Pernambuco tem quatro casos de 'sementes misteriosas'

Na quarta-feira (7), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) registrou o primeiro caso no Recife

qui, 08/10/2020 - 12:10
Divulgação/Mapa Foram encontrados fungos, bactérias e possibilidade de pragas em sementes oriundas da Ásia Divulgação/Mapa

Pernambuco já tem quatro registros de pessoas que receberam sementes misteriosas vindas da Ásia. O último caso notificado pela Superintêndência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Estado ocorreu no bairro da Várzea, na Zona Oeste do Recife, na quarta-feira (7).

Além desse registro na capital, a superintendência contabiliza um caso em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), também na quarta-feira (7), e outro em Águas Belas, no Agreste, há cerca de 20 dias. A Polícia Federal (PF) detectou outro envio, para uma residência em Barreiros, na Mata Sul do Estado. 

No caso de Barreiros, a etiqueta indica que as sementes foram enviadas de Taiwan. O Mapa já identificou sementes vindas da China, Malásia e Hong Kong.

O Mapa solicita que as pessoas que receberem as sementes entrem em contato a Superintendência pelos telefones (81) 3226-8500/8534/8510/8540 ou pelo e-mail gab-pe@agricultura.gov.br. A população também pode fazer a notificação nas sedes do órgão. No Recife, ela fica localizada na Avenida General San Martin, 1000, bairro do Cordeiro, na Zona Oeste. Caso não haja unidades do Mapa no município, o cidadão pode procurar órgãos estaduais ou secretarias municipais de agricultura.

O Mapa confirmou até o momento 258 pacotes de sementes não solicitados em 24 estados e no Distrito Federal. Maranhão e Amazonas são os únicos estados sem registro. Na terça-feira (6), a Secretaria de Defesa Agropecuária informou ter encontrado fungos, bactérias e possibilidade de pragas quarentenárias (que não existem no Brasil) nos pacotes já analisados em laboratório.

As análises apontam a presença de ácaro vivo em uma amostra; três fungos diferentes em 25 amostras; bactéria em duas; possibilidade de pragas quarentenárias, como plantas daninhas, em quatro amostras. Os estudos são realizados no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Goiás, referência no país. A orientação é que as sementes não sejam manuseadas.

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