Caso Beatriz: suspeito é identificado e confessa crime
Beatriz foi assassinada em 2015, em Petrolina, Sertão pernambucano. Segundo a Secretaria de Defesa Social, o acusado já estava preso por outros crimes
A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) divulgou que, por meio do trabalho conjunto das forças estaduais de segurança pública, chegou, nesta terça-feira (11), ao autor do assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, ocorrido em 2015, em Petrolina, Sertão de Pernambuco.
De acordo com a SDS, a equipe revisitou todo o inquérito e realizou novas diligências. A identificação do suspeito se deu por meio de análises do banco de perfis genéticos do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, realizadas nesta terça-feira, que identificou o DNA recolhido na faca utilizada no crime.
Em confrontação de perfis genéticos do banco, chegou-se ao DNA do suspeito, que já estava preso por outros delitos em uma unidade prisional do Estado. Ao ser ouvido pelos delegados da Força-Tarefa, ele confessou o assassinato e foi indiciado.
Outros detalhes serão repassados em coletiva de imprensa que será realizada na manhã da quarta-feira (12), no auditório da SDS, com representantes da Polícia Civil, Polícia Científica e Ministério Público de Pernambuco.
Conheça o caso
Em 10 de dezembro de 2015, a menina Beatriz Angélica Mota Ferreira da Silva foi assassinada por 42 golpes de faca, aos sete anos de idade. A menina atendia à uma festa de formatura no colégio Auxiliadora, instituição católica tradicional de Petrolina, e onde seu pai, Sandro, trabalhava como professor veterano de inglês. No dia, cerca de três mil pessoas circularam pelas dependências do colégio, que concentrou o evento na quadra de esportes. A última vez que Beatriz foi vista ela estava no bebedouro próximo à quadra e aos fundos da escola, por volta das 21h59. O momento foi registrado pelas câmeras de segurança.
Como Beatriz não retornou após pedir para beber água, com cerca de 20 minutos, os familiares anunciaram o desaparecimento da criança e uma busca geral foi iniciada. Momentos depois, o corpo da vítima foi encontrado atrás de um armário em uma sala de material esportivo desativada após um incêndio provocado por ex-alunos do colégio.
A família de Beatriz questiona a demora no caso e a ausência de respostas para algumas perguntas, como a localização dos DNAs encontrados na cena do crime; a reforma feita na sala de balé – que não foi periciada – próxima à sala onde a vítima foi encontrada; a demora para o isolamento do prédio; dentre outras questões.