Vítimas do incêndio vão para novo lar após alta médica

A Casa de Acolhida Margareth da Silva terá capacidade para receber 15 crianças

por Rachel Andrade sab, 15/04/2023 - 12:17
Reprodução/TV Conecta Recife O prefeito João Campos esteve presente para a inauguração da Casa Reprodução/TV Conecta Recife

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), esteve na manhã deste sábado (15) na inauguração da Casa de Acolhida Margareth da Silva, que vai receber as crianças vítimas do incêndio que atingiu o Lar Paulo de Tarso, na madrugada da última sexta-feira (14).

De acordo com o chefe do executivo municipal, o cronograma de inauguração foi antecipado em cerca de 15 dias. “Fizemos um verdadeiro mutirão, com diversas secretarias envolvidas, para garantir que ela estivesse com a estrutura pronta para poder receber as crianças que estavam [no Lar] Paulo de Tarso, até que a unidade seja restabelecida”, explicou o prefeito

A secretária de Assistência Social do Recife, Ana Rita Suassuna, também acompanhou a visita. Além da inauguração da Casa, a prefeitura também está dando assistência psicológica, médica e assistencial às vítimas e aos profissionais que atuam na Organização Não-Governamental (ONG) responsável pelo Lar Paulo de Tarso.

“O local vai funcionar 24h e tem capacidade para atender até 15 crianças. No primeiro momento, três quartos ficaram disponíveis para a chegada das crianças da ONG que atuava há mais de 30 anos no bairro do Ipsep. O objetivo é receber todas as 12 assim que receberem alta”, explicou a secretária.

A Casa possui 10 cômodos distribuídos no térreo e primeiro andar. Fica localizada na Rua Martins Ribeiro, no bairro do Hipódromo, Zona Norte do Recife. O nome da casa foi escolhido para homenagear a cuidadora que trabalhava no Lar Paulo de Tarso e morreu no incêndio. Outras três crianças também morreram devido à fumaça tóxica.

Chegada após alta

Em sua conta oficial nas redes sociais, Campos esclareceu que elas serão transferidas para a nova casa depois da completa recuperação nos hospitais onde estão internadas. “Hoje todas as crianças estão numa situação de internamento médico, e a gente só faz o acolhimento após a alta médica. Então, hoje a equipe da saúde está em diálogo, junto com a assistência, com os hospitais, com os profissionais, para fazer toda essa preparação para as casas de acolhida da cidade, especialmente essa, estarem apta para receber [as crianças] após a alta médica”, detalhou.

Das 12 crianças internadas, seis estão no Hospital da Restauração (HR), no centro da capital pernambucana. Em nota, a assessoria do HR informou que todas estão sendo acompanhadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com quadro grave, porém estável, e ainda sem previsão de alta.

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