Aplicativo monitora canais da região central de Belém

Dispositivo tecnológico desenvolvido por professor de Ciência da Computação da UNAMA - Universidade da Amazônia transmite imagens em tempo real e permite avaliar nível das enchentes

qua, 01/07/2020 - 14:16

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Com o intuito de ajudar a população a se planejar melhor no período de alto índice de chuvas na capital paraense, a UNAMA - Universidade da Amazônia desenvolveu um aplicativo que monitora os canais da cidade. O “Monitoramento de Canal em Belém” transmite imagens em tempo real do canal do Igarapé do Una, localizado na avenida Pedro Miranda, e do canal da travessa Quintino Bocaiuvá. A plataforma está disponível para Android e pode ser adquirida no Google Play.

O professor Alan Marcel, do curso de Ciência da Computação da UNAMA, informa que o aplicativo surgiu da pesquisa que realizou no site do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Ele constatou que o órgão monitorava os canais que cruzam a cidade de Belém em tempo real e que era possível disponibilizar a informação de forma gratuita com apenas alguns cliques.

Além a lista das 10 últimas fotos capturadas e atualizadas de hora em hora, o usuário pode ter acesso ao nível da maré e chuva. “Se o canal estiver transbordando, o cidadão poderá desviar o caminho e fazer outra rota. Se for um morador do local ou estudar no entorno, pode até se planejar melhor em decorrência do alagamento”, explica o professor sobre a funcionalidade do aplicativo.

Para Alan Marcel, o aplicativo é importante quando se fala no conceito de cidade inteligente, segundo o qual os moradores evitam, por meio de aplicativo, engarrafamentos, danos a veículos e, no caso de Belém, transtornos decorrentes das enchentes. “No futuro, planejamos colocar previsões climáticas que serão mais precisas e vão poder ajudar a planejar melhor o dia e as rotas”, afirma.

O universitário Abel Júnior mora em frente ao canal e diz que não é diferente de residir em outras localidades da capital, exceto no período das grandes chuvas que transbordam os canais da cidade. “Já tive que acordar a minha mãe na madrugada às pressas para levar os móveis porque a casa estava alagando”, conta.

No período de chuvas deste ano, Abel Júnior perdeu o computador por não conseguir levantar os móveis a tempo de impedir que a água estragasse ou queimasse os objetos. “Usar o aplicativo seria excelente para alertar a população sobre as chuvas que podem alagar os canais e as ruas da cidade, evitando que a gente seja pego de surpresa e não consiga se programar”, afirma o universitário.

A plataforma, além de possibilitar informações do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, também permite que os dados do nível de maré, de chuva e dos canais sejam compartilhados em outras sociais como: WhatsApp e o Instagram.

Por Amanda Martins.

 

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