EUA podem doar doses da AstraZeneca ao Brasil, diz jornal
Imunizante ainda não foi aprovado e há 30 milhões de doses estocadas
Os Estados Unidos podem doar doses da vacina anti-Covid da Universidade de Oxford e da AstraZeneca ao Brasil enquanto o imunizante não recebe a autorização de uso no país, informa o jornal "The New York Times" nesta sexta-feira (12).
Funcionários da Casa Branca estão debatendo qual a melhor estratégia, já que há cerca de 30 milhões de doses prontas e estocadas em um depósito de Ohio. Enquanto uma parte defende que a quantidade deve ser guardada para uso futuro, outros discutem a possibilidade de enviar as doses para países que estão enfrentando um momento grave da pandemia.
A vacina Oxford/AstraZeneca não foi liberada porque os estudos da fase 3 ainda não foram finalizados nos EUA, e isso é uma exigência da Agência de Medicamentos e Remédios (FDA). Enquanto isso, inúmeros países já liberaram a vacina - chamada de AZD 1222 ou Covidshield - como o próprio Brasil, o Reino Unido, a União Europeia, entre outros.
Segundo o "NYT", até o momento, a não liberação das doses ainda é a tese mais defendida, mas uma mudança de cenário nas próximas semanas não está descartada.
Até o momento, os EUA usam os imunizantes da Pfizer/BioNTech, da Moderna e, recentemente, da Johnson & Johnson.
Desde que Joe Biden assumiu a Presidência, o país acelerou o programa de vacinação - com média de mais de dois milhões de doses aplicadas por dia.
Conforme dados do "Our World in Data", 28% da população norte-americana já recebeu ao menos uma dose de vacina contra o coronavírus Sars-CoV-2. Foram aplicadas quase 96 milhões de doses até o dia 10 de março.
Da Ansa