Tópicos | Dia Internacional das Mulheres

No Brasil, as mulheres vivem, em média, sete anos a mais do que os homens, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mais do que ter uma expectativa de vida maior, é fundamental garantir a longevidade saudável e os cuidados com a prevenção de doenças por meio da realização de exames de forma rotineira - fator decisivo para a manutenção da boa saúde. Isso porque muitas das doenças que afetam as mulheres apresentam chances de cura significativamente maiores quando descobertas no estágio inicial.

Câncer de mama, do colo do útero e de intestino, diabetes, doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral (AVC) e doenças da tireoide são algumas delas. Todas podem ser detectadas por meio de exames e tratadas com alto índice de sucesso se identificadas precocemente.

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“Os exames de rotina variam de acordo com as diferentes fases da vida e dependem de vários aspectos como vida sexual, ocupação da paciente e relatos de sinais e sintomas. Além dos testes laboratoriais, a mamografia também é uma grande aliada da saúde feminina, já que é a principal maneira de descobrir o câncer de mama. É fundamental que os exames sejam solicitados por um médico, que é quem saberá interpretar os resultados e orientar a mulher da maneira correta, quando necessário.”, explica a médica patologista clínica e diretora de Marketing da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC), Annelise Wengerkievicz.

Exames que devem estar no radar das mulheres.

Colpocitologia oncótica (ou Papanicolau): indicado para o rastreio do câncer de colo de útero, doença que, atualmente, é a quarta causa de morte em mulheres no Brasil. O exame ajuda a detectar lesões precursoras ou câncer em estágio inicial no colo do útero e, com isso, potencializa muito o tratamento da paciente e aumenta as chances de cura. O procedimento deve ser realizado anualmente, mas sua frequência pode ser reduzida para a cada três anos após exames consecutivos com resultados negativos. Se a mulher tiver alguma condição que impacte em sua imunidade, o Papanicolau precisa ser feito com periodicidade mais curta, entre 6 e 12 meses.

Pesquisa de HPV de alto risco: o exame foi incluído recentemente nas recomendações de rastreio do câncer de colo do útero. Alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV) configuram como a principal causa deste tipo de câncer e o procedimento apresenta uma sensibilidade superior ao Papanicolau, ajudando a detectar mais casos da doença. Outra vantagem é que nos casos de resultado negativo, a periodicidade de realização do exame pode ser bastante reduzida, mas sempre com orientação médica.

Sorologia para hepatite e HIV: as duas doenças podem levar longos períodos para causar sintomas e suas consequências são graves (no caso da hepatite, em especial os tipos B e C). Por isso, é muito importante que a paciente receba o diagnóstico precocemente para poder iniciar o quanto antes o tratamento e ter uma boa qualidade de vida. Esses testes são feitos com coleta simples de sangue.

Glicemia de jejum e dosagem de colesterol e triglicerídeos: os três exames são fundamentais para detectar algumas das maiores causas de adoecimento e morte de mulheres, como o diabetes, as doenças cardiovasculares e o AVC. Todos esses testes são realizados por meio de coleta simples de sangue e a idade em que a mulher precisa começar a realizá-los e a periodicidade dependem das condições da paciente, de quais doenças ela já tenha recebido diagnóstico ou mesmo de seu histórico familiar.

TSH: indicado para detectar o hipertireoidismo, que é o excesso de função da tireoide, e o hipotireoidismo, condição que causa o funcionamento insuficiente da glândula. É feito por meio de coleta de sangue.

Pesquisa de sangue oculto nas fezes: os casos de câncer de intestino vêm crescendo entre as brasileiras e esse exame ajuda a diagnosticar a doença. A indicação é que seja realizado anualmente a partir dos 45 anos.

Nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, a ativista Maria da Penha falou, através de um vídeo publicado na página 'As Penas', coletivo de apoio social, jurídico e psicológico às mulheres, sobre esperança e mudança no cenário político.

"Olá! Nesse 8 de março, eu venho aqui falar de esperança e compromisso. Esperança porque estamos em um momento de reconfiguração política com novos mandatos em todo o país", disse. 

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou, nesta quarta-feira (8), uma série de medidas voltadas aos direitos das mulheres. Durante a cerimônia alusiva ao Dia Internacional da Mulher, Lula disse que se dependesse do governo dele a desigualdade de gênero acabava através de um decreto presidencial. No pacote de ações anunciadas por Lula, está o projeto de lei que obriga o pagamento de salários iguais aos homens e mulheres que ocupem as mesmas funções.

“Quando aceitamos que a mulher ganhe menos que os homens no exercício da mesma função estamos perpetuando uma violência histórica. Neste projeto tem uma palavra e essa palavra mágica chama-se ‘obrigatoriedade’. Vai ter muita gente que não vai querer pagar, mas para isso a Justiça vai funcionar. Vão ter que pagar aquilo que a mulher merece por sua capacidade de trabalho”, declarou o presidente.

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Diante das ministras da sua gestão e da primeira-dama Janja, Lula listou uma série de formas de violências que são cometidas contra as mulheres em vários setores da sociedade  e defendeu uma celeridade na ampliação dos direitos femininos.

“Nada, absolutamente nada, justifica a desigualdade de gêneros. Talvez a implicação esteja no receio dos homens de serem superados pelas mulheres. As mulheres querem igualdade e não superioridade. Quanto mais as mulheres avançam, mais um país avança. Infelizmente não é esse um problema exclusivo do Brasil”, observou Lula.

“A humanidade levará 300 anos se permanecerem nas condições atuais, por isso não podemos aceitar que as condições permaneçam como estão, precisamos acelerar este processo. Se dependesse deste governo, a desigualdade acabaria hoje mesmo com um decreto do presidente”, emendou.

O presidente disse ainda que “o respeito às mulheres é valor inegociável em todas as esferas do Executivo Federal”.

“Quando digo que o Brasil voltou é preciso acrescentar que o Brasil voltou e precisa de todas e de todos. [...] Depois que ‘o coiso’ [Jair Bolsonaro] foi eleito vocês viram o retrocesso que as conquistas e os avanços sociais tiveram neste país. Precisamos lutar não só para conquistar, mas para manter. Desde 1943 que está escrito que todas as mulheres têm direito ao mesmo salário dos homens, agora, com esta lei, fizemos questão de colocar a palavra obrigatoriedade para que, definitivamente, ninguém ganhe menos apenas pelo fato de ser mulher. Estamos dizendo, em alto e bom som, quem trabalha na mesma função, tem o mesmo direito de ganhar o mesmo que o homem. Quando conseguirmos isso, vamos ter que conquistar ainda mais”, afirmou o líder petista.

A ex-deputada federal Marília Arraes (SD) comunicou, em suas redes sociais, o nascimento da sua terceira filha, Maria Magdalena, que chegou à Família Arraes neste 8 de Março, Dia Internacional da Mulher. Marília já é mãe de Maria Bárbara, de um ano e dois meses, e Maria Isabel, que vai completar oito anos em maio. Além disso, ela também tem uma enteada, Maria Rita.

"Hoje, Dia Internacional da Mulher, dei à luz Maria Magdalena e, mais uma vez, sirvo de conexão para trazer ao mundo mais uma mulher para fazer parte das nossas trincheiras", escreveu Marília Arraes. A recém-nascida é fruto do casamento de Marília com o biomédico e ex-vereador de Salgueiro André Cacau. Além de Bárbara e Isabel, André é o pai de Maria Rita, que nasceu de um outro casamento.

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A descoberta da gravidez ocorreu em julho do ano passado, em plena pré-campanha ao governo do Estado. Maria Magdalena carrega o nome da bisavó, Maria Magdalena Fiúza Arraes, que foi esposa de Miguel Arraes.

 “Tão pequena, não sabe ela o quanto de luz me trouxe desde que descobri que a carregava em meu ventre. Aprendizado, resistência física e emocional, resiliência, se adaptar ao que a vida nos impõe. Saber que não temos controle sobre tanta coisa que achamos controlar. Tudo foi se arrumando e assim continua a se arrumar”, acrescentou Marília.

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Existem diferentes teorias que versam sobre a criação do Dia Internacional da Mulher. A mais aceita prega que a data foi instituída após o histórico incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist Company, em Nova Iorque, em 1911. Dois anos antes, as trabalhadoras do lugar já haviam feito uma greve, reivindicando melhores condições de trabalho e o voto feminino. 

Também são apontados como origem da data as primeiras etapas da Revolução Industrial, no começo do século 19, e a Revolução Russa, na qual mulheres lutaram por melhores condições de vida e pelo fim da Primeira Guerra Mundial. Por fim, só em 1975, o 8 de março foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como um dia para celebrar as lutas e dos direitos do gênero feminino. 

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Para entender melhor sobre a data e os motivos pelos quais ela deve ser lembrada, o LeiaJá preparou uma lista de produções audiovisuais que trazem o feminismo como mote. São filmes que podem ensinar mais sobre essas lutas e sua relevância não só para as mulheres, mas para a sociedade como um todo. 

As Sufragistas

Na Inglaterra do início do século XX, a primeira onda do movimento feminista lutava para conseguir o direitos de voto e melhores condições de vida para as mulheres. 

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Histórias Cruzadas

Nos anos 1960, nos Estados Unidos, as mulheres afrodescendentes tinham de abandonar suas famílias para trabalhar para a elite branca. O filme narra a história de uma dessas mulheres da elite que decide entrevistá-las para mostrar suas histórias. 

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Mulheres do século 20 

O filme se passa na Califórnia do ano de 1979 e acompanha três mulheres de diferentes gerações lidando com questões cotidianas em um mundo pensado por homens e feito para homens. 

Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta

Baseado no livro homônimo de Jennifer Mathieu, o filme conta a história de Vivian Carter (Hadley Robinson), uma adolescente tímida que muda e se depara com um cenário feminista na sua nova escola, na qual as estudantes não se calam perante o assédio masculino e as desigualdades geradas pelo patriarcado.

Feministas: o que elas estavam pensando

O documentário parte de um álbum de fotografias dos anos 1970, preenchido de imagens de mulheres da época que lutavam por seus direitos. O longa mergulha nos desdobramentos da segunda onda do movimento feminista, constituída por mulheres que lutavam por suas carreiras, por liberdade sexual, por autonomia financeira e por direitos reprodutivos. 

 

Mulheres do MST ocupam o Derby nesta segunda (6) em acampamento para o 8 de março A programação conta com a realização de palestras e oficinas ligadas às temáticas de gênero, raça e com foco na Reforma Agrária Popular A partir desta segunda-feira (6), cerca de 500 mulheres do Movimento dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST), de diversas regiões de Pernambuco, estarão acampadas na Praça do Derby para a mobilização do Dia Internacional de Luta das Mulheres, o 8 de Março.

O acampamento faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra, que é organizada anualmente pelo MST em todo Brasil, e este ano tem como mote a frase “O agronegócio lucra com a fome e a violência. Por terra e democracia, mulheres em resistência!”.

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Vindas de várias partes do estado, as mulheres sem terra chegarão ao Recife a partir da manhã da segunda-feira e só retornarão às suas cidades ao fim do Ato Unitário do 8 de Março, na quarta-feira (8), que é realizado por diversos movimentos e diversas organizações populares. A programação do acampamento conta com a realização de palestras e oficinas ligadas às temáticas de gênero, raça e com foco na Reforma Agrária Popular.

“No campo ou na cidade, nós mulheres somos violentadas por esse sistema capitalista, que traz consigo o conservadorismo, a misoginia, a homofobia e o racismo. Vamos estar organizadas e acampadas em todas as capitais do país para denunciar o agronegócio, que é o causador da fome, e pautar a Reforma Agrária Popular que produz comida saudável para a mesa do povo brasileiro”, explica Maria Aparecida Pereira da Silva, da Direção Nacional e do Setor Estadual de Gênero do MST.

O MST constrói a luta pela vida das mulheres e se soma ao 8 de Março nas diversas regiões do país com as suas pautas, denunciando as violências do agronegócio e a necessidade de uma Reforma Agrária Popular para o Brasil e de uma expansão da Agroecologia. Da Direção Nacional do Setor de Gênero do MST, Lucineide Freitas lembra que o agronegócio, apesar de “toda campanha publicitária na construção de uma imagem de ‘pop’”, se estrutura na violência contra a natureza, o povo e a democracia.

“Quando as mulheres denunciam essa violência do agro-golpe-tóxico-negócio, elas pautam a necessidade de um modelo de desenvolvimento do campo diferente, que possibilite a produção de alimentos saudáveis pela agroecologia, que enfrente a violência contra a natureza e as questões ambientais, e que projete territórios livres de violência através de relações sociais e humanas emancipadas”, explica Lucineide sobre as as reivindicações das mulheres sem terra neste 8 de Março.

A data, apesar de ter o foco nas mulheres, representa a abertura do calendário da luta por direitos do povo brasileiro e se tornou uma data imprescindível para evidenciar as pautas que impactam diretamente a vida das mulheres e de muitas famílias no país. SERVIÇO Acampamento das Mulheres Sem Terra para o 8 de Março em Pernambuco (Jornada Nacional das Mulheres Sem Terra 2023) De 6 a 8 de Março Na Praça do Derby (Recife-PE)

*Da assessoria 

As mulheres tomaram as ruas do mundo no dia 8 de março pelo Dia Internacional da Mulher, data que marca a histórica luta feminina pelos direitos. No Recife não foi diferente, mas a manifestação ocorreu nesta segunda (9). Confira como foi:

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A representante do Coletivo Vacas Profanas Dandara Pagu, organização que luta pela “naturalização e libertação” do corpo feminino, não se incomodou com os olhares voltados para ela durante a Marcha das Mulheres, que aconteceu na tarde desta quarta-feira (8), para reivindicar direitos da classe. Dandara estava com os seios desnudos durante o ato. A feminista foi direta ao ser questionada sobre o assunto. “Eu posso fazer o que eu quiser com o meu corpo”, disparou.

A feminista contou que, não importa o que faça ou roupa que vestir, a mulher merece respeito. “A naturalização do corpo faz parte de um processo de igualdade. Eu sou livre para escolher”. 

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Dandara contou que faz parte de uma raça que carrega duros pesos marcados pelo preconceito: os negros. Segurando uma faixa ressaltando que 56% das mulheres vítimas de estupro são negras, ela alertou que a realidade é “triste”, mas que não se pode ficar calada. “A gente tem que lutar. Seja você branco, preto ou o que for, a sociedade precisa mudar”.

Ela diz sofrer com o preconceito, diariamente, mas que não irá desistir. “Você, negro, sai na rua e já sofre com esse problema. Se for no ônibus, te olham. Se for em uma loja, o segurança te segue. Além disso, somos a maioria vítimas da violência. Em todos os dados, somos a maioria. É preciso mudança”, desabafou.

A tradicional Marcha das Mulheres teve concentração no Parque 13 de Maio, percorreu a Avenida Conde da Boa Vista, e finalizou na Praça do Derby. O evento aconteceu em referência ao Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta quarta (8).

A luta pela igualdade dos direitos entre homens e mulheres no Brasil tem perpetuado a cada 8 de março. Neste ano, a pauta central dos movimentos feministas traz a paridade das regras previdenciárias como foco de discussão e o principal mote das manifestações previstas para ocorrer nesta quarta-feira em todo o país.  

A crítica, entretanto, é justamente contra a igualdade prevista pelo texto da reforma da Previdência, encaminhada ao Congresso Nacional pelo presidente Michel Temer (PMDB). A matéria prevê, entre outras mudanças, o estabelecimento da idade mínima de 65 anos para a aposentadoria dos dois sexos e, com a jornada dupla feminina, este foi um dos motivos, de acordo com os movimentos ouvidos pelo LeiaJá, para a organização de uma pauta comum entre eles visando o combate a aprovação da PEC. 

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Para uma das organizadoras da Parada Brasileira de Mulheres e educadora do SOS Corpo Instituto Feminista para a Democracia, Analba Brazão, a revisão das regras é negativa para o gênero. “A questão da reforma da previdência atinge diretamente as mulheres, principalmente negras e pobres. É uma igualdade [proposta pelo texto] totalmente desigual”, argumentou.

Corroborando, a militante da Marcha Mundial de Mulheres em Pernambuco, Elisa Maria, considerou ser “a principal falácia da reforma da previdência dizer que haverá igualdade”. “É uma reforma que anuncia uma vida de morte e de humilhações para mulheres. Ela desconsidera, por exemplo, as nossas desigualdades em relação ao mercado de trabalho. Com a proposta em análise no Congresso o mínimo de dignidade na velhice é irreal”, salientou.

A pauta única dos movimentos

Apesar do avanço das tecnologias e de outros setores da sociedade, de acordo com os movimentos, o retrocesso das pautas feministas têm sido maior do que as conquistas. 

“Mesmo que tenhamos comemorado a Lei Maria da Penha ou a Lei das Empregadas Domésticas, o governo Temer trouxe o fim das políticas públicas. Ele só fez medidas que cortam gastos. Se uma mulher não tem uma creche para deixar o filho não vai entrar na política, pleitear seus direitos e lutar pela igualdade de gênero. Isso é reflexo do corte de recursos para a educação. Até se olharmos lá para trás [nas gestões do PT] políticas sérias e consistentes a gente nunca teve”, observou Elisa. 

Para Analba, a “perda dos direitos está atingindo o mundo com esta onda ultraconservadora”, mas isso tem sido um peso para o fortalecimento dos movimentos que defendem o setor. “Veja esta paralisação das mulheres prevista para 54 países, isso comprova cada vez mais a força política das mulheres. Os movimentos no Sertão de Pernambuco estão ligados aos da Argentina ou da Tailândia, por exemplo”, grifou. 

Em consonância, segundo Elisa a Marcha Mundial das Mulheres considera como um dos anseios dos movimentos que o sentimento de empoderamento político social das mulheres não seja individualizado. “O eu me empodero sozinha não dá certo”, cravou. “Para sermos ouvidos, não dá mais para cada setor e categoria fazer uma luta sozinho. Por isso, nos juntamos, por exemplo, a Frente Brasil Popular, para defender as nossas pautas que são comuns aos dos movimentos que integram o grupo”, acrescentou. 

Falta de diálogo em Pernambuco

No contexto mais local, a maior crítica do seguimento é a “falta de diálogo” entre os movimentos e o Governo de Pernambuco. A ausência de articulações foi ponderada pela coordenadora do Fórum de Mulheres de Pernambuco, Aline Fagundes.

“Faz tempo que o Governo de Pernambuco não dialoga com os movimentos de mulheres, mais de oito anos que não há um diálogo. Se você pegar o Conselho Estadual, por exemplo, não tem nenhum movimento componente dele. Resolvemos sair porque não nos sentíamos representadas e questionar as políticas públicas”, denunciou. “Tivemos só retrocessos e avanços que é bom nenhum, em todas as áreas”, acrescentou.                         

Esta semana, a L’Oréal Paris publicou em suas redes sociais um vídeo em homenagem ao Dia Internacional das mulheres. Quem protagonizou a campanha foi a modelo transgênera cearense Valentina Sampaio, que está se destacando no mundo da moda, desfilando por várias grifes como Almerinda Maria, Asap e Riachuelo.

Intitulada ‘Toda Mulher Vale Muito’, a ação apresenta a preparação da modelo para retirar a primeira fotografia para o documento de identificação. No vídeo ela exalta que a beleza transcende o corpo, que ela vem da alma. Além disso, a modelo de 19 anos ressalta: "O Dia da Mulher? Eu acho importante sim, mas não para ganhar flores. A gente quer respeito". Confira o vídeo da ação: 

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Um ano depois de "ver nascer" os panelaços após pronunciamentos do governo ou do PT, a presidente Dilma Rousseff optou por não realizar um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV por ocasião do Dia Internacional das Mulheres, que é celebrado nesta terça-feira, 8.

No ano passado, Dilma usou o pronunciamento em rede nacional pela data para fazer uma longa defesa ao ajuste fiscal e pedir "paciência" e "compreensão" dos brasileiros porque, segundo ela, a atual situação era "passageira". Segundo interlocutores da presidente, entretanto, ainda não há uma definição, mas é provável que a presidente use as redes sociais para se manifestar pela data.

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No pronunciamento de 2015, durante os 16 minutos da fala da presidente, foram registrados protestos - como panelaços e buzinaços - em diversas cidades do País. A manifestação com panelas depois acabou virando frequente em programas políticos partidários do PT.

Aplausos

Em contraponto aos panelaços, na última sexta-feira, após a decisão do juiz Sérgio Moro de decretar a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, moradores de várias cidades brasileiras manifestaram seu apoio ao juiz e à Operação Lava Jato e bateram palmas nas janelas de suas casas ou sacadas de apartamentos no momento em que o Jornal Nacional exibiu reportagem com trechos do discurso do ex-presidente Lula, feito à tarde no Diretório Nacional do PT.

No dia, os panelaços voltaram a acontecer quando a presidente Dilma Rousseff falou em defesa do petista e criticou "vazamentos" da Lava Jato.

A Câmara de Vereadores do Recife realizará nesta quarta-feira (18) uma homenagem a mulheres que se destacam na capital pernambucana. A solenidade alusiva ao Dia Internacional das Mulheres, celebrado no último dia 8 de março, foi proposta pela vereadora Isabella de Roldão (PDT).

Durante a cerimônia, 12 mulheres com destaque na sociedade em diferentes áreas de atuação e classe social, conhecidas ou anônimas, serão ressaltadas. O ato faz parte das ações desenvolvidas pela parlamentar durante todo o mês de março como a audiência pública realizada recentemente na Casa José Mariano, com o tema: Enfrentamento à violência Contra Mulher. Outra atividade que será promovida ainda este mês será a distribuição de marcadores livros em local público, ainda a ser divulgada pela pedetista. 

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Confira a lista das Mulheres Homenageadas:

Mulher – Maria dos Prazeres (Marisqueira da Comunidade do Pilar)

Esporte – Shirley Souza (Mestra de Capoeira) 

Educação – Professora Rosilda Silva Moura (Serviço Voluntário na Comunidade de Entra A Pulso)

Saúde – Leila Katz Dias Martins (Médica Obstetra do IMIP / Humanização de Parto ) 

Social – Maria Lourdes Silva (DUDUI/Educadora Social / Coordenação do Centro Vida Nova)

Urbanismo – Amélia Maria de Oliveira (Professora da UFPE / Doutora pela Universitate Politécnica de Catalunya )

Cultura – Grupo Artístico Percussivo Conxitas (10 anos de Trabalho )

Diversidade - Eleonora Pereira (Coordenadora Nacional do Mãe Pela Igualdade e Fundadora e presidente do instituto José Ricardo )

Criança – Maria Tenório 

Juventude – Maria de Fátima 

Empreendedorismo – Dona Carmem Virgínia (Altar Cozinha Ancestral)

Comunicação – Lina Rosa (Diretora de Comunicação da Aliança Comunicação e Cultura e criadora da campanha do Cais do Parto).

A passeata em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres reuniu cerca de 3 mil pessoas na região central de São Paulo neste domingo (8), segundo a Polícia Militar. No ato, o grupo protestou contra o machismo e por mais direitos, como a legalização do aborto.

As manifestantes caminharam desde a Avenida Paulista, na altura do prédio da Gazeta, até a Praça Roosevelt, entre 10 horas e 15 horas. O ato teve a participação de diversas entidades feministas. O trânsito ficou bloqueado em trechos da Paulista até o começo da tarde. Não houve, de acordo com a PM, registro de ocorrências durante a caminhada.

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Apesar de o dia Internacional das Mulheres ter sido comemorado desde o último dia 8 de março, o Congresso Nacional realizará uma sessão solene nesta quarta-feira (19), para lançar a campanha “Mais Mulher na Política”. A iniciativa tem a parceria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ocorrerá às 12h, em Brasília.

A campanha trata-se de uma ação conjunta para estimular a participação feminina nos processos eleitorais. Para divulgar o projeto circularão propagandas institucionais em rádios e televisões em conformidade com a minirreforma eleitoral (Lei 12.891/2013), que autoriza o TSE a promover campanha para “incentivar a igualdade de gênero e a participação feminina na política”.

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Mulheres na política brasileira– Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o Brasil ocupa hoje o 156º lugar em representação feminina no Parlamento, entre 188 países. Na comparação com 34 países das Américas, o Brasil ocupa a 30ª colocação.

Apesar de representarem 51,95% do eleitorado no país, o percentual de mulheres no Congresso Nacional não chega a 10%, segundo o levantamento do IBGE. Dos 513 deputados federais, 45 mulheres foram eleitas nas últimas eleições gerais em 2010, o que representa 9% do total,  conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Nesta data, 8 de março, em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher, nada mais justo que lembrar a busca delas pela igualdade com uma leitura sobre o tema. A opção é o premiado livro Mulher, Estado e Revolução: política familiar e vida social soviéticas, 1917-1936. Escrito por Wendy Goldman, professora da Universidade Carnegie Mellon (EUA), a obra examina as mudanças sociais por que a sociedade soviética passou nas duas primeiras décadas pós-revolução, com destaque nas mulheres e na relação que elas estabeleceram o Estado revolucionário.

Além de abordar as grandes experiências da libertação da mulher e do amor livre, a obra trabalha as falhas da burocracia stalinista, examinando questões sociais relevantes para movimentos sociais, mas, acima de tudo, recupera as lutas diárias e ideias de mulheres trabalhadoras e camponesas.

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Vencedora do Berkshire Conference Book Award, a obra chega ao Brasil pela Boitempo em parceria com a Edições ISKRA. A versão brasileira ainda será enriquecida com fotografias da época e textos complementares como prólogo escrito por Diana Assunção, historiadora e militante dos direitos das mulheres. Lançamento do livro deve ocorrer ainda em 2014

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Elas são mães, esposas, mulheres e porque não políticas? No Dia Internacional das Mulheres, o portal LeiaJá faz um levantamento do cenário político do gênero feminino em atuação no Brasil. Ao longo dos anos, esse quadro apesar de ainda ser pequeno, vem ocupando espaços nas prefeituras, câmaras, senado e ainda na Presidência da República.

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Um fato inusitado ocorrido no Brasil foi à escolha da presidente da república Dilma Rousseff (PT). Mas, não é apenas a gestora nacional que ganhou espaço no exercício de mandatos. Mesmo com uma quantidade ainda inferior em relação ao gênero masculino, as mulheres já são presença atuante em vários órgãos representativos da sociedade. 

No Senado Federal existem oito mulheres em exercício representando os diferentes Estados brasileiros. Na Câmara Federal este número aumenta para 41, sendo uma pernambucana, a deputada Luciana Santos (PCdoB), que inclusive é a primeira líder do partido na Casa Federal do sexo feminino. Já na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) o número cai para cinco representantes, igualmente ocorre na Câmara do Recife. Nos municípios do Estado, as prefeitas somam um pouco mais que uma dezena.

Segundo a deputada federal Luciana Santos, a atuação do gênero feminino na política é uma necessidade ao bem da democracia brasileira. Ele afirma que é necessário refletir no âmbito das políticas o que já é real na sociedade, porque as mulheres já são mais de 42% da população economicamente ativa do País. “Nos últimos 10 anos diminui muito a desigualdade das mulheres, mas hoje no Nordeste, crescemos mais do que os homens em relação ao empreendedorismo. Somos maioria nas universidades e em escolaridade. No entanto, apesar de termos uma presença muito marcada ainda somos muito pouco no espaço de decisão política então, é preciso resolver esse paradoxo”, contextualizou a parlamentar.

A deputada estadual, Terezinha Nunes (PSDB) também pontuou o crescimento das mulheres, mas reconheceu que a presença ainda é pequena. “Eu acho que estar cada vez maior a atuação da mulher, embora temos muito a andar ainda, considerando que temos menos de 10% dos cargos eletivos”, argumentou a tucana.

Terezinha também citou que no Estado ainda há poucas atuações do gênero feminino e que, segundo ela, existe ainda preconceitos oriundos das famílias. “Em Pernambuco nunca tivemos uma mulher governadora, em Recife nunca houve uma prefeita e também nunca tivermos representatividade no Senado Federal. Nosso estado é muito machista, as famílias evitam que as mulheres entram na política, os pais quando escolhem os filhos são sempre homens, e as mulheres são produtos do voto de opinião pública”, ressaltou.

Para Luciana Santos é necessário implementar uma reforma política que diminua essa diferença, já que na Câmara Federal, por exemplo há apenas 8,7% de mulheres. “É verdade que a gente vive um momento de muita firmação do papel da mulher no espaço público, a exemplo disso temos a presidente Dilma que valorizou o papel das mulheres nos ministérios, que nunca tivemos na história do País, mas precisamos de reforma política para poder melhorar essa relação”, frisou.

A parlamentar citou que algumas melhorias nas políticas públicas podem ajudar o crescimento do gênero feminino no cenário político. “Precisamos de mais creches, programas integral da saúde da mulher, combate a violência doméstica e sexual. Outros fatores importantes é a inserção de livros didáticos para poder massificar outros conceitos entre homens e mulheres”, sugeriu.

A líder do PCdoB na Câmara Federal e ex-prefeita da cidade de Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR) comentou também sua atuação no município e a quantidade pequena de mulheres liderando partidos em Brasília. “Quando prefeita eu costumava dizer que meu governo era um governo rosa choque, metade do meu secretariado era de mulher, procurando mostrar a capacidade política que a mulher tem de gerir, tomar decisão e fazer mudança. Já na Câmara Federal eu sou a terceira mulher da história da Casa Federal a liderar um partido. Antes de mim só passou Ana Arraes e Cristina Tavares”, acrescentou.

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