Humberto pede agilidade do governo no combate a seca
Senador fez pronunciamanto relatando problemas do semiárido
Após visitar no último fim de semana municípios do Sertão Pernambucano, o senador Humberto Costa (PT) subiu nesta terça-feria (30) à Tribuna para falar sobre o problema da seca. Segundo o petista, a situação do semiárido exige uma articulação entre o Congresso, os prefeitos e o governo federal. Entre as ações propostas por ele, se destaca a realização de um encontro entre os ministros que cuidam de ações relacionadas ao problema da estiagem.
“Nós, parlamentares, Governo Federal, governos estaduais, prefeituras e movimentos sociais devemos trabalhar em conjunto para buscar tanto soluções mais rápidas e eficazes, como um trabalho mais aprofundado com impacto duradouro na região”, discursou Humberto.
Ele fez um relato sobre a situação no interior de Pernambuco, onde visitou recentemente os municípios de Custódia, São José do Egito, Tabira e Serra Talhada. Além de ver de perto a situação dos moradores, o senador recebeu de lideranças uma série de reivindicações, como a aceleração das obras da transposição do Rio São Francisco e da Adutora do Pajeú. “Não houve chuva praticamente durante todo este ano no Interior de Pernambuco. No período chuvoso, de outubro a março, as precipitações ficaram 75% abaixo da média esperada na maior parte do Sertão. Nas áreas onde houve mais chuvas, a queda no índice pluviométrico chegou a 50%”, afirmou o senador.
Segundo Humberto, a mobilização é urgente. “O que está em jogo é a vida de milhares de pessoas, além do desenvolvimento da Região. A falta de chuva não prejudica só a agricultura e a pecuária, já que a água, no interior de Pernambuco, é escassa até para o consumo humano”, declarou.
O petista lembrou algumas ações que o Governo Federal vem fazendo para amenizar o problema, e cobrou mais agilidade. “Medidas emergenciais são fundamentais. Mas precisamos imprimir um ritmo mais forte aos grandes projetos estruturadores em andamento, como a transposição das águas do Rio São Francisco”, reforçou.
O problema da seca no Brasil bateu recorde este ano. Dos 5.564 municípios existentes no País, 2.339 (ou 42%) tiveram as circunstâncias de vulnerabilidade das pessoas reconhecidas pelo Ministério da Integração Nacional, até o dia 22 de agosto, data da última atualização.
Em todo o Brasil, apenas três estados (Amapá, Roraima e Tocantins) e o Distrito Federal não possuem nenhum município com portarias de reconhecimento de situação de emergência – medida que serve de autorização para acesso a benefícios e créditos liberados pela União.