8 de março: mulheres do MST acampam na Praça do Derby
A ocupação ocorre a partir desta segunda (6) e tem como objetivo a mobilização do Dia Internacional de Luta das Mulheres, o 8 de Março e conta com programação extensa
Mulheres do MST ocupam o Derby nesta segunda (6) em acampamento para o 8 de março A programação conta com a realização de palestras e oficinas ligadas às temáticas de gênero, raça e com foco na Reforma Agrária Popular A partir desta segunda-feira (6), cerca de 500 mulheres do Movimento dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST), de diversas regiões de Pernambuco, estarão acampadas na Praça do Derby para a mobilização do Dia Internacional de Luta das Mulheres, o 8 de Março.
O acampamento faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra, que é organizada anualmente pelo MST em todo Brasil, e este ano tem como mote a frase “O agronegócio lucra com a fome e a violência. Por terra e democracia, mulheres em resistência!”.
Vindas de várias partes do estado, as mulheres sem terra chegarão ao Recife a partir da manhã da segunda-feira e só retornarão às suas cidades ao fim do Ato Unitário do 8 de Março, na quarta-feira (8), que é realizado por diversos movimentos e diversas organizações populares. A programação do acampamento conta com a realização de palestras e oficinas ligadas às temáticas de gênero, raça e com foco na Reforma Agrária Popular.
“No campo ou na cidade, nós mulheres somos violentadas por esse sistema capitalista, que traz consigo o conservadorismo, a misoginia, a homofobia e o racismo. Vamos estar organizadas e acampadas em todas as capitais do país para denunciar o agronegócio, que é o causador da fome, e pautar a Reforma Agrária Popular que produz comida saudável para a mesa do povo brasileiro”, explica Maria Aparecida Pereira da Silva, da Direção Nacional e do Setor Estadual de Gênero do MST.
O MST constrói a luta pela vida das mulheres e se soma ao 8 de Março nas diversas regiões do país com as suas pautas, denunciando as violências do agronegócio e a necessidade de uma Reforma Agrária Popular para o Brasil e de uma expansão da Agroecologia. Da Direção Nacional do Setor de Gênero do MST, Lucineide Freitas lembra que o agronegócio, apesar de “toda campanha publicitária na construção de uma imagem de ‘pop’”, se estrutura na violência contra a natureza, o povo e a democracia.
“Quando as mulheres denunciam essa violência do agro-golpe-tóxico-negócio, elas pautam a necessidade de um modelo de desenvolvimento do campo diferente, que possibilite a produção de alimentos saudáveis pela agroecologia, que enfrente a violência contra a natureza e as questões ambientais, e que projete territórios livres de violência através de relações sociais e humanas emancipadas”, explica Lucineide sobre as as reivindicações das mulheres sem terra neste 8 de Março.
A data, apesar de ter o foco nas mulheres, representa a abertura do calendário da luta por direitos do povo brasileiro e se tornou uma data imprescindível para evidenciar as pautas que impactam diretamente a vida das mulheres e de muitas famílias no país. SERVIÇO Acampamento das Mulheres Sem Terra para o 8 de Março em Pernambuco (Jornada Nacional das Mulheres Sem Terra 2023) De 6 a 8 de Março Na Praça do Derby (Recife-PE)
*Da assessoria