Protesto em Belém cobra reforma de escola e merenda
Professores e alunos do Augusto Meira, no bairro de São Brás, promoveram ato público para reclamar da falta de alimentação e das péssimas condições do prédio
Alunos e professores da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Augusto Meira, localizada no bairro de São Brás, em Belém, se reuniram e realizaram um protesto na manhã de terça-feira (19), para denunciar a falta de alimentação e de reformas na estrutura do local. A instituição tem vários problemas estruturais há bastante tempo, como diz o professor Beto Andrade, representante do Sindicato de Trabalhadores e das Trabalhadoras em Educação Pública do Pará (Sintepp), que deu apoio à comunidade escolar durante a manifestação.
Segundo o professor, o ato foi realizado em formato de aula pública de cidadania com a intenção de chamar atenção para a situação da escola Augusto Meira, de outras escolas que também funcionam em tempo integral e das escolas do Estado do Pará como um todo, que sofrem com a irregularidade ou a falta de merenda escolar.
“Isso é um problema histórico, grave, crônico, crítico, e que não se resolve. Nas escolas de tempo integral isso é pior, não que seja menos problemático para as escolas regulares, mas porque os alunos têm que ficar lá o dia todo”, ressaltou Beto Andrade.
Como solução, o professor citou a otimização dos recursos para a melhoria das condições dessas instituições escolares. Esse problema, como observa o professor, impacta diretamente a qualidade de vida, de ensino e causa o adoecimento das pessoas. “O aluno de escola pública tem que se contentar com o mínimo, e nem o mínimo às vezes. Isso é muito perverso”, critica.
Segundo Beto Andrade, cerca de 75% das escolas estão com os conselhos escolares inadimplentes e não estão recebendo recursos. “Quando a escola não recebe esses recursos, pequenos reparos que poderiam evitar maiores danos depois não são feitos. Então falta organização, disciplina e vontade política do governo para poder avançar”, afirma.
Procurada pelo LeiaJá, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), por meio de sua assessoria, pediu que os questionamentos fossem encaminhados por e-mail. Até a publicação dessa notícia, porém, não respondeu.
Por Isabella Cordeiro (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).