Butanvac: testes em humanos dependem de mais dados
Segundo a Anvisa, o protocolo de pesquisa clínica já está aprovado, mas ainda faltam dados específicos para iniciar os testes em humanos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que, na segunda-feira (28), foi realizada uma reunião com técnicos da agência e do Instituto Butantan para discutir a vacina Butanvac contra a Covid-19. Segundo a agência, o protocolo de pesquisa clínica já está aprovado, mas ainda faltam dados específicos para iniciar os testes em humanos.
Em nota, o órgão regulador afirma que o objetivo da reunião foi avaliar as informações já apresentadas pelo Butantan. "Mas para que a vacina comece a ser aplicada em seres humanos é necessário apresentar dados específicos, que ainda estão sendo gerados pelo Butantan", afirma. Segundo a Anvisa, um exemplo dos dados faltantes se refere à inativação do vírus utilizado na vacina.
Em 9 de junho, a agência autorizou o início da pesquisa clínica do imunizante. À época, a Anvisa disse que 400 pessoas com mais de 18 anos devem participar da primeira etapa do estudo. Já nas demais, há expectativa que 6 mil voluntários recebam a vacina. A administração da Butanvac, que acontece em duas doses com intervalo de 28 dias, acontecerá no Hospital das Clínicas (FMUSP) e no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.
No dia 14 de junho, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) afirmou que os testes clínicos da vacina Butanvac deveriam começar até o fim do mês. Segundo Doria, as três fases de testes clínicos devem ser concluídas em 120 dias. Depois disso, os dados são submetidos a uma nova avaliação pela Anvisa.
A assessoria de imprensa do Butantan informou que os dados solicitados pela Anvisa estão sendo providenciados e que, enquanto isso, o pré-cadastro para voluntários continua aberto. Mais de 93,7 mil pessoas se inscreveram no site da Butanvac para participar dos testes da vacina.