Justiça francesa confirma proibição do burkini em piscinas
O ministro do Interior, Gerald Darmanin, celebrou a decisão no Twitter como 'uma vitória da lei contra o separatismo e pelo laicismo'
O Conselho de Estado da França vetou nesta terça-feira (21) o burkini nas piscinas públicas. O traje de banho cobre a cabeça e o corpo de mulheres muçulmanas e seu uso é polêmico.
O caso que agitou o debate sobre o islamismo na França começou em meados de maio quando o conselho municipal de Grenoble (sudeste) relaxou a normativa sobre os trajes permitidos nas piscinas, sem mencionar diretamente o burkini.
O Ministério do Interior apresentou uma queixa por considerar que a medida atentava contra os princípios do laicismo.
Quando um tribunal administrativo de Grenoble deu razão ao Estado, a cidade decidiu apelar e o Conselho de Estado foi encarregado do caso.
Nesta terça-feira, a mais alta jurisdição administrativa confirmou a decisão do tribunal de Grenoble ao entender que o novo regulamento das piscinas constitui uma "exceção muito seletiva" para satisfazer uma "reivindicação religiosa".
O ministro do Interior, Gerald Darmanin, celebrou a decisão no Twitter como "uma vitória da lei contra o separatismo e pelo laicismo".
Em 2016 a tentativa de alguns prefeitos do sul da França de proibir o burkini nas praias do Mediterrâneo gerou a primeira tormenta política em torno do traje que alguns consideram um símbolo da opressão à mulher.