PM do MBL agride jovem durante enterro da menina Agatha

Durante o enterro da criança de oito anos, morta em um ação policial na última sexta-feira (20), o policial Gabriel Monteiro questionava se a polícia era realmente culpada pelo assassinato

por Victor Gouveia seg, 23/09/2019 - 09:11
Reprodução/ Twitter Gabriel Monteiro quase foi expulso da PM devido sua participação nas redes sociais e envolvimento com o MBL Reprodução/ Twitter

O policial militar e youtuber Gabriel Monteiro, que também integra o MBL e é assessor do deputado estadual Filipe Poubel (PSL), agrediu um jovem durante o enterro da menina Agatha Félix, de oito anos. Ela foi morta na sexta-feira (20), em uma ação da PM no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Após derrubar o ativista da Marcha das Favelas com um soco, ele fugiu de carro.

“Não dá pro cara chegar numa manifestação onde você não tem a mínima noção do que é viver como favelado e ter saudades das pessoas próximas a você que falecem para botar os familiares em contradição, para botar as pessoas que estão em um momento de dor, num momento de sofrimento em contradição para encher sua página de seguidor”, declarou o rapaz agredido. A marcha pedia explicações ao governador Wilson Witzel (PSL) sobre a ação que vitimou Agatha. Gabriel foi até o ato gravar mais um vídeo e desafiava as pessoas a responder por que o motivo do assassinato era da Polícia Militar carioca.

Monteiro quase foi expulso da corporação devido a sua atuação nas redes sociais. Em denúncia, foi concluído que ele não cumpria com as funções policiais devido sua atuação no MBL. “Desobediência hierárquica com palavras ofensivas contra a instituição em redes sociais, conduta irregular, ineficiência no cumprimento da função, inúmeras transgressões disciplinares como faltas ao serviço para envolvimento em manifestações políticas com o MBL, do qual faz parte”, diz parte da decisão publicada em 27 de agosto de 2019.

O secretário de Estado da Polícia Militar anulou a condenação da corregedoria. Tal interferência do General Rogério Figueiredo -indicado pelo governador- fez o corregedor Joseli Cândido da Silva se demitir, de acordo com o Extra.

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