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O senador e ex-ministro Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (23), afirmou que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8 de Janeiro, que investiga as invasões de bolsonaristas ocorridas às sedes dos três Poderes em Brasília, foi tomada pelos governistas.

Para ele, isso prejudica o funcionamento correto da CPMI e impede que a população conheça a verdade completa. Ele criticou também o fato de a oposição não ter ficado com nenhuma presidência das comissões permanentes. 

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— Quero lembrar que essa comissão foi constituída com a finalidade de a gente saber exatamente o que aconteceu no dia 8 de janeiro, doa a quem doer. É importante que isso seja colocado. Não é questão de esquerda, de direita. Essa comissão foi feita para isso, e não para se defender um lado, simplesmente — observou o ex-ministro de Bolsonaro.

Pontes criticou também a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em função de reunião com embaixadores. O senador também mencionou a operação da Polícia Federal dentro do Senado e o mandado de busca e apreensão no gabinete do senador Marcos do Val (Podemos-ES), dizendo que esses eventos recentes não têm o poder de intimidar a população brasileira, mas sim de fortalecer. 

— Se prestar atenção em nossas relações interpessoais, assim como na história nacional ou internacional, você não vê o caso de algum lado utilizar influência, tempo, esforço, força para tentar mudar alguma coisa que não tem importância. Ou seja, se existe tudo isso acontecendo no Brasil, é porque o lado daqueles que tentam colocar o caos no nosso país é um lado que tem medo da força que os valores da nossa população representam.

*Da Agência Senado

Após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidir no início da tarde desta sexta-feira (30), tornar inelegível por oito anos o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), parlamentares bolsonaristas se manifestaram contra o julgamento.

O ex-chefe do Executivo foi condenado por ter sido o responsável pelo uso indevido dos meios de comunicação e abuso do poder político por reunião com embaixadores em julho de 2022. No encontro, Bolsonaro fez declarações atacando o sistema eleitoral do país.

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Mesmo com a condenação e a comprovação de que Bolsonaro agiu contra a democracia, figuras políticas da extrema direita usaram suas redes sociais para defenderem o ex-mandatário, como fez o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), ao supor que o TSE cometeu uma injustiça.

"Vence o sistema", escreveu o parlamentar mineiro através de uma publicação no Instagram. Com isso, logo apareceram comentários de centenas de seguidores, atacando o TSE.

"O Tribunal Superior Esquerdista mostrou pra que serve", escreveu um internauta, associando os ministros que votaram pela inelegibilidade à política de esquerda. "Brasil: o circo do jurídico", afirmou outra seguidora.

Os ataques aos ministros se repetiram no perfil da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). 

A bolsonarista fez uma montagem na qual unificou a bandeira do Brasil com a bandeira da Venezuela, além disso, escreveu que "a semeadura do Presidente Bolsonaro não desaparecerá" e definiu o governo do ex-mandatário como "o melhor que o Brasil já teve".

Já o senador e presidente do Partido Progressista, Ciro Nogueira (PP-PI), usou o Twitter para mostrar sua indignação com a decisão do TSE.

"Podem ferir o presente. Podem nublar o hoje, mas ninguém pode impedir o futuro. Ninguém pode proibir o amanhã. A esperança está mais viva do que nunca. A esperança de um Brasil mais soberano, de um sonho que hoje sabemos que pode ser realidade. Alguns irão dizer: só nos resta a esperança. Outros dirão: a esperança é tudo. Não precisamos de mais nada", escreveu.

O senador e ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes (PL-SP), através de seu perfil oficial do Instagram, usou um versículo bíblico para defender Bolsonaro. O parlamentar acredita que o país está "em luto pela democracia".

"No livro de João 8:32, somos ensinados que conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Portanto, persistiremos em busca da verdade, mesmo diante das circunstâncias mais adversas, pois é por meio dela que encontraremos a nossa libertação. Sigamos firmes, apoiando nosso país e confiando na liderança do presidente Bolsonaro. Mesmo nos desafios mais obscuros, a verdade, prevalecerá eternamente", escreveu.

No Twitter, a deputada federal pelo estado de Pernambuco, Clarissa Tércio (PP-PE), relembrou da quantidade de eleitores que votaram em Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2022, e definiu o atual contexto político como "assustador".

"O TSE acabou de formar maioria para impedir o ex-Presidente Jair Bolsonaro de disputar eleições por 8 anos. É o primeiro ex-Presidente a ficar inelegível sem nenhuma acusação de corrupção. São 57 milhões de vozes caladas", afirmou a bolsonarista, mesmo ciente que o ex-presidente enfrenta 16 processos no TSE, 5 processos no Supremo e uma investigação da Polícia Federal (PF) que apura a tentativa de entrada ilegal no país de um pacote de joias presenteado pela Arábia Saudita.

Vale ressaltar que Clarissa Tércio é investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por possível apoio aos atos golpistas que invadiram a Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro deste ano.

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A entrada do ex-ministro da Ciência e Tecnologia Marcos Pontes (PL) na disputa pelo Senado em São Paulo gerou uma situação inédita. Eleito segundo suplente de Major Olímpio (PSL-SP) em 2018, o hoje candidato bolsonarista foi para a primeira suplência após a morte do senador, no ano passado, em decorrência da Covid-19. Se Pontes for eleito em outubro e o atual senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) por algum motivo deixar o cargo, o maior colégio eleitoral do País ficaria, pela primeira vez, com um senador a menos no Congresso.

Essa possibilidade virou munição de campanha dos adversários do ex-ministro, que está numericamente em segundo lugar nas pesquisas de intenção de votos para o Senado em São Paulo. "Consultei alguns advogados eleitorais e entendo que ele não pode concorrer. A pessoa precisa se desincompatibilizar de eventuais cargos públicos e Marcos Pontes foi eleito suplente de senador, mas não pediu desincompatibilização", disse a deputada estadual Janaina Paschoal (PRTB), também candidata ao Senado por São Paulo. Janaina é concorrente direta de Pontes pela preferência dos eleitores bolsonaristas no Estado.

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Mas a parlamentar optou por não acionar a Justiça Eleitoral. "Se eu impugnasse a candidatura dele, diriam que eu estaria tentando ganhar no tapetão", afirmou. Procurado, o ex-ministro afirmou que não há problema jurídico na sua candidatura, mesmo sendo ele suplente de senador. "Não há necessidade de renunciar da suplência. O cargo de suplente é de expectativa e em nenhuma hipótese o Estado ficaria sem senador", disse Pontes.

Especialistas ouvidos pelo Estadão disseram que Marcos Pontes não precisaria ter se desincompatibilizado da 1.° suplência para concorrer a uma vaga no Senado. "A suplência de senador é uma expectativa de direito. Não gera inelegibilidade", avaliou Arthur Rollo, advogado especializado em direito eleitoral e integrante da comissão de direito eleitoral da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP).

Vacância

Uma eventual conjunção de fatores, no entanto, poderia deixar São Paulo com um senador a menos por ao menos 15 meses. Especialista em direito eleitoral e advogado de Márcio França (PSB), que lidera a disputa pelo Senado em São Paulo, Anderson Pomini disse que se houver vacância na linha sucessória de um senador deve ser convocada uma eleição suplementar, algo que nunca aconteceu para o Senado em São Paulo. Mas, segundo Rollo, se essa vacância ocorrer nos 15 meses finais do mandato, a vaga ficará em aberto até a próxima eleição.

Pesquisa Genial/Quaest divulgada no dia 11 de agosto aponta o ex-governador Márcio França (PSB) na liderança da disputa pelo Senado em São Paulo, com 29% das intenções de voto. Na sequência, aparecem tecnicamente empatados Marcos Pontes (PL), com 12%, e Janaina Paschoal (PRTB), com 10%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais para mais ou menos. Os demais candidatos não chegam a 4%.

A indicação do ex-ministro Marcos Pontes (PL) para a vaga do Senado na chapa de Tarcísio de Freitas (PL) não aplacou o embate pelo posto na direita bolsonarista de São Paulo. Pelo contrário. A deputada estadual Janaina Paschoal (PRTB), pré-candidata ao Senado preterida pela campanha de Tarcísio e que busca espaço entre os eleitores paulistas do presidente Jair Bolsonaro (PL), fez uma série de publicações tentando associar Pontes ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Sozinha" na disputa, a parlamentar tem usado as redes sociais para tentar trazer para si os votos antipetistas, mesmo que não tenha sido a escolhida pelo presidente para a disputa.

No último sábado, 23, após o anúncio de Pontes como candidato ao Senado por Tarcísio, Janaina publicou três imagens do ex-ministro acompanhado de Lula na década de 2000. Pontes foi diplomado o primeiro astronauta brasileiro em 2006, quando passou 10 dias na Estação Espacial Internacional (ISS). Em uma das fotos postadas pela deputada, ele aparece ao lado do petista e do presidente da Rússia, Vladimir Putin. A missão que o levou ao espaço foi uma parceria do Brasil com a agência espacial russa, Roscosmos.

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Junto às imagens, Janaina escreveu: "Recordar é viver!". Após receber críticas nos comentários das publicações e relatar perda de seguidores, a deputada foi às redes explicar seu raciocínio. Segundo ela, Pontes "deve seu sucesso" a Lula e, por isso, pode não ter condições de fazer frente no Congresso a um eventual governo petista.

"Tenho o maior respeito pelo ministro Marcos Pontes. Com as postagens, não quis associá-lo ao comunismo. Quis mostrar, e é fato, que se Lula ganhar, teremos no Senado uma pessoa que deve seu sucesso a ele", afirmou.

"Precisamos eleger pessoas (para todos os cargos) que tenham condições de fazer a resistência ao governo Lula. Resistência no exercício dos mandatos, defendendo a vida, a família, as liberdades, votando não aos retrocessos, obstruindo os maus projetos, usando os regimentos", completou.

A manifestação da deputada irritou o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), que foi ao Twitter cobrar explicações: "Acabou o discurso de união? Achei que fosse por uma boa causa", escreveu, em resposta a uma publicação que chamava a parlamentar de "hipócrita". No começo do ano, Janaina sugeriu formar uma "frente ampla" bolsonarista para unir forças contra o PT nestas eleições.

Essa não é a primeira vez que Janaina faz críticas a possíveis indicados bolsonaristas ao Senado. Recentemente, quando o presidente avaliava lançar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), Janaina cutucou: "Por que Bolsonaro quer um Senado pau mandado?". Quando o representante na chapa era o apresentador José Luiz Datena, ela o acusou de fazer propaganda antecipada em seu programa de televisão, o Brasil Urgente.

Janaina aparece em terceiro lugar para o cargo na pesquisa Genial/Quaest de julho. Apesar de apoiadora do presidente Bolsonaro, ela diz estar "por sua conta e risco" e "independente" na disputa. Ao Estadão, ela afirmou que deseja a cadeira no Senado "para lutar verdadeiramente pelas pautas que o Presidente Bolsonaro diz defender". "Os outros pré-candidatos, à esquerda e à direita, não são comprometidos com essas pautas", disse, acrescentando que "não quer o mal a ninguém". Procurado, Marcos Pontes ainda não se manifestou.

A primeira vacina 100% nacional pode começar a ser aplicada nos brasileiros daqui a nove meses, estimou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcos Pontes. O prazo, entretanto, é incerto porque depende do sucesso das pesquisas nas três fases de testes com humanos até se chegar a uma aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Pontes lembrou que o Brasil investiu em 16 tecnologias nacionais de imunizantes, das quais cinco pesquisas evoluíram a ponto de entrar com pedido, ao órgão regulador, para testes em massa. Destas, apenas uma já recebeu o sinal verde.

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Os testes começaram em janeiro na cidade de Salvador (BA). Voluntários de Estados Unidos e Índia também deverão participar. Ao todo, os investimentos na vacina nacional devem somar R$ 350 milhões.

O nome preliminar da vacina é RNA MCTI Cimatec HDT, numa referência ao grupo envolvido nas pesquisas. O imunizante foi desenvolvido pelo Senai Cimatec em parceria com a empresa americana HDT Bio Corp, com a RedeVírus e financiamento do MCTI.

Trata-se da primeira vacina com a tecnologia replicon de RNA (RepRNA) a ter um estudo clínico realizado no País. Essa tecnologia permite que o RNA seja capaz de se autorreplicar dentro das células, o que garante uma resposta imune robusta e duradoura com uma dose menor da vacina.

Já as vacinas de RNA mensageiro, como a da Pfizer, por exemplo, carregam o código genético do vírus para dentro do corpo, e, lá dentro, fornecem instruções para que as células e sistema imunológico construam uma resposta e gerem anticorpos.

"Seria uma dose pequena, mas muito eficiente e capaz de lidar com mutações do coronavírus", afirmou Pontes, durante entrevista na Mobile World Congress (MWC), em Barcelona.

Para o ministro, o investimento valerá a pena mesmo que a vacina fique pronta meses após as fases mais duras da pandemia. "Vale a pena porque as pessoas que já se vacinaram terão que revalidar as vacinas lá na frente. E podem surgir outras variantes. Com uma vacina nacional, não precisaremos ficar só na dependência de outros países", argumentou.

O ministro Marcos Pontes assumiu, nesta terça-feira (1º), a intenção de disputar uma vaga de deputado federal por São Paulo, como já vinha se falando nos bastidores. Com isso, ele deixará a liderança do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) até o fim do mês. A candidatura de Pontes será pelo Partido Liberal (PL), que é presidido pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto. Também é o mesmo partido ao qual se filiou recentemente o presidente Jair Bolsonaro.

"Sim, eu sou pré-candidato a deputado federal por São Paulo", afirmou Pontes, em entrevista coletiva à imprensa durante a Mobile World Congress (MWC), evento de telecomunicações que ocorre esta semana na cidade de Barcelona, na Espanha.

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Pontes disse que seguirá acompanhando as ações do MCTI após sua saída. "Todas as coisas vão continuar operando normalmente por lá", comentou.

Seu substituto na pasta já está praticamente definido, mas ele deixou o anúncio para Bolsonaro. O novo ministro será alguém da própria pasta para se evitar uma quebra na sequência dos trabalhos, explicou.

O PL também estaria articulando uma candidatura do general e ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. A ideia é que ele concorra a uma vaga de deputado federal pelo Rio de Janeiro.

Dessa forma, o grupo de Bolsonaro reforçaria suas posições nas disputas ao Congresso, ocupando espaços importantes nos maiores colégios eleitorais do País.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, reiterou, na Câmara dos Deputados, que foi pego de surpresa com o corte de R$ 600 milhões de recursos de pesquisa da área.

Em debate na Comissão de Educação nesta quarta-feira (13), ele foi questionado pela presidente do colegiado, deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), sobre a aprovação do Projeto de Lei do Congresso (PLN) 16/21, que remanejou mais de 90% dos recursos que seriam destinados para o Ministério da Ciência e Tecnologia para outras pastas. O projeto aguarda agora sanção presidencial.

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Professora Dorinha destacou que o texto foi alterado de última hora a pedido do ministro da Economia, Paulo Guedes. "Essa ação nos preocupa muito. O orçamento já era muito apertado e as verbas tinham uma destinação para pesquisa e investimento na área de ciência e tecnologia e, acima de tudo, para o pagamento de bolsas para pesquisadores, e o dinheiro foi retirado", disse a parlamentar.

O ministro alegou que não sabia nem mesmo que o projeto de lei podia ser modificado de última hora de ofício pelo governo. "Como eu já coloquei publicamente, eu fui pego de surpresa, falei até com o presidente [da República] sobre isso, ele também foi pego de surpresa por isso. Eu pedi ajuda para recuperação desses recursos e ele prometeu que vai ajudar", disse.

"Não quero discutir o mérito da utilização dos recursos pelos outros ministérios, mas recursos para Ciência e Tecnologia não é gasto, é investimento", complementou.

Pontes informou que enviou ofício para o ministro da Economia, Paulo Guedes, pedindo a recomposição de recursos e que obteve da ministra-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, deputada licenciada Flávia Arruda (DF), a promessa de recuperação da verba. Mas o ministro não sabe quando isso ocorrerá.

O deputado Professor Israel (PV-DF) observou que o corte de recursos foi decidido pela própria cúpula do governo, já que o ofício modificando o PLN 16/21 foi enviado pela junta de execução orçamentária, composta pelos ministros da Economia, da Casa Civil e da Secretaria de Governo.

Áreas afetadas

De acordo com Marcos Pontes, o corte de verbas não afeta o pagamento de bolsas existentes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), mas, se o recurso não for recomposto, afetará as bolsas da chamada universal do CNPq lançada no início de setembro, prevendo R$ 250 milhões para pesquisas em todas as áreas.

Além disso, segundo ele, o corte afeta a destinação de recursos para os institutos nacionais de ciência e tecnologia, cujo orçamento já estaria defasado em 30%, e para o Centro Nacional de Vacinas.

O ministro observou que o PLN 16/21 garante R$ 63 milhões para produção no Brasil de radiofármacos, que são utilizados em tratamentos contra o câncer, mas disse que os recursos precisam ser liberados rapidamente para garantir que não haja interrupção na produção.

Contingenciamento

Pontes acrescentou que o ministro Paulo Guedes promete, para o ano que vem, orçamento melhor para o ministério e a liberação dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Porém, ele teme que, mesmo com a aprovação da Lei Complementar 177/21, que proíbe o contingenciamento dos recursos do FNDTC, o bloqueio aconteça a partir de brecha aprovada no PLN 12/21, transformado na Lei 14.212/21.

Com o desbloqueio, ele disse que será possível aumentar o valor das bolsas do CNPq, congeladas há oito anos.

Permanência no cargo

Deputados criticaram o ministro de estar alheio ao que se passa na área. "A primeira conclusão é que o ministério está no mundo da lua e passando pano para o governo Bolsonaro. Segundo, se depender do governo Bolsonaro, ciência e tecnologia e educação vão para o espaço. Houve corte de R$ 600 milhões no orçamento do ministério, que ficou em R$ 89 milhões, e isso aconteceu a mando do ministro Paulo Guedes. O senhor disse que nem sabia que isso ia acontecer", criticou o deputado Rogério Correia (PT-MG), um dos que pediu a audiência pública.

O deputado Otoni de Paula (PSC-RJ) frisou que é governista mas lamentou a falta de diálogo e sincronia dentro do governo. Já o deputado Ivan Valente (Psol-SP) pediu que o ministro deixasse o cargo em protesto ao corte. "Por que Vossa Excelência se agarra a um cargo num governo anti-ciência?", questionou. "Eu pediria a Vossa Excelência que, como um ato político de primeira grandeza, renunciasse ao cargo", disse.

O ministro respondeu que não se apega a cargos, mas à missão. "Eu recebi a missão de proteger e melhorar o sistema de ciência e tecnologia do País. Quando eu pego a missão, vou até o final", afirmou. "Eu vou continuar a defender a ciência do Brasil, apesar de todas as situações, por causa da missão que tenho com a ciência", completou.

Apesar do baixo orçamento, Pontes acredita que o ministério tem conseguido fazer muito graças à competência da equipe. "Poderíamos avançar muito mais se tivéssemos orçamento", acrescentou.

Pontes defendeu que Educação e Ciência e Tecnologia fiquem fora do teto de gastos. A deputada Professora Marcivania (PCdoB-AP) pediu então que o ministro apoie uma proposta de emenda à Constituição nesse sentido, para que não seja uma fala vazia.

Papel do Congresso

O deputado Glauber Braga (Psol-RJ) avaliou que o ministro tem responsabilidade direta pelo corte de verbas da área. "O senhor não pode se colocar como agente à parte, que nada tem a ver com o acontecido", opinou.

Além disso, ressaltou que apenas o PSol se posicionou contrariamente ao PLN 16/21 na votação na Comissão Mista de Orçamento, cabendo uma cobrança contra o conjunto das lideranças partidárias.

O deputado General Peternelli (PSL-SP) também ponderou que é o Congresso Nacional quem define os recursos de todas as pastas. "O presidente pode propor, mas nós decidimos para onde vai cada recurso. Compete a nós Congresso definirmos para onde vão os recursos", salientou.

Já o deputado Tiago Mitraud (Novo-MG) ressaltou que o relator do PLN 16/21 foi o líder do governo, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), e que o ministério recebeu uma "rasteira do governo".

Mitraud quis saber ainda quais as alternativas construídas pelo ministério para que haja investimentos privados na área de Ciência e Tecnologia. Marcos Pontes informou que criou uma secretaria no ministério com esse fim. "Temos trabalhado com várias ferramentas, mas isso demora um certo tempo, tanto a mudança de cultura quanto a regulamentação para isso", observou.

Pane no sistema

O ministro também falou sobre a pane em equipamento do CNPq em julho, que deixou indisponíveis por 16 dias as consultas às plataformas Lattes e Carlos Chagas e aos editais do CNPq.

Ele garantiu que não houve perda dos dados dos usuários e nem atraso no pagamento de bolsas. Segundo ele, as restrições de orçamento não contribuíram para o incidente, que ocorreu por falha material em duas controladoras, as quais serão substituídas por componentes novos, adquiridos antes do incidente.

A deputada Professora Rosa Neide (PT-MT), uma das que pediu a audiência, disse que o País não pode ficar "à mercê de migalhas para trocar equipamentos" e considerou os cortes no orçamento alarmantes. "O orçamento do CNPq, que honra muito este País, principal agência de fomento à pesquisa científica no País, caiu de R$ 1,4 bilhão em 2018 para R$ 872 milhões, uma redução de 38%. Só as bolsas de estudo para pesquisadores custam mais do que isso, cerca de R$ 900 milhões. Como vão resolver?", perguntou.

Ela afirmou que, se o corte não for revertido, será preciso zerar os investimentos em novas pesquisas.

Visita de deputada neonazista

Marcos Pontes também respondeu às acusações de que recebeu em seu gabinete uma deputada neonazista. Ele afirmou que a visita foi solicitada pela deputada Bia Kicis (PSL-DF) e disse que não conhecia a posição política da deputada alemã e só tomou conhecimento pela imprensa.

"Ainda bem que eu não sabia de nada disso antes de recebê-la, porque eu ficaria em situação de conflito interno, porque eu seria obrigado a receber uma representante oficial do Parlamento de um país amigo", apontou.

Semicondutores

Alguns deputados, como Pompeo de Mattos (PDT-RS), criticaram ainda a extinção do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), empresa pública vinculada ao ministério e produtora de semicondutores.

O ministro respondeu que a empresa "poderia ter continuado a contribuir", que foi criada uma organização social para preservar o conhecimento acumulado no Brasil, e que agora tenta criar uma estratégia junto com a indústria para fortalecer o setor no Brasil.

Da Agência Câmara de Notícias

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, declarou que a redução de recursos do orçamento para a pasta foi uma "falta de consideração". "Os cortes de recursos sobre o pequeno orçamento de Ciência do Brasil são equivocados e ilógicos", escreveu Pontes no Twitter na tarde deste domingo, 10.

A queixa se refere à aprovação do Congresso de Projeto de Lei que promove a divisão de R$ 690 milhões que seriam inicialmente destinados ao ministério. O montante será encaminhado a outros ministérios, como Educação, Saúde e Desenvolvimento Regional. A mudança partiu de ofício assinado pelo ministro Paulo Guedes (Economia), enviado nesta quinta-feira, 7, à Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso.

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"Isso precisa ser corrigido urgentemente", escreveu ainda Pontes. Em justificativa para o pedido, a pasta de Economia alegou que o a proposta de Orçamento para 2022 aumentará consideravelmente os recursos para projetos de pesquisa.

Originalmente, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) receberia R$ 34,578 milhões e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), R$ 655,421 milhões. Na nova formatação, os recursos para o FNDCT caíram para apenas 1,10% da proposta original.

O presidente Jair Bolsonaro decidiu condecorar mais três ministros com a Medalha de Mérito Oswaldo Cruz, incluindo o recém-empossado chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. Decretos publicados no Diário Oficial da União (DOU) de hoje destinam a honraria ainda a Marcos Pontes, da Ciência, Tecnologia e Inovações, e a Damares Alves, da pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. No fim de julho, o presidente já havia assinado atos para homenagear com a medalha outros 24 aliados e pessoas próximas, como a mulher, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Criada nos anos 1970, a honraria se destina a reconhecer esforços de autoridades e personalidades que, no âmbito das atividades científicas, educacionais, culturais e administrativas relacionadas com a higiene e a saúde pública, tenham contribuído, direta ou indiretamente, para o bem-estar físico e mental da população.

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A entrega da insígnia será feita pelo presidente em uma solenidade no Palácio do Planalto na tarde deste 5 de agosto, data de nascimento do médico e cientista brasileiro Oswaldo Cruz, fundador do instituto que levou seu nome e que hoje se tornou a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Além de ministros, a primeira-dama e outros membros do governo, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), também estão na lista de agraciados com a Medalha Oswaldo Cruz. Nenhum médico ou cientista com atuação na linha de frente no combate à pandemia de covid-19 foi lembrado no grupo. A concessão da medalha é feita por decreto do Poder Executivo, mediante proposta do Ministério da Saúde.

Médico pessoal

O médico do presidente, Ricardo Peixoto Camarinha, também recebeu uma condecoração publicada no Diário Oficial. Cardiologista e assessor especial do gabinete pessoal de Bolsonaro, Camarinha vai receber uma outra honraria, a Medalha de Ordem do Mérito Médico, que foi criada em 1950 como um reconhecimento notável aos profissionais pelo exercício da profissão, pelo magistério da Medicina ou pela autoria de obras relevantes para estudos médicos.

Na última terça-feira (15), o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marcos Pontes, junto com o presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido), assinou um acordo que coloca o Brasil no “Acordo Artemis”. O programa espacial é desenvolvido pela Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) e pretende enviar a primeira mulher e também a primeira pessoa negra à Lua até o ano de 2024.

Ao todo, o programa espacial da agência norte-americana já possui 12 países envolvidos: Austrália, Brasil, Canadá, Coréia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Itália, Japão, Luxemburgo, Nova Zelândia, Reino Unido e Ucrânia. O Brasil  é o único da América Latina que foi incluído. De acordo com Pontes, inicialmente o programa vai enviar astronautas norte-americanos e, posteriormente, profissionais de outros países envolvidos terão a oportunidade de ir ao satélite natural da Terra.

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O ministro também comentou que a participação do Brasil em projetos espaciais representa um avanço no país e aponta que entre as maiores vantagens está o engajamento das universidades, que vão passar a preparar novos pesquisadores neste segmento. Em 2006, Pontes se tornou o primeiro brasileiro a ir ao espaço. De acordo com o ministro, o programa Artemis é uma oportunidade para que mais brasileiros consigam realizar o mesmo feito.

Em setembro de 2020, a própria NASA anunciou que todo o projeto envolvido tem projeção de custo de aproximadamente US$ 28 bilhões (na conversão atual, cerca de R$ 140 bilhões). Segundo o administrador da NASA, Jim Bridenstine, todo este valor representa o custo programado para as despesas do Acordo Artemis até 2024. E que US$ 3,2 bilhões (R$ 16 bilhões) desse montante serão destinados para a construção que envolve o sistema de aterrissagem.

 

 

O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, chamou de "estrago" o corte no Orçamento da Pasta anunciado pelo governo e disse não ser possível "ligar e desligar" pesquisas.

"Ontem foi um dia muito movimentado em Brasília, com divulgação do orçamento 2021 com grande atraso, já estamos em abril. Estamos tanto trabalhando para o orçamento do ano que vem, quanto vendo o que vamos fazer com o orçamento deste ano, com o estrago, vamos chamar assim. Realmente foi muito comprimido esse orçamento", afirmou o ministro, em live feita neste sábado (24) nas redes sociais.

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Como mostrou reportagem, o presidente Jair Bolsonaro vetou R$ 200 milhões que seriam usados no desenvolvimento da vacina contra covid-19 "100% brasileira" anunciada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

No total, a pasta teve bloqueados R$ 272 milhões e vetados R$ 371 milhões. Os recursos bloqueados poderão ser liberados ao longo do ano, se houver arrecadação e espaço no teto de gastos, que limita o crescimento das despesas.

Hiato

Na live, Pontes disse que terá reuniões durante a próxima semana para discutir com sua equipe quais são os projetos que poderão ser continuados, quais ficarão em stand-by e quais precisarão ser cortados. Ele não disse o que ocorrerá com o projeto da vacina brasileira.

"É chato falar isso, mas é fato. Tem certos tipos de projetos que, sem orçamento, tem um hiato e esse hiato mata o projeto. Pesquisa não é uma coisa que dá pra ligar e desligar, não existe isso, é uma coisa que tem que ter continuidade", afirmou.

Ele disse ainda que, como ministro da Pasta, tem de defender o Orçamento da Ciência e Tecnologia e afirmou que os países desenvolvidos chegaram a esse patamar com investimento constante no setor.

"Não é uma coisa de uma hora pra outra, é igual à educação, não adianta investir um caminhão em educação em um ano e no outro ano não ter nada", afirmou. "Pessoal do governo fala muito em gasto, mas temos que ver que recursos para ciência e tecnologia não são gastos, são investimentos, que vão dar muito resultado para o País. Mas os resultados não são imediatos, têm de ser construídos".

No dia em que o governo de São Paulo anunciou a vacina do Instituto Butantan, a Butanvac, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcos Pontes, declarou já ter uma vacina em desenvolvimento na fase de testes clínicos, com voluntários, protocolada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Pontes disse que o governo federal investiu em 15 tecnologias diferentes desde o ano passado. "Três dessas vacinas avançaram para pré-testes; agora estão entrando para testes com voluntários. Em fevereiro, uma dessas vacinas se adiantou bastante com a Anvisa", disse. "A boa notícia é que uma dessas vacinas já tem o protocolo - na data de ontem - registrado na Anvisa", disse ele ao lado do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em conversa com jornalistas no Palácio do Planalto.

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Questionado se o anúncio desta sexta-feira, 26, estava relacionado com a divulgação do instituto paulista, Pontes disse se tratar apenas de uma coincidência e que era bom para o País ter mais de uma vacina em desenvolvimento.

Pontes afirmou que desde ano passado tem falado sobre a importância de ter vacinas brasileiras.

Segundo ele, os testes serão feitos agora em 360 pessoas para testar sua segurança e que o protocolo foi desenvolvido em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto (SP). Ele disse ainda que deve levar cerca de três meses para fazer testes da fase 1 e 2 e depois há outro cronograma para a fase 3. O desenvolvimento é uma estratégia de soberania, na avaliação do ministro. "Vimos a dificuldades que tivemos com importação", disse.

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, testou positivo para a Covid-19. A informação foi divulgada pela própria CGU, através de nota. De acordo com o órgão, o ministro seguirá em isolamento até receber alta médica. 

 “O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, testou positivo para a Covid-19 nesta quinta-feira (30). Ele ficará em isolamento até novo teste e alta médica. Até lá, manterá as atividades de forma remota”, diz o texto. O estado de saúde do auxiliar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não foi divulgado.

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Wagner é o segundo ministro que anuncia ter testado positivo para a Covid-19 nesta semana. O outro foi Marcos Pontes, ministro da Ciência e Tecnologia. Além deles, a primeira-dama Michelle Bolsonaro também foi infectada pelo novo coronavírus.

No último sábado (25), o presidente declarou ter tido alta da Covid-19 e testado negativo. Ele contraiu a doença no início do mês. 

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, informou que, após sentir sintomas de gripe, fez teste para detectar o novo coronavírus e recebeu diagnóstico confirmando que está com a doença. Ele comunicou que vai trabalhar em isolamento e seguirá despachando normalmente.

O anúncio foi feito nessa quarta-feira (29), no encerramento de transmissão ao vivo com o senador Roberto Rocha (PSDB-MA) e o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Moura, sobre a Base de Alcântara, no Maranhão. Pontes disse ter se submetido ao teste na terça-feira (28).

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"A gente vai tratar e vai dar tudo certo", comentou o ministro. "Vou até entrar nos testes da nitazoxanida, agora eu posso", acrescentou, em referência a vermífugo que a sua pasta vem testando em pacientes de Covid-19 para avaliar a eventual eficácia do medicamento no tratamento do vírus.

Pontes é mais um ministro a ser diagnosticado com a doença. Antes dele, Onyx Lorenzoni, do Ministério da Cidadania, Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Bento Albuquerque, de Minas e Energia. Ambos foram infectados na comitiva de Bolsonaro aos Estados Unidos, em março deste ano.

Com direito a jantar no sul da Flórida na presença do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a viagem deixou mais de 20 pessoas infectadas, incluindo o secretário de comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, com quem Bolsonaro teve contato.

Um levantamento feito pelo Estadão no dia 8 de julho mostrou que, até aquela data, quase 30% dos governadores do País foram contaminados com a doença, além de prefeitos, parlamentares e ministros de Estado. O número aumentou, uma vez que o governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD), testou positivo no dia 15.

Cientistas brasileiros seguem na busca por uma nova vacina ou medicamento capaz de tratar ou prevenir a Covid-19. Uma das linhas de pesquisa, solicitada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia tem potencial para oferecer uma resposta no enfrentamento ao COVID-19. O remédio mais promissor apresentou 94% de eficácia em ensaios com as células infectadas.

Foram realizados testes utilizando medicamentos que já são comercializados em farmácias para verificar se existe algum capaz de combater a doença. A estratégia chamada de reposicionamento de fármacos é adotada por uma força tarefa formada por 40 cientistas do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

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Foram testados dois mil medicamentos com o objetivo de identificar fármacos compostos por moléculas capazes de inibir proteínas fundamentais para a replicação viral. Com uso de alta tecnologia como biologia molecular e estrutural, computação científica, quimioinformática e inteligência artificial, os pesquisadores identificaram seis moléculas promissoras que seguiram para teste in vitro com células infectadas com o SARS-CoV-2.

Desses seis remédios pesquisados, os cientistas do CNPEM/MCTIC descobriram que dois reduziram significativamente a replicação viral em células. O remédio mais promissor apresentou 94% de eficácia em ensaios com as células infectadas.

Para garantir a continuidade dos testes clínicos, e por questões de segurança, o nome do medicamento selecionado será mantido em sigilo até que os resultados dos testes clínicos demonstrem a sua eficácia em pacientes.

O que se pode adiantar é que o fármaco tem baixo custo, ampla distribuição no território nacional e sua administração não está relacionada a efeitos colaterais graves e que pode ser usado por pessoas de diversos perfis inclusive em formulações pediátricas.

Já nas próximas semanas começam os testes com um grupo de 500 pacientes. A ideia é avaliar se o composto selecionado é eficaz e seguro para que seja recomendado como tratamento.

“Temos boas perspectivas que os resultados dessa pesquisa possam ser positivos e assim poderemos ajudar não só o Brasil, como outros países no combate à Covid-19”, revelou o ministro do MCTIC, astronauta Marcos Pontes.

“Os resultados obtidos ressaltam também a importância de investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento tecnológico. As respostas para problemas complexos, como esse, dependem de equipes altamente capacitadas e infraestrutura de ponta, capacidades que se formam com o tempo e exigem recursos constantes. Esperamos que a ciência brasileira seja cada vez mais valorizada para poder responder a problemas semelhantes que possam surgir no futuro. Seguimos esperançosos pelos resultados dos testes clínicos, seguindo os passos da ciência”, afirma Antonio José Roque, Diretor-Geral do CNPEM.

Com informações de assessoria

Até o final deste mês, todas as unidades de saúde do Brasil estarão conectadas pela internet. A promessa é do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes. “É um legado que vai ficar” do combate ao alastramento do novo coronavírus e do tratamento da covid-19. Segundo o ministro, a rede “vai facilitar a parte de telemedicina”.

Pontes, junto com ministros de outras pastas, participou nesta quarta-feira (1º) de entrevista coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília. Cada área relatou ações próprias e de apoio às iniciativas do Ministério da Saúde.

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Conforme anúncio do ministro, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) prepara edital de chamada pública para financiar o desenvolvimento de diagnósticos, testes clínicos, vacinas de pacientes, pesquisas de patogênese, sequenciamento dos vírus e modelagem. Os recursos serão do Ministério da Saúde (R$ 20 milhões) e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (R$ 30 milhões).

Além dessa chamada, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) vai custear (com R$ 50 milhões) a rede nacional de sequenciamento -  trabalho que mobiliza o Laboratório Nacional de Computação Científica (Petrópolis – RJ). “Isso vai ser muito válido para identificar qualquer tipo de mutação do vírus e para conseguir produzir vacinas com maior alcance e com maior eficiência”, explicou o ministro.

Outro projeto que conta com a participação de um grande laboratório público é o estudo computacional de moléculas, do qual participa o Laboratório Nacional de Biociências (Campinas – SP). De acordo com Pontes o trabalho “está bem adiantado”.

A pesquisa estudo cinco moléculas que têm capacidade “de interação com o vírus, de cancelar a reprodução, e [alterar] a relação com células.” As equipes estão fazendo testes in vitro com células reais e em breve, crê o ministro, será possível fazer testes com pacientes.

Durante a coletiva, o Ministério da Saúde anunciou a criação de um e-mail específico para receber contribuições externas de pesquisa e inovação para enfrentamento à covid-19. O e-mail é pesquisacovid19@saude.gov.br e já está funcionando. Podem enviar contribuições pesquisadores de todo o país que tenham projetos de pesquisa relacionados à epidemiologia, diagnóstico, tratamento e inibição da transmissão da doença.

 

O governo federal lançou esta semana a Câmara Saúde 4.0, instância dedicada a propor formas de promover a digitalização da saúde no país. Entre as intenções do Executivo está a integração de dados dos cidadãos que utilizam esses serviços, não somente no Sistema Único de Saúde (SUS) como na iniciativa privada.

A iniciativa faz parte do Plano Nacional de Internet das Coisas (IdC). O termo é empregado para designar o ecossistema de dispositivos conectados que se comunicam, não apenas computadores e smartphones, mas também sensores e eletrodomésticos inteligentes e até veículos. Grupos semelhantes já foram criados para as áreas de agricultura, indústria e cidades.

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“Quando se fala de saúde, temos um país grande, de difícil acesso. Por meio da tecnologia podemos levar mais qualidade de vida para as pessoas. Isso envolve 5G [novo padrão de conectividade móvel que vai suceder o 4G], envolve Internet das Coisas, que vai revolucionar como a gente vive com as máquinas interligadas e se comunicando”, destacou o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, em cerimônia que marcou a criação da Câmara, em Brasília.

O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, informou que um dos objetivos é constituir um sistema integrado no qual será criado um prontuário eletrônico de cada paciente, que vai reunir cinco tipos de dados dos cidadãos: consulta na atenção básica, resumo da internação, medicação consumida, exames laboratoriais e vacinas.

“Com esses cinco tipos de dados estamos fazendo um pequeno chassi e depois vamos acoplando inúmeras outras informações para construir essa magnitude de sistema, para conectar nossos 215 milhões de habitantes para não deixar ninguém para trás”, destacou o titular da pasta. Os dados coletados, continuou, podem ser utilizados para fins de pesquisa, construção de soluções em saúde, avaliação de situações relacionadas à cobertura vacinal e enfrentamento de doenças.

Segundo Mandetta, o projeto vai abarcar não somente os serviços públicos, mas também a iniciativa privada. “No nosso futuro prontuário, não faz diferença se é público ou privado, cada um tem que ter o seu”. Na Câmara, acrescentou, representantes do governo, dos gestores estaduais e municipais e do setor privado discutirão ações neste sentido.

“Acredita-se que em 2025 teremos 75 bilhões de dispositivos conectados à internet. Imagine a quantidade do uso dessas informações para a saúde. Seja no monitoramento de paciente crônico, seja no avanço da infraestrutura dos hospitais, já se fala em hospital 4.0, onde a gente vai automatizar todos os processos e precisar cada vez menos da interação humana”, complementou o diretor do Departamento de Informática do SUS, Jacson Venâncio.

O Ministério da Saúde começou a aplicar um projeto-piloto no estado de Alagoas, integrando todos os dados do Sistema Único de Saúde, como parte do programa Conecte SUS. O estado foi escolhido por facilidades geográficas e pela baixa informatização das unidades.

Cuidados

Na avaliação do médico e pesquisador associado do Núcleo de Pesquisa em Direito Sanitário da Universidade de São Paulo (NAP-DISA/USP) Daniel Dourado, o potencial de criação de um banco de dados de todos os cidadãos brasileiros para fins do prontuário unificado inspira cuidados acerca da segurança e das condições de acesso a essas informações, especialmente considerando que o governo sinalizou a possibilidade de integração não somente entre unidades do SUS, mas também entre agentes privados do setor."

Como eles não detalham como vai ser feito, o prontuário único vai ser usado como? Quem vai garantir que dados não sejam usados para alterar o preço dos serviços de saúde suplementar? Quem vai ser responsável pela segurança e pelo sigilo, já que a lei determina a responsabilidade do controlador e do operador do tratamento dos dados? No caso do prontuário, o dado não é apagado ao fim do uso, o que gera uma complicação adicional”, questiona o pesquisador.

Internet das Coisas

Em setembro do ano passado, a Agência Brasil publicou uma série de matérias sobre a Internet das Coisas. As reportagens mostravam como essas soluções tecnológicas podem trazer mudanças na forma como os serviços de saúde são ofertados. No combate a doenças crônicas e infectocontagiosas, esses equipamentos podem ser empregados para o monitoramento remoto de pacientes, auxílio à identificação e controle de epidemias e diagnósticos descentralizados. Neste último exemplo, inovações viabilizam a realização de exames sem a necessidade de enviar amostras para laboratórios, permitindo maior agilidade em decisões do tratamento, especialmente em locais remotos.

Na promoção da qualidade de vida, há soluções já em implantação no mercado, como monitoramento do condicionamento por meio de aparelhos como pulseiras, relógios e lentes de contato. Para assistência a pessoas mais velhas, pequenos sensores podem alertar quem faz o monitoramento em caso de queda.

Um sistema denominado “geladeira inteligente de vacinas” (vaccine smart fridge), de uma empresa nos Estados Unidos, possibilita o acompanhamento em tempo real da temperatura, o que contribui para evitar dano às doses. Além disso, com a tecnologia, o controle do estoque pode ser realizado em tempo real em qualquer lugar do mundo, facilitando a gestão das doses.

 

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (Mctic), Marcos Pontes, defendeu nesta terça-feira, 17, que os R$ 250 milhões do fundo da Lava Jato separados para sua pasta sejam usados em ações previstas para 2020 em vez de para pagamentos de bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Para pagar bolsistas até o final deste ano, Pontes afirma que pediu ao Ministério da Economia recursos novos. "Se tiver de usar em emergência (o recurso do fundo da Lava Jato), vou usar. Mas é preciso lembrar que usando esses R$ 250 milhões estou cortando orçamento de outros projetos importantes. Então, o ideal era que Ministério da Economia transferisse recursos novos. Isso que tenho batalhado com Paulo Guedes", disse Pontes.

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O Mctic tem enfrentado cortes no orçamento. Recentemente, Pontes remanejou R$ 82 milhões do orçamento de fomento do CNPq para pagar bolsas.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, validou nesta terça-feira, 17, acordo para uso do fundo da Petrobras, de cerca R$ 2,6 bilhões.

Pelo acordo, assinado pelo governo federal, representantes da Câmara, Senado e pela Procuradoria-Geral da República, cerca de R$ 1,6 bilhão irá para a educação, sendo R$ 250 milhões ao Mctic para alocar em ações de inovação, empreendedorismo e educação, como as bolsas de pesquisa do CNPq. Outro R$ 1,06 bilhão será destinado para ações na Amazônia de prevenção, fiscalização e combate a desmatamentos e incêndios.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, foi internado no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, na manhã desta quinta-feira, 12. A informação sobre o motivo da internação não foi passada pela assessoria do ministro ou pelo hospital. Pontes, de 56 anos, foi o primeiro (e único) astronauta brasileiro a viajar ao espaço. Foi em 2006, a bordo de um foguete russo.

No governo, o ministro tem sofrido com cortes no orçamento. Recentemente, anunciou que sua pasta não terá dinheiro para pagar bolsas de pesquisas do CNPq até o fim do ano. Na semana passada, fez remanejamento interno no orçamento para pagar o valor referente ao mês de setembro.

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A situação até o fim do ano, porém, ainda não está resolvida. Faltam ainda R$ 250 milhões até dezembro para garantir os repasses aos bolsistas. O pedido do ministro é que o dinheiro seja obtido junto do fundo abastecido com recursos recuperados pela Operação Lava Jato, mas ainda não há definição.

O ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, disse na noite de hoje (12), em Florianópolis, que o governo vai trabalhar para o aperfeiçoamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

“Toda essa conversa acabou resultando em um novo produto. O que nós vamos fazer, junto com o Ministério do Meio Ambiente, é trabalhar para o aperfeiçoamento, tanto para a captura de imagens, ampliando o número de satélites, quanto para o tratamento dessas imagens, junto com o Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis], para que a entrega seja feita na forma e na velocidade que o Ibama precisa para atuar”, disse.

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Segundo o ministro, essas ações vão ajudar o governo a reduzir o desmatamento. “No final de tudo isso, o objetivo é reduzir o desmatamento, ajudando o governo a reduzir o desmatamento para que o Ibama possa cumprir sua função. Não vamos discutir só os números. Temos que discutir as ações para a frente”, disse a jornalistas, após discursar no Innovation Summit, na capital catarinense.

Abertura do evento

O ministro participou nesta segunda-feira da cerimônia de abertura do Innovation Summit, que começou hoje e termina na quarta-feira (14). Segundo o ministro, o evento, do qual o ministério participa, é importante “não só para o desenvolvimento e compartilhamento de ideias, mas também para cada um daqueles que sonham em ter sua empresa, observar onde pode conseguir financiamento, quais as ferramentas que existem para ajudar e qual a legislação que existe e vem aí para a frente”. O Innovation Summit, disse, é importante também para o país, como um todo, poder utilizar ideias daqui como exemplos para o desenvolvimento de outras regiões.

Pontes disse que, até o final deste ano, o governo pretende bater a meta de 10 mil pontos de internet banda larga por meio do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC). Desde janeiro, o ministério, em parceria com a Telebras, fez a instalação de conexão em 8 mil pontos. 

“Até o final do ano, a gente pretendia chegar a 10 mil [pontos], mas acho que vamos passar essa meta, pelo que estou vendo. O que é muito bom”.  O ministro disse que há negociação com outros ministérios para a ampliação do número de pontos instalados. Ele citou negociações com os ministérios da Cidadania, da Justiça e da Saúde.

“Tenho muito carinho a esse respeito porque quando você vai no meio da Amazônia ou em lugares distantes, nas zonas rurais, as pessoas podem morrer porque é difícil o transporte e o acesso. Mas se tiver um exame antecipado, você pode salvar a vida dessas pessoas. O meu objetivo, por meio desses sistemas, é interligar esses lugares com internet rápida, de forma que você tenha equipes do Ministério da Saúde que possam trabalhar com equipamentos cedidos também pelo ministério, fazer exames e determinar com antecedência necessária para salvar essas vidas”.

*A repórter viajou a convite da organização do evento Innovation Summit

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