Em ato da CUT no Recife, Paulo Câmara é satirizado
De acordo com os que participavam da mobilização, a ironia com o gestor estadual se deu por causa da falta de diálogo do Governo do Estado com os professores que estão em greve desde 13 de abril
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), foi satirizado, nesta sexta-feira (1°), durante a marcha promovida pela Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE) no Recife contra a aprovação do Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceirização no país, e está em análise no Congresso Nacional. Durante todo o ato, uma mulher desfilou com um fantoche denominado de “Paulo Câmara”. Os sindicalistas criaram um boneco do governador, além de carregarem faixas com solicitações e críticas ao chefe do executivo estadual e demais políticos de Pernambuco.
De acordo com os que participavam da mobilização, a ironia com o gestor estadual se deu por causa da falta de diálogo do Governo do Estado com os professores que estão em greve desde o último dia 13. Eles reivindicam o aumento de 13,01% a toda categoria, contestando o projeto de lei 79/2015, aprovado no dia 31 de março na Assembleia Legislativa (Alepe).
“O governador está zombando dos nossos compromissos com a educação no estado. Estamos paralisados porque ele não quer cumprir o que diz a Lei e muito menos com o Plano de Cargos e Carreiras conquistado com muita luta no governo de Eduardo Campos”, disparou Sephora Freitas, diretora do Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Pernambuco (Sintepe).
A pauta dos professores, apesar de Câmara ter afirmado que cumprirá as promessas de campanha, tem garantido a adesão de diversas classes e sindicatos. Para o presidente da CUT-PE, Carlos Veras, a greve dos educadores é de toda a sociedade. “O governador nega um direito já conquistado pelos professores. Eles não estão exigindo nada além. Não adianta cortar pontos e encerrar contratos, esta já se tornou uma greve de toda a sociedade”, frisou, pontuando ainda que Câmara tem disponibilizado verbas para pagar propagandas governamentais, mas culpa a crise econômica nacional na hora de reter o aumento da remuneração dos professores.