MP vai fiscalizar a vacinação de idosos em Belém

Promotoria cobra da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) cronograma de imunização, lista de abrigos e nomes de idosos para acompanhamento

qui, 28/01/2021 - 11:37
Agência Brasil/Arquivo Vacinação em Belém terá acompanhamento do MPPA Agência Brasil/Arquivo

Após um ano da pandemia de covid-19, há vacinas. Mas não para todos. Para garantir que a população mais vulnerável seja protegida, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) instaurou um procedimento administrativo para acompanhar e fiscalizar a vacinação de idosos em Belém. O procedimento foi aberto na terça-feira (26), pela promotora de Justiça Elaine Carvalho Castelo Branco.

Entre as primeiras medidas de acompanhamento, a Promotoria solicitou à Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) o cronograma de vacinação, lista de abrigos de idosos que já receberam e que irão receber a vacina, nomes dos idosos vacinados, entre outros. A Sesma tem 15 dias para enviar essas e outras informações ao Ministério Público.

A Secretaria terá que informar também se há algum protocolo para aplicação das vacinas nos abrigos, se o primeiro lote do imunizante contemplará todos os idosos em abrigos e se a segunda dose da vacina está garantida para os que já tomaram a primeira.

De acordo com a promotora, o procedimento foi instaurado porque “até o momento, não existe ampla disponibilidade da vacina no mercado mundial”. Elaine Castelo Branco explica ainda que, devido à escassez do imunizante, é necessário estabelecer grupos prioritários de vacinação, para reduzir a morbidade e mortalidade pela doença.

No último dia 18, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) divulgou o Plano Paraense de Vacinação de Covid-19, que traz informações sobre as vacinas, grupos prioritários, período de campanha de vacinação, doses, precauções, contra indicações e mais. No plano, foram definidos como grupos prioritários para imunização: pessoas com mais de 60 anos que vivem em instituições de longa permanência, trabalhadores da área da saúde, indígenas aldeados em terras demarcadas, comunidades tradicionais ribeirinhas e quilombolas e outros.

 Por Sarah Barbosa, da assessoria do MPPA.

 

 

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