Ato pede liberdade para ativista grávida presa por tráfico
Defesa de Sara Rodrigues acusa a Polícia Militar de ter forjado a presença de drogas
Movimentos sociais organizam um ato no Recife para cobrar a liberdade da ativista Sara Rodrigues, gestante de 24 anos, presa por tráfico e associação para o tráfico na última semana. O protesto está marcado para 15h desta segunda-feira (22) em frente ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), em Santo Antônio, área central do Recife. A defesa acusa a Polícia Militar (PM) de ter forjado o flagrante e diz que não há motivos para a prisão preventiva.
O ato foi convocado após a Justiça negar o pedido de liberdade provisória impetrado pela defesa de Sara. "Esse é um ato pacífico em defesa de mais uma vida jovem que é destruída pela guerra às drogas", diz texto dos movimentos.
Segundo um abaixo-assinado que pede a liberdade da defensora de direitos humanos, os policiais militares invadiram a casa dela sem mandado, agiram com violência e forjaram a presença de drogas e instrumentos.
Em audiência de custódia, foi decretada a prisão preventiva da acusada. A defesa de Sara destaca que ela é mãe, tem residência fixa, trabalha com carteira assinada e não possui antecedentes criminais, não havendo motivos concretos para a prisão preventiva.
A Polícia Militar disse ter apreendido na ocorrência em Água Fria, na Zona Norte do Recife, 345g de crack, 22g de cocaína, 22g de maconha, 11 'petecas' de cocaína, R$ 211 em espécie, três balanças de precisão e três celulares. A corporação afirmou que as denúncias de violência serão apuradas.
Os organizadores do ato reforçam que, devido à pandemia, os participantes deverão tomar uma série de cuidados, tais quais uso de máscara e álcool gel e manter distância de até 2 metros para outra pessoa.