Garota de 13 anos é abusada em sala de aula por 4 alunos

O abuso aconteceu durante o recreio, dentro da sala de aula no Rio de Janeiro

por Jameson Ramos ter, 21/06/2022 - 13:03
Pixabay Punho humano em primeiro plano, com mulher sentada ao fundo Pixabay

Uma mãe denuncia que sua filha, de 13 anos, foi abusada sexualmente dentro da escola na cidade do Rio de Janeiro por quatro alunos. O abuso teria acontecido no mês de março, durante a hora do recreio. Dois deles teriam segurado a vítima pelos braços e o grupo começou a passar a mão nas partes íntimas da adolescente.

Como forma de proteger a identidade da menor, o nome da mãe, da escola e região onde o crime aconteceu não podem ser divulgados. 

Segundo relatado pela matriarca ao jornal Extra, o abuso durou cerca de três minutos e só parou porque outro estudante avisou que tinha gente chegando no local. "Ao dizer o nome da minha filha na chamada, o professor olhou e viu que ela estava chorando muito. Ele perguntou o que houve, e de imediato percebeu uma movimentação estranha entre esses estudantes. A direção acabou acionada e os quatro, em um primeiro momento, receberam uma suspensão de um dia", relata.

Em casa, a adolescente contou, de forma superficial, o que tinha acontecido para sua avó - que após saber um pouco dos fatos, mandou mensagens para a filha sobre o abuso sofrido pela neta na escola. "Foi um momento muito doloroso ver a minha filha, uma menina tão doce, desesperada daquele jeito", assevera.

A garota revelou à mãe que os garotos fizeram algumas ameaças. A mulher resolveu procurar a polícia e, na delegacia, a vítima conseguiu relatar detalhes que antes não tinha falado. Depois que o caso foi para a polícia, os quatro alunos foram expulsos da escola. 

"O chefe do tráfico chegou a me procurar quando soube, perguntando se a gente queria que 'desse um corretivo' neles. Eu falei que de jeito nenhum. Não quero ter esse sangue nas minhas mãos. Prefiro confiar no trabalho da polícia e na Justiça, porque impune não pode ficar", detalha a mãe.

Ainda conforme dito pela genitora, a garota está fazendo acompanhamento psicológico em uma Clínica da Família e um outro tratamento psicológico particular está sendo providenciado pela família, por acreditar que a vítima precisa de mais sessões.

A Secretaria Municipal do Rio de Janeiro afirmou por meio de nota enviada ao LeiaJá que é contra qualquer tipo de abuso dentro e fora dos espaços escolares e que tomou as providências devidas. 

Confira a nota na íntegra

O caso ainda está sendo investigado pela polícia, mas trata-se de uma suspeita grave de abuso sexual praticado por quatro adolescentes contra uma estudante durante o horário escolar. Imediatamente após o ocorrido, a direção da unidade convocou os responsáveis dos menores para uma reunião e tomou providências. No encontro, ficou acordado entre as partes que os quatro alunos suspeitos seriam transferidos para outras unidades, com o objetivo de garantir o afastamento dos agressores da jovem e preservar a permanência da aluna na unidade, que demonstrou interesse em continuar na mesma escola à época.  

Outra providência, também acolhida à época, foi a transferência de turma da menina, visando oferecer um novo ambiente para a jovem dentro da unidade. A medida tomada com relação aos quatro alunos suspeitos faz parte das orientações contidas na Resolução SME nº 1074 de 14 de abril de 2010, que dispõe sobre o Regimento Escolar Básico do Ensino Fundamental da Rede Pública do Município do Rio de Janeiro.   

Em função da gravidade da ocorrência, a Unidade Escolar acionou o PROINAPE (Programa Interdisciplinar de Apoio às Escolas) que, de imediato, fez contato com a Unidade de Saúde de referência do território da Unidade Escolar a fim de garantir atendimento psicológico à aluna. Desde então, ela vem recebendo acompanhamento psicológico em uma Clínica de Saúde da Família da região. 

Mais um uma vez, a secretaria reforça que é contra qualquer tipo de abuso dentro ou fora dos espaços escolares. Imediatamente após o ocorrido, a direção da unidade atuou com os alunos envolvidos diretamente no caso, e, também, com os demais estudantes da turma. O caso foi registrado na polícia, representantes da unidade escolar já foram à unidade policial e estão colaborando no que for necessário para investigação e elucidação do caso.

A Secretaria Especial de Políticas e Promoção da Mulher também irá apoiar no acolhimento da jovem. A Secretaria de Educação reforça que, para preservar a estudante, não pode informar o nome da aluna, unidade de ensino ou região onde ela estuda, nem mesmo mais detalhes sobre o caso, que possam levar a uma possível identificação dos menores. 

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