Pernambuco recebe mais 30 refugiados venezuelanos

Grupo desembarcará no Recife e seguirá para abrigo em Igarassu, na Região Metropolitana

por Jorge Cosme ter, 18/09/2018 - 11:21
Romério Cunha/ Casa Civil Com o voo desta terça-feira, o número de venezuelanos transportados com ajuda do Governo Federal e da Organização das Nações Unidas (ONU) passa de 1,9 mil Romério Cunha/ Casa Civil

Pernambuco vai receber, nesta terça-feira (18), mais 30 venezuelanos que estavam refugiados em Roraima. O grupo, que embarcou na cidade de Boa Vista nesta manhã, chegará ao Aeroporto Internacional do Recife e de lá seguirá para um abrigo em Igarassu, na Região Metropolitana da capital.

Os solicitantes de refúgio e residência embarcaram por volta das 8h em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). A aeronave fará escala para abastecimento em Belém-PA. Como se trata de um processo voluntário, o número previsto de passageiros estava passível de mudança até o horário de embarque.

Com o voo desta terça-feira, o número de venezuelanos transportados com ajuda do Governo Federal e da Organização das Nações Unidas (ONU) passa de 1,9 mil. Segundo a Casa Civil, todos aceitam, voluntariamente, participar do programa e são vacinados, submetidos a exame de saúde e regularizados no Brasil, inclusive com CPF e carteira de Trabalho.

Estão previstos para esta semana voos na quarta-feira (19), quinta-feira (20) e sexta-feira (21), tendo como destino final as cidades de Manaus-AM, Conde-PB, Brasília-DF e Rio de Janeiro-RJ. O abrigo Aldeias Infantis SOS, em Igarassu, já recebeu 69 imigrantes da Venezuela na etapa anterior do processo de interiorização, em julho deste ano.

Interiorização

A interiorização conta com apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), da Agência da ONU para as Migrações (OIM), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Para aderir à interiorização, o ACNUR identifica os venezuelanos interessados em participar e cruza informações com as vagas disponíveis e o perfil dos abrigos participantes. A agência assegura que os indivíduos estejam devidamente documentados e providencia melhoras de infraestrutura nos locais de acolhida. A OIM atua na orientação e informação prévia ao embarque, garantindo que as pessoas possam tomar uma decisão informada e consentida, sempre de forma voluntária, além de realizar o acompanhamento durante todo o transporte.

O UNFPA promove diálogos com mulheres e pessoas LGBTI para que se sintam mais fortalecidas neste processo, além de trabalhar diretamente com a rede de proteção de direitos nas cidades destino com o objetivo de fortalecer a capacidade institucional. Já o PNUD trabalha na conscientização do setor privado para a absorção da mão de obra refugiada.

Reuniões prévias do governo e da ONU com autoridades locais e coordenação dos abrigos definem detalhes sobre atendimento de saúde, matrícula de crianças em escolas, ensino da Língua Portuguesa e cursos profissionalizantes.

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