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O Rio Grande do Sul tem 374 municípios em situação de emergência por causa da estiagem, que ocorre desde dezembro. Os dados são os mais recentes da Defesa Civil do Estado. O número vem crescendo ante as 356 cidades que haviam decretado situação de emergência na última sexta-feira, 3.

Do total, 313 tiveram a situação de emergência homologada pelo governo do Estado e 287 foram reconhecidas pela União.

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O reconhecimento da situação pelo Estado permite aos municípios receberem ajuda humanitária, enquanto com a chancela da União as prefeituras podem receber recursos para enfrentar a seca. O reconhecimento estadual da situação de emergência possibilita também que os produtores rurais acionem o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro).

Na safra passada, 2021/22, 426 municípios gaúchos decretaram situação de emergência, enquanto 417 obtiveram reconhecimento da situação de emergência pela União.

O Ministério do Desenvolvimento Social, em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vai distribuir cestas de alimentos para as famílias vulneráveis das regiões afetadas pela estiagem no Rio Grande do Sul por meio da compra de produtos através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A ação exigirá R$ 5 milhões e será destinada a cerca de 35 mil famílias. A medida foi anunciada pelo ministro Wellington Dias em evento de anúncio das medidas do governo federal para enfrentamento da estiagem no Rio Grande do Sul, realizado em Hulha Negra (RS).

Segundo o ministro, a partir de 20 de março, 30 mil famílias gaúchas serão atendidas pelo novo Bolsa Família. "Também fizemos a antecipação a pedido do presidente Lula do pagamento (do Bolsa Família) de fevereiro para amanhã", afirmou Dias. Em março, o pagamento do programa foi antecipado para o dia 20.

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O ministério também desembolsará R$ 30 milhões para 10 mil famílias produtoras de crédito para fomento da atividade produtiva via o Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Serão concedidos até R$ 2.400 por família em projetos com assistência técnica da Emater. "Estamos falando de indígenas, de quilombolas. (O valor) sai agora dia 20 de março para os projetos que serão apresentados", acrescentou.

Incêndios voltaram a atingir o Pantanal, um dos biomas mais ameaçados do País, em Mato Grosso do Sul. Na quinta-feira, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) decretou situação de emergência em 14 municípios da região.

Os focos apareceram na região do Abobral, no entorno do Parque Estadual Pantanal Rio Negro, uma reserva ambiental. Na manhã de quinta, uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar se deslocou para a área, em apoio às brigadas que já atuam na região. Conforme o Centro de Proteção Ambiental dos Bombeiros, entre 1.º de junho e 17 de julho, os incêndios destruíram 84 mil hectares de vegetação no Pantanal sul-mato-grossense, que vive um novo período de forte estiagem.

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Já há informações de mortes de animais devido à seca e às queimadas. Um vídeo que circula em redes sociais mostra mais de uma dezena de jacarés disputando a água que caía de um bebedouro de gado, na Fazenda Sagrado, em Corumbá. Na imagem, é possível ver que os répteis estão magros e alguns aparentam estar mortos. Outros animais, como uma sucuri e uma onça-pintada, foram salvos de incêndios.

ÁREA MAIS ATINGIDA. O decreto de emergência abrange os municípios de Corumbá, Ladário, Miranda, Aquidauana, Porto Murtinho, Sonora, Rio Verde de Mato Grosso, Coxim, Bodoquena, Jardim, Bonito, Anastácio, Corguinho e Rio Negro afetados por desastre classificado como incêndio florestal - queimadas em parques, áreas de proteção ambiental e áreas de preservação permanente nacionais, estaduais ou municipais. A emergência entrou em vigor ontem e tem duração de seis meses.

Conforme o governo, o decreto foi motivado pela intensa estiagem, que já dura mais de 25 dias, e pelo aumento em focos de incêndios em Mato Grosso do Sul. Dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa), do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, apontam já no primeiro semestre de 2022, em relação ao mesmo período de 2021, um aumento de 215,5% de área queimada nas unidades de conservação da bacia do Rio Paraguai, que banha o Pantanal, e de 400% em terras indígenas. 

Nesta quinta-feira (29), uma nova portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) reconheceu a situação de emergência em 54 cidades de Pernambuco por conta da estiagem. Ao todo, já são 110 municípios com reconhecimento vigente.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), três em cada cinco municípios pernambucanos registram situação de emergência em decorrência da estiagem. Informações prestadas pela Coordenação estadual de Proteção e Defesa Civil mostram que a escassez de recursos hídricos das áreas afetadas atinge mais de 20% da população, causando danos à agricultura e à pecuária.

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Com a publicação do reconhecimento federal, os municípios podem solicitar recursos para restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura danificada pelos desastres. 

Com base nas informações enviadas por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres Naturais (S2ID), a equipe técnica da Defesa Civil nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada Portaria no DOU com a especificação do valor a ser liberado.

O Governo de Pernambuco declarou "Situação de Emergência" em 54 municípios do Sertão do Estado devido à estiagem. A medida facilita que as cidades recebam recursos emergenciais para redução dos impactos da seca.

Segundo o texto, foi decretada situação de emergência devido ao baixo volume das reservas hídricas da região e aos impactos ocasionados em decorrência das perdas na agropecuária do Sertão. O decreto também destaca que os habitantes dos municípios afetados não têm condições satisfatórias de superar os danos e os prejuízos provocados pela situação, "haja vista a situação socioeconômica desfavorável da região".

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A medida tem validade de 180 dias. O governo afirma que os órgãos estaduais localizados nas áreas atingidas e competentes para atuar nessa situação adotarão as medidas necessárias em conjunto com os órgãos municipais. 

Os municípios em situação de emergência são: Afogados da Ingazeira, Afrânio, Araripina, Arcoverde, Belém de São Francisco, Betânia, Bodocó, Brejinho, Cabrobó, Calumbi, Carnaíba, Carnaubeira da Penha, Cedro, Custódia, Dormentes, Exu, Flores, Floresta, Granito, Ibimirim, Iguaracy, Lagoa Grande, Manari, Mirandiba, Orocó, Ouricuri, Parnamirim, Petrolândia, Petrolina, Quixaba, Salgueiro, Santa Cruz, Santa Cruz da Baixa Verde, Santa Filomena, Santa Maria da Boa Vista, Santa Terezinha, São José do Belmonte, Serra Talhada, Serrita, Sertânia, Solidão, Tabira, inajá, Ingazeira, Ipubi, Itacuruba, Itapetim, Jatobá, Tacaratu, Terra Nova, Trindade, Triunfo, Tuparetama e Verdejante.

Nesta quarta-feira, 11, Brasília completou o centésimo dia sem que caia um pingo de chuva sobre a capital federal. A umidade relativa do ar tem ficado na casa dos 12% a 15%, o nível mais baixo do ano. Para completar a sensação de calor, a temperatura tem variado entre 32º e 34º graus Celsius durante o dia, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Para o próximo dia 14, a previsão do Inmet é de que a umidade mínima chegue a 10%, clima parecido com o de deserto, dado que a média recomendada é de 60%.

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Nesta semana, após sucessivas queda na umidade do ar, a Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil declarou estado de emergência no Distrito Federal. A Secretaria de Educação do Distrito Federal emitiu um comunicado para todas as escolas, com orientações sobre como lidar com a seca e garantir o bem estar dos alunos.

As recomendações são evitar a prática de atividades ao ar livre no período das 10h às 17h, aumentar a ingestão de líquidos, evitar banhos prolongados com água quente e muito sabonete, evitar o uso excessivo de ar-condicionado e usar protetor solar, segundo o governo do DF.

A Região Nordeste conta com o Monitor de Secas para acompanhar o ciclo de estiagem e melhorar a política e a gestão dos problemas decorrentes da escassez de chuva. O objetivo do Monitor é integrar o conhecimento técnico e científico já existente em diferentes instituições estaduais e federais e estabelecer diferentes graus de severidades da estiagem, permitindo acompanhar a evolução temporal e espacial. As informações são atualizadas mensalmente. O modelo foi baseado no Monitor de Secas dos Estados Unidos, desenvolvido pelo Centro Nacional de Mitigação de Secas dos EUA (NDMC).

O modelo de acompanhamento facilita a tradução das informações em ferramentas e produtos para serem utilizados por instituições tomadoras de decisão e indivíduos, de modo a fortalecer os mecanismos de monitoramento, previsão e alerta precoce. Além disso, é uma maneira de consolidar em um mesmo lugar e com uma mesma linguagem as diferentes informações sobre seca na região, que sempre tiveram espalhadas em órgãos diferentes, usando indicadores diversos. “Não havia muita possibilidade de integração das informações e compartilhamento dos dados”, recorda Ana Paula Fiorezi, superintendente adjunta de Operações e Eventos Críticos da Agência Nacional de Águas (ANA).

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Na verdade, o que o equipamento faz é sistematizar o processo com uma metodologia bastante simples: usar indicadores de secas que são consagradas em nível mundial e classificar a seca em classes de severidade. “Vai de situação sem seca ou de seca moderada até seca excepcional. Uma vez por mês são elaborados mapas que permitem uma comparação da evolução da seca na região”, explica a representante da agência.

Com o Monitor, é possível saber quais regiões estão sendo mais afetadas e conseguir traçar uma tendência de evolução dessa seca. “A resposta à seca não depende só da severidade do evento naquele determinado momento, mas de um acumulado de históricos porque uma coisa é você ter uma seca severa que persistia dois meses e outra que persistia há alguns anos”, complementa Ana Paula Fioreze.

Ela explica ainda que quando o cidadão entra nesse mapa consegue visualizar as informações não somente por estados. “Não é uma instituição só que faz isso e privilegia a participação de todas as instituições estaduais. São três estados que fazem o revezamento na autoria: Bahia, com o Inema – Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia; Pernambuco com a Apac – Agência Pernambucana de Águas e Clima e o Ceará com a Funceme – Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos”, ressalta. Eles usam dados que estão disponíveis em diferentes locais e consolidam as informações. Todos os estados participam de um processo de validação pegando os mapas e verificando com as pessoas que atuam no campo se aquilo corresponde a realidade ou não.

As informações sobre seca dificilmente são conseguidas em tempo real. A periodicidade que se consegue por enquanto é mensal. “Na verdade é um instrumento utilizado mais pelos órgãos gestores de recursos hídricos. Mas vários estados e o Ministério da Integração, também em algumas ações, usam para confirmar situação de emergência ou de calamidade e para se planejar para resposta, como por exemplo a carros-pipas ou outros socorros”, reforça a superintendente da ANA.

O sistema é um instrumento de monitoramento e não de prognóstico. Por enquanto, está centralizado no Nordeste. Desde janeiro de 2017, o equipamento passou a ser coordenado pela Agência Nacional de Águas e um dos objetivos é expandir esse monitoramento para todo o país em cinco anos.

Ana Paula Fioreze lembra que população pode acessar todos os mapas e os indicadores do Monitor, além dos resultados finais, que são sempre disponibilizados no 15º dia do mês subsequente. Há também o aplicativo, disponível para IOS e Android, onde podem ser baixados os indicadores que vêm sempre com uma narrativa do mês anterior. O endereço é: monitordesecas.ana.gov.br

O Governo de Pernambuco declarou Situação de Emergência em 69 municípios do estado devido à estiagem. O decreto foi publicado na Diário Oficial desta tertça-feira (23).

A situação tem validade de 180 dias. De acordo com o texto, os órgãos estaduais localizados nas áreas atingidas, e competentes para a atuação específica, deverão adotar as medidas necessárias para o combate à Situação de Emergência em conjunto com os órgãos municipais. 

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O decreto pontua que a situação atual tem trazido perdas significativas na agropecuária da região e que a situação socioecômica local é desfavorável. 

Confira os municípios classificados como em situação de emergência: Agrestina, Águas Belas, Alagoinha, Altinho, Angelim, Belo Jardim, Bezerros, Bom Conselho, Bom Jardim, Bonito, Brejão, Brejo da Madre de Deus, Buíque, Cachoeirinha, Caetés, Calçado, Camocim de São Félix, Canhotinho, Capoeiras, Jurema, Lagoa do Ouro, Lajedo, Limoeiro, Machados, Orobó, Palmeirina, Panelas, Paranatama, Passira, Pedra, Pesqueira, Poção, Riacho das Almas, Sairé, Salgadinho, Saloá, Sanharó, Caruaru, Casinhas, Correntes, Cumaru, Cupira, Feira Nova, Frei Miguelinho, Garanhuns, Gravatá, Iati, Ibirajuba, Itaíba, Jataúba, João Alfredo, Jucati, Jupi, Santa Cruz do Capibaribe, Santa Maria do Cambucá, São Bento do Una, São Caetano, São João, São Joaquim do Monte, São Vicente Ferrer, Surubim, Tacaimbó, Taquaritinga do Norte, Terezinha, Toritama, Tupanatinga, Vertente do Lério, Vertentes e Venturosa.

O maior reservatório de água da América Latina está sumindo a olho nu. O lago da Hidrelétrica de Serra da Mesa, em Goiás, chegou a 9% de sua capacidade total de armazenamento com a estiagem que castiga a região há cinco anos. O nível atual da água está 35 metros abaixo da cota máxima que a represa comporta, uma altura equivalente à de um prédio de 14 andares.

O nível da água cai entre quatro e cinco centímetros por dia. Recentemente, a longa ponte de concreto que ligava os municípios de Uruaçu e Niquelândia, e que ficou no fundo da represa após o fechamento da barragem, voltou a ressurgir na paisagem. Pescadores locais, que anos atrás passavam com seus barcos metros acima da estrutura, agora cruzam a ponte caminhando, com água pelas canelas, levando as tralhas de pesca para tentar fisgar algum peixe que ainda não foi embora, por conta da redução do oxigênio na água e do aumento de sua temperatura.

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Em seus dias áureos, o lago de Serra da Mesa, que tem seu curso principal formado sobre o Rio Tocantins, chegou a guardar algo próximo de 54,4 bilhões de metros cúbicos de água, uma imensidão líquida que se espalha por 1.784 km

², área maior que a cidade de São Paulo, com seus 1.521 km². De 2012 para cá, no entanto, a escassez das chuvas transformou esses números em história e fez o maior lago do País em volume de água armazenada atingir seu pior cenário desde sua criação, em 1998.

Com a estiagem, o turismo também evaporou. Salvador Ferreira de Almeida, o "Deuzin", é um dos tantos pescadores que tiraram o sustento da família com o trabalho na pesca e no transporte de milhares de turistas que vinham atrás dos tucunarés nessa região da represa, no entorno de Uruaçu. Deuzin ainda veste a camisa verde com seu nome estampado, telefone e a frase "Alugam-se barcos". Faz oito meses que Deuzin não transporta nem um pescador sequer.

"Tem quatro anos que a coisa foi ficando feia, muito feia, e nunca mais voltou. É uma tristeza o que gente tem passado aqui", lamenta Deuzin, um dos pescadores mais antigos da região. "Quando fizeram essa represa, disseram que ela ia ter uma cota mínima, que ia ser mantida. Hoje, a gente não sabe mais que cota mínima é essa, porque a situação só piora."

Como o peixe nativo rareou nos últimos anos, os pescadores passaram a criar tilápias em cativeiro, lançando tanques de aço com mantas de nylon na beira do lago. No ano passado, o negócio promissor converteu-se em drama financeiro e ambiental. Deuzin cuidava de 5 toneladas de peixe em seus viveiros. De um dia para o outro, os peixes deixaram de comer e, na manhã seguinte, amanheceram todos mortos. "Disseram que foi por falta de oxigênio ou o agrotóxico que veio de plantações da região. O que sei mesmo é que perdi R$ 22 mil." Ao todo, foram mais de 100 toneladas de peixes jogados no lixo, episódio que praticamente quebrou a Cooperativa dos Piscicultores do Lago Serra da Mesa, que reúne 33 pescadores. Em vez de peixes, o que criaram foi uma dívida de R$ 300 mil.

A seca também afastou os visitantes da Praia Generosa, estrutura de lazer criada durante o processo de construção da barragem, nos anos 90. Pela praia não há mais como acessar o lago, por conta das vegetações que reapareceram no caminho. Quando Serra da Mesa foi represada, boa parte das árvores que ficariam submersas não foi retirada. O que se vê na paisagem de hoje, quando o lago teima em acabar, são os imensos "paliteiros" de troncos, um emaranhado de natureza morta. Quiosques de sapé que ficavam na beira da água agora estão a centenas de metros de distância. A maior parte dos bares fechou. Alguns restaurantes flutuantes foram abandonados na paisagem empoeirada.

Abandono.

Um dos tantos projetos de luxo que foram atraídos para a orla da barragem quando Uruaçu entrou para a lista de destinos de pesca mais procurados do País também está abandonado. No começo dos anos 2000, a família de Jordana Bonfim investiu R$ 5 milhões na construção da Estância Serra da Mesa, com 24 apartamentos, pista de pouso, piscinas com "bar molhado" e barcos para pesca.

"Até 2013, foi uma época linda. Mas a seca chegou e levou tudo", diz Jordana.

Hoje, apenas um casal de trabalhadores toma conta do que é possível. "Há um ano não vem ninguém aqui para se hospedar na pousada", diz o caseiro Anísio Ferreira Duarte. As piscinas estão com a bomba d'água quebrada e os barcos que eram alugados estão sendo cobertos pelo mato. A água da barragem, que antes beijava a soleira da pousada, agora está a um quilômetro de distância.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Devido aos longos períodos de seca que municípios do estado da Bahia vem enfrentando constantemente, desde 2012, 184 das 417 cidades baianas já decretaram estado de emergência. Mesmo com as recentes chuvas em algumas regiões, municípios entraram em estado de alerta e estão autorizados a suspender e alterar programas e atividades do executivo, buscando ajustar os recursos ao cenário de crise.

Os dados foram disponibilizados pela Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec), no dia 21 de agosto deste ano. Segundo as informações, o problema atinge ao todo 3.845.540 habitantes. A nível nacional, a situação também está alarmante, pois segundo um levantamento publicado pela Folha de São Paulo, com base em dados divulgados pelo Ministério da Integração Nacional, 23% dos municípios brasileiros estão em situação de emergência, sendo que 71% se concentram nas regiões Nordeste e no Norte de Minas Gerais, devido à estiagem.

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Ainda de acordo com a Sudec, algumas cidades estão sob análise para reconhecimento do decreto pelo Governo Federal, a exemplo de Paratinga e Paulo Afonso. As localidades de Antônio Cardoso e Barro Alto não aparecem na lista de Reconhecimentos Vigentes do Ministério da Integração, pois passaram pela vistoria do governo federal em março deste ano, porém tiveram seus pedidos negados.

Segundo a Defesa Civil da Bahia, foram publicados novos decretos para esses municípios em agosto, que aguardam análise da união. Conforme dados do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), a redução das chuvas já vem sendo observada desde 2010 na Bahia, mas a partir de 2012 a situação se agravou, até evoluir para o cenário atual.

O Sistema Cantareira de Abastecimento de Água operou com 63% de sua capacidade ontem (30). Os dados são da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

De acordo com o sistema de monitoramento do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), a última vez que choveu na capital paulista foi em 13 de junho, com volume de 13,1 milímetros (mm). Desde então, ocorreu apenas uma garoa nos dias 20 e 21 de junho e também nos três primeiros dias de julho, resultando em um acumulado médio de 0,3 mm - quantidade inferior ao esperado de 46,6 mm.

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Dos seis sistemas responsáveis por abastecer os municípios paulistas, o Cantareira é o que apresenta menor capacidade – 63%, enquanto o sistema Rio Claro opera com 98,7% do volume; o Guarapiranga, com 73,8%; o Alto Tietê, 66,4%; Alto Cotia, 97,7%; e Rio Grande, com 81,9%.

O Sistema Cantareira atende atualmente 7,4 milhões de pessoas em São Paulo.

Nesta terça-feira (16), 56 municípios de Pernambuco foram reconhecidos em situação de emergência pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. A medida foi tomada por conta do grande período de estiagem nessas regiões. 

A portaria foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira e desde então já começa a vigorar. Este reconhecimento permite que as prefeituras afetadas tenham acesso a ações de socorro, assistência, restabelecimento de serviços essenciais e recuperação de áreas danificadas.  

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Confira a lista dos municípios: 

1 Afogados da Ingazeira 

2 Afrânio 

3 Araripina 

4 Arcoverde 

5 Belém do São Francisco 

6 Betânia 

7 Bodocó 

8 Brejinho 

9 Cabrobó 

10 Calumbi 

11 Carnaíba 

12 Carnaubeira da Penha 

13 Cedro 

14 Custódia 

15 Dormentes 

16 Exu 

17 Flores 

18 Floresta 

19 Granito 

20 Ibimirim 

21 Iguaraci 

22 Inajá 

23 Ingazeira 

24 Ipubi 

25 Itacuruba 

26 Itapetim 

27 Jatobá 

28 Lagoa Grande 

29 Manari 

30 Mirandiba 

31 Moreilândia 

32 Orocó 

33 Ouricuri 

34 Parnamirim 

35 Petrolândia 

36 Petrolina 

37 Quixaba 

38 Salgueiro 

39 Santa Cruz 

40 Santa Cruz da Baixa Verde 

41 Santa Filomena 

42 Santa Maria da Boa Vista 

43 Santa Terezinha 

44 São José do Belmonte 

45 São José do Egito 

46 Serra Talhada 

47 Serrita 

48 Sertânia 

49 Solidão 

50 Tabira 

51 Tacaratu 

52 Terra Nova 

53 Trindade 

54 Triunfo 

55 Tuparetama 

56 Verdejante

Uma estação elevatória está sendo instalada de forma emergencial no Rio Amaraji para evitar que o fornecimento de água de Ribeirão, na Mata Sul de Pernambuco, entre em colapso. O equipamento captará a água bruta no rio, que passa dentro do perímetro urbano do município.

Os trabalhos foram iniciados desde o dia 10 de janeiro e resta apenas a energização do sistema para a estação entrar em funcionamento. A expectativa é que isso ocorra na próxima semana, dando um incremento de 30 litros por segundo na captação para o município.

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Por causa da seca que já dura seis anos consecutivos em Pernambuco, os dois mananciais que atendem Ribeirão estão com a vazão abaixo da normalidade. Conforme a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), o Açude de Ingaí entrou em colapso em dezembro de 2016 e o Riacho Ditoso está com baixo nível. A situação resultou em paradas constantes de captação e redução pela metade da oferta de água.

Ainda segundo a Compesa, o Rio Dito chegou a não oferecer mais condições de captação no começo do mês. Chuvas da última semana, entretanto, permitiram uma melhora no acúmulo de água. Atualmente, a água é captada de oito a dez horas por dias no Ditoso. A vazão, que antes era de 70 litros de água por segundo, caiu para 35 litros por segundo.

Ribeirão também sofreu mudanças em seu calendário de abastecimento. O município seguia o padrão de um dia com água e um dia sem, mas desde novembro de 2016 o rodívio está um dia com água e seis dias sem.  “As partes altas de Ribeirão vamos abastecer com carros-pipa, a partir da próxima semana”, tranquiliza o gerente de Unidade de Negócios da Compesa, Mozart Alencar. A construção da estação tem um investimento de cerca de R$ 200 mil e possui equipamentos mobilizados de outros sistemas.

Foi assinada na última sexta-feira (13) a ordem de serviço para as obras da Transposição do Rio Sirinhaém para o Sistema Brejão, responsável pelo abastecimento do município de Bezerros, no Agreste de Pernambuco. Bezerros está na lista de 69 municípios pernambucanos reconhecidos como em estado de emergência devido à estiagem. 

A transposição está prevista para entrar em operação em julho deste ano. Ao todo, 50 mil pernambucanos devem ser beneficiados com o projeto. O Governo de Pernambuco investirá R$ 2,1 milhões de recursos próprios.

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Está prevista a recuperação das partes físicas de uma Estação Elevatória de Água Bruta (EEAB) do Rio Sirinhaém, com a instalação de dois conjuntos de motores-bombas e a implantação de uma subestação elétrica. A estação elevatória terá a função de captar água da bacia do Rio Sirinhaém, que será transportada por uma adutora de nove quilômetros de extensão já existente, com uma vazão de 110 litros de água por segundo.

Estação de Tratamento – Durante a assinatura da ordem de serviço, também foi anunciado o investimento de R$ 8,5 milhões dos governos federal e estadual para a melhoria da Estação de Tratamento de Água (ETA) da cidade. Com isso, a unidade terá a capacidade de tratamento ampliada, saltando de 160 l/s para 370 l/s.

A sua capacidade total deverá estar em funcionamento em dezembro de 2017. Até junho de 2018, também está prevista a implantação de um sistema de tratamento de efluentes, para tratar 100% dos rejeitos gerados pela própria ETA de Bezerros.

De acordo com o governo, a modernização compreende a construção de novas unidades de filtração, adaptações no canal de chegada de água bruta e na unidade de decantação e implantação de novas instalações de desinfecção. No futuro, o aumento da capacidade de tratamento deve permitir que a unidade receba água de Jucazinho quando a barragem recuperar seu volume. 

Com informações da assessoria

Pela primeira vez desde o início da seca histórica em São Paulo, o Sistema Cantareira acumula mais água do que no período pré-crise hídrica. Com nível de 45,5% - sem incluir o volume morto -, o principal manancial paulista supera o índice registrado na mesma data em setembro de 2013, de 45,4%. Há um ano, o nível do sistema estava em -13,9%, dentro da reserva profunda dos reservatórios, que foi usada emergencialmente entre 2014 e 2015.

Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), os índices mostram que "as previsões pessimistas que apontavam que o Cantareira nunca ia se recuperar ou que demoraria dez anos para isso eram alarmistas e erraram de forma crassa". A empresa, responsável pelo abastecimento de água de quase 20 milhões de moradores da Grande São Paulo, afirma que a recuperação do sistema usado para atender 7,4 milhões de pessoas "vai continuar". Em outubro, começa o período chuvoso.

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A melhora do Cantareira, registrada após um longo período de racionamento de água, redução do consumo pela população e da exploração do sistema pela Sabesp, e, principalmente, depois do retorno das chuvas no manancial, no fim de 2015, fez com que a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE), aumentassem, após sete meses, o limite de captação de água do sistema pela Sabesp de 23 mil litros por segundo para 25 mil l/s. Antes da crise, a captação era de 31 mil l/s e no auge da seca caiu para 13 mil l/s.

Projeções feitas pela Sabesp mostram que mesmo se a seca de 2014 - a pior em 85 anos de registros - se repetir nos próximos meses, o que é improvável, de acordo com a companhia, o Cantareira chegará ao final de novembro com 28% do volume útil, sem incluir o volume morto dos reservatórios. De acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do governo federal, São Paulo deve ter chuvas dentro da média nos próximos meses. A temporada chuvosa no Estado vai até março.

Histórico

A crise hídrica foi anunciada pela Sabesp no fim de janeiro de 2014, após um baixo volume de chuvas em dezembro e naquele mês, mas o Cantareira já registrava déficit mensal em seu estoque - perdia mais água do que recebia - desde maio de 2013. O cenário crítico só mudou em fevereiro de 2015, quando choveu acima da média no manancial.

Naquele mês, contudo, o sistema já havia chegado ao nível mais baixo da história (-23%). À época, a Sabesp intensificou o racionamento de água na região metropolitana - bairros chegaram a ficar até 20 horas sem água por dia - para reduzir a captação de água do manancial e evitar o colapso do sistema.

Agora, a companhia diz que o abastecimento está garantido e aumentou a segurança hídrica com as obras feitas para captar água em outros mananciais, como a Billings. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um mês e meio de estiagem foi suficiente para mudar o cenário dos rios que abastecem cidades no interior de São Paulo. Importantes rios paulistas que, entre o fim de maio e o início de junho chegaram a transbordar, estão agora mostrando o leito com pedras e bancos de areia. Córregos e ribeirões também já são afetados pela falta de chuvas. Desde o início de julho não chove de forma expressiva no interior; em algumas regiões houve chuvas esparsas há 27 dias.

Em Altinópolis, na região de Ribeirão Preto, a Cachoeira do Itambé, principal atração turística do município, deixou de existir. A queda-d’água de 60 metros no paredão de arenito desapareceu porque o ribeirão que a formava secou. Na cidade, os moradores convivem com a falta de água. A prefeitura informou que o desabastecimento é pontual e decorre de quebras em equipamentos de captação, que abastece 40% da cidade.

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O Rio Pardo, na região de Ribeirão Preto, estava com 72 centímetros de água na quinta-feira passada, em contraste com a forte vazão do início de junho, quando as réguas de medição registravam quase dois metros. O nível atual está próximo da vazão mais baixa já registrada, de 42 centímetros, em 1969.

Contrastando com o transbordamento no início de junho, o Rio Piracicaba exibia bancos de areia ontem no trecho final da Avenida Beira-Rio, área urbana de Piracicaba. Na cachoeira, atração turística da região, as pedras emergiam, ocupando porção maior do que a água. Quando o rio encheu, na primeira semana de junho, a vazão chegou a 669 metros cúbicos por segundo. Ontem, a medição do Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) registrava 46 metros cúbicos por segundo.

A água que, em junho, cobria toda a extensão da Cachoeira das Emas, no Rio Mogi-Guaçu, em Pirassununga, virou um filete com menos de dois metros de largura. As pedras do leito do rio, normalmente cobertas, voltaram a aparecer.

O Rio Tietê também baixou drasticamente em Salto e Porto Feliz. Nas duas cidades, moradores dos bairros ribeirinhos reclamam da volta do cheio ruim, causado pela concentração de poluentes nas águas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Nordeste enfrenta a pior seca dos últimos 50 anos. As chuvas estão escassas há quatro anos. A Federação da Agricultura e Pecuária do Piauí (Feapi) informou que houve perda de 20% das 1,7 milhão de cabeças de gado nos últimos dois anos como consequência da seca.

O presidente da Feapi, Carlos Augusto Carneiro (também conhecido como o Caú), disse que cerca de 1 milhão de cabeças de gado foram remanejadas para regiões com pasto e água. "Foram levados da caatinga para o agreste até que as chuvas voltem", disse o presidente. A situação só se agrava com a permanência da estiagem, falta de pasto, de alimentos e de água na superfície.

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Ele acredita que tudo deve mudar até o fim do ano, quando começam as primeiras chuvas na região. Nessa época, volta o verde e o gado, e o agricultor se anima a plantar novamente. Mas o que se espera é a seca verde, quando a vegetação floresce, mas não produz. Essa situação atinge apenas o pequeno produtor e o trabalhador rural, que pratica a agricultura de subsistência.

Caú disse que os pecuaristas nessa região já estão se acostumando a conviver com a seca. O gado é criado solto, mas tem de ter o complemento com silagem ou ração. E esse suplemento normalmente é feito com milho, sorgo ou mandioca. No entanto, essa criação é mais cara, e muitos preferem levar o rebanho para pastar em outras paragens. O gado anda até 100 quilômetros para uma região onde tenha pasto e água. "Essa transferência tem de ser feita antes do rebanho estar debilitado", advertiu. Se isso não for feito, o gado morre no percurso.

O presidente da Feapi disse que o rebanho pereceu diante da fome e sede por causa da estiagem que castiga o Estado. "Precisamos de pelo menos cinco anos para recuperar as perdas, se tivermos uma boa política de incentivos do governo", declarou.

Os criadores ainda acreditam numa parceria do Estado com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) para a construção de pequenas barragens no leito de rios e riachos perenes. Dessa forma, eles podem servir para irrigação e abastecer os animais. O problema é que atualmente, além do gado, estão morrendo caprinos e ovinos, animais mais resistentes à seca.

Bolsa Família

Com o quadro desalentador, é cada vez maior a dependência do Bolsa Família. Praticamente não existe mais plantio de subsistência no semiárido, por falta de água, escassa até para consumo humano. Não se vê mais roça na zona rural. Para o presidente da Feapi isso está ficando cultural.

"O agricultor de subsistência não planta mais, porque vai ter a cesta básica dele. E ele não tem a cultura de plantar para ganhar com isso. É preciso mudar essa mentalidade", analisou.

Por outro lado, não houve a distribuição de sementes como normalmente era feita pelo governo, porque o agricultor não está plantando nem as culturas chamadas de sequeiro, como arroz, feijão, milho e mandioca.

Desabastecimento

Mesmo com toda essa situação, nem os pecuaristas nem os agricultores acreditam em desabastecimento de alimentos. "Se formos pessimistas e se não plantarmos, não faremos nada. O agronegócio é a base que sustenta a economia do País", afirmou o vice-presidente da Feapi e presidente da Associação Brasileira de Produtores de Milho, Sérgio Bortollozzo.

Ele disse que quem planta monocultura utiliza tecnologia. São culturas irrigadas e a tendência é manter a mesma safra do ano passado. A safra brasileira foi de 206 milhões de toneladas no ano passado e este ano já é de 204 milhões de toneladas de grãos. A safra no Piauí foi de 3,2 mil toneladas de grãos e foi mantida, sendo que as áreas onde eram plantadas outras culturas como arroz, milho e feijão foram substituídas pela soja.

No entanto, Bortollozzo disse que houve redução de 20% na plantação de milho, 40% na plantação de algodão e as áreas dessas culturas foram substituídas pela soja, que tem um custo de produção mais baixo e está em alta no mercado internacional. Mas os produtores reclamam das condições e da falta de financiamentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O grupo de parlamentares que integram o movimento União pelo Nordeste viaja para Maceió, nesta quarta-feira (1º), para uma audiência com o governador Renan Filho (PMDB). O objetivo do encontro é buscar o apoio do gestor alagoano para a iniciativa, criada recentemente pela bancada pernambucana, que visa a buscar mais recursos para o enfrentamento à seca e destravar obras de infraestrutura hídrica.

Fazem parte da comitiva os deputados Rodrigo Novaes (PSD), Miguel Coelho (PSB), Claudiano Filho (PSDB) e Joaquim Lira (PSD), além do deputado estadual paraibano Bruno Cunha Lima (PSDB). O grupo ainda se reunirá com a bancada estadual de Alagoas para apresentar os principais pontos do movimento e coletar as maiores dificuldades que o Estado vizinho enfrenta em decorrência da estiagem.

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"Imprescindível o engajamento do governador Renan Filho. A mobilização surge das assembleias mas visa unirmos todas as lideranças políticas do Nordeste em torno do objetivo de buscarmos a viabilidade econômica do semiárido.", explica Rodrigo Novaes.

De acordo com Miguel Coelho, durante o encontro será definida uma comissão de parlamentares alagoanos para acompanhar o movimento na definição de pautas e nas visitas aos outros Estados nordestinos. “No encontro na Bahia fomos muito bem recebidos e de imediato foi criado um grupo de acompanhamento com deputados de variados partidos. Vamos fazer o mesmo em Alagoas para ampliar esse debate e aumentar o alcance do movimento”, explica socialista.

O União pelo Nordeste tem caráter suprapartidário e visitará, nos próximos dois meses, todos os estados nordestinos para definir uma agenda comum de desenvolvimento do semiárido e enfrentamento à seca. Após as visitas, será feito um fórum de debate com representações de todos os estados. Finalmente, no mês de julho, uma marcha reunindo lideranças políticas de toda a região será realizada em Brasília para reivindicar novos investimentos para Nordeste.

A partir da na próxima quinta-feira (26), um movimento político liderado pelos deputados estaduais Miguel Coelho (PSB) e Rodrigo Novaes (PSD) passarão por Assembleias Legislativas do Nordeste para angariar apoio de demais parlamentares para discutir a estiagem das últimas décadas. Nas visitas serão realizadas discussões sobre a Seca e a crise hídrica e ao término da ação será montada uma caravana de parlamentares nordestinos para uma marcha contra a Seca em Brasília.

Intitulado União pelo Nordeste, o movimento tem caráter suprapartidário e surgiu durante a audiência pública que debateu, no último dia 16, os efeitos da estiagem em Pernambuco. Entre as Assembleias Legislativas que receberão os deputados, a da Bahia será a primeira, na próxima quinta-feira (26).

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Para o deputado Miguel Coelho a situação da região pernambucana é crítica e há a necessidade de unir os parlamentares para fortalecer a buscar soluções definitivas em Brasília, e não ficar dependentes da chuva ou de recursos limitados.

A mobilização envolverá também parlamentares das bancadas federais, governadores, prefeitos e vereadores. De acordo com Rodrigo Novaes, o principal objetivo é a força política e um novo olhar para a região pernambucana, para que não sejam investidas ações meramente paliativas, mas ações estruturantes. 

De acordo com o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca, grande parte do Nordeste, em especial o semiárido, já é atingido pela estiagem há quatro anos ininterruptos. Pernambuco é, segundo essa instituição, o estado que mais sofre com a falta de chuvas.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), anunciou uma série de ações para o Sertão do Pajeú, tendo em vista a convivência com a seca que atinge a região. Entre as ações, o socialista pontuou a restauração da malha rodoviária que interliga os municípios locais e o estimula a geração de energias renováveis. Além disso, Câmara assinou a ordem de serviço para a instalação de 1.300 cisternas de placas.  

“Investir em infraestrutura hídrica é uma de nossas metas prioritárias nas regiões atingidas pela estiagem. Assim como buscar novas ideias para dinamizar a economia do Semiárido pernambucano”, cravou, ao participar da plenária geral do Todos por Pernambuco, nessa sexta-feira (20), em Afogados da Ingazeira. 

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“Aqui, temos potencial para gerar energias eólica e solar, colocando o Estado no caminho do futuro a partir do Sertão. Quando promovemos ações desse tipo, estamos transformando a vida das pessoas e devolvendo o direito de viver e produzir nos locais onde nasceram”, acrescentou o governador. 

A instalação das 1.300 cisternas de placas, com capacidade de 16 mil litros cada, está orçada em R$ 3,7 milhões. Elas distribuídas entre os municípios de Itapetim, Tabira, Carnaíba – 300 cisternas cada –, e Iguaraci e Quixaba – com 200 equipamentos. 

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