Filho de brasileiros enfrenta acusações federais nos EUA

De acordo com a CNN, que cita três fontes próximas ao caso, o representante republicano de Nova York, George Santos, de 34 anos, pode comparecer ao tribunal nesta quarta-feira

qua, 10/05/2023 - 07:07
Stefani Reynolds O congressista republicano George Santos, sentado sozinho na fotografia, enfrenta acusações federais do Departamento de Justicia Stefani Reynolds

O congressista republicano de origem brasileira George Santos, cujas mentiras ocuparam as manchetes da imprensa desde sua eleição no ano passado, foi acusado pelo Departamento de Justiça, informaram os meios de comunicação americanos na terça-feira à noite.

A natureza exata das acusações federais contra o representante George Santos não foi divulgada. Procurado pela AFP, o Departamento de Justiça se recusou a comentar a notícia.

De acordo com a CNN, que cita três fontes próximas ao caso, o representante republicano de Nova York, de 34 anos, pode comparecer ao tribunal nesta quarta-feira (10).

Santos reconheceu que inventou boa parte de sua biografia, incluindo seu nome real, religião (ele falsamente alegou ser judeu), sua escolaridade e a experiência de trabalho ao disputar as eleições legislativas do ano passado em busca de uma cadeira na Câmara, como representante de áreas de Long Island, Nova York.

Ele também é acusado de desviar e falsificar recursos de campanha, assim como de assediar sexualmente um homem que supostamente recebeu uma oferta de emprego de seu escritório e de retratar-se quando este rejeitou seus avanços.

Santos descartou renunciar à cadeira na Câmara, apesar dos apelos de outros congressistas, tanto do Partido Republicano como do Democrata.

Em uma entrevista ao apresentador de televisão Piers Morgan no início do ano, ele admitiu que mentiu sobre sua biografia.

"Eu fui um mentiroso terrível em alguns temas", reconheceu. "Não era sobre enganar as pessoas, era para ser aceito pelo partido", acrescentou.

O presidente da Câmara de Representantes, o republicano Kevin McCarthy afirmou que "revisaria as acusações" antes de considerar se George Santos deve ou não ser afastado do Congresso.

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