MP vai investigar enfermeira que desdenhou da vacina

Em vídeo publicado nas redes sociais, a enfermeira diz que é 'bolsominion' e que tomou a Coronavac para poder viajar e não para se sentir segura. Ela também aparece sem máscara no hospital

seg, 25/01/2021 - 14:00
Reprodução/Instagram O Coren-ES afirmou que enfermeira pode ter o registro cassado Reprodução/Instagram

O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) informou que vai acompanhar e instaurar os devidos procedimentos administrativos referentes à enfermeira Nathana Ceschim. A profissional de saúde publicou nas redes sociais vídeos debochando da vacina e sem máscara em hospital. As informações são da TV Gazeta.

A coordenadora do gabinete de acompanhamento da pandemia do MPES, Inês Thomé, afirmou que o órgão repudia as atitudes da enfermeira. "O Ministério Público irá adotar providências, instaurará procedimento administrativo, até mesmo para acompanhar tanto o que está sendo feito no âmbito do hospital onde essa enfermeira trabalha, tanto no que o Conselho Regional de Enfermagem (Coren) está apurando em relação ao caso", disse a promotora.

Thomé destacou que a Santa Casa de Misericórdia de Vitória, onde a enfermeira trabalha, é filantrópico, mas presta atendimento ao Sistema Único de Saúde. Nathana Ceschim estava prestando atendimento à população capixaba, o que será levado em consideração pelo MPES na investigação.

O Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Vitória abriu um procedimento para apurar a conduta da enfermeira. O uso de máscara é obrigatório no local.

Nas postagens, Ceschim está de touca cirúrgica em frente a um computador no hospital. Ela brinca com um colega que está com touca, luvas e máscara. Momentos antes, ela já havia publicado um vídeo debochando da aplicação da Coronavac. Ela foi vacinada na terça-feira (19).

"Como boa bolsominion que eu sou, bolsonarista, não nego. Tomei ela quarta-feira. Tomei por conta que eu quero viajar, não para me sentir mais segura. Porque uma vacina que dá 50% de segurança para mim não é uma vacina. Tomei foi água", diz a profissional de saúde, que bloqueou seu perfil. 

O Coren-ES também repudiou a postura da enfermeira e afirmou que Ceschim pode ter o registro cassado e ficar impedida de exercer a profissão. O conselho também abriu um procedimento ético de apuração.

 

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