Luciana Santos promete uma 'gestão inovadora' para Olinda

Apesar da hegemonia de 16 anos do PCdoB, a candidata pontuou que pretende iniciar um ciclo para uma gestão "mais assertiva" e com soluções para os desgastes deixados por Renildo Calheiros

por Giselly Santos sex, 12/08/2016 - 13:38

Candidata a prefeita de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), a deputada federal Luciana Santos (PCdoB) afirmou, nesta sexta-feira (12), que durante a campanha pretende desmistificar a ideia de desgaste da população pelo modelo do PCdoB de governar a cidade. Segundo ela, a “palavra de força” para o pleito é “inovar” e mostrar que, apesar de ser o mesmo partido finalizando 16 anos de administração e pleiteando mais quatro, será instalado um “novo ciclo” e com maior participação popular.

“A gente tem que se reinventar, por isso que a palavra força é inovar. Aí então, este será um novo ciclo. Daí a nossa insistência em ser um ambiente eminentemente de debate para possibilitar uma discussão mais crítica, mais assertiva, das pessoas se envolverem mais. Reconhecer os nossos erros, consertar e partir para frente”, argumentou, durante um café da manhã com a imprensa para explicar o mecanismo do Ciclo de Debates Cidades Mais Humanas que vai abrir a discussão sobre o programa de governo dela. 

Para Luciana, a eleição deste ano em Olinda será uma das mais difíceis. “Temos plena consciência de que será uma das eleições mais duras e difíceis que vamos participar. Tem um legado, que a gente não se envergonha dele, muito pelo contrário, só temos a afirmar e defender que não é um legado pequeno.

Além de enfrentar o discurso do novo, que certamente será utilizado pelos palanques adversários, a comunista também vai precisar saber lidar com a má avaliação de governo do prefeito Renildo Calheiros (PCdoB), indicado por ela para sucessão. Sob a ótica da comunista, “os problemas são óbvios”, mas ela vai tentar superar. Indagada sobre como será o protagonismo do aliado durante o pleito, Luciana garantiu: “cada qual no seu quadrado, fazendo seu papel”. 

“É inevitável que [a avaliação negativa de Renildo] repercuta, mas a campanha ajuda as pessoas a se formar, politiza muito. Você vai ali, no debate, para mostrar os feitos e isso vai reduzir o próprio desgaste que é até natural numa cidade como Olinda”, pontuou. “Ele precisa inaugurar. Se Renildo quisesse inaugurar obras até o ano que vem não daria tempo. Eu disse a ele: ‘entregue essas obras’. Na campanha vai ser cada qual no seu quadrado, fazendo seu papel. Ele cuidando da cidade, na articulação política, fazendo entregas e participando de eventos maiores”, completou Luciana. 

Entre os principais anseios da população, a candidata afirmou que pretende focar na “manutenção da cidade”. “É o principal clamor da população, além de segurança, mas este você vai compor e procurar uma política para integrar com a estadual. Dizer que vai resolver é pretensão. As obras estruturantes são reais, mas tem problemas, óbvio. Impossível não ter com os limites que Olinda tem. Mas vamos apresentá-los, no sentido de superar”, frisou. 

O seminário “Cidades Mais Humanas - Construindo hoje a cidade do Amanhã" é promovido pela Fundação Maurício Grabois, do PCdoB, e vai debater, entre outras coisas, estratégias para a economia, o desenvolvimento urbano e a gestão da máquina pública local. “A partir daí o debate vai ser permanente, vamos criar grupos temáticos durante a campanha toda e depois a mesma coisa na gestão. Vamos criar mecanismos. Tem vários conselhos que precisam atuar de uma maneira melhor. Ou seja, botar para moer. Isso vai gerar uma gestão crítica e vai otimizar o modo de governar”, detalhou Luciana. 

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) que participou do encontro pela manhã, a vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão (PCdoB), o urbanista Jan Bitoun e a economista Tânia Bacelar participam do evento que acontece durante a tarde de hoje. 

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