Mendonça diz que Dilma ou Cerveró estão mentindo

Deputado contestou as versões colocadas para justificar o fechamento da compra de refinaria no Texas

por Alex Ribeiro qua, 16/04/2014 - 17:14

O deputado Mendonça Filho (DEM) contestou as duas versões apresentadas para justificar o fechamento da compra da refinaria de Pasadena, no Texas. Em audiência pública conjunta nas comissões de Fiscalização, Relações Exteriores e Desenvolvimento Econômico, nesta quarta (16), o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró defendeu o negócio e afirmou ter sido correto no parecer preparado para o conselho de administração da estatal.

Já a presidente Dilma Rousseff afirmou, em nota à imprensa, mês passado, que foi enganada e se baseou em resumo incompleto e com falhas. “Não dá para as duas versões serem verdadeiras. Quem está falando a verdade? Será que Cerveró enganou a todos, diretoria e conselho de administração ou todos participaram dessa operação desastrosa?”, questionou o democrata.

“Essa operação vai entrar na história como um dos mais negativos exemplos de gestão no serviço público. A presidente da Petrobras, Graça Foster, disse ontem (terça-feira -15) no Senado que significou um prejuízo de US$ 500 milhões, quando confessou que a compra da refinaria não foi um bom negócio. Não param de surgir versões sobre esse negócio e cada uma só reforça a CPMI”, pontuou Mendonça Filho.

O democrata ainda criticou o esforço do governo e do próprio ex-diretor Cerveró em provar que a Astra Oil - empresa que foi sócia da Petrobras na refinaria – não pagou ‘apenas’ US$ 42 milhões por 50% de Pasadena, mas cerca de US$ 360 milhões, considerado o valor do ativo, estoques, dívidas, e gastos com serviço de outra empresa para refinar o petróleo já que a trading belga era uma comercializadora. “Nesse caso, os argumentos de Cerveró e Graça Foster são parecidos. Existe uma conta mágica para inflar o valor pago pela Astra Oil por Pasadena. E essa conta só demonstra que a operação foi um desastre e o prejuízo foi brutal, monumental”, opinou o deputado.

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