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    Um grupo de 139 integrantes do PSOL anunciou desvinculação do partido, nesta quarta-feira (1). O comunicado foi feito através da carta intitulada "Ruptura com o PSOL” e publicada no site oficial.

De acordo com o documento, o motivo da saída foi a  a adesão da legenda à chapa presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) e a formação de uma federação com a Rede. 

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O texto foi dividido em 20 tópicos, e nos primeiros os ex-filiados relataram que estavam se sentindo traídos. “Em 2022, a direção do partido traiu as deliberações do congresso (do PSOL) e acatou uma chapa de frente com inimigos históricos da classe trabalhadora; além disso, deliberou, sem nenhuma discussão com a base militante, uma federação partidária com a REDE Sustentabilidade, partido ecocapitalista financiado pelo grande capital, que cooperou com inúmeras contrarreformas, como a reforma da Previdência, e que se posiciona contrariamente às pautas históricas do feminismo”, diz o documento. 

Ainda acrescentou que a adesão a esta candidatura representa um golpe irreparável. “Entendemos que o giro político e ideológico que representa a adesão à candidatura Lula-Alckmin e à federação com a Rede representa um golpe irreparável ao projeto original e aos militantes que construíram o partido como um instrumento de luta dos trabalhadores". 

O grupo frisou que o PSOL que foi construído ao longo dos anos, foi "destruído" e diante disso a história dos ex-filiados com o partido acabou. "Nosso tempo no PSOL acabou. Estamos certos de que nos encontraremos mais à frente, fora das amarras dos partidos burgueses. Saímos do partido de cabeça erguida e sabendo das nossas tarefas. A primeira delas é a necessária e urgente superação do programa democrático popular".  

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou que não vê riscos à democracia no Brasil nem com Jair Bolsonaro (sem partido) na Presidência nem com um eventual retorno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Planalto. Ele disse esperar, ainda, que o País tenha uma "eleição normal" em 2022. FHC participou, nesse domingo (22), de live do grupo Parlatório, com curadoria do ex-presidente Michel Temer (MDB).

Segundo FHC, Lula tem compromisso com a democracia. Quanto a Bolsonaro, disse que não gosta do estilo por vezes agressivo, apesar de não conhecê-lo, e que o Brasil precisa de alguém que "una, não que separe". Mas ponderou que, mesmo que o presidente venha a ter impulsos autoritários, não estão postas as condições no País para seguir com um movimento que coloque as instituições em perigo.

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"Pintar Lula como perigo vermelho é um erro. Primeiro porque ele não é. Lula não é risco para a democracia. Eu não vou votar no Lula por várias razões. A primeira é porque tenho partido. E tem que ser uma pessoa que tenha compromisso com a democracia. Ele tem, mas não o suficiente, porque têm setores no partido mais radicalizados."

FHC destacou que a expressão "terceira via" é ruim, mas reforçou que o País precisa de alguém que simbolize a pluralidade. "Lula não simboliza a pluralidade, mas nunca vai contra o conjunto. É um coração mais brasileiro. Tem a marca do sindicalismo. Gostaria que não tivesse. Mas cada um tem a sua marca."

Em relação à preocupação de possível insubordinação na Polícia Militar em um apoio a eventuais arroubos antidemocráticos, FHC respondeu que não acha que é o caso atual, mas, se ocorrer algum indício, os governadores têm de agir, com a Garantia da Lei e da Ordem (GLO). "Não acho que é o caso atual, mas não significa que devemos fechar os olhos."

Nesse domingo, manchete do Estadão mostrou que ex-presidentes, dentre eles FHC e Temer, estão conversando com contatos militares e todos afastaram a hipótese de Bolsonaro contar com a insubordinação das Forças Armadas.

Presente na tradicional simulação da Marinha em Formosa, no estado de Goiás, nessa segunda-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reafirmou o compromisso das Forças Armadas com a democracia e sua importância para a 'tranquilidade' entre os Poderes. Ele garantiu que as instituições de Defesa jamais vão motivar qualquer ruptura institucional.

Em discurso aos militares que participaram do treinamento, Bolsonaro afirmou que "jamais nós seremos os motivadores de qualquer ruptura ou medidas que tragam intranquilidade para o povo brasileiro". Apesar de se incluir como integrante das Forças Armadas, o ex-militar acrescentou que elas "são de todos nós. Elas dão suporte aos três Poderes. Qualquer movimento nosso visa exclusivamente a defesa da Pátria".

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O chefe do Executivo destacou que o Brasil é uma potência democrática e ainda comentou que suas poucas horas de sono tranquilo se dão por "saber que em qualquer lugar do Brasil tem um militar atento ao que está acontecendo e pronto para trabalhar pela nossa democracia, pela nossa liberdade, pelas garantias dos Poderes. O Brasil precisa de paz, tranquilidade e harmonia. Precisa que todos, sem exceção, respeite a Constituição".

Apoio ao Haiti

O convite para acompanhar a instrução gerou controvérsia com o desfile de veículos militares em Brasília no dia da votação da PEC do voto impresso na Câmara. Porém, o presidente salientou a importância da operação simulada e disse que o país foi chamado para ajudar na reconstrução do Haiti, que perdeu mais de 1.400 pessoas e soma mais de 2.800 feridos após dois terremotos de 7.2 e 5.9 nesse fim de semana.

"Esse adestramento, feito a mais de 30 anos, passava-se de forma desapercebida. As nossas Forças Armadas têm dado operações práticas no mundo todo, como agora estamos novamente sendo solicitados a uma missão de socorro humanitário no Haiti", comunicou.

Ministros no evento

Além dos correligionários, o presidente foi acompanhado pelos ministros militares da Defesa, Braga Netto, que pressionou divulgou um comunicado para pressionar o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o senador Omar Aziz (PSD-AM), e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, que nesta segunda (16) asseverou a possibilidade de intervenção militar pelo art. 142 da Constituição Federal.

A comitiva também foi composta pelo novo ministro da Casa Civil e presidente do PP, Ciro Nogueira, e pelos ministros da Saúde, Marcelo Queiroga, do Turismo, Gilson Machado.

Após 'quebrar' o pênis gravemente durante uma relação sexual, o caso do homem britânico de 40 anos está sendo considerado o primeiro da documentado pela medicina de fratura vertical do órgão genital masculino.

O homem, que não teve o nome revelado, sofreu o ferimento quando o seu pênis bateu contra o períneo (área entre o ânis e os genitais) de sua parceira. A fratura foi detectada após uma ressonância magnética, onde o cirurgião confirmou que ele sofreu a ruptura vertical de três centímetros.

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Segundo divulgado pelo Daily Mail, um relatório médico do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS), antes desse caso, as fraturas penianas descritas na literatura médica apenas apontava fraturas transversais e não verticais, como aconteceu com esse britânico. 

Ele está sendo observado pela equipe médica que irá compará-lo a outros casos já documentados desde 1924. Ainda conforme publicado pelo tabloide, o paciente conseguiu manter relações sexuais após seis meses da fratura.

A reconciliação não foi possível: um ano depois da polêmica que agitou Cannes pela inclusão de dois filmes da Netflix na competição pela Palma de Ouro, a gigante americana boicotou a nova edição do prêmio.

A razão da retirada da Netflix de todas as seleções de Cannes acontece por falta de acordos sobre as normas de difusão na França.

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Mas essa decisão não muda nada: o festival se recusou a apresentar dois filmes da plataforma, um em competição e outro na seleção paralela, e a Netflix, que já conquistou grandes nomes do cinema como Martin Scorsese, já não aparece mais na famosa vitrine de Cannes.

Os organizadores não revelaram o filme que competiria pela Palma de Oro, mas divulgou que o segundo era "The other side of the wind", obra inacabada de Orson Welles, cuja pós-produção foi financiada pela Netflix. A ausência foi lamentada pela filha do diretor.

Tudo começou bem, quando Cannes incluiu no ano passado, pela primeira vez na competição, dois filmes da Netflix, "Okja", do sul-coreano Bong Joon-ho, e "The Meyerowitz Stories", de Noah Baumbach.

Um detalhe importante criou a polêmica: a Netflix se recusou a aplicar a lei francesa, que exige que as plataformas esperem três anos entre a estreia de seu filme nas salas de cinema e a difusão para seus assinantes. E decidiu então não exibir os filmes nos cinemas franceses.

Diante da ascensão das salas de cinema, os organizadores do Festival de Cannes decidiram estabelecer uma nova regra: qualquer filme em competição deverá ser exibido na grande tela.

A Netflix, que tem 125 milhões de assinantes no mundo, se disse aberta a fazer isso, mas não garante o prazo de três anos.

"Queremos que nossos filmes estejam em pé de igualdade com os demais", disse em entrevista à revista Variety Ted Sarandos, diretor de conteúdo da Netflix, acrescentando que o festival precisa "se modernizar".

"É uma pena", lamentou o delegado geral do festival, Thierry Frémaux, convidando a Netflix a "continuar o diálogo".

Apesar disso, a Netflix abre caminho em outros festivais. Em 2015, apresentou na Mostra de Cinema de Veneza o filme "Beasts of no nation", com Idris Elba, e ganhou o Grande Prêmio no Festival de Sundance em 2017, por "Já Não Me Sinto Em Casa Nesse Mundo", com Elijah Wood.

Após o recente rompimento de 40 lideranças do PSOL de Pernambuco com a corrente interna “Somos PSOL”, o deputado estadual Edilson Silva assumiu que o partido tem divergências, mas lamentou a forma como o caso veio a público. Em entrevista ao LeiaJa.com, o socialista negou ter uma postura "centralizadora" e afirmou que atua como "gerenciador do mandato".

De acordo com o deputado estadual, as divergências políticas dentro do partido são saudáveis e naturais no ambiente da política. "Nós temos muitas disputas de visões, mas estamos tranquilos porque sabemos que isso é algo que atinge vários partidos, não só o PSOL. A política é feita de fusões, acordos e desacordos, também", explicou Edilson.

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Entre as acusações na carta de ruptura, o grupo classificou Edilson como centralista, autoritário, sem transparência e com pouco diálogo. Entre os que assinaram o documento estão a ex-candidata a vice-prefeita do Recife na chapa liderada por Edilson Silva em 2016, Luciana Cavalcanti; os ex-candidatos a vereadores da capital Leonardo Cisneiros e Severino Alves “Biu”; e de Olinda, Eugênia Lima. 

"A política centralista e subordinada à inconstância do deputado acabou provocando uma absorção de toda vida partidária, em suas variadas dimensões, à defesa da política do mandato e do mandatário", diz um trecho da carta. Para Edilson, algumas pessoas discordam do seu jeito de fazer política por ele cobrar resultados. 

"Se eu fosse centralista, eu não teria abrido mão da presidência do PSOL no Recife e entregue para um dos que estão assinando a carta. Não tínhamos apoiado tantas lideranças importantes nas eleições do Recife . Nós temos é uma postura de, por exemplo, estabelecer gerenciamento. Talvez alguém não goste disso", disse o psolista.

Questionado se a disputa interna no partido poderia prejudicar o cenário da esquerda nas eleições em 2018, Edilson foi pragmático e negou. "Toda disputa que aparenta algo negativo não soma. Mas, eu acho que essa disputa política não tem incidência sobre os grandes contingentes da população porque eles estão preocupados com a educação de qualidade, saúde, segurança pública e a questão das enchentes". 

Para ele, a discussão apenas afeta um setor que acompanha com mais atenção a política. "E esse tem pouca incidência eleitoral direta porque para se eleger um deputado estadual, por exemplo, tem que se fazer 100 mil votos e dialogar com parcelas relevantes da população a partir de outras pautas", pontuou. 

Edilson Silva foi eleito deputado estadual em 2014 e atualmente disse ser membro de sete comissões e dez núcleos temáticos que funcionam como uma espécie de secretarias do seu mandato. O deputado é presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, membro da Comissão de Constitução, Legislação e Justiça, da Comissão de Educação e Cultura, de Meio Ambiente, Saúde, Administração e Defesa e Direito da Mulher.

"Eu trabalho muito, por isso não consigo dar conta disso tudo sozinho, tratando desse conjunto de temas, se eu nao tenho uma estrutura de funcionamento colaborativa. Eu sei cada núcleo e grupo e quero que trabalhem e apresentem resultados com metas e prazos", afirmou.

O deputado argumenta ainda que as pessoas que o elegeram querem bons frutos dos recursos públicos. "Isso é o que eu faço, a gente precisa de mandato que apresente resultados e condições. Temos que ter controle e eu cobro. Quem votou em mim quer que eu seja um bom gerenciador do mandato, afinal de contas sao recursos públicos. Isso é você ter noção do que está fazendo e buscar uma equipe competente", concluiu.

O deputado federal Edilson Silva (Psol), nesta quarta-feira (31), em entrevista concedida ao LeiaJá, falou sobre a exoneração de dez funcionários da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), dos quais cinco assinaram documento rompendo com o parlamentar. O psolista disse que a medida não tem a ver com o fato da ruptura e, sim, pela rotatividade que é necessária diante do trabalho que exerce como parlamentar. 

“Não foram dez. Foram sete. Veja, eu sou um deputado que sou membro de sete comissões na Casa. Tenho dez grupos temáticos e 40 grupos de trabalho. É muita coisa. É um mandato de muito trabalho e a gente precisa estar sempre com uma equipe de acordo com a necessidade do trabalho. É um processo natural e um processo difícil que, às vezes, temos que fazer substituições por conta das tarefas que são vencidas e assumimos outras e com pessoas com outros perfis. Não tem a ver com a ruptura até porque desses sete, cinco foram feitos na segunda (29) e a ruptura foi ontem (30). Nós já fizemos substituições em outros momentos. Então, esse é um processo natural”, explicou.

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Edilson declarou considerar as críticas uma situação normal. “Veja o que eu fiz ontem. Eu estava na Mata Sul cuidando das questões das enchentes. Hoje, eu estava tratando da questão de me posicionar contra o projeto do BOPE, ou seja, eu estou trabalhando. Eu sou deputado. Eu não estou aqui para repercutir insatisfação de filiado do Psol”, alfinetou. 

“Então, isso para mim é uma coisa normal, da vida partidária. O Psol é democrático e tem uma vida interna própria. Isso são coisas dos partidos. Volta e meia você tem o pessoal do PT discutindo questões internas, do PSB, Daniel coelho [deputado federal] no PSDB e [também] no PMDB. Os partidos têm as suas dinâmicas internas. Nós não podemos e o que eu não vou fazer, de forma nenhuma, é parar de trabalhar pelo povo que me elegeu para ficar discutindo questões internas do partido. Amanhã tenho novamente reunião pela manhã e pela tarde, na sexta, e no sábado. Se bobear, até no domingo eu tenho pauta para tratar”, reforçou. 

Um grupo composto por 40 membros do PSOL, entre dirigentes e ex-candidatos a cargos eletivos, divulgou uma carta de ruptura com a corrente interna do partido “Somos PSOL” liderada pelo deputado estadual Edilson Silva. No texto, as lideranças disparam duras críticas a postura do parlamentar diante da condução da ala e do próprio mandato. 

Entre as acusações, o grupo diz que Edilson tem guiado a corrente com uma política centralista, autoritária, sem transparência e diálogo. Além disso, eles ainda questionam a falta de um projeto político, falta de legitimidade dos espaços deliberativos e classificam o “Somos PSOL” como um projeto de “ficção”. 

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A ex-candidata a vice-prefeita do Recife na chapa liderada por Edilson Silva em 2016, Luciana Cavalcanti; os ex-candidatos a vereadores da capital Leonardo Cisneiros e Severino Alves “Biu”; e de Olinda, Eugênia Lima são alguns dos quadros do partido que endossam o texto.

Procurado pelo LeiaJá, o parlamentar disse que se posicionaria pela nota organizada pela coordenação da corrente. 

Veja a carta na íntegra:

CARTA DE RUPTURA COM A CORRENTE ‘SOMOS PSOL’

Da maneira como o Brasil está configurado atualmente é um cenário singular de desafios para as Esquerdas em meio ao já caótico e desafiante cenário internacional de avanço de ideias e forças conservadoras. O cenário brasileiro é muito semelhante ao que já está posto em terras europeias: a esquerda está se reorganizando em novas estruturas partidárias e na sociedade civil organizada.

Diante de tal cenário, fica evidente qual o papel do Partido Socialismo e Liberdade na conjuntura nacional, que é ser um dos protagonistas da reorganização do campo da esquerda socialista brasileira. O PSOL deve ter a capacidade de dialogar com as demais forças progressistas. Temos, em períodos e dinâmicas distintas, acompanhado e construído o PSOL enquanto alternativa organizacional e partidária de resistência anticapitalista e de defesa de um projeto nacional protagonizado, de fato, pelas trabalhadoras e trabalhadores. Nossa missão não é fácil, pois precisamos trazer de volta o brilho nos olhos da militância, que se afastou por erros que não foram do nosso partido, e trazer encantamento às pessoas que cada dia mais se decepcionam com a política.

Com a formação do nosso partido, construiu-se um consenso no PSOL Pernambuco de que era necessário, para o crescimento do partido no estado, investir na tática de construção de uma figura pública para a apresentação de nossa pauta política. Mediante a escolha acertada de um discurso crítico à política de governabilidade e à incoerência da dinâmica eleitoral das esquerdas, o PSOL conquistou uma parcela pequena, mas consolidada do eleitorado até então. Foram três eleições majoritárias protagonizadas pelo companheiro Edilson Silva: em 2006, 2008 e 2010, até a leitura de que seria possível a eleição de nosso primeiro quadro no Poder Legislativo, consolidando aquela tática política traçada anteriormente e fortalecendo nossas condições de disputa no médio prazo.

Nas eleições municipais de 2012, o PSOL encontra um cenário local favorável ao seu crescimento, com o colapso político do petismo no Recife em decorrência de suas disputas internas e com o aumento da crítica de setores da esquerda social às parcerias questionáveis entre as gestões petistas e o mercado imobiliário, críticas estas, simbolizadas sobretudo no emblemático caso do Estelita. É na eleição municipal deste ano que, com amplo apoio dos segmentos que não enxergavam no PSB uma alternativa ao projeto petista no Recife, uma candidatura proporcional ganha relevância majoritária no debate de projeto urbano e administrativo e Edilson recebe quase 14 mil votos do eleitorado, resultando na terceira candidatura mais votada para a Câmara Municipal.

Já naquele momento, diante do choque entre uma votação tão expressiva e a não obtenção da vaga no legislativo municipal, se evidenciou que o PSOL não conquistou seu primeiro assento na Câmara porque ficamos devendo uma Chapa consistente ao nosso eleitorado. De certo modo, a perspectiva de nos apresentar no processo eleitoral concentrando esforços em um rosto e uma voz acabou contendo o crescimento do partido e, pior do que isso, acabou se espelhando em uma dinâmica partidária interna que levou a um partido centralizado, hermético, confundido com uma única figura. A tática, que antes era consensual, mostrava suas falhas e limitações. Para fora, o alcance político do PSOL acabou, para bem ou para mal, por se confundir com as simpatias e antipatias conquistadas pela nossa principal figura pública.

Em 2014, o primeiro Mandato do PSOL Pernambuco veio, por causa de uma tática arriscada de coligação, mas também por causa da ampliação da densidade eleitoral da chapa através de uma acertada política de construção de lideranças no interior do Estado, importante para a consolidação estadual da legenda. Com o mandato, vieram também cobranças mais firmes para uma ampliação da Política. No entanto, o centralismo da condução do Partido se reproduziu no Mandato, sem abertura à participação dos vários setores partidários e com pouca representação das forças e das pautas de fora da Região Metropolitana do Recife. Inclusive, parte da bem montada Chapa que permitiu superarmos o obstáculo de 2012 não se viu reconhecida na vitória tampouco representada no Mandato em construção. Dentro do mandato, as pautas não são discutidas coletivamente, pois a relação entre o deputado e sua assessoria foi construída de forma patronal e verticalizada, um modelo ultrapassado para uma nova esquerda que surge exigindo construções coletivas e horizontais.

Do ponto de vista da organização política estadual, o Mandato pouco contribuiu para atender, respaldar e fortalecer os militantes e grupos atuantes nas diversas cidades onde o PSOL está presente. A crítica feita não é mera constatação da praticamente nula representação regional do Gabinete, mas remete à ausência de atenção a pautas relacionadas ao interior do estado, mesmo aos municípios onde historicamente o PSOL existe e tem participação eleitoral. Essa relação foi oportunisticamente alterada após o processo eleitoral de 2016 revelar resultados potenciais em diversas cidades do interior. Tendo em vista o jogo da disputa interna do PSOL o mandato procurou contemplar aqueles que tiveram bons resultados eleitorais com emendas parlamentares. Se essa política de fortalecimento de nossas bases no interior tivesse sido feito antes, certamente teríamos tido um acúmulo mais relevante para a necessária capitalização do partido no Estado.

Nas eleições municipais de 2016 a construção programática e estratégias de Comunicação e Debate Político da candidatura majoritária à Prefeitura do Recife apresentaram elementos problemáticos da perspectiva de um Programa Socialista, mas, sobretudo, deixaram evidente a compreensão personalista e centralizada do Candidato. O discurso que permeou desde a propaganda política até os debates frisava a prioridade do empreendedorismo, da livre iniciativa e da Economia Criativa de modo evasivo e de difícil diferenciação com as perspectivas Liberais, beirando a perigosa fronteira ao debater e propor políticas de voucher na Educação Pública. As decisões, sejam da estratégia de Comunicação /Propaganda, sejam referentes ao Debate Político Eleitoral não passaram de modo transparente e efetivo pela necessária reflexão coletiva da Chapa de Proporcionais, das instâncias partidárias ou mesmo dos militantes do Somos Psol. Além disso, a Coordenação de Campanha restrita a uma pessoa não conseguiu atender e envolver o conjunto da representativa Chapa proporcional apresentada para aquelas eleições.

A política centralista e subordinada à inconstância do deputado acabou provocando uma absorção de toda vida partidária, em suas variadas dimensões, à defesa da política do Mandato e do mandatário. A dinâmica da vida partidária, com suas reuniões e instâncias, foi sendo desmontada para dar espaço às atividades centradas na promoção do mandato. Até mesmo a condução da política do Setorial de Mulheres - inexistente no Estado -, em uma conjuntura de forte ascenso nacional da pauta feminista, acabou subordinada à defesa do núcleo de poder centrado no mandatário estadual e do mandato em si. Destino melhor não conseguiu ter a Corrente Somos PSOL, com uma coordenação formada sem qualquer institucionalidade e confundida cada vez mais com a Direção Majoritária e/ou a assessoria Parlamentar, sem regularidade nas suas reuniões e plenárias, sem um processo contínuo de construção programática e sem a possibilidade de uma dinâmica de organização, mobilização e formação minimamente independente da dinâmica do mandato. Em abril deste ano ocorreu um desmonte nacional da tendência, tendo a militância do Acre, de Alagoas, da Bahia e de Roraima rompido com a tendência, visto que o Somos Psol é uma ficção – não existe programa político nacional, não há uma coordenação previamente estabelecida etc.

Apontamos alguns dos motivos que levaram a tal fato: a) Falta de um projeto político – a inconstância do discurso e da tática, em que opiniões sobre diversos temas mudam de acordo com o interesse pessoal da principal liderança do Somos Psol; b) Falta de programa político – O Somos PSOL não possui um programa político, material de referência teórica ou apontamentos estratégicos. ; c) Problemas de organicidade – não existem reuniões ordinárias, não existem espaços de formação política, além de não haver uma coordenação política democraticamente eleita (a atual “Coordenação Nacional do Somos PSOL” tem militantes recém-filiados em alguns estados e assessores que circunstancialmente são de confiança); d) falta de legitimidade dos espaços deliberativos – conforme já dito, não existe coordenação do campo político, as coordenações são sazonais e variam de acordo com a confiança política do momento, sendo as temáticas, táticas e articulações decididas por deliberação monocrática do seu dirigente máximo; e) falta de transparência dos recursos destinados ao Somos Psol ; f) Personalismo – A insistência no discurso de “ criação de figuras públicas” é artificial e um desserviço a construção de um modelo descentralizado de política, que possa aproximar mais o cidadão do representante, com inovações como mandatos coletivos. O futuro da organização da esquerda é um projeto político coletivo; g) Autoritarismo nas decisões partidárias - Se essa forma centralista de condução do PSOL nunca foi novidade para os militantes de esquerda de Pernambuco, o seu impacto negativo se amplia fortemente quando o partido alcança novos patamares de relevância política e de responsabilidade com um projeto de esquerda para o país ; h) O constante e desleal modus operandi de deslegitimação política e moral das companheiras e companheiros do mesmo campo. i) Belicosidade excessiva - A falta de autocrítica dos dirigentes "fundadores", a constante beligerância no trato pessoal e o péssimo diálogo político com as demais forças do partido, faz com que o PSOL em Pernambuco seja um espaço de pouca construção partidária coletiva.

Num momento em que o PSOL se amplia, em que novos quadros de grande qualidade se juntam ao partido e à Corrente (Somos Psol), em que o partido finalmente consegue montar uma chapa proporcional plural e representativa e com isso conquistar um mandato importante no Legislativo Municipal da Capital, em que o esfacelamento do projeto político de Eduardo Campos cria a demanda por um projeto de Esquerda em todo território do Estado, nos vemos ainda reféns de uma cúpula presa na pequena política das picuinhas. O grupo centrado em torno do mandato estadual muitas vezes apela à justificativa da unidade do partido para defender as suas decisões políticas, mas não há unidade verdadeira na supressão da pluralidade e da própria vida partidária. A falsa unidade da centralização é que tem alimentado cada vez mais tensões no partido e o arrastado cada vez mais para a areia movediça da disputa interna, enquanto do lado de fora se desenrola, sem nos esperar, um dos cenários políticos mais graves que esse país já viveu.

As divergências agora apresentadas foram em muitos momentos colocadas à mesa, com franqueza e companheirismo, mas sempre minimizados ou combatidos. A dinamização da Política partidária - defendida por alguns de nossos dirigentes - foi tratada, ao longo dos últimos anos, como um afrouxamento das tensões tidas como necessárias para a hegemonia do grupo dirigente que, como recurso último de legitimação, insiste na condição de “fundadores” da legenda. Qualquer dissenso foi, ao longo deste período de esforço de consolidação partidária, combatido, e qualquer proposta de ampliação e arejamento das práticas institucionais e políticas foi tratada como um desrespeito ao esforço militante de fundação do partido. Silenciava-se a pluralidade de ideias em uma flagrante falsificação de consensos. A tentativa de construir um narrativa de corrente “em construção” que aceita todos de “braços abertos” não convence mais diante do histórico da condução política e dos recorrentes métodos anteriormente descritos.

Pelo exposto, declaramos o rompimento com o Somos Psol – contudo, permanecemos compondo a Unidade Socialista, responsável em grande medida pelas acertadas decisões e posicionamentos de nosso partido em meio à presente crise. - e apontamos por uma construção partidária em Pernambuco que tenha a capacidade de dialogar com as demais forças do partido. Os novos desafios das esquerdas nos exigem novas práticas e ideias, bem como a necessária coerência entre umas e outras. O PSOL pode ser uma força catalisadora da reorganização das esquerdas no Brasil e da reorganização das lutas sociais. Para tanto, o PSOL precisa ser um partido plural, militante, dinâmico e radicalmente democrático em suas instâncias. O PSOL necessita estar a serviço da reorganização da esquerda no Brasil.

Nós que assinamos esse documento seguiremos lutando pela unidade de nosso partido, priorizando o debate da grande Política e respeitando sempre as divergências e a pluralidade de ideias.

Adelson Sobral – PSOL Recife

Agenor Facundes – PSOL Olinda

Albérico Sigismundo – PSOL Recife / Ex-candidato a deputado estadual em 2014 e vereador do Recife em 2016

Ana Karla Cavalcanti – PSOL Recife

Bruno Fernandes – Direção Municipal PSOL Olinda / Ex-candidato a vereador de Olinda em 2016

Deyverson Soares Barros – PSOL Agrestina

Diego Liberalino – PSOL Cabo

Diego Soares – Direção Municipal PSOL Agrestina

Dimas Veras – PSOL Recife

Edmilson Lira – Direção Estadual / Presidente PSOL Alagoinha

Edson Fraga “Neguinho” – PSOL Olinda / Ex-candidato a vereador de Olinda em 2016

Eliana Rodrigues Cavalcanti – Suplente Direção Estadual / PSOL Recife

Eliane Maria de Souza – Direção Municipal PSOL Olinda / Ex-candidata a vereadora de Olinda em 2016

Eugênia Lima – PSOL Olinda / Ex-candidata a vereadora de Olinda em 2016

Eugênio Prazeres – PSOL Recife 

Fernanda Cavalcanti – Direção Estadual / PSOL Recife

Fernando Caldas – PSOL Recife

Francisco Soares “Chico do PSOL” – Presidente PSOL Agrestina / Ex-candidato a prefeito de Agrestina em 2016.

Gleydson Goés – Presidente PSOL Cabo / Ex-candidato a prefeito do Cabo de Santo Agostinho em 2016.

Heloiza Melo – PSOL Recife

Ionar Lucia da Silva – Direção Municipal PSOL Olinda

Jonas van der Ploeg – PSOL Recife

José Henrique – Direção Municipal PSOL Cabo

José Jones Pereira – PSOL Agrestina

José Luiz da Silva “Zinho” – Presidente PSOL Moreno

Juliana Vitorino – Direção Municipal PSOL Recife

Lucas van der Ploeg – Executiva Estadual / Diretor-Financeiro da Fundação Lauro Campos

Luciana Cavalcanti – Executiva Estadual / Direção Municipal PSOL Recife / Ex-candidata a vice-prefeita do Recife em 2016

Luciana Mesquita – PSOL Recife

Leonardo Cisneiros – PSOL Recife / Ex-candidato a vereador do Recife em 2016

Marcio Vieira – PSOL Jaboatão / Ex-candidato a vereador do Recife em 2016

Mauro Lira – PSOL Alagoinha

Micelia Simplicio – PSOL Recife / Ex-candidata a vereadora do Recife em 2016

Michel Chaves – Conselho Nacional de Ética do PSOL / PSOL Recife 

Paulo Inojosa – PSOL Cabo

Sandra Paixão – Direção Municipal PSOL Olinda / Ex-candidata a deputada estadual em 2014

Samuel Herculano – Direção Estadual / Direção Municipal PSOL Olinda

Severino Alves “Biu” – Presidente PSOL Recife / Ex-candidato a vereador do Recife em 2016

Tiago Paraíba – Executiva Estadual / PSOL Recife

Wallamy Danilo – PSOL Cabo

A ala oposicionista do PMDB quer impedir que os sete ministros filiados ao partido se licenciem da legenda para permanecer nos cargos. Defensores do rompimento querem aprovar nesta terça-feira, 29, a expulsão de quem se recusar a desembarcar do governo. Hoje, além da vice-presidência da República, o PMDB ocupa os ministérios da Saúde, Minas e Energia, Agricultura, Ciência e Tecnologia, Turismo, Aviação Civil e Portos.

O diretório do partido irá se reunir nesta terça e a tendência é decidir pelo desembarque, apesar da resistência de ministros e alguns senadores e deputados. Os peemedebistas pró-impeachment passaram a manhã discutindo o que fazer com quem resistir a deixar o governo caso se confirme a decisão pelo rompimento.

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"Essa decisão tem que ser encarada com seriedade. Os ministros que quiserem permanecer no governo vão ter que se desfiliar do partido. Os raros governistas que ainda restam no partido sonham com uma reunião que não defina nada", afirmou Carlos Marun (PMDB-MS), um dos líderes do movimento de saída do governo.

"Não podemos permitir uma coisa dessas. Vamos aprovar a saída do governo e a punição para quem não sair", afirmou Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), também oposicionista. "Não existe meio-dentro ou meio meio-fora. Não vamos permitir essa jogada a mais. Quem quiser propor isso, que meta a cara. Os ministros, em vez de defender a não saída, têm que dizer por que não querem sair", afirmou o peemedebista.

Os posicionamentos da ala antigoverno são reação à decisão de alguns ministros de não entregar os cargos mesmo diante de uma eventual decisão pelo desembarque. O Estadão mostrou neste sábado, 26, que integrantes do partido próximos ao governo têm apontado também impasse diante da possível supressão de "centenas" de cargos do segundo e terceiro escalões em um ano de eleições municipais.

Grupos de defesa dos direitos dos homossexuais nas Filipinas celebraram a decisão da multinacional americana Nike de encerrar o acordo de patrocínio com Manny Pacquiao, depois que o popular boxeador afirmou que os gays são "piores do que os animais".

Pacquiao, durante a campanha eleitoral para o Senado filipino, fez declarações pesadas em relação aos homossexuais: "É o bom senso. Já viram os animais se acasalar com animais do mesmo sexo? Os animais são melhores, já que diferenciam entre machos e fêmeas", declarou o boxeador ao canal TV5.

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"Os homens que se acasalam com homens e as mulheres que se acasalam com mulheres são piores que os animais", completou o popular atleta, de formação católica, como 80% dos filipinos, mas que se converteu ao evangelismo no início de 2010.

Pacquiao pediu desculpas pelos comentários, mas a onda de críticas era incontrolável. A multinacional Nike, que patrocinava o atleta, anunciou na quarta-feira o fim do vínculo com Pacquiao, de 37 anos.

"As declarações de Manny Pacquiao são abjetas", afirmou a empresa em um comunicado. "Nike se opõe com firmeza a qualquer discriminação e tem um longo histórico de defesa dos direitos da comunidade LGBT", completa o texto.

Posteriormente, um porta-voz da empresa foi ainda mais contundente: "Não temos mais uma relação com Manny Pacquiao, isto é seguro". A Nike, uma das principais patrocinadoras do pugilista filipino, tinha uma série de produtos com o nome 'Team Pacquiao' e o logo e as iniciais de Manny Pacquiao.

A decisão da empresa foi comemorada pelos grupos de defesa dos direitos dos homossexuais nas Filipinas, país que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

"Os LGBT filipinos, os grupos associados e a decisão da Nike derrubaram um fanático fundamentalista que deseja ser senador", declarou Santon Remoto, diretor do partido Ang Ladlad, que defende os direitos da comunidade LGBT.

Ele usou uma referência bíblica para resumir a situação: "Davi derrotou Golias". Para o analista filipino Ronnie Nathanielsz, outros patrocinadores podem seguir o exemplo da Nike. 

"Vai afetar o bolso dele, com certeza", disse. A revista Forbes calculou em 160 milhões de dólares o faturamento de Pacquiao em 2015, sendo 12 milhões procedentes dos contratos com os patrocinadores.

Vários atletas usaram as redes sociais para criticar Pacquiao, como o jogador de basquete Jason Collins, um dos primeiros atletas americanos a revelar sua homossexualidade: "Perdeu o meu respeito", afirmou, antes de chamar o filipino de "fanático".

"Temos que deixar que as pessoas vivam suas vidas da maneira que elas desejarem", disse ao TMZ Sports Floyd Mayweather, que derrotou o filipino em maio de 2015 naquele que é considerado o combate mais lucrativo de toda a história (quase 600 milhões de dólares de arrecadação).

Previsto para ser anunciado no final da manhã desta sexta-feira (17) o rompimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o governo, deverá, neste primeiro momento, se restringir apenas ao peemedebista.

Embora tenha enorme influência sobre a bancada do PMDB da Câmara, Cunha afirmou ao Estado que a decisão se limita a ele. "Só posso falar por mim", disse. Cunha afirmou que não tomará nenhuma "medida em especial" contra o governo, mas fez mistério sobre uma possível manifestação de que o rompimento significará ele passar a ser "oposição". "Falarei isso na coletiva", ressaltou.

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Entre as retaliações ao governo que devem ser colocadas em prática está além da convocação de ministros mais próximos de Dilma, logo após o final do recesso parlamentar, a instalação das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) para investigar o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e os Fundos de Pensões. Para atormentar o sono do Palácio do Planalto, contrário à criação das comissões, articula-se a entrega das relatorias a integrantes da oposição.

Na véspera do anúncio de rompimento, Cunha procurou o vice-presidente da República, Michel Temer, e tiveram uma conversa na Base Aérea de Brasília momentos antes do vice deixar a capital federal. Segundo relatos, o presidente da Câmara se mostrava "indignado".

A retaliação do presidente da Câmara ao Palácio do Planalto ocorre um dia após ser divulgada parte da acusação feita pelo lobista Júlio Camargo de que ele teria cobrado US$ 5 milhões.

Os indícios de uma possível ruptura entre o PMDB e o PT anunciados nesta quarta-feira (15), pelo vice-presidente da República Michel Temer (PMDB) foram analisados pelo presidente estadual do PMDB de Pernambuco, Dorany Sampaio. Para o peemedebista, o desejo da legenda em lançar candidato próprio em 2018 configura, apenas, uma pretensão natural da agremiação.

Para Sampaio, toda legenda tem legitimada para ter postulantes. “Bem, eu não diria um racha porque todo partido tem legitimidade para ter candidato”, frisou, relembrando da situação do partido nas últimas eleições. “Essa aliança (com o PT) se tornou possível porque o PMDB na época, não tinha um candidato competitivo. Um candidato com condição de vencer as eleições”, confirmou.

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Para o presidente estadual, que deixará a liderança no próximo sábado (18), quando o vice-governador Raul Henry (PMDB) assumirá, a realidade do partido agora é outra. “Mas agora, com a presidência da Câmara, do Senado, com a maioria na Câmara, com uma grande bancada no Senado, com um grande números de governadores e de prefeitos, eu acho que é uma aspiração natural”, avaliou, reforçando seu pensamento. “Eu não considero racha não. Eu considero dizer: agora o seu caminho é esse e o meu é esse”, destacou.

A cúpula do PMDB oficializou na manhã desta quarta-feira (15) o início do processo de ruptura com o PT para as eleições de 2018. Evento para anunciar investimento nas redes sociais do partido reuniu o vice-presidente da República, Michel Temer, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), o ex-presidente da República José Sarney (AP), além de deputados e senadores. Todos defenderam que o partido tenha candidato à Presidência nas próximas eleições.

"Estamos abertos a todas as alianças com todos os partidos. Apenas o que está sendo estabelecido é que o PMDB quer ser cabeça de chapa em 2018", disse Temer. "Hoje é uma postulação de todo o PMDB, de todos os setores do PMDB, e neste particular, a Fundação Ulysses Guimarães, que é o centro de estudos do PMDB, levando adiante esta tarefa vai mobilizar toda militância do partido e, posteriormente, o povo brasileiro nas eleições", afirmou o vice-presidente e articulador político do governo.

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O objetivo formal do evento era apresentar a estratégia para fortalecer o PMDB nas redes sociais. "O objetivo é habilitar o PMDB para as eleições de 2016 e, sequencialmente, para 2018. A interação com as redes sociais é uma coisa fundamental nos dias atuais", disse Temer.

Renan disse que a atual aliança com o PT é "circunstancial" e disse que o governo já está avisado que o PMDB terá candidato próprio nas próximas eleições presidenciais. "O PMDB tem uma aliança com PT, uma aliança estratégica, circunstancial, porque ela deveria acontecer em torno de um programa, apenas de um programa. Mas o PMDB, desde logo, está deixando claro, absolutamente claro, que vai ter um projeto de poder que vai ter um candidato competitivo a presidente da República", afirmou o presidente do Senado.

"Hoje é dia 15, dia do PMDB. É o dia mais propício para que a gente possa dar a largada no processo político ao qual o PMDB volta definitivamente para o berço da busca do seu caminho. Seu caminho de identificação com a população, de busca de defender as suas teses, seu caminho de chegarmos a 2018 com o direito de disputar o eleitor com as nossas ideias", afirmou Eduardo Cunha.

"Nós estamos num momento político delicado. O PMDB faz parte de uma aliança, mas o PMDB sabe que, em 2018, ele quer buscar o seu caminho e não é com essa aliança", disse o presidente da Câmara.

Para Cunha, como "time que não joga não tem torcida", o PMDB precisa enfrentar as eleições. "O PMDB, se não disputar eleições, não vai ter admiradores, não vai ter quem defenda as suas ideias. Então, o PMDB tem que se posicionar no processo político para a busca daquilo que ele sempre teve, a sua identificação real com o eleitorado".

Ao chegar à Câmara de Vereadores do Recife na tarde desta quarta-feira (18), o candidato a presidente da República, Aécio Neves (PSDB) foi apresentado a vereador Marília Arraes (PSB) pela correligionária do tucano e também vereadora, Aline Mariano. A parlamentar fez questão de exibir a socialista em alto e bom som, na Casa José Mariano.

Como anunciou recentemente insatisfação dentro do PSB, alegando faltar diálogo interno na legenda, o gesto da vereadora causou curiosidade entre os presentes, e quando questionada se isto seria um indício de ruptura com Campos, Arraes esquivou-se, mas deixou o suspense no ar. “O grupo ainda não definiu. Em breve todos saberão da minha decisão”, afirmou. 

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Logo depois dos cumprimentos, ela é outros três vereadores conduziram Aécio ao plenário da Casa Municipal onde receberá logo mais o título de cidadão recifense. 

*Com informações de Giselly Santos

Título de cidadão recifense. Essa deveria ser a pauta principal da vinda do senador e pré-candidato à presidência da República, Aécio Neves (PSDB), no próximo dia 9 de junho ao Recife. No entanto, em virtude do imbróglio vivido nos bastidores entre PSDB e PSB, a pauta poderá ser o martelo batido de um possível racha entre as duas siglas com acréscimo de um nome tucano entre a disputa eleitoral. 

A princípio, o acordo entre o ex-governador Eduardo Campos (PSB) e Aécio previa o apoio ao pré-candidato ao Governo do Estado, Paulo Câmara (PSB), pelos integrantes do PSDB, e vice-versa em Minas Gerais. Com a proposta, o PSB não lançaria candidatura própria no Estado mineiro, justamente para apoiar o nome posto por Aécio. Porém, com o andar da carruagem eleitoral há uma forte tendência de Julio Delgado (PSB) ser o nome escolhido para disputar o Governo de Minas Gerais, e com isso, o PSDB pernambucano deverá recuar e até anunciar o deputado Daniel Coelho (PSDB) na disputa.

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Segundo o deputado estadual Betinho Gomes (PSDB), caso Aécio viesse no último dia 26 de maio como estava previsto, cumpriria apenas a agenda do título que receberá na Câmara de Vereadores, mas a estratégia do adiamento prevê outros compromissos. “Ainda estamos fechando a agenda, mas possivelmente haverá reuniões com líderes partidários e poderá também, ter encontro com a militância”, revelou.

Cotado como possível pré-candidato ao Governo do Estado em virtude da situação entre as duas siglas, Daniel Coelho não quer se comprometer de imediato, mas não descarta a decisão. “A ideia é que até este prazo (9 de junho) seja definido (aliança ou não com o PSB). Estamos aguardando a executiva. Até dia 9 é o prazo em que devemos ter uma definição”, confirmou.

Os rumores da forte possibilidade de o PSB lançar candidatura própria em Minas Gerais poderá desfazer de vez a aliança entre PSDB e PSB em Pernambuco. O desejo de ter socialista na chapa majoritária já foi anunciado pelo vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, em entrevista ao Portal LeiaJá, mas enquanto a decisão não é oficializada, a informação da cúpula nacional dos tucanos é ficar aguardando as definições. 

Neutro no processo de aliança a nível estadual entre socialistas e tucanos, o deputado estadual Daniel Coelho (PSB) disse ter ciência que o PSB lançaria nome à candidatura em São Paulo, mas em Minas o acordo foi outro. “São Paulo já estava combinado. A gente já sabia disso. Agora, em Minas Gerais já havia um entendimento diferente, agora a expectativa nossa é que haja um entendimento e atenda os partidos de uma forma geral”, deseja o parlamentar. 

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Enquanto a candidatura do PSB ainda está em discussão no Estado mineiro, Coelho revelou ter recebido orientações do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves. “A única coisa que ele disse é que ficássemos em alerta e aguardassem eles. Aqui o partido aqui está alinhado com Aécio para presidente e no que for melhor estamos alinhados porque da nossa parte a intenção é que a gente tenha um alinhamento pensando não só nos palanques de agora, mas também num segundo turno para fortalecer a oposição de uma forma geral”, explicou. 

Em virtude da possível ruptura entre os dois partidos, o deputado já é especulado como futuro candidato ao Governo do Estado, algo que ele não negou a probabilidade. “Eu estou à disposição do que for melhor para o partido. Eu estou torcendo para que haja um entendimento, mas estou à disposição do projeto do PSDB, mas o que a gente na prática está esperando, é que haja um entendimento porque é bom para ambos os postulantes”, ressaltou o tucano. 

Apesar de o PR não compor mais cargos no governo do PSB em Pernambuco, o governador João Lyra Neto (PSB) desfez qualquer rumores de desentendimento entre as legendas nesta segunda-feira (7). Em entrevista à imprensa, após posse de seus secretários, o socialista revelou que teve uma longa conversa com o presidente estadual do PR, deputado federal Inocêncio Oliveira e que ambos vão se entender. 

Os rumores de discórdia entre os partidos surgiram após a saída do atual deputado estadual, Alberto Feitosa, da pasta de Turismo do governo e retorno à Assembleia Legislativa de Pernambuco e também, por ninguém do PR ter sido convidado a participar do primeiro escalão da gestão de Lyra. “Eu não vejo como o PR perdeu a Secretaria de Turismo. No mês de dezembro saíram quatro deputados estaduais que eram secretários: Laura Gomes, Aluisio Lessa, Isaltino Nascimento e Alberto Feitosa. Então, no meu entendimento os partidos políticos já tinham cumprindo sua missão na frente da secretaria”, esclareceu em primeiro momento. 

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Mesmo com a explicação, o socialista fez questão de se intitular como uma pessoa aberta para conversas e disse que teve um encontro com Inocêncio no último final de semana. “Como eu sou homem de diálogo eu já tive uma reunião com o deputado Inocêncio Oliveira ontem (6) na sua casa. Eu conversei longamente com ele e ficamos de voltarmos a conversar quando ele voltasse de Brasília, que só volta na próxima sexta-feira (11)”, contou. 

Lyra também garantiu não existir embates com os membros do PR e que ambos se comprometeram em permanecer unidos. “Nem vai ter tensão com o PR, nem com o deputado Inocêncio Oliveira. Nós vamos entender e eu tenho compromisso com o PR e o deputado Inocêncio me revelou ontem, que tem compromisso com o governo de Pernambuco, com o de João Lyra e com o de Eduardo Campos”, reforçou.

O governador também aproveitou a entrevista para mandar recado para os pessimistas e desfez rumores de rompimento. “(...) Quem quiser fazer intriga não tem espaço, eu já me entendi na casa dele (de Inocêncio), conversamos muito, a conversa foi extremamente proveitosa e vamos continuar conversando e não só com PR, mas com todos os partidos da Frente Popular. Não existe nenhuma possibilidade de rompimento!”, acrescentou. 

O governador de Pernambuco e presidenciável, Eduardo Campos (PSB), afirmou durante uma palestra na Associação Comercial de São Paulo, nesta segunda-feira (10), que a presiente Dilma Rousseff (PT) não pode "fugir do debate" e esclarecer as demandas expostas pela população nas ruas em junho. De acordo com a jornalista Vera Magalhães, Campos relacionou os protestos de junho a uma crise de representatividade do que chamou de “presidencialismo de coalizão”. O presidenciável não tem poupado criticas a falta de diálogo da petista, durante a administração do país. 

Para o governador as pessoas foram às ruas para dizer que não se sentem representadas pelos políticos e para “derrubar o muro” que separa os anseios da população e as “conversas que chegam de Brasília”. Segundo Campos, se os políticos não souberem entender essa crise de representação e firmar um novo pacto social, haverá uma ruptura.

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Os capítulos da novela de entrega dos cargos do PT à gestão do PSB em Pernambuco, ainda permanece firme. Mesmo com uma nova direção, eleita no último Processo de Eleição Direta (PED) do partido, ano passado, alguns nomes como o do presidente municipal da legenda no Recife, Oscar Barreto, não só permanece na função de secretário executivo da Secretária de Agricultura, como afirma já ter entregado o cargo desde o ano passado. 

Assim como Barreto, outros nomes continuam inseridos na gestão socialista como é o caso do secretário de Habitação do Recife, Eduardo Granja que disse essa semana não acreditar num rompimento eterno entre PT e PSB. 

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Questionado pela equipe do LeiaJá se pretende entregar o cargo à gestão de Eduardo Campos (PSB), Oscar Barreto, posicionou-se como quem já fez sua parte. “Desde o dia 22 de novembro que eu entreguei (o cargo), agora eu não posso obrigar o governador me exonerar. Eu já saí do governo”, falou.

Demonstrando irritação com a situação, o petista dedurou a existência de correligionários na gestão e questionou o porquê de Teresa Leitão – atual presidente do PT no Estado - não divulgar o quantitativo dos cargos não entregues. “O que tem de gente do PT na Cultura, na Saúde (...) - tem lá algumas dezenas de pessoas que querem ficar e eu não vou estar assumindo a berlinda”, disparou. 

O petista garantiu que ninguém, de fato, entregou os cargos e que ele não está na função por indicação e sim por convite. “O cargo não é meu, é do governo de Pernambuco. Eu não fui indicado pelo PT nem por Humberto Costa (PT) (...). Ninguém entregou”, garantiu Barreto. 

As mudanças políticas de alianças e apoios em Pernambuco continuam a topo vapor, principalmente com a aproximação da campanha eleitoral deste ano. Enquanto alguns cenários começam a se unir como é o caso do PT e o PTB na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), outros como o PCdoB e o PT de Olinda estão prestes a seguir rumos distintos.

O motivo do possível racha entre as legendas é o quase certo apoio do PCdoB ao PSB do governador Eduardo Campos. Apesar de também fazer parte da base da presidente Dilma Rousseff (PT) a nível nacional, a própria vice-presidente nacional da legenda e deputada federal, Luciana Santos, confirmou ao LeiaJá que a preferência a nível local é mesmo pela ala socialista.

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Enquanto o apoio ainda não é algo oficializado, os rumores da situação do PT em Olinda começam a ser desenhado para um desfecho de ruptura no local. Na cidade, atualmente o vice-prefeito Enildo Arantes é petista e faz parte da gestão, e inclusive, a presidente estadual do PT, deputada Teresa Leitão disse que já chegou a retirar candidaturas na cidade anteriormente por causa da aliança. “Eu espero que a direção estadual (do PCdoB) tenha por Olinda o mesmo recuo que ela teve por Recife, respeitando o trâmite sem nenhuma turbulência, mas que discuta essa questão (...). O PT tem um olhar carinhoso por Olinda e por mais de uma vez foi tirada a candidatura do PT em virtude do PCdoB”, comentou a parlamentar. 

Garantindo esperar até o processo político ser definido na Cidade Alta, Leitão demonstrou incomodada, caso o PCdoB realmente apoio os projetos do PSB a nível estadual. “Vai ser incômodo nós permanecermos em uma administração se eles não apoiam nosso projeto, mas como é uma questão municipal, a gente não pode atropelar o debate. Vamos aguardar, porque assim como Olinda há também em outras cidades que são da base de Dilma, mas que podem apoiar Eduardo”, analisou a petista. 

Questionada se o assunto de situações locais como é o caso de Olinda nortearão a reunião com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, nesta quinta-feira (23), no Recife, Teresa Leitão disse tratar da pauta após decidir sobre os cargos petistas que ainda não foram entregues ao PSB (como é o caso do presidente do PT no Recife, Oscar Barreto). “Primeiro a gente tem a pendência do Estado (os cargos) – mas vou resolver isso na primeira reunião da executiva, logo no início de fevereiro”, anunciou. 

 

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