Brasil anuncia participação em projeto da NASA
Conhecido como “Acordo Artemis”, o programa visa enviar seres humanos à Lua em 2024
Na última terça-feira (15), o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marcos Pontes, junto com o presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido), assinou um acordo que coloca o Brasil no “Acordo Artemis”. O programa espacial é desenvolvido pela Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) e pretende enviar a primeira mulher e também a primeira pessoa negra à Lua até o ano de 2024.
Ao todo, o programa espacial da agência norte-americana já possui 12 países envolvidos: Austrália, Brasil, Canadá, Coréia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Itália, Japão, Luxemburgo, Nova Zelândia, Reino Unido e Ucrânia. O Brasil é o único da América Latina que foi incluído. De acordo com Pontes, inicialmente o programa vai enviar astronautas norte-americanos e, posteriormente, profissionais de outros países envolvidos terão a oportunidade de ir ao satélite natural da Terra.
O ministro também comentou que a participação do Brasil em projetos espaciais representa um avanço no país e aponta que entre as maiores vantagens está o engajamento das universidades, que vão passar a preparar novos pesquisadores neste segmento. Em 2006, Pontes se tornou o primeiro brasileiro a ir ao espaço. De acordo com o ministro, o programa Artemis é uma oportunidade para que mais brasileiros consigam realizar o mesmo feito.
Em setembro de 2020, a própria NASA anunciou que todo o projeto envolvido tem projeção de custo de aproximadamente US$ 28 bilhões (na conversão atual, cerca de R$ 140 bilhões). Segundo o administrador da NASA, Jim Bridenstine, todo este valor representa o custo programado para as despesas do Acordo Artemis até 2024. E que US$ 3,2 bilhões (R$ 16 bilhões) desse montante serão destinados para a construção que envolve o sistema de aterrissagem.