro trimestre do ano que vem", previu Silveira.

Ainda mais cético, Mauricio Nakahodo, economista do MUFG (Mitsubishi UFJ Financial Group), dono do Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ Brasil, estima que a estabilização só comece no segundo semestre de 2017. "No final do ano que vem a taxa de desemprego começa a recuar", disse Nakahodo.

Prazo

O consenso entre analistas, no geral, é que a taxa de desemprego piore pelo menos até o fim do ano. O resultado de 11,6% registrado no trimestre encerrado em julho já poderia ter sido mais agudo, não fosse a realização dos Jogos Olímpicos no Rio. É provável que a competição tenha ajudado a manter empregos na região.

O resultado do impacto do evento sobre o mercado de trabalho, entretanto, só poderá ser medido em novembro, quando a taxa de desocupação estará livre de possíveis influências da Rio 2016, afirmou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE. "A situação do Rio pode estar menos favorável do que está apresentando", disse.

O pesquisador lembrou que, ao retirar "esse ruído" sobre a taxa de desemprego, pode ser que o resultado mude não apenas na região beneficiada pelo evento, mas também o resultado nacional, "porque o Rio tem peso (relevante) na pesquisa."

Os dados de desemprego continuarão ruins, refletindo no mercado de trabalho a desaceleração econômica, afirmou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito. Segundo ele, o PIB brasileiro do segundo trimestre até poderá vir um pouco melhor, mas o emprego e a renda continuarão a enfrentar ajustes. "Esse é o objetivo da política econômica e está tendo êxito", disse o economista.

Perfeito espera que o PIB, que será divulgado nesta quarta-feira, 31, pelo IBGE, encerre o segundo trimestre com crescimento de 0,6% em relação ao primeiro trimestre do ano. "Estou mais otimista que meus colegas economistas, porque a indústria veio bem no trimestre e porque a balança comercial também veio bem", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O setor de média baixa intensidade - que inclui produtos de borracha, metálicos, não metálicos, entre outros - tem sido a exceção no processo de recuperação da indústria brasileira.

O patamar da queda continua similar ao verificado no período mais intenso da crise. No trimestre encerrado em junho, o recuo foi de 10,4% ante o mesmo período do ano passado. "A indústria de média baixa segue andando de lado", afirma Rafael Cagnin, economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

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Essa fatia da indústria sofre com a baixa demanda por produtos metálicos - resultado da crise do setor automobilístico e da construção civil - e pelo excesso de produção em siderurgia no mundo, o que dificulta o caminho das exportações para aliviar o mau momento do mercado brasileiro.

"O setor de média baixa tecnologia ainda enfrenta as dificuldades do setor de petróleo e combustível. Ele não sente só o efeito da crise, mas também as questões envolvendo a Petrobrás", diz o economista do Iedi.

Sem recuperação

Embora o cenário comece a melhorar para a indústria de forma geral, um crescimento da produção industrial só deverá ser observado no ano que vem. De acordo com os analistas consultados pelo relatório do Focus, do Banco Central, a expectativa para a produção industrial é de uma alta de 1,05% em 2017. Neste ano, os economistas estimam uma retração de 5,95%.

"Se vier uma recuperação, ela deve ocorrer em 2017. Estamos num momento delicado. Possíveis reversões dessa trajetória de recuperação podem ocorrer", afirma Cagnin.

Um dos pontos de incerteza da indústria nacional é o patamar do câmbio por causa da recente a valorização do real. Neste ano, a moeda americana já recuou 17,4% ante a brasileira.

No ano passado, a forte desvalorização do real tornou a indústria brasileira mais competitiva no exterior e reduziu o ritmo de importações, o que beneficiou duplamente os produtores nacionais.

"Com o câmbio a R$ 3,50, a perspectiva era de uma melhora imediata. O real desvalorizado ajudou na substituição de importação de 300, 350 mil toneladas no setor têxtil e algo em torno de 400 e 450 milhões de peças de vestuário", afirma Rafael Cervone, presidente da Associação Brasileira de Indústria Têxtil(Abit).

"Se conseguimos mexer com questões mais estruturantes, como a modernização da legislação trabalhista e avançar nos acordos comerciais, rapidamente o cenário pode e os investimentos serão retomados", afirma Cervone. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma perspectiva diferente. Essa foi a proposta dos fotógrafos Paulo Sultanum e José Afonso Júnior, com o livro Pernambuco Correia Virada, que mostra os diferentes usos das bikes. Sultanum desenvolveu um registro do uso das bikes em Pernambuco explorando, nos eixos plástico e documental, a apropriação popular, a relação dos usuários com o ambiente, a cidade, o trabalho, a família, o dia-a-dia. A publicação será lançada no dia 22 de setembro, às 19h, no Porto Mídia, no Porto Digital, no Recife Antigo.

O livro documenta a rotina de personagens desconhecidos e dos diferentes usos para a bicicleta. As fotos foram feitas entre os anos 2010 e 2011 nas cidades do Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Camocim de São Félix, Moreno, Nazaré da Mata, Paudalho, Vitória de Santo Antão, Carpina, Camaragibe, Abreu e Lima, Sairé e Bezerros.

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Pernambuco Correia Virada convida o leitor a uma viagem colorida na vida de anônimos. “Por personagens aqui, não me refiro apenas às pessoas que se permitiram fotografar, mas as próprias bicicletas e às histórias que elas carregam”, observa Paulo Sultanum. O resultado dessa experiência foi condensado num projeto gráfico delicado e, ao mesmo tempo, arrojado que traduz a experiência que o pesquisador vivenciou ao longo de dois anos. “É uma história com começo, meio e fim. As bikes vão do apogeu à decadência e renascem”, brinca.

José Afonso Júnior explica que a bicicleta não é só um meio de transporte. “Assim como um clique após o outro, que não só registra o mundo, mas revela muito a respeito de quem fotografa; pedalada após pedalada, o que a bicicleta carrega sobre duas rodas não é apenas o seu dono. Na junção de duas pernas, dois braços, dois olhos, um quadro, pedais e guidão, temos o ciclo do usuário traduzido em forma de correia: uma correia virada” complementa.

Serviço

Lançamento do livro Pernambuco Correia Virada, Paulo Sultanum (fotos) e José Afonso Júnior (curadoria)

22 de setembro | 19h

Portomídia – Porto Digital (Av. Cais do Apolo, 222 - Bairro do Recife - CEP 50030-230, Recife/PE – Brasil)

Como é de costume, com a virada de ano e a posse no novo líder do poder Executivo do Estado, Paulo Câmara, incidem especulações acerca do desdobramento do cenário político e sobre a economia no âmbito nacional e local. Para falar dessas perspectivas, o Portal LeiaJá entrevistou o economista pela Universidade Federal de Campina Grande, Djalma Guimarães e a cientista político Priscila Lapa.

Segundo Djalma Guimarães é importante avaliar o cenário nacional para só então analisar a situação do Estado. “Tendo em vista que o Governo fará alguns ajustes, como a elevação da carga tributária e o aumento de impostos; é importante pontuar, que em Pernambuco, esses ajustes refletirão em uma nova estratégia política; conhecida como ‘Política de Contracionismo’, ou seja, ocorre a diminuição do fluxo de mercado, como o aumento dos juros para diminuir o ritmo de economia o que controla a inflação”, explicou.

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Em entrevista a equipe de reportagem, Djalma ainda falou quais são as perspectivas da economia para o Estado e destacou os investimentos na região. “Tomando como base o panorama nacional, no Estado em 2015, acredito que a economia ficará aquém de 2014”, alertou. Mas foi otimista: “a região só não sofrerá mais devido aos investimentos como a fábrica de automóveis e o estaleiro, por exemplo, que atuarão como multiplicadores de geração de emprego e renda”, destacou.

Devido aos tributos e ajustes do Governo, que refletirão na economia local, o especialista afirmou que o primeiro semestre será mais complicado. “Os seis primeiros meses serão de ajustes, a partir desse período, os gestores avaliarão as estratégias aplicadas sobre cargas tributárias e impostos”, destacou. Guimarães ainda alertou que “quando o governo aumenta os impostos, os produtos ficam mais onerosos e consequentemente a renda da família é reduzida, por isso todos devem ficar atentos às finanças”, concluiu.

No que tange o cenário político, conforme a avaliação da cientista política Priscila Lapa, as perspectivas são boas, porém Paulo Câmara (PSB) terá muitos desafios, entre eles estão: ponderar a coalizão política, criar um governo com a ‘cara dele’ e manter a posição de independência perante o PT e conseguir recursos federais para Pernambuco.

“Paulo Câmara conseguiu coligar vários partidos, como o PCdoB e o DEM, por exemplo, e o grande obstáculo dele será ‘atender’ a todos eles de forma igualitária e ponderada”, lembrou. A especialista ainda apontou que o pessebista está tentando mostrar independência, do PT, porém deve assumir também uma aproximação com a oposição para garantir recursos federais. Levando em consideração a oposição, Priscila ressaltou que observa um nova composição.

“Anteriormente existia a disputa de Eduardo Campos e Jarbas, para a liderança do poder do executivo. Hoje, observamos a nova formação, entre Paulo Câmara e Armando Monteiro (PTB) - opositor durante as eleições 2014 e nomeado por Dilma para assumir o Ministério do Desenvolvimento Industrial”, falou.

A cientista política avaliou o novo secretariado. “Quanto à nova equipe, observo que ele fez o quê todos em seu lugar fariam. Ele selecionou um secretariado com caráter técnico e político com experiência, como Milton Coelho e Danilo Cabral”, disse. Ainda em entrevista, Priscila reforçou que Paulo Câmara deve monitorar o seu discurso, quando retoma sempre a gestão de Campos. “Ele deve ficar atento a ‘herança Eduardista’, porque chegará o momento que ele será comparado com Campos e por isso ele precisa dar uma cara para o seu governo”, frisou.

A perspectiva para o sistema bancário brasileiro será revisada para negativo, informou, nesta terça-feira, 30, a analista sênior de bancos da agência de classificação de risco Moody's, Ceres Lisboa. Durante a conferência anual realizada pela Moody's nesta manhã em São Paulo, Ceres afirmou que a decisão se baseia no fato de que 36% dos bancos acompanhados pela agência, com 95% dos ativos, têm perspectiva de rating negativo. O relatório com essas observações será divulgado pela agência na sexta-feira, 3 de outubro.

"Nossa visão é de que o ambiente macroeconômico e operacional para os bancos continua desafiador", disse Ceres. Ele destacou ainda que há um novo ciclo de inadimplência em andamento, colocando foco nos créditos concedidos para o consumidor e para as empresas. Segundo ela, o fato de os bancos terem priorizado os créditos de menor risco deve amenizar esse novo ciclo de inadimplência. "Mas ele virá", afirmou, de "modo gradual e vai acontecer no longo prazo", observou.

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Sobre os bancos públicos, Ceres disse que existe uma tendência de crescimento na inadimplência que ainda não é explícita nos balanços. Mas que a Moody's está observando esse comportamento, principalmente porque esses bancos, para aumentar as concessões, foram para produtos e áreas nas quais não têm experiência.

Ceres afirmou ainda que a indicação de que a lucratividade e eficiência estão se deteriorando também sustenta a mudança para negativa da perspectiva para o sistema bancário brasileiro. "É importante entender que o padrão de rentabilidade dos bancos mudou e não devemos voltar aos níveis de 10 anos atrás", concluiu.

O economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, afirmou que seu cenário básico para a economia em 2015, que estima uma alta de 1,3% do PIB, com inflação de 6,4%, considera ajustes, especialmente com melhora no resultado das contas públicas. "No próximo ano, o nível de atividade estará se recuperando, mas continuará fraco", ponderou.

Ilan Goldfajn estima que o superávit primário no próximo ano deverá atingir 1,5% do PIB, pouco acima de 1,3% do produto interno bruto previsto para este ano. "Um primário de 2% do PIB leva a dívida pública para uma trajetória estável", destacou.

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"Nosso cenário principal considera área fiscal melhor, recuperação da economia e juros estáveis em 11% até o final de 2015", destacou. "De certa forma, cenário para o próximo ano é de volta à normalidade. A queda dos investimentos, como deve ocorrer em 2014, vai passar", apontou. O Itaú Unibanco prevê uma retração de 5,5% da Formação Bruta de Capital Fixo em 2014, mas deve ocorrer leve elevação de 0,3% no próximo ano.

"Com ajustes no País, deve haver aumento da oferta no Brasil nos anos seguintes a 2015", destacou Ilan Goldfajn. "Há a volta dos investimentos no próximo ano e o setor de infraestrutura vai ajudar", disse. Contudo, ele prevê um movimento gradual de evolução da FBCF, que deverá atingir a taxa de 19,5% do PIB em três ou quatro anos. "Com nossas projeções para a economia, a inflação deverá voltar à meta em 2017 ou 2018", destacou.

Goldfajn, estima que o superávit primário neste ano deverá atingir 1,3% do PIB, o que será motivado em boa parte devido a um desempenho abaixo do esperado das receitas. "Desta forma, ficará mais difícil atingir a meta de 1,9% do primário para este ano", destacou. Ele projeta que as receitas extraordinárias responderão por 0,6% do PIB neste ano, o que será quase a metade do resultado primário do setor público consolidado.

Câmbio

O economista-chefe do Itaú afirmou que o atual programa de intervenções do Banco Central no câmbio, através da realização de swaps, deverá ser mantido pelo menos até o fim do primeiro semestre de 2015. Segundo ele, tal estratégia do BC será necessária devido ao processo de normalização da política monetária nos EUA.

Ele espera que o Federal Reserve deverá começar a elevar os juros básicos da economia, que estão na faixa entre zero e 0,25% hoje, no segundo trimestre do próximo ano. Com elevações graduais de 0,25 ponto porcentual da taxa, ele espera que os fed funds deverão atingir 1,25% no final do ano que vem.

"Não se trata somente de alta de juros pelo Federal Reserve, mas inclusive numa modificação do fluxo de capitais pelo mundo, inclusive em relação aos países emergentes", destacou Goldfajn. Nesse contexto, ele espera que o câmbio no Brasil deverá atingir R$ 2,40 em dezembro deste ano e chegará a R$ 2,50 no encerramento de 2015.

Rating

As agências internacionais de rating deverão manter o rating soberano no Brasil em 2015. "Downgrade só deveria ocorrer num cenário sem ajustes da economia", destacou.

Goldfajn destacou que o próximo governo deverá debater internamente sobre questões estruturais para o País, como a adoção de uma reforma tributária parcial e como melhorar as receitas do setor público.

O ministro da Educação, Henrique Paim, afirmou nesta terça-feira, 19, em entrevista à imprensa após participação no V Fórum Estadão Brasil Competitivo, em São Paulo, que a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, deverá avançar nas pesquisas de intenção de voto quando começar a expor as conquistas do governo atual no horário eleitoral, que começou hoje.

Questionado, Paim evitou avaliar as possíveis consequências para a candidatura de Dilma da entrada de Marina na disputa presidencial. "A presidente tem todas as realizações para demonstrar no horário eleitoral, e a população vai entender que esses resultados são importantes", limitou-se.

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O ministro afirmou que a presidente deve focar as conquistas na área da educação durante a exposição dos avanços. Segundo ele, devem ser destacadas melhorias tanto na educação superior quanto na profissional.

Além de muita animação e forró para os visitantes, o São João de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, deve movimentar mais de R$ 1,5 milhão, durante os 30 dias da festa. A expectativa é de crescimento no setor de bares e restaurantes, hotéis e comércio em geral, gerando aumento nas ofertas de empregos.

De acordo com o Sindicato dos Lojistas de Caruaru (Sindloja), para este ano, é esperado um aumento de 15% nas contratações, para diversos setores, em comparação com o mesmo período do ano passado. Levando em conta a Copa do Mundo, que acontece durante o período junino.

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Já o Sindicato dos Hotéis de Caruaru (SindHotéis), informou que as reservas para o período já passaram dos 65%, entre hotéis, pousadas e motéis que são transformados em hotéis para o período. Além disso, o setor não diminuiu o número de funcionários para este período, em comparação com o ano anterior.

“A gente conta muito pelo número de empregos. Este ano o setor não demitiu para o período. O número de reservas está entre 65% e 70%, já contando com pousadas, hotéis e motéis, que viram hotéis também neste período”, informou o presidente do SindHotéis, Marcos Antônio.

Uma diária de hotel simples em Caruaru, para duas pessoas, neste período pode custar entre R$ 179 e R$ 350, dependendo da distância para o centro da cidade, onde acontecem os shows. Ou para o período de 21 à 24 de junho, quando é comemorado o dia São João, o pacote para duas pessoas fica entre R$ 990 e R$ 1.800, com reservas antecipadas. Para todo o período são esperados, aproximadamente, 35 mil hóspedes.

Outro setor que espera aumento nas vendas é o de bares e restaurantes, principalmente, nos dias de jogos da Copa de Mundo. Comerciantes que irão trabalhar no Pátio de Evento Luiz Lua Gonzaga, onde acontecem os principais shows, esperam um crescimento de 15% na receita, em comparação com o São João de 2013.

A Copa do Mundo e as eleições devem impactar o resultado do setor varejista neste ano, segundo o presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro. Ele destacou, entretanto, que ainda não é conhecido o tamanho desse impacto. "São dois fatores que vão impactar muito positivamente alguns setores, mas nem tanto outros", afirmou.

Mesmo com esses fatores atípicos, a CNDL acredita que o crescimento das vendas neste ano ficará entre 4% e 4,5%, próximo aos 4,12% registrados em 2013. Os setores de supermercado e de eletrônicos devem ter impactos positivos devido a esses eventos, segundo a CNDL, devido a alta nas vendas de televisões e de alimentos. "A inflação de alimentos mais controlada neste ano também ajuda", apontou Pellizzaro.

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Um efeito ruim do evento esportivo deste ano são os feriados em dias de jogos, segundo os lojistas. "Ninguém sabe mensurar os impactos disso ainda sobre as vendas, mas haverá", disse. Pellizzaro explica que, se for decretado feriado municipal nos dias de jogos, as lojas dificilmente terão formas de funcionar no dia.

Pellizzaro lembrou que as eleições também podem afetar a economia brasileira. "Estamos vivendo dilema que afeta o dia a dia de todo mundo que é a inflação. Os mecanismos de controle da inflação têm decisão política muito forte. O governo precisa tomar decisões que podem não ser tão simpáticas num primeiro momento", disse. "A simples alta de taxas de juros não está resolvendo problema inflacionário. O governo precisa fazer a parte dele quanto à melhora fiscal."

A desaceleração do crescimento do faturamento dos shoppings em 2014 será decorrente do recuo do crescimento da economia brasileira. Para o ano, a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) prevê um avanço de 8% a 9% nas vendas brutas, para R$ 140 bilhões. Em 2013, a associação começou com uma projeção de incremento de 12%, passou para 10% no meio do ano e registrou alta de 8,6%, para R$ 129,2 bilhões. Em 2012 ante 2011, esse porcentual de crescimento chegou a 10,18%.

"A desaceleração do crescimento do faturamento é consequência direta da desaceleração da economia. Não estamos sendo conservadores: é que de um modo geral, o consumidor está meio pessimista, menos confiante", declarou o presidente da Abrasce, Luiz Fernando Veiga.

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Segundo ele, não dá para saber ainda o efeito da Copa do Mundo nas vendas dos shoppings. "Há a perspectiva de um impacto positivo, pela calmaria que se espera para o período. Mas se ocorrer muitas manifestações, os consumidores podem deixar de ir aos estabelecimentos. Entretanto, pela experiência, o desempenho dos shoppings é sempre maior do que a da economia e dos setores varejistas", ressaltou.

Inaugurações

As expectativas para as inaugurações seguem o otimismo de 2013. No ano passado, foram inaugurados 38 empreendimentos, recorde histórico. Para 2014, a previsão é de 43 novos shoppings, 30 deles em cidades que não são capitais. "Veremos, pela primeira vez, no levantamento de todo o País, que serão mais estabelecimentos em municípios não-capitais do que em capitais. Os prefeitos querem cada vez mais estabelecimentos comerciais em seus municípios para não perder receita para as cidades vizinhas que possuem shoppings. Os empreendimentos também recolhem impostos às cidades", explicou Veiga. Em 2013, 50% dos estabelecimentos estavam nas capitais e 50% em outras cidades.

Apesar do movimento, o presidente da Abrasce vê que ainda há espaço para construções de shoppings nas capitais. "Há bairros carentes de estabelecimentos. Os empreendedores estão de olho também nessa oportunidade", disse.

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