Palestinos deixam o norte de Gaza após ameaça de Israel
Famílias em carros, caminhões e carroças puxadas por burros repletos de cobertores e outros objetos se concentravam na principal rodovia da Cidade
Palestinos deixam em massa a região norte de Gaza depois que o governo de Israel ordenou que cerca de 1 milhão de pessoas deixem a região para o sul do território. Tal fato sugere que o exército israelense pode em breve realizar uma ocupação militar na região para combater militantes do Hamas.
As Nações Unidas alertaram que a ordem para que cerca de metade da população de Gaza deixe a área em 24 horas poderá gerar uma calamidade e pediu para o governo de Israel revogá-la. Famílias em carros, caminhões e carroças puxadas por burros repletos de cobertores e outros objetos se concentravam na principal rodovia da Cidade de Gaza, em meio a bombardeios de aviões que continuam a atingir a região.
O Hamas divulgou pela sua assessoria de comunicação que jatos israelenses atacaram carros em direção ao sul, o que provocou a morte de 70 pessoas. As forças militares de Israel informaram que tropas ingressaram em Gaza em ataques temporários para combater militantes e buscar pistas das 150 pessoas mantidas como reféns pelo Hamas, após os ataques brutais ocorridos no último fim de semana.
Embora o Hamas tenha orientado a população no norte de Gaza a ignorar a ordem de saída, muitos palestinos hesitaram e preferiram deixar a região porque não estavam seguros em permanecer lá. O território está fechado para receber alimentos, água e suprimentos médicos e está sob um virtual blackout de energia.
O ministério da saúde de Gaza informou que 1.800 pessoas foram mortas na região, sendo mais da metade menores de 18 anos ou mulheres. Os ataques do Hamas mataram 1.300 israelenses, a maioria civis.