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Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) realizaram, na manhã desta segunda-feira (20), no Centro do Recife, um protesto que reivindicou moradia para, pelo menos, 200 famílias da cidade. A Conde da Boa Vista, uma das principais avenidas do comércio, foi bloqueada nos dois sentidos às 7h e liberada por volta das 8h40. Agentes da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) coordenaram o trânsito e acompanharam o desvio da manifestação para o segundo ponto, na Praça do Diário. 

De acordo com o órgão, o bloqueio aconteceu na altura do cruzamento com a Rua Gervásio Pires. No local, a fumaça provocada pela queima de pneus dificultou a passagem dos pedestres e impediu o tráfego. 

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Os manifestantes cobram da Prefeitura do Recife (PCR) respostas sobre o destino de cerca de 500 pessoas, que podem perder suas moradias nesta segunda-feira (20). São os ocupantes de um terreno da União, no Engenho do Meio, e que teriam recebido ordem de despejo com prazo determinado para hoje. Com o fim da concentração na Boa Vista, os manifestantes seguiram em caminhada à Praça do Diário. 

De pequenos atos de ajuda ao próximo a inspiração para letras de músicas, a gentileza é considerada uma ação que pode trazer mais leveza, empatia, bondade e caridade ao cotidiano das pessoas. Sendo assim, para comemorar o Dia Mundial da Gentileza, celebrado nesta segunda-feira (13), o LeiaJá revela, nesta reportagem, projetos que praticam solidariedade na Região Metropolitana do Recife. Além disso, entrevista a psicóloga Thays Santos para entender quais os efeitos da prática de ações gentis para o nosso corpo.

Gentileza gera gentileza

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Se você já se perguntou de onde surgiu a tão conhecida frase "gentileza gera gentileza", saiba que o autor dela foi um pregador urbano que, através das suas frases sobre amor ao próximo e solidariedade, logo se tornou conhecido, nacionalmente, como Profeta Gentileza. José Datrino, que nasceu no Rio de Janeiro, se tornou uma figura popular na capital carioca pois pintava suas artes, como a frase citada, em estruturas da cidade. Além disso, tinha o costume de oferecer flores para as pessoas que cruzavam seu caminho nas ruas.

Profeta Gentileza  Foto:Rctk Carioca/Flickr

Na década de 80, 56 pilastras do Viaduto do Gasômetro, que iam do Cemitério do Caju até o Terminal Rodoviário do Rio de Janeiro foram pintadas com palavras em verde e amarelo, propondo sua crítica do mundo e sua alternativa ao mal-estar da civilização.

Em 1996, o Profeta Gentileza morreu na cidade de Mirandópolis, em São Paulo, mas a sua história continuou sendo inspiração para artistas no país. Em 2000, a cantora Marisa Monte homenageou José Datrino em sua música "Gentileza", do álbum Memórias, Crônicas e Declarações de Amor. Um ano após a artista da MPB lançar a obra, a escola de samba Acadêmicos do Grande Rio, contou a vida do Profeta para centenas de pessoas que estavam presentes no Sambódromo Marquês de Sapucaí para assistirem a segunda noite de desfiles daquele carnaval.

Foto: Divulgação/Liesa

Na época, o autor do enredo, o carnavalesco Joazinho Trinta, conhecido por seus desfiles históricos, como "O Segredo das Minas do Rei Salomão" no Acadêmicos do Salgueiro em 1975 e "Ratos e Urubus Larguem a Minha Fantasia" na Beija flor de Nilópolis em 1989, conseguiu obter a nota máxima de todos os jurados do quesito enredo. A Grande Rio terminou a apuração em sexto lugar, voltando no desfile das campeãs.

Alimentar é um gesto de amor

Se a gentileza conseguiu fazer a mensagem do Profeta Gentileza ficar gravada em esquinas e em mentes de muitas pessoas, ela também consegue estar presentes em várias ações de projetos sociais no país.

No bairro da Torre, no Recife, o Movimento dos trabalhadores Sem Teto (MTST) fundou em 2021 - durante o período da pandemia do coronavírus - a Cozinha Solidária Vila Santa Luzia. O espaço, que funciona através de doações, funciona da seguinte forma: moradores e moradoras da comunidade vão até o local para poder se alimentarem com refeições preparadas no local por membros do movimento.

O projeto tem o objetivo de oferecer refeições e um espaço de escuta para pessoas das ocupações do movimento e outras famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social no entorno. Além da cozinha solidária, o espaço tem uma sala de estudos infantis e uma horta, que surgiram a partir das necessidades das famílias beneficiadas.

Outro projeto que também trabalhará de forma semelhante ao do bairro da Torre, é o Cozinha Popular Solidária das Palafitas do Bode. Nesta próxima terça-feira (14), o espaço localizado no bairro do Pina, Zona Sul da capital pernambucana, terá a capacidade de produzir 200 refeições diárias. Isso só será possível devido as doações em dinheiro que podem ser feitas em transferência PIX (09.423.270/0001-80). Além disso, pessoas que queiram doar alimentos não perecíveis podem ir até o Armazém do Campo, na Avenida Martins de Barros, 387, no bairro de Santo Antônio, área central do Recife.

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Gentileza: o corpo faz, o corpo sente

Em entrevista ao LeiaJá, a psicóloga Thays Santos explica que a prática de pequenas ações gentis pode “ativar neurotransmissores no nosso corpo”, fazendo com que os "nossos dias sejam mais leves".

“Hormônios como a dopamina e serotonina serão ativados. Eles são conhecidos como hormônios da felicidade, e com isso nós teremos essa troca, essa ativação nesses neurotransmissores que vão ajudar a gente a ter um dia a dia mais leve. E quando a gente pensa numa questão de autoestima, ou seja, ser mais gentil conosco, também causamos essa paz consigo. Esse reconhecimento não é só para a nossa imagem em si, como aparência, mas para as nossas capacidades, nossas potencialidades. Então, esse exercício de gentileza é algo que faz com que a gente tenha uma melhora na saúde, de uma forma totalmente holística”, revela a especialista.

Thays também afirma que quando escolhemos fazer parte de projetos sociais e de ambientes que praticam a gentileza podemos ter chances de afastarmos alguns transtornos que afetam as nossas mentes. Para explicar isso, a psicóloga usa dois exemplos: um ambiente hostil e um ambiente acolhedor.

“Por exemplo, podemos observar o quanto o mal-estar dentro de um ambiente pode interferir para que uma pessoa que sofre bullying possa desenvolver algum transtorno ou possa agravar algum transtorno. E aí que a gente percebe que quanto mais o ambiente for saudável, essas questões forem trabalhadas positivamente, diminuirá as chances de você desenvolver um transtorno ou que esse transtorno seja agravado”, pontua.

Cerca de 400 famílias formam a ocupação Carolina de Jesus, localizada ao lado do Terminal Integrado do Barro, no bairro de Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife. O espaço que carrega o nome da ex-catadora, mãe solo e autora do livro Quarto de Despejo: Diário de uma favelada é divido em G1, G2 e G3, moradias que são habitadas por pessoas vindas de diversos municípios pernambucanos e encontram apoio organizativo, social e educacional no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Há três semanas, brigadistas, com formação em pedagogia ou licenciaturas, do setor de Educação do MTST promovem aulas para jovens, adultos e idosos do assentamento. “O MTST está fazendo um papel que deveria ser garantido pelo Estado. O papel de garantir a Educação para jovens, adultos e idosos sem teto. A nossa Educação não é assistencialista. É uma Educação popular que se propõe a pensar sobre o direito à cidade, a realidade excludente da cidade do Recife, as condições de vida das pessoas sem teto e dos problemas que os afetam”, explica Fátima Dutra, coordenadora do setor de Educação do MTST-PE.

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Fátima Dutra, coordenadora do setor de Educação do MTST-PE. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

As aulas são realizadas sempre aos sábados, das 14h até às 17h, no espaço do que um dia foi uma creche na Carolina de Jesus. À reportagem, Fátima conta que a ONG responsável pela iniciativa ficou sem recursos para manter a creche, por isso, foi descontinuada. A estrutura feita, em sua totalidade, de madeira foi recentemente reformada pela brigada para receber a primeira Educação de Jovens e Adultos (EJA) em uma ocupação no Estado. Ainda em caráter experimental, o projeto conta com uma turma reduzida e alunos de faixa etária que varia entre 20 e 67 anos de idade.

Parede da sala de aula da EJA na Ocupação Carolina de Jesus. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Ao se aproximar do horário de início das atividades na EJA, os militantes do setor de Educação do MTST realizam o chamamento porta-a-porta dos estudantes, que, aos poucos, formam uma espécie de romaria até a sala de aula. Ao LeiaJá, Fátima Dutra salienta que a Educação promovida na Carolina de Jesus é carregada de resistência, que é “alimentada pelo sonho de construir uma vida mais digna para os jovens, adultos e idosos sem teto. É o sonho de ver todos os nossos companheiros alfabetizados e contribuir com o processo de consciência política e de leitura de mundo de uma sociedade que se torna cada vez mais desigual e injusta”. 

Brigadista realizam chamamento 'porta a porta dos alunos'. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Brigadista realizam chamamento 'porta a porta' dos alunos. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Militante do MTST e professor de filosofia, Renato Libardi comenta que a EJA no assentamento é reflexo de reuniões, planejamentos e formações. “Isso tudo aqui, inclusive, a pintura, esse chão limpo e todos os conteúdos foram frutos de muitas conversas, muitas reuniões on-line e presenciais, capacitação aqui, inclusive, com os próprios alunos. Foram muitas capacitações e formações”, disse. Esta é a primeira experiência do docente com estudantes da EJA em processo de alfabetização.

“Como militante, a gente precisa pegar tarefa. Mesmo com receio, pois, não sou formado em pedagogia, minha formação é em filosofia, e após a capacitação, percebi que dava para atuar aqui. A missão é muito bonita. Meu interesse, realmente, foi esse de pegar essa tarefa porque é algo fundamental e é minha primeira experiência. Então, a gente precisava tirar isso do papel, até porque há outras ocupações com essa mesma demanda [EJA] e a gente precisava de um projeto inicial”, pontua.

Renato Libardi é professor de filosofia e militante do MTST-PE.  Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

De volta à sala de aula

As histórias dos alunos se misturam dentro e fora da sala de aula. À reportagem, muitos alegam que foram privados de estudar por questões sociais e familiares. Entre os estudantes está Valdemiro José, de 52 anos, morador da Carolina de Jesus há seis anos. Ao LeiaJá, ele, que é natural de Surubim, frequentou por pouco tempo a escola. "Eu não tenho estudo. Quando a chuva chegava, a gente ia [sic] trabalhar. Chegou um tempo que meu pai falou: "não vai estudar mais não. Vai tudinho trabalhar", relembrou.

"Não sei ler e nem escrever. Essa escola está sendo 'top' para mim. Eu e meus companheiro não vamos nunca deixar [a EJA], que é melhor aqui do que a gente pra fora. Eu vou continuar aqui, não quero ir pra outro lugar não", afirma Valdemiro à reportagem, após ser questionado sobre a continuidade no projeto. 

Valdemiro José, de 52 anos, morador da Carolina de Jesus há seis anos. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Maria Severina, de 67 anos, foi uma das primeiras moradoras do assentamento, em 2017. Ela afirma que nunca frequentou a escola. "Minha mãe trabalhava em um engenho, saia na segunda e só voltava para casa no sábado. Eu tinha sete irmãos pequenos, então eu precisava ficar em casa para cuidar deles e tomando conta da casa. Eu gostei [da EJA], estou achando ótimo. O que eu mais quero aprender é assinar o meu nome e outras coisas também né?", ressalta.

Maria Severina, de 67 anos, foi uma das primeiras moradoras do assentamento, em 2017. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Ana Lúcia da Silva, de 64 anos, também fez moradia na Carolina de Jesus desde o início. Diferente dos vizinhos e colegas de turma, ela frequentou a sala de aula até os 13 anos, período em que saiu de casa. "O marido da minha mãe tinha um jeito diferente, ficava olhando para mim e para as minhas três irmãs. Ele tinha muito ciúme de mim. Eu trabalhava carregando água para lavar roupa e, um dia, quando estava voltando para casa, vi ele com 'safadeza' com a minha irmã. Contei para a minha mãe, mas ela não acreditou. Aí, saí de casa", conta.

Ana Lúcia vê na EJA uma possiblidade de ingressar em um curso e, assim, voltar ao marcado de trabalho. Desempregada, ela pontua as coisas que mais gosta na sala de aula. "Gosto das palestras, das conversas, das brincadeiras". "Moro sozinha, eu e Deus, pronto. Quando falaram das aulas, eu aceitei na hora. Toda vez eu venho, gosto daqui...gosto mesmo daqui", reforça.

Ana Lúcia da Silva, de 64 anos. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

A Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab) iniciou o processo de chamamento público de entidades e movimentos sociais que têm interesse em construir moradias populares em terrenos cedidos pelo Estado de Pernambuco.

A empresa estadual lançou o edital para três áreas que, juntas, têm espaço para a construção de 560 novas unidades habitacionais. Nas próximas semanas serão levantadas novas convocações para, pelo menos, sete outros terrenos.

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Neste primeiro lote estão incluídas áreas para moradias populares no bairro de Casa Amarela, num espaço de 36 mil metros quadrados localizado na Avenida Vereador Otacílio Azevedo, em Brejo dos Macacos. O segundo terreno está localizado no bairro do Bongi, na Rua Isaac Markman, no Loteamento Bráulio Gonçalves da Rocha, e a terceira área fica num terreno da Rua Japaranduba, em Água Fria.

Ao fornecer as áreas, o governo de Pernambuco agiliza os processos de propriedade que podem ser usados como contrapartidas no Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), abrindo oportunidade de contratar mais unidades do que a prevista inicialmente pelo governo federal.

Em julho, o Ministério das Cidades regulamentou o MCMV Entidades, linha que subsidia unidades habitacionais novas em áreas urbanas com recursos do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS). Para o ano de 2023, a meta do governo federal é contratar 16.000 unidades habitacionais, sendo 887 em Pernambuco. A ideia do governo Estadual é superar esse número. “Teremos mais de duas mil unidades disponíveis para habitação de interesse social através da modalidade Minha Casa Minha Vida - Entidades, numa parceria com os movimentos sociais de luta por moradia”, destaca Paulo Lira, diretor-presidente da Cehab.

A secretária da Pasta, Simone Nunes, destaca que o MCMV Entidades abre oportunidades para o governo trabalhar em várias frentes, inclusive na qualificação profissional. Nesta modalidade do MCMV, os movimentos sociais se envolvem, inclusive, na construção das edificações. "Temos oportunidade de qualificar profissionalmente esse pessoal que vai participar das obras, com oficinas pedreiro, pintor e marceneiro. Dessa forma, conseguimos diminuir o investimento público em mão de obra e ainda gerar profissionalização", comentou.

Integrantes do Movimento de Trabalhadores Sem Teto (MTST) realizaram uma passeata nesta quarta-feira (8) contra o pedido de reintegração de posse recebido na última terça-feira (7) na ocupação Maria Firmino dos Reis, localizada na Rua do Hospício, no centro do Recife. O agrupamento é filiado à União Nacional por Moradia Popular.

Segundo o coordenador da ocupação, Denis Ferreira da Silva, a ocupação celebra um ano de atividade hoje. O local acolhe atualmente cerca de 250 famílias. "Estamos na rua não só pelo direito da mulher, mas também por moradia digna, e contra os despejos", declarou Denis.

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"Se o despejo vier, que venha com respeito à moradia. Temos crianças, idosos e pessoas com deficiência. [Esperamos] que a nossa governadora veja com o batalhão de choque para respeitar a cidadania que é para todos", enfatizou.

O prédio ocupado pertence à Associação dos Servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de Pernambuco. O órgão informa, por meio de nota, que acionou as instâncias cabíveis "a fim de resguardar seu patrimônio e aguarda os prazos e medidas estabelecidos pelo Poder Judiciário”.

A assistente social responsável pela ocupação, Viviane Maria da Silva, assume hoje o acompanhamento das famílias agrupadas no prédio. Atualmente 78 crianças vivem na ocupação, e a preocupação de Viviane é garantir a regulação da moradia de todos os assentados. “A moradia vem como pilar, mas ela vai muito além, ela vai para o saneamento básico, para a educação, para a saúde. Então a gente tem esse pensamento de colocar essas famílias, lutar com elas por esse direito, e buscar melhoria de vida para essas famílias”, contou a profissional.

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Mulheres do MST ocupam o Derby nesta segunda (6) em acampamento para o 8 de março A programação conta com a realização de palestras e oficinas ligadas às temáticas de gênero, raça e com foco na Reforma Agrária Popular A partir desta segunda-feira (6), cerca de 500 mulheres do Movimento dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST), de diversas regiões de Pernambuco, estarão acampadas na Praça do Derby para a mobilização do Dia Internacional de Luta das Mulheres, o 8 de Março.

O acampamento faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra, que é organizada anualmente pelo MST em todo Brasil, e este ano tem como mote a frase “O agronegócio lucra com a fome e a violência. Por terra e democracia, mulheres em resistência!”.

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Vindas de várias partes do estado, as mulheres sem terra chegarão ao Recife a partir da manhã da segunda-feira e só retornarão às suas cidades ao fim do Ato Unitário do 8 de Março, na quarta-feira (8), que é realizado por diversos movimentos e diversas organizações populares. A programação do acampamento conta com a realização de palestras e oficinas ligadas às temáticas de gênero, raça e com foco na Reforma Agrária Popular.

“No campo ou na cidade, nós mulheres somos violentadas por esse sistema capitalista, que traz consigo o conservadorismo, a misoginia, a homofobia e o racismo. Vamos estar organizadas e acampadas em todas as capitais do país para denunciar o agronegócio, que é o causador da fome, e pautar a Reforma Agrária Popular que produz comida saudável para a mesa do povo brasileiro”, explica Maria Aparecida Pereira da Silva, da Direção Nacional e do Setor Estadual de Gênero do MST.

O MST constrói a luta pela vida das mulheres e se soma ao 8 de Março nas diversas regiões do país com as suas pautas, denunciando as violências do agronegócio e a necessidade de uma Reforma Agrária Popular para o Brasil e de uma expansão da Agroecologia. Da Direção Nacional do Setor de Gênero do MST, Lucineide Freitas lembra que o agronegócio, apesar de “toda campanha publicitária na construção de uma imagem de ‘pop’”, se estrutura na violência contra a natureza, o povo e a democracia.

“Quando as mulheres denunciam essa violência do agro-golpe-tóxico-negócio, elas pautam a necessidade de um modelo de desenvolvimento do campo diferente, que possibilite a produção de alimentos saudáveis pela agroecologia, que enfrente a violência contra a natureza e as questões ambientais, e que projete territórios livres de violência através de relações sociais e humanas emancipadas”, explica Lucineide sobre as as reivindicações das mulheres sem terra neste 8 de Março.

A data, apesar de ter o foco nas mulheres, representa a abertura do calendário da luta por direitos do povo brasileiro e se tornou uma data imprescindível para evidenciar as pautas que impactam diretamente a vida das mulheres e de muitas famílias no país. SERVIÇO Acampamento das Mulheres Sem Terra para o 8 de Março em Pernambuco (Jornada Nacional das Mulheres Sem Terra 2023) De 6 a 8 de Março Na Praça do Derby (Recife-PE)

*Da assessoria 

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) se mobilizaram em várias cidades do país na manhã desta terça-feira (14) em protesto contra os atos golpistas do dia 8 de janeiro, que tomaram o Palácio dos Três Poderes, em Brasília. Os manifestantes de São Paulo (SP) se reuniram em frente aos escritórios dos deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Carla Zambelli (PL-SP).

No Recife, a concentração foi no bairro de Boa Viagem, zona sul da capital, em frente à residência do casal Tércio, onde moram a deputada federal Clarissa Tércio (PP-PE) e o deputado estadual Júnior Tércio (PP-PE). Também houve ato em frente da casa de Ibaneis Rocha (MDB), governador afastado do Distrito Federal, e na sede do Banco Central, no Rio de Janeiro. Protestos ocorreram ainda nos estados do Ceará, Sergipe, Paraná e Rio Grande so Sul.

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O movimento pede que não haja anistia para os envolvidos nas manifestações consideradas antidemocráticas, que causaram a destruição de parte do patrimônio nacional em Brasília, uma semana após a posse do presidente Lula (PT).

Em publicação nas redes sociais, o MTST-PE declarou o posicionamento tomado em todo o país:

“Nós, que lutamos para combater a pandemia, a fome e as desigualdades no país, e restituímos com muito esforço a democracia brasileira, não aceitaremos que grupos fascistas desviem o povo brasileiro do exercício de reconstrução nacional.

Não permitiremos que mais uma vez o Brasil anistie quem tem como único projeto de país a defesa da tortura, morte, autoristarismo, opressões e desigualdades. 

Para que o #DitaduraNuncaMais e #DemocraciaSempre vigore na sociedade brasileira, é necessária muita mobilização! Esse será o compromisso do MTST e conclamamos todas, todes e todos à construção da Frente Povo Sem Medo. Agora será Sem Medo e Sem Anistia!”.

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) orientou, nesta terça-feira (1º), que os seus militantes organizem manifestações para desbloquear as rodovias brasileiras em respeito ao resultado das eleições. Desde domingo (30), bolsonaristas bloqueiam rodovias em mais de 20 Estados e no Distrito Federal para contestar a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao comando da Presidência da República. O presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado na disputa, segue em silêncio desde então.

Em nota, o MTST diz que sempre esteve nas ruas lutando por direitos legítimos e questiona a forma como a polícia vem tratando as ações organizadas por bolsonaristas.

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“Nós do MTST sempre estivemos nas ruas lutando por direitos sociais legítimos como casa e comida. Muitas dessas vezes fomos recebidos com tiros, bombas, agressões e prisões. Diante disso, a coordenação nacional do MTST orienta sua militância nos estados a organizar manifestações para desbloquear as principais vias de acesso, exigindo o respeito às eleições. Esperamos ser tão bem recebidos pelas forças de segurança quanto os bolsonaristas estão sendo", diz o texto.

Além de contestar o resultado das urnas, os eleitores de Jair Bolsonaro também defendem intervenção militar, o que é inconstitucional. Uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, ordena o desbloqueio das estradas e o uso das polícias militares.

Veja a nota na íntegra:

"Nos últimos 4 anos, observamos no Brasil a construção de um governo autoritário, fascista. Foram inúmeras as manifestações de desrespeito aos princípios democráticos, com ataques à imprensa, ao livre direito de manifestação, às instituições e ao sistema eleitoral.

Desde domingo, observamos no país travamentos que contestam o resultado eleitoral e pedem intervenção militar. Tais protestos acontecem com a complacência de forças de segurança, como a PRF.

Nós do MTST sempre estivemos nas ruas lutando por direitos sociais legítimos como casa e comida. Muitas dessas vezes fomos recebidos com tiros, bombas, agressões e prisões.

Diante disso, a coordenação nacional do MTST orienta sua militância nos estados a organizar manifestações para desbloquear as principais vias de acesso, exigindo o respeito às eleições. Esperamos ser tão bem recebidos pelas forças de segurança quanto os bolsonaristas estão sendo."

 

O streamer Casimiro vez ou outra aparece fazendo pix para ajudar alguém, e dessa vez acabou ajudando ‘vários alguéns’. O influenciador fez um pix nesta terça-feira (11) para o Dia das Crianças do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, o MTST.

Foi através de um outro streamer, Luide de Matos, que fazia uma live solidária para arrecadar o dinheiro, que Casimiro repassou a quantia de 10 mil reais, o suficiente para ultrapassar a meta de 40 mil que vai ajudar a melhorar o Dia das Crianças de 1100 desabrigados. 

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No seu twitter o MTST celebrou a doação e convidou o Casimiro para participar da ação nesta quarta-feira dia 12 de outubro, data em que é celebrado o Dia das Crianças.

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Integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), o vereador Rubinho Nunes (União Brasil) protocolou no Ministério Público um requerimento para enquadrar o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) como organização criminosa. Um protesto realizado no shopping Iguatemi nesta quarta-feira, 8, foi usado como justificativa para o pedido. 

No documento, que também é assinado pelo pré-candidato a deputado estadual Guto Zacarias, os membros do MBL afirmam que o MTST gera "pânico contra inocentes proprietários de imóveis que não têm culpa a respeito dos problemas de falta de moradia no país".

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Também usam o termo "invasão" para se referir ao protesto no shopping e citam um trecho do código penal sobre "compartimentos não abertos ao público", embora a circulação no centro comercial seja livre. 

"Entendemos haver indícios de prática delituosa que atenta ao Código Penal, bem como a princípios da Constituição Federal, em razão da formação de organização criminosa com o intuito de praticar os crimes de violação de domicílio", diz a representação. 

Nesta quarta-feira, integrantes do movimento sem-teto protestaram contra a fome no Iguatemi, um dos shoppings mais luxuosos de São Paulo. Eles gritavam: "Não é mole, não. Brasil com fome, e aqui ostentação". Não houve confronto. 

O ato, que durou poucas horas, coincidiu com a divulgação do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN). Os manifestantes levaram bandeiras e cartazes lembrando que o problema da alimentação atinge 33 milhões de pessoas no País, dado revelado pelo relatório. 

Em nota, a coordenadora do MTST, Ediane Maria, disse que o movimento "luta pelo cumprimento da Constituição", que tem em um dos seus artigos o objetivo de "erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais". "Trabalhamos por quem mais precisa. Não podemos dizer o mesmo do MBL, grupo de origens obscuras cuja atuação é pautada no combate aos direitos sociais dos mais pobres", alegou.

  A coordenadora também alegou que o MBL tem em seus membros defensores do "nazismo e do turismo sexual em zonas de guerra", em alusão aos episódios protagonizados pelo deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e pelo ex-deputado estadual Arthur do Val (União Brasil).  

Um grupo de manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) ocupou e protestou no Shopping Iguatemi, em São Paulo, contra o aumento da fome no Brasil. Segundo o movimento, o mall foi escolhido por ser símbolo da desigualdade.

"Mais de 33 milhões de pessoas passam fome no Brasil. Frente ao pior cenário desde 2004, nosso grito por justiça ecoa nas ruas e resistindo pela vida do povo que não foge da luta, apesar da miséria", publicou o MTST nas redes sociais. 

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O movimento também destaca que trabalhadores e trabalhadoras "não aguentam mais a alta da inflação e o preço dos alimentos que corrói as famílias brasileiras. Basta de mais da metade da população deste país viver em insegurança alimentar", complementa.

Segundo pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa (Penssan) divulgada nesta quarta-feira (8), o número de pessoas em insegurança alimentar grave no Brasil quase duplicou em menos de dois anos. São 33,1 milhões de brasileiros passando fome no país. Isso representa 15,5% da população. 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, em um vídeo direcionado ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), liderado por Guilherme Boulos (PSOL), que o grupo não será "coadjuvante", mas, sim, "sujeito" em um eventual novo governo petista. O petista indicou que, caso eleito, o movimento terá papel decisivo nas políticas sobre habitação.

Boulos esteve presente ontem em uma reunião entre representantes do PSOL e do PT, que costuram uma aliança para as eleições. Integrantes do PSOL cobram do PT que mantenha em seu plano de governo a revogação das reformas trabalhista, previdenciária e do teto de gastos. O partido também quer que o PT reforce a pauta ambiental.

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'Gratidão'

Na gravação ao MTST, Lula diz ter "gratidão muito grande" ao movimento, que fez manifestações contra a sua prisão na Operação Lava Jato. Em uma delas, em 2018, o grupo invadiu o tríplex no Condomínio Solaris, no Guarujá. Para o Ministério Público Federal, o imóvel e suas reformas, feitas pela OAS, representaram um pagamento de propinas ao ex-presidente. O processo foi anulado pelo Supremo Tribunal Federal.

"Eu conversei com o companheiro Boulos sobre a situação que estamos fazendo agora. Muitos projetos de casas foram abandonados. O Minha Casa Minha vida parou", destacou o ex-presidente.

"Se a gente voltar a governar esse país não pense que vai ter moleza não. Nós vamos nos encontrar muitas vezes. Para discutir a qualidade da casa, como gerenciar essas casas, e vocês irão assumir responsabilidades", disse Lula. "Não serão apenas coadjuvantes. Serão sujeitos da história. Vão ter que ajudar a construir programa, ajudar a conquistar e a governar."

Durante seus mandatos, Lula contou com apoio e forte interlocução com o Movimento dos Sem Terra (MST), que ficou esvaziado após a saída do PT do poder. Uma das lideranças do PSOL que esteve no encontro afirmou que a sigla petista foi cobrada para que a campanha de Lula deixe as articulações somente de bastidores com políticos e aliados e passe a ter mais foco na mobilização de movimentos sociais.

O PT ainda tem divergências com o PSOL na corrida eleitoral. Em São Paulo, Boulos é pré-candidato ao governo estadual, e tem dito que não vai retirar sua candidatura. O PT mantém Fernando Haddad na disputa.

Na manhã desta quinta-feira (21), manifestantes bloquearam a Avenida Conde da Boa Vista, no Centro do Recife, pela suspensão da ordem de despejo de cerca de 300 famílias da Ocupação 8 de Março, na Zona Sul da capital. Com faixas do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), o grupo atravessou a via e promete reunir mais pessoas para um ato em frente à Prefeitura do Recife.

Um dos assessores jurídicos das famílias, o advogado Rafael Lopes, explica que o terreno localizado na Rua Frei Casanova, próxima à Avenida Barão de Souza Leão, foi ocupado no início de setembro. O local pertence a uma incorporadora imobiliária, mas acumula dívidas há anos.

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"O imóvel tava há mais de 30 anos ocioso, sem cumprir destinação social alguma, que tem mais de R$ 300 mil de dívida de IPTU", descreveu.

Embora o desuso indique certo abandono, a empresa solicitou ordem de reintegração de posse um dia após a chegada dos moradores. Desde então, os ocupantes lutam para garantir o direito fundamental à moradia e pela suspensão de ordens de despejo positivada até o fim do ano pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso.

"Esse é um ato das famílias para reivindicar e chamar atenção. De outra forma eles não conseguem diálogo. O movimento conseguiu com a articulação política abrir algumas mesas de diálogo com a Prefeitura, mas não teve sucesso, simplesmente não prospera. A Prefeitura não apresentou nenhuma via de solução", comentou o advogado, que confirmou a marcha do ato até a sede na tentativa de ser recebido pelo Prefeito João Campos (PSB).

Ameaçados de serem retirados nesta sexta (22), os moradores da Ocupação 8 de Março cobram políticas de planejamento de habitação municipal.

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MSTS) compartilhou nesta segunda-feira (18), que a ocupação oito de março, localizada na Zona Sul do Recife, está ameaçada com um processo de reintegração de posse que foi pedida pelo suposto dono do terreno. 

Na próxima quinta-feira (21), o prazo concedido pela justiça se encerra e as mais de 300 famílias podem ser retiradas do local a força pelo Estado.

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"Após nosso processo de jornada de luta, três mesas de negociação e entrega de ofícios solicitando que a prefeitura de Recife se manifestasse em favor do povo, a resposta que recebemos de todos os gestores foi o silêncio", afirma o MTST.

A entrada da mansão de R$ 6 milhões do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), na área nobre de Brasília, foi tomada por manifestantes do Movimento de Trabalhadores Sem Teto (MTST) na manhã desta quinta-feira (30). A mobilização protesta contra a desigualdade social no Brasil, exposta no aumento dos índices de insegurança alimentar e falta de moradia.  

"Tem rachadinha financiando a fome do nosso povo! Basta o povo não vai viver de ossos e migalhas", publicou o MTST em seu perfil oficial nas redes sociais. O coordenador do movimento, Guilherme Boulos (PSOL), também se pronunciou. "Enquanto o povo está na fila do osso, a família Bolsonaro esbanja luxo com dinheiro duvidoso", escreveu.

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A mansão acomodada em um terreno de 2.500m², constitui 1.100 m² de área construída no Setor de Mansões Dom Bosco, Lago Sul de Brasília. De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), este foi o 20º imóvel adquirido por Flávio em 16 anos.

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Na denúncia do caso de "rachadinhas", o MPRJ entende que a compra e venda de, pelo menos, dois imóveis do senador serviram para lavar dinheiro. A aquisição da mansão ocorreu às vésperas do Superior Tribunal de Justiça (STJ) anular a quebra de sigilo bancário e fiscal solicitada pela investigação, publicou a Folha de S. Paulo.

A escritura informa que o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) financiou R$ 3,1 milhões pelo Banco de Brasília (BRB) para negociar o novo empreendimento e parcelou em prestações de R$ 18.744,16, reforça o documento do 1º Ofício do Registro de Imóveis do Distrito Federal.

No entanto, Flávio e a esposa Fernanda declararam renda mensal de R$ 36.957,68, sendo R$ 28.307,68 dele e R$ 8,650 dela. A soma é menor que o valor mínimo exigido pelo BRB para o tipo de financiamento contratado, já que a parcela compromete cerca da metade da renda do casal. O BRB é comandado pelo governador do Distrito Federal e aliado do presidente Bolsonaro, Ibaneis Rocha (MDB).

 

No terceiro dia consecutivo de mobilização, nesta quarta-feira (29), integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) se reúnem na Praça Oswaldo Cruz, na área Central do Recife, para cobrar por políticas de habitação popular ao Governo do Estado.

Um dia após os protestos que bloquearam a BR-101 e a Avenida Domingos Ferreira para reforçar a demanda dos moradores das ocupações Carolina de Jesus, alocada no Barro, Zona Oeste do Recife, e Sítio dos Pescadores, bairro do Pina, na Zona Sul, o grupo denuncia que a pauta se arrasta desde 2017. 

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Eles exigem que o Estado consolide um Plano Estadual de Habitação Popular, construído por movimentos sociais, coletivos, organizações e defensores da pauta por moradia. A expectativa é que a concentração encerre com uma caminhada pela Avenida Conde da Boa Vista.

A coordenadora estadual do MTST, Juliana de Carvalho, estima que cerca de 60 mil pessoas estão sem residência no Recife. "A demanda por casa só aumenta, só chega mais gente. É uma tentativa de negociação com o Governo", esclarece.

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) também bloqueou os dois sentidos da BR-101, próximo à entrada do Terminal Integrado do Barro, Zona Oeste do Recife, na manhã desta terça-feira (28). Em protesto por moradia, o grupo também impede a passagem de veículos na Zona Sul do Recife.

Em ambos os atos, os manifestantes paralisaram o trânsito com pneus queimados. A Polícia Militar está no local para acompanhar a movimentação e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) se deslocou para negociar a desobstrução da rodovia. 

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Um extenso engarrafamento se formou no local e os motoristas estão parados em um dos horários de maior circulação pela incapacidade de montar desvios na localidade.

Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi enviada e começou a apagar as chamas por volta das 7h55.

 

Na manhã desta terça-feira (28), integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) bloquearam a Avenida Domingos Ferreira, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife, em protesto por moradia. O ato formou um engarrafamento na região e a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) enviou uma equipe para orientar motoristas em desvios.

Os manifestantes interditaram as duas faixas da via e a exclusiva para ônibus com pneus queimados antes das 7h, e paralisaram o trânsito na região no horário de maior movimentação.

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Eles impedem a passagem dos veículos, mas, após negociar com a Polícia Militar, liberaram a faixa para ônibus. O Corpo de Bombeiros também foi acionado para apagar as chamas.

 

Horas após a invasão de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) à Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) nessa quinta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) xingou o coordenador do movimento, Guilherme Boulos (PSOL). Em sua live semanal, o chefe do Executivo criticou a mobilização contra a desigualdade socioeconômica no Brasil, que evidenciou a alta nos índices de fome e desemprego.

Bolsonaro foi o principal alvo do movimento e recebeu a culpa pela alta de inflação, que repercute, principalmente, no poder de compra de itens básicos no supermercado. Para retaliar as acusações, ele xingou o líder nacional do movimento.

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“Boulos, querer me culpar da fome no Brasil e do desemprego? Você tá de sacanagem, né? É um paspalhão, realmente, procurando fazer demagogia”, disparou.

Em resposta, Boulos publicou em seu perfil no Twitter que xingamentos de Bolsonaro, para ele, são tratados como elogio, e indicou que logo o presidente será preso por supostos crimes de gestão.

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Na primeira transmissão ao vivo nas redes sociais desde que entrou em isolamento, o presidente Jair Bolsonaro ironizou nesta quinta-feira (23) setores do mercado, após a ocupação da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), ocorrida mais cedo.

"Eu já ouvi muita gente do mercado aí contra mim, favorável à esquerda. Ah, tiveram um pequeno exemplo agora da esquerda que não voltou ao poder, como eles adoram a iniciativa privada, a propriedade privada", afirmou Bolsonaro. "Guilherme Boulos e sua turminha de gente fina invadindo a Bolsa de Valores de São Paulo", disse ainda o presidente, em uma crítica ao líder do movimento, que é do PSOL e foi candidato à prefeitura de São Paulo em 2020. No ano que vem, Boulos deve disputar o governo paulista.

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O chefe do Executivo fez a Live dessa quinta-feira sozinho. Ele está em isolamento desde quarta (22), após ter contato, na terça-feira (21), com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que testou positivo para a Covid-19 ainda em Nova York, quando participava, junto do presidente, da 76ª Assembleia-geral das Nações Unidas (ONU). Bolsonaro fará novo exame de coronavírus no final de semana. Se receber resultado negativo, deixará a quarentena.

O MTST ocupou a B3 nesta quinta-feira em um protesto contra a inflação e o desemprego. "Ô, Boulos, querer me culpar da fome no Brasil e desemprego? Você está de sacanagem, é um paspalhão, realmente", disparou Bolsonaro, voltando a jogar a crise econômica no colo de governadores e das políticas de contenção da pandemia.

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