Tabagismo e quarentena: esta é a hora de parar?

Especialista dá dicas para quem quer largar o cigarro

por Junior Coneglian qui, 13/08/2020 - 18:12
Pikist Alguns fumantes têm aproveitado o período de isolamento social para largar o cigarro Pikist

Doenças no pulmão, língua, garganta e esôfago. Essas são algumas das consequências do vício em cigarro. Recentemente, com a pandemia do coronavírus, os fumantes passaram a fazer parte do grupo de risco, pois eles estão sujeitos a desenvolver formas mais graves de Covid-19.

Com a saliva que se junta na boca do fumante, há também a presença de substância tóxicas do cigarro, que quando engolidas, podem promover uma mutação celular, explica o cirurgião oncológico Leonardo Sardou, da Rede Silvestre de Saúde.

O início do isolamento social fez com que Lucas Felipe da Silva (23), autônomo e estudante de biomedicina, repensasse seus hábitos. Colocando em prática o primeiro conselho do especialista de que a primeira atitude é parar de fumar, o estudante comemora dois meses desde que cortou o tabagismo da sua rotina.

Lucas afirma já ter percebido mudanças em seu estado de humor, principalmente no início da nova tentativa, da qual a quarentena foi aliada. ‘’Fumava muito por conta de bares e festas que frequentava, com a paralisação por conta do coronavírus, deixei de sair, ver amigos e socializar, assim fui parando’’, comentou.

O mesmo aconteceu com Guilherme Henrique Gonçalves (24), autônomo, que também largou o cigarro durante a quarentena. Ele afirma que o isolamento social o ajudou na decisão e, com a ajuda de exercícios físicos, conquistou um resultado positivo.

"Sabia que não conseguira apenas parar de fumar sem preencher esse tempo com alguma atividade, então decidi que essa era a hora de treinar em uma academia’’, conta.

Além dos exercícios físicos, o médico oncologista ainda indica gomas e adesivos para aqueles que desejam parar de fumar. "Essas substâncias agem como bloqueadoras do sistema nervoso, fazendo com que a falta da nicotina seja mais tolerável’’, explica.

Quanto a propensão e exposição ao coronavírus, Sardou alerta que o tabagismo é fator que predispõe a doença tromboembólica. Como a covid afeta principalmente os pulmões, o hábito de fumar torna as pessoas mais predispostas a desenvolver formas graves da doença. 

"O cigarro não facilita que haja contágio, mas aumenta a probabilidade de lesão mais grave para quem está com covid19 e é tabagista", afirma. 

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