Tópicos | George Santos

O Congresso dos Estados Unidos expulsou, nesta sexta-feira (1), o legislador republicano George Santos, que se destacou pelas mentiras reiteradas, e o acusou de cometer crimes financeiros.

Uma sanção deste tipo ocorreu em apenas cinco ocasiões anteriores ao longo da história da Câmara de Representantes.

Votar a expulsão de um congressista exige maioria especial de dois terços dos 435 legisladores.

Santos, de 35 anos, filho de imigrantes brasileiros, havia dito ser vítima de "assédio" na quinta-feira, em sua defesa no Congresso.

Há duas semanas, um relatório de legisladores republicanos e democratas membros do Comitê de Ética da Câmara encontrou "evidência esmagadora" de má conduta por parte de Santos e alegou que ele tinha "tentado explorar fraudulentamente todos os aspectos de sua candidatura à Câmara para seu próprio benefício financeiro".

Recentemente, Santos se declarou não culpado de acusações federais como ter desfalcado os doadores de sua campanha, bem como de lavagem de dinheiro e fraude eletrônica.

Ele também é acusado de usar dinheiro de doações em procedimentos com Botox e como usuário do site pornográfico Onlyfans, de cometer fraude com cartões de crédito e roubo de identidade, além de cobrar saques de seguro-desemprego aos quais não tinha direito durante a pandemia do coronavírus, antes de ser eleito.

O legislador chegou ao Congresso em 2022, ajudando os republicanos a alcançar uma apertada maioria na Câmara.

No entanto, pouco tempo depois veio à tona que ele havia mentido sobre quase tudo o que constava em seu aparentemente impressionante currículo.

O deputado do Partido Republicano dos Estados Unidos George Santos fez um acordo nesta sexta-feira (12) com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e confessou que cometeu fraude em um processo que responde desde 2008.

O agora político norte-americano, que é filho de brasileiros, era acusado de usar cheques roubados de um idoso que sua mãe cuidava em Niterói para comprar sapatos.

##RECOMENDA##

Ao todo, ele gastou mais de R$ 2,1 mil. Como parte do acordo, Santos pagará uma multa de R$ 24 mil.

A investigação contra o deputado havia sido paralisada porque a Justiça não conseguia notificá-lo, mas a ação foi retomada por conta de sua candidatura nos EUA. 

Além desse processo no Brasil, o republicano foi indiciado nesta semana em Nova York por 13 acusações, incluindo fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e declarações falsas.

Após ser eleito, a mídia nova iorquina - área que o elegeu - revelou uma série de mentiras contadas por Santos em todos os aspectos de sua vida. Entre as principais, estão informações falsas sobre formação universitária, locais de trabalho e mentiras sobre a história da família.

Da Ansa

O deputado republicano George Santos, filho de brasileiros, foi indiciado nesta quarta-feira (10) por 13 crimes nos EUA. Ele chegou a ser preso, mas foi liberado após o pagamento de uma fiança de US$ 500 mil. Santos se declarou inocente de todas as acusações, que incluem desvio de verbas públicas, fraude, lavagem de dinheiro e por ter mentido à Câmara dos Deputados.

O deputado republicano foi preso antes de uma audiência no tribunal de Nova York para ouvir as acusações dos processos criminais abertos contra ele. Em seguida, seus advogados concordaram com os termos de soltura.

##RECOMENDA##

Santos terá de comparecer às próximas audiências de custódia e terá seu direito de ir e vir restrito. Ele poderá viajar apenas entre o Estado de Nova York e a capital, Washington, onde ele ainda bate ponto no Congresso como deputado.

Mentiras

Ontem, diante da Justiça, ele se disse inocente de todas as acusações e garantiu que estará nesta quinta, 11, em Washington para uma votação importante sobre imigração - o projeto de lei republicano, para retomar a construção de um muro na fronteira, no entanto, deve morrer no Senado, dominado pelos democratas.

Santos conseguiu uma importante vitória para o Partido Republicano na eleição para deputado em um dos distritos mais competitivos de Nova York, mas logo se envolveu em um escândalo de mentiras em série, que afetou sua imagem.

Na biografia de Santos, difícil é saber o que de fato é verdade. Filho de uma carioca e de um mineiro, ele disse ser neto de judeus que teriam fugido do Holocausto, teria se formado em duas universidades públicas de Nova York e se tornado um financista de sucesso em Wall Street, com 13 propriedades e uma instituição de caridade que já teria resgatado mais de 2.500 cães e gatos.

Uma reportagem do New York Times, no entanto, revelou que as universidades não tinham registro dele, que empresas de Wall Street não o conheciam, que a ONG não existia e ele não era dono de nenhuma propriedade. Após uma semana de silêncio, Santos admitiu ter "floreado" sua trajetória. "Meus pecados foram florear o meu currículo", disse Santos ao jornal New York Post.

Diante do escândalo, os republicanos na Câmara dos Deputados estão divididos, com uma minoria que pede a renúncia de Santos e a maioria que evita falar do assunto - a maioria na Casa é apertada e qualquer voto perdido é um risco considerado desnecessário para o líder do partido, Kevin McCarthy.

Expulsão

Ontem, McCarthy, que é presidente da Câmara dos Deputados, voltou a hipotecar apoio a Santos e fugiu das perguntas sobre a renúncia. "Ele passará por seu período de julgamento e vamos descobrir como será o resultado", disse.

O clima entre os democratas é oposto. O 3.º Distrito Congressional de Nova York era um reduto do partido e uma nova eleição poderia reduzir a vantagem republicana na Câmara. O presidente dos EUA, Joe Biden, no entanto, preferiu não se meter em um assunto legislativo.

Ontem, Biden disse que cabe ao Congresso decidir o futuro do deputado. "Se eu comentar alguma coisa sobre Santos, vocês vão dizer que eu estou mandando a Justiça fazer as coisas. Não estou comentando nada sobre esse assunto."

Entre as acusações apresentadas ontem, Santos teria desviado contribuições de campanhas para sua conta pessoal e usado para pagar dívidas e comprar roupas de luxo. Os promotores alegam que ele também fraudou o seguro-desemprego para receber US$ 24 mil (R$ 120 mil) durante a pandemia. Se condenado, ele pode pegar até 20 anos de prisão, segundo o Departamento de Justiça, embora analistas apostem em uma sentença mais curta. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado americano de origem brasileira George Santos foi preso, acusado de lavagem de dinheiro e outros crimes federais nesta quarta-feira (10) antes de uma audiência no tribunal de Nova York.

Santos terá de responder a sete acusações relacionadas à fraude eletrônica, três de lavagem de dinheiro, uma de roubo de fundos públicos e duas por fazer declarações falsas à Câmara dos Deputados, segundo o jornal americano The New York Times.

##RECOMENDA##

A acusação diz que Santos induziu apoiadores a doar para uma empresa sob o falso pretexto de que o dinheiro seria usado para apoiar sua campanha. Em vez disso, diz, ele o usou para despesas pessoais, incluindo roupas de grife de luxo e para pagar seus cartões de crédito.

Santos, que se tornou conhecido por mentir no currículo antes de se eleger deputado por Nova York no ano passado, tem problemas com a Justiça brasileira, inclusive inquéritos por estelionato tramitando na Justiça do Rio de Janeiro.

Na terça-feira, 9, Santos disse à Associated Press que as acusações eram desconhecidas por ele. "Isso é novidade para mim", afirmou.

Santos admitiu ter mentido sobre ter ascendência judaica, formação em Wall Street, diploma universitário e um histórico como estrela do vôlei.

O procurador federal Breon Peace disse que as acusações "buscam responsabilizar Santos por vários esquemas fraudulentos e deturpações descaradas".

"Em conjunto, as alegações acusam Santos de agir em repetidas desonestidades e enganos para chegar aos salões do Congresso e enriquecer", disse Peace.

O republicano enfrenta pressão de seus correligionários e eleitores, que já pediram sua renúncia. Em março, o Comitê de Ética da Câmara abriu uma investigação contra o congressista. A comissão vai investigar eventuais atividades ilegais em sua campanha, possíveis violações de leis federais na atuação dele em uma empresa e a denúncia de assédio feita por um assessor que trabalhou em seu gabinete.

Rede de mentiras

Entre outras alegações, Santos disse ter diplomas da Universidade de Nova York e do Baruch College, apesar de nenhuma das instituições ter registro de sua frequência. Ele alegou ter trabalhado no Goldman Sachs e no Citigroup, o que também não era verdade.

Santos disse falsamente que era judeu e que seus avós escaparam dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. O deputado, que se identifica como gay, também não revelou que foi casado com uma mulher por vários anos, terminando a relação em 2019. (Com agências internacionais).

O congressista republicano de origem brasileira George Santos, cujas mentiras ocuparam as manchetes da imprensa desde sua eleição no ano passado, foi acusado pelo Departamento de Justiça, informaram os meios de comunicação americanos na terça-feira à noite.

A natureza exata das acusações federais contra o representante George Santos não foi divulgada. Procurado pela AFP, o Departamento de Justiça se recusou a comentar a notícia.

De acordo com a CNN, que cita três fontes próximas ao caso, o representante republicano de Nova York, de 34 anos, pode comparecer ao tribunal nesta quarta-feira (10).

Santos reconheceu que inventou boa parte de sua biografia, incluindo seu nome real, religião (ele falsamente alegou ser judeu), sua escolaridade e a experiência de trabalho ao disputar as eleições legislativas do ano passado em busca de uma cadeira na Câmara, como representante de áreas de Long Island, Nova York.

Ele também é acusado de desviar e falsificar recursos de campanha, assim como de assediar sexualmente um homem que supostamente recebeu uma oferta de emprego de seu escritório e de retratar-se quando este rejeitou seus avanços.

Santos descartou renunciar à cadeira na Câmara, apesar dos apelos de outros congressistas, tanto do Partido Republicano como do Democrata.

Em uma entrevista ao apresentador de televisão Piers Morgan no início do ano, ele admitiu que mentiu sobre sua biografia.

"Eu fui um mentiroso terrível em alguns temas", reconheceu. "Não era sobre enganar as pessoas, era para ser aceito pelo partido", acrescentou.

O presidente da Câmara de Representantes, o republicano Kevin McCarthy afirmou que "revisaria as acusações" antes de considerar se George Santos deve ou não ser afastado do Congresso.

O deputado na Câmara dos Estados Unidos, George Santos, filho de imigrantes brasileiros, foi acusado de fazer um gesto da supremacia branca durante a votação para a presidência da Câmara dos EUA. Na última quinta-feira, 5, Santos votou em Kevin McCarthy na décima rodada de votos.

Parecido com um "ok", mas posicionado de forma lateral, o gesto é amplamente conhecido por ser usado por grupos da extrema-direita. O símbolo é a junção das letras "W" e "P", que representam o "poder branco" (white power, em inglês).

##RECOMENDA##

Em dezembro do ano passado, ele foi visto em uma festa de gala em Manhattan com a presença de nacionalistas brancos e teóricos da conspiração de direita, o que destacou seus laços com a base de direita de Donald Trump. Ele também era próximo de políticos conservadores do Brasil. Em fevereiro de 2020, o deputado federal Eduardo Bolsonaro se encontrou com George Santos.

Recentemente, o republicano assumiu o mandato depois de admitir que inventou partes de sua biografia enquanto pedia votos. As inconsistências vieram à tona pelo jornal The New York Times, que revelou que faltavam registros de que Santos havia estudado na Horace Mann School, uma prestigiada escola privada no Bronx, ou que havia se formado no Baruch College. Da mesma maneira, o jornal mostrou que não havia provas de que Santos teria trabalhado para o Citigroup ou para a Goldman Sachs.

Chefe de uma firma de consultoria financeira, ele também supostamente inflou sua renda e seus bens. Santos ainda é acusado de mentir ou exagerar ao se apresentar como "um judeu americano orgulhoso": cresceu em uma família católica, mas afirma que sua "herança é judaica", como neto de sobreviventes do Holocausto que fugiram da barbárie nazista.

Investigações

Além das mentiras, o deputado americano ainda é alvo de investigações nos Estados Unidos e no Brasil. Santos teria usado dois cheques que pertenciam a um idoso que já havia morrido para comprar o equivalente a quase R$ 5 mil em roupas em uma loja em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, em 2008.

O caso estava fechado desde 2011, quando a Justiça não conseguiu encontrar Santos para ser citado no processo, e foi reaberto nesta semana pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, depois que o parlamentar se tornou conhecido no Brasil e nos Estados Unidos.

Nos Estados Unidos, os gastos de campanha do deputado eleito George Santos para o Congresso americano estão sob escrutínio das autoridades, que suspeitam que o político republicano de origem brasileira possa ter usado a verba para gastos pessoais. No total, esse valor chega ao equivalente a R$ 575 mil.

Quem é George Santos

Membro do Partido Republicano, Santos é o primeiro deputado que se declara abertamente gay a se eleger nos Estados Unidos. Trumpista de carteirinha, ele sempre disse ser filho de brasileiros e se vendeu aos eleitores como a encarnação do sonho americano: um filho de imigrantes brasileiros que "saiu do nada", estudou uma faculdade pública de Nova York para se tornar um "financista e investidor experiente de Wall Street" com um "portfólio imobiliário familiar de 13 propriedades e uma instituição de caridade de resgate de animais que salvou mais de 2.500 cães e gatos". Partes de sua biografia foram desmentidas pelo jornal The New York Times.

O americano de origem brasileira George Santos, eleito para o Congresso dos Estados Unidos mentiu sobre seu currículo, segundo investigação do The New York Times, levando seu adversário a exigir sua renúncia antes mesmo de assumir o cargo.

Santos, um republicano eleito para a Câmara dos Representantes pelo 3º distrito do estado de Nova York, derrotou o democrata Robert Zimmerman nas eleições de meio de mandato de 8 de novembro.

Mas o jornal NYT revelou que Santos, filho de imigrantes brasileiros nascido no Queens e um candidato abertamente gay, pode ter mentido em vários pontos de sua biografia, alegação que ele tachou de caluniosa.

Santos disse não ter ficado surpreso de ter "inimigos no New York Times tentando manchar seu bom nome com essas acusações difamatórias", de acordo com nota divulgada por Joseph Murray, advogado do congressista eleito.

Segundo a reportagem do NYT, Santos mentiu sobre uma licenciatura em finanças no Baruch College, de Nova York, em 2010, e sobre experiências profissionais no Citigroup Bank e no Goldman Sachs Investment Bank.

Porta-vozes dessas três entidades garantiram ao jornal que não encontraram registros de Santos, que deve tomar posse em Washington no início de janeiro.

O Baruch College confirmou à AFP que não encontrou em seus arquivos um George Santos graduado por volta de 2010.

Além disso, o NYT colocou em dúvida o funcionamento da instituição de caridade Friends of Pets United, supostamente dirigida por Santos, e apontou que a Devolder Organization, sua consultora, "é um mistério".

No balanço financeiro apresentado à Câmara em setembro, o legislador eleito afirma que a empresa pagou a ele um salário de 750 mil dólares e dividendos entre um e cinco milhões de dólares.

Porém, a reportagem indica que o formulário não inclui "qualquer informação sobre clientes que possam ter contribuído para essa quantia, uma aparente violação da exigência de divulgar qualquer compensação de mais de cinco mil dólares de uma única fonte".

"A verdade é que Santos mentiu totalmente para os eleitores (...) e não merece representar Long Island e Queens", reagiu Zimmerman.

O democrata pediu a renúncia de Santos e uma "investigação imediata por parte da Comissão de Ética da Câmara dos Representantes e da Comissão Eleitoral Federal".

No estado de Nova York, considerado pró-democratas, várias cadeiras da Câmara passaram para os republicanos em novembro, contribuindo para sua apertada maioria. Os democratas, no entanto, mantiveram o controle do Senado.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando