Oscar: O PT e o PSB tem unidade maior que intrigas

Para o vereador Osmar Ricardo as críticas são normais

por Élida Maria sab, 07/09/2013 - 18:00
Líbia Florentino/LeiaJáImages/Arquivo Barreto afirma não haver rupturas entre os dois partidos Líbia Florentino/LeiaJáImages/Arquivo

As recorrentes críticas do PSB ao PT até em rede nacional como na entrevista cedida pelo governador Eduardo Campos (PSB) ao programa do Ratinho, na SBT, são amenizadas por petistas. Eles evitam falar da aproximação do socialista com o PSDB como no encontro recente de Campos com o senador Aécio Neves (PSDB) e afirmam que os boatos são apenas fofocas e intrigas.

Não é de hoje que Campos começou a usar um tom mais estratégico e crítico em seus discursos, principalmente no que se concerne ao governo federal, liderado por Dilma Rousseff (PT). Sem querer confirmar sua candidatura, o gestor estadual promete falar sobre o assunto apenas em 2014, mas suas atitudes não negam a possibilidade. Para o PT, - enquanto a candidatura não se confirma - é exposto a ‘unidade’ entre os dois partidos e visto com naturalidade a aproximação com os tucanos. 

Questionado sobre o encontro do governador com o Aécio Neves, semana passada, o presidente do PT no Recife, Oscar Barreto, não quis avaliar. Ele se resumiu a dizer que os dois políticos não são do mesmo partido dele e era normal o diálogo. “Eu não quero comentar. Cada um se articula. Eu não estou querendo falar porque essa aposição cabe a ele. Eu não vou avaliar coisas de outros partidos. Eles não são PT para eu estar avaliando, mas acho que têm o direito de conversar”, abreviou. 

Apesar de Barreto evitar avaliar o encontro do tucano com o governador, outros assuntos foram abordados por ele como a ‘parceria’ entre PT e PSB. “O PT e o PSB governam o país e são aliados históricos então, a conclusão é que esses partidos têm uma unidade muito maior do que a intriga, do que a fofoca, das avaliações particulares e pessoais. Eu acho que agente estar diante de um grande encontro do país e não deve estar se guiando por uma agenda do povo, a agenda do povo é superar a crise do pais, não vamos entrar em mexericos não vão coinstruir em nada”, declarou.

Tentando não polemizar a situação de desconforto vivida pelo PT com as críticas de Eduardo Campos, o petista reconheceu as diferenças entre as duas legendas. “Eu diria que o PT está para o PSB assim como o PSB está para o PT. Essa junção é histórica. Agora, são partidos diferentes, mas todos eles têm um compromisso com este componente social do povo”, amenizou.

Esperançoso com a ‘parceria’ entre os dois partidos, Oscar Barreto negou a ruptura e reconheceu a importância do PSB. “Não adianta os grupos econômicos tentar criar a crise. Existe uma disputa da política, agora, em Pernambuco entendo que a liderança do processo é do governador. Então o partido do PT não rompeu e minha opinião é que não teve romper. O PSB é fundamental na governança, assim como o PT é fundamental também. Os dois partidos são responsáveis por tudo de bom que acontece no país. Se a pergunta é: estão brigados? Eu acredito que não”, argumentou. 

Já para o líder da bancada do PT na Câmara de Vereadores, Osmar Ricardo (PT), é normal receber críticas dos ‘aliados’. “É preciso entender que o aliado questione o próprio parceiro. Não é só balançar a cabeça, tem que dá sugestão. Um bom político tem que ouvir as pessoas e aceitar as criticas também”, opinou.

Osmar também comentou uma das frases soltas pelo governador no programa do Ratinho. Sem arrodeios, o socialista disse faltar traquejo política em Dilma. “A companheira Dilma é bem mais administrava e no tratamento político com o povo ela vem fazendo muito bem. Ela é uma pessoa mais centrada. Agora, falta o traquejo político”, reconheceu mandando em seguida um recado para o próprio PT. “Acho que é em Pernambuco é normal às críticas e a gente tem que saber ouvir. Se tivéssemos ouvido as críticas o PT não tinha perdido a Prefeitura do Recife”, lamentou o vereador.

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