Carro e casa com bandeiras de Lula e MST são alvejados
Episódios ocorreram no bairro do Ipsep, Zona Sul do Recife. Vítimas acreditam que o ocorrido tenha motivação política
Na madrugada desta quarta-feira (19), uma casa que tinha a bandeira do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e um carro que tinha a bandeira do ex-presidente Lula (PT) foram atacados a tiros no bairro do Ipsep, localizado na Zona Sul do Recife.
Djalma Machado de Souza Filho, aposentado de 75 anos, é o dono do imóvel. A professora Danieli Maria da Silva é a proprietária do veículo, que foi alvejado a 700 metros da casa do aposentado. Ela, inclusive, acreditava que tinha sido a única vítima.
Segundo o G1, quando foi prestar queixa na delegacia, Maria encontrou Djalma relatando o ataque que, para ele, pode ter sido motivado por questões políticas.
"Acho que quiseram atirar na bandeira do MST, que está há 42 dias hasteada ao lado de um adesivo pequeno de Lula com Danilo Cabral. O primeiro tiro foi na janela que fica por trás da bandeira, ao lado do adesivo. Depois, eles deram ré no carro, chegaram bem no meio-fio da garagem, que tem um portão de ferro vazado, e atiraram na traseira do carro, estilhaçando o vidro traseiro", contou o homem.
As vítimas relataram que os casos aconteceram após a meia-noite. Uma vizinha falou ao aposentado que viu quando o segundo tiro foi dado dentro de um carro, identificado por ela como um Celta pequeno de cor "verde musgo". Acredita-se que havia dois suspeitos dentro do veículo.
A professora detalhou que o seu carro estava com a bandeira do ex-presidente Lula estacionado na frente de sua casa. "Quando acordei pela manhã, tinham atirado nos dois vidros. Como foi do lado da bandeira de Lula, imaginei que fosse alguma coisa relacionada à política. Meus filhos falaram que achavam que tinham atirado. Eu pensei que poderia ter sido pedra. Na minha rua, a maioria é eleitor de Bolsonaro", revelou em entrevista.
Ao LeiaJá, a Polícia Civil confirmou que registrou o fato por meio da delegacia do Ipsep como ocorrência de dano/depredação. "As investigações foram iniciadas e seguem até esclarecimento do caso", pontuou. A polícia não detalhou se há outros casos registrados em Pernambuco e se os possíveis suspeitos já foram identificados.