Uso profissional e maus hábitos comprometem a saúde vocal

No Dia Mundial da Voz, fonoaudióloga alerta que o câncer de laringe está entre os tumores malignos que mais afetam a região da cabeça e pescoço

qua, 17/04/2019 - 16:37
Roberto Júnior/LeiaJáImagens Christiane Menezes, fonoaudióloga e professora da UNAMA Roberto Júnior/LeiaJáImagens

Uma palestra para promover a saúde vocal, ministrada pela fonoaudióloga e professora Christiane Menezes, na UNAMA - Universidade da Amazônia, marcou o Dia Mundial da Voz, na última terça-feira (16). O evento ocorreu no campus Alcindo Cacela da instituição, em Belém.

O principal objetivo da palestra, segundo Alexandra Negrão, coordenadora do curso de Fonoaudiologia da UNAMA, foi conscientizar as pessoas sobre o uso adequado da voz, principalmente os profissionais que a utilizam diariamente para trabalhar, além de alertar para possíveis indicadores de patologias. Entre as doenças abordadas na palestra destaca-se o câncer de laringe, que representa 25% dos tumores malignos da região da cabeça e pescoço, de acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer).

A celebração do Dia Mundial da Voz foi iniciada no Brasil em 1999, e reconhecida internacionalmente a partir de 2003. A data faz parte da Campanha da Voz, viabilizada pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, com o intuito de fornecer o conhecimento necessário para a identificação de sintomas e, assim, propiciar um diagnóstico precoce de doenças do aparelho fonador.

Segundo a professora Christiane, são muitos os hábitos prejudiciais à saúde vocal. “Tabagismo, etilismo, desidratação e automedicação são fatores de alto risco. Mudança de hábitos é fundamental”, disse.

A palestrante citou a falta de conhecimento como um fator que leva à negligência com esses cuidados indispensáveis. “Primeiro, é essencial a autoidentificação como profissional da voz, ou seja, aqueles que se utilizam da voz como ferramenta de trabalho. As consequências do mau uso vocal para esses profissionais podem culminar na danificação grave ou perda total da voz e, consequentemente, na necessidade de abandonar o trabalho”, concluiu.

Por Eva Pires.

 

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