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O grupo de trabalho da minirreforma eleitoral vai votar o parecer do relator, deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), na próxima segunda-feira (11), às 16 horas. A decisão foi tomada nesta quarta-feira, após reunião dos integrantes do colegiado.

Ficou acertado que o parecer vai conter dois projetos, um de lei (PL) e outro de lei complementar (PLP), conforme os temas tratados. Depois de aprovadas pelo grupo, cada proposta ganhará um requerimento de urgência, viabilizando a votação no Plenário da Câmara na quarta-feira (13).

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No dia anterior (12), o parecer será apresentado ao Colégio de Líderes. “Sobrariam, no mínimo, três semanas para o Senado Federal também apreciar [o texto]”, disse Pereira Júnior.

A preocupação com a data tem um motivo: para que possa valer já nas eleições municipais de 2024, a minirreforma eleitoral precisa virar lei antes do dia 6 de outubro, um ano antes do pleito. O relator afirmou que o adiamento da votação no grupo, a princípio marcada para hoje, decorreu pelo excesso de sugestões recebidas pelo grupo.

“Nós recebemos tantas sugestões em tantas audiências públicas, com muitos participantes, com os partidos, com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que não foi possível consolidar tudo”, disse Pereira Júnior.

A coordenadora do grupo, deputada Dani Cunha (União-RJ), confirmou que o calendário de votação na Câmara e no Senado está mantido. “O andamento dos trabalhos não afetará o objetivo de votação”, afirmou. Essa também é a intenção do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). 

*Da Agência Câmara de Notícias

 

Foi publicada no Diário Oficial da União de quarta-feira (30) a lista de 9 senadores e 27 deputados federais que farão parte do Parlamento do Mercosul (Parlasul). A representação terá mais um senador, que ainda não foi indicado pelo Bloco Democracia — formado por MDB, União Brasil, PSDB, PDT e Podemos.

A definição da bancada no Parlasul segue os mesmos critérios de representação partidária e dos blocos existentes no Senado e na Câmara.  Os parlamentares autuarão na legislatura que segue até 31 de janeiro de 2027. Em data ainda a ser definida, eles definirão o presidente e os dois vice-presidentes do colegiado. O mandato será de 2 anos. 

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Veja quem são os senadores e deputados escolhidos:

Senadores do Parlasul PT - Humberto Costa (PE); MDB - Renan Calheiros (AL); PP - Teresa Cristina (MS); PSD - Nelsinho Trad (MS); Podemos - Carlos Viana (MG); Eduardo Girão (Novo); Alan Rick (União-AC); Sergio Petecão (PSD-AC); Chico Rodrigues (PSB-RR); e Um a ser indicado.

Deputados no Parlasul   PL - Giovani Cherini (RS), Rosana Valle (SP), Roberto Monteiro (RJ), Vermelho (PR) e Pastor Eurico (PE); PT - Arlindo Chinaglia (SP), Odair Cunha (MG) e Paulão (AL); União Brasil - Yandra Moura (SE), Damião Feliciano (PB) e Nelson Padovani (PR); PP - Átila Lira (PI), Marx Beltrão (AL) e Covatti Filho (RS); MDB - Sergio Souza (PR) e Gutemberg Reis (RJ); PSD - Luciano Azevedo (RS) e Paulo Litro (PR); Republicanos - Celso Russomanno (SP) e Carlos Gomes (RS).

Outros sete deputados de diferentes partidos compõem a lista: Renildo Calheiros (PCdoB-PE), Erika Hilton (Psol-SP), Renata Abreu (Podemos-SP), Beto Richa (PSDB-PR), Afonso Motta (PDT-RS), Heitor Schuch (PSB-RS) e Luiz Tibé (Avante-MG). O que é o Parlasul O Parlamento do Mercosul tem sede em Montevidéu, no Uruguai, funciona desde maio de 2007. As reuniões ocorrem pelo menos uma vez a cada mês.

Além dos 37 parlamentares brasileiros, o Parlasul tem 26 argentinos, 18 uruguaios e 18 paraguaios. Outros 13 parlamentares bolivianos também fazem parte do Parlamento, atuam nas comissões e no Plenário com direito a voz e encaminhamentos, mas não têm direito a votos. Isso porque a Bolívia ainda é um membro observador do Mercosul, não um membro pleno. Entre 2013 e 2016, 23 parlamentares venezuelanos também fizeram parte do Parlasul, com direito a voz e votos, no período em que a Venezuela esteve no Mercosul como membro pleno. Mas o país foi suspenso do bloco em 2 de dezembro de 2016 por tempo indeterminado por motivações técnicas, políticas e econômicas.

Nos últimos anos, o Parlasul tem tratado como prioridade as negociações do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. No geral, o Parlasul acompanha o processo de integração do Mercosul e as atividades das presidências pro tempore rotativas do bloco. Procura também intermediar as demandas dos setores empresariais, da sociedade civil e culturais nos mais diversos processos de integração, negociações e parcerias entre as nações do bloco. Outro foco são as parcerias e tratativas com cada Parlamento dos países que compõem o Mercosul.

*Da Agência Senado

O metrô do Recife recebeu, nesta segunda-feira (21), uma visita guiada de parlamentares federais e estaduais. Frente à greve da categoria metroviária, que já dura 19 dias, uma comitiva do Congresso Nacional aceitou a provocação de instituições locais sobre uma vistoria às instalações do modal. Participaram da mobilização o senador Humberto Costa (PT-PE), os deputados federais Renildo Calheiros (PCdoB-PE) e Tulio Gadêlha (Rede-PE), e os deputados estaduais Dani Portela (Psol) e João Paulo (PT). 

O objetivo da vistoria guiada, realizada junto a representantes da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e o Sindicato dos Metroviários (Sindmetro), foi identificar as dificuldades enfrentadas pelo sistema de transporte e buscar possíveis soluções. 

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Toda a segunda-feira (21) foi dedicada a uma agenda metroviária, que começou pelas instalações da CBTU, incluindo o Centro de Controle Operacional, o Centro de Controle e Monitoramento da Segurança, o Centro de Manutenção de Cavaleiro e Estação Joana Bezerra. No momento da visita, as estações estavam fechadas e um trem foi operado unicamente para finalizar a vistoria. Desde que a categoria entrou em greve, o metrô só opera nos horários de pico. 

“A qualquer momento vai haver uma solução [para a greve] e o metrô não deixará de funcionar por essa razão. O que nos deixa preocupados é o que nós vimos com a falta de peças, de manutenção, de quadros; e que, com isso, a gente venha a ter uma paralisação técnica do metrô e isso aí realmente é danoso. Além disso, temos vários déficits de máquinas e trens. A decisão precisa ser tomada rapidamente”, disse o senador Humberto Costa ao LeiaJá.

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- - > Greve do metrô é a mais duradoura da categoria em PE

Apesar dos visitantes ainda não terem um posicionamento definido ou unânime, a maioria acredita que o metrô do Grande Recife tem sido sucateado nos últimos anos e, pouco a pouco, perdido o redirecionamento de recursos. Humberto Costa chamou a situação de “estarrecedora” e foi acompanhado pelos outros legisladores.  

“O que nós vimos foi uma situação estarrecedora, mas, ao mesmo, tempo vimos o potencial muito grande que o metrô tem, seja pela expertise dos seus funcionários ou pela estrutura que ele tem, que é muito grande. Antes de se fazer qualquer discussão, deve-se garantir que o processo de sucateamento pare. Para isso, o Governo Federal precisa fazer um investimento significativo para a recuperação de máquinas, de oficinas, dos trens. Essa é a mensagem que a gente vai levar para o Senado e, mais uma vez, para o ministro das Cidades. Estamos nessa cobrança desde o início do mandato do presidente Lula”, completou o petista. 

Na tarde desta segunda-feira (21), haverá uma audiência pública, dividida em dois momentos, e voltada a ouvir metroviários e empresários. O ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, não pôde comparecer à visita, mas enviou um representante. Por outro lado, os parlamentares já se organizam para fazer propostas orçamentárias ao Governo Federal. 

“A maior preocupação que temos é de o equipamento público ser devolvido à população. São quase 200 mil usuários por dia, é um equipamento necessário para uma cidade [Recife] que tem um dos piores trânsitos do mundo e o pior do país. Há preocupação em reestabelecer o funcionamento do metrô, de debater a tarifa – que aumentou de R$ 1,60 para R$ 4,25 – e fazer com que os trabalhadores possam voltar a usar esse modal como forma de transporte”, declarou Túlio Gadêlha. 

A deputada estadual Dani Portela acrescentou: "Temos um dos metrôs mais caros do país. Imagine para um trabalhador assalariado pagar mais de R$ 4 numa passagem e nas piores condições que se pode ter. Os trabalhadores do metrô faziam denúncias muito antes da greve. Nessa visita, pudemos observar isso de perto, ver as condições precárias nas quais os trens se encontram. Fomos no chamado 'Cemitério dos Trens', onde há vários trens desativados; fomos na oficina mecânica, que tem dificuldade para funcionar. Encontramos trabalhadores em condições precárias, sem fardamento, sem uniforme."

Os congressistas citaram interesse em obter, com o Governo Federal, a quantia de R$ 2 bilhões em investimentos, contemplando a obtenção de 20 novos trens. Do montante, R$ 900 milhões seriam dedicados às aquisições, de acordo com Gadelha, e R$ 800 milhões para a manutenção das linhas e também das vias móveis, que têm equipamentos da década de 1980.

O Projeto de Lei 5626/19 concede seguro-desemprego, em caráter excepcional, ao pescador artesanal na hipótese de dano ambiental que prejudique a atividade. A proposta, apresentada por oito deputados, tramita na Câmara dos Deputados.

O texto acrescenta a possibilidade à Lei do Seguro-Defeso (10.779/03). Atualmente, a norma prevê a concessão do seguro-desemprego durante o período de defeso de atividade pesqueira para a preservação da espécie, limitada a um benefício por ano. Esse limite, no entanto, não se aplica em caso de prejuízo ambiental, conforme a proposta.

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O projeto é assinado pelos deputados Daniel Almeida (PCdoB-BA), Alice Portugal (PCdoB-BA), Renildo Calheiros (PCdoB-PE), Perpétua Almeida (PCdoB-AC), Professora Marcivania (PCdoB-AP), Márcio Jerry (PCdoB-MA), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Orlando Silva (PCdoB-SP). A razão deles para apresentar a matéria é a contaminação – no segundo semestre de 2019 – do litoral nordestino por manchas de petróleo.

“Segundo especialistas, trata-se da catástrofe ambiental mais grave já ocorrida no País, que deixa um rastro tóxico por milhares de quilômetros, atingido mangues e corais em etapa mais avançada de degradação. É um tipo de contaminação que é mais difícil de ser limpa e que tende a permanecer durante anos no meio ambiente”, diz a justificativa do projeto.

Os parlamentares acrescentam que o prejuízo para os pescadores é grande, uma vez que ninguém quer comprar os pescados por medo de contaminação.

Tramitação

A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

*Da Agência Câmara Notícias

 

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) disparou, nesta sexta-feira (19), contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e argumentou que virar as costas para o problema da fome no Brasil não fará com que ele deixe de existir. A ponderação da petista surgiu depois que Bolsonaro disse, durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, que “passar fome no Brasil é uma grande mentira”

“Ao invés de propor ações para acabar com a fome, Bolsonaro diz ‘falar que se passa fome no Brasil é uma grande mentira’. A declaração é de uma estupidez tremenda, de quem não conhece o próprio país. Jair Bolsonaro, virar as costas pra fome não vai fazer ela deixar de existir”, alfinetou a deputada. 

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Bolsonaro tratou do assunto após ser perguntado sobre os planos da gestão dele para dar suporte ao aumento da pobreza e da fome no país. 

“Passa-se mal, não come bem, aí eu concordo. Agora, passar fome, não. Você não vê gente, mesmo pobre, pelas ruas, com físico esquelético, como a gente vê em alguns outros países pelo mundo”, chegou a afirmar o presidente na ocasião.

Erika Kokay, contudo, não foi a única a reagir negativamente diante da fala. A deputada estadual do Rio Grande do Sul, Luciana Genro (PSOL), disse que ao declarar isso “Bolsonaro ignora que 5 milhões de brasileiros sofrem de desnutrição e vivem, sim, com fome e na pobreza, à mercê de gente como ele, de discurso raso, que ignora a realidade do país que governa e não está interessado em diminuir as desigualdades sociais”.

O deputado federal Renildo Calheiros (PCdoB-PE) também criticou o presidente. “Bolsonaro diz que passar fome no Brasil é uma grande mentira. Em um país com cerca de 55 milhões de pobres e mais de 15 milhões vivendo abaixo da linha da extrema pobreza. Me pergunto até que ponto é falta de informação ou crueldade fazer afirmações como essas”, disse o comunista.

Recife e Olinda celebram, nesta segunda-feira (12), 481 e 482 anos de fundação, respectivamente. As cidades, consideradas irmãs, têm protagonismo na história política pernambucana. Cada uma, ao seu modo, já foi palco de revoluções, atos e mobilizações políticas que marcaram época. Fatos que reforçam ainda mais a responsabilidade dos gestores que administraram os dois municípios.

Prefeito da capital de 1979 a 1982, Gustavo Krause (DEM), ponderou que “ser gestor do Recife é uma responsabilidade aguda, pelo que o município representa”. “É carregar toda a responsabilidade histórica de séculos”, declarou, admitindo que mesmo tendo governado Pernambuco, gerir a cidade “foi uma das mais ricas experiências” que já teve na vida. “Na prefeitura é um governo com muita proximidade com a cidade, o bairro que você mora, as pessoas que você convive”, completou.

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De colônia portuguesa à considerada capital do Nordeste, Recife carrega um destaque político no país que ultrapassa os séculos. “A visibilidade do Recife é secular, é o abrigo da expulsão dos holandeses e está na vanguarda do processo histórico brasileiro. Acabamos de celebrar o bicentenário da Revolução de 1817. A cidade abriga enormes vocações culturais, basta você ir ao Alto José do Pinho ou à Bomba do Hemetério. O Recife tem o privilégio de ter uma música própria, quando se fala no frevo. Sempre foi destaque, inclusive, em matéria de gestão municipal, prefeitos que passaram pela cidade e fizeram grandes administrações”, considerou Krause. 

Com a Marim dos Caetés o cenário de luta política não é diferente desde, por exemplo, a primeira gestão do ex-prefeito Germano Coelho em 1977. Naquela ocasião, ainda com os governos do Estado e federal sob a batuta de militares, Germano se articulou visando “reconstruir Olinda do passado para construir Olinda do futuro”. Foi a partir deste plano de administração que a cidade foi transformada, em 1982, Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). 

“Não é fácil administrar uma cidade, e naquelas circunstâncias, mais difícil ainda. Mas tínhamos o plano de metas para cuidar do patrimônio. [...] Em vez de fugir, eu resolvi enfrentar os velhos e novos problemas de Olinda. Eu vinha já com a experiência do Movimento de Cultura Popular (MCP)... Não era somente um slogan de campanha eleitoral, mas um programa de governo pautado nessa ideia. Algo profundo. A gente precisava operar mudanças sérias”, descreve Germano, em trecho do livro “Olinda no coração, história afetiva da cidade-humanidade”, no qual ele conta detalhes das administrações de 1977 a 1980 e 1993 a 1996. 

A proposta do ex-prefeito emedebista teve sucesso e não à toa, Olinda conquistou espaço político e cultural no país e no mundo. “Olinda é uma das cidades mais importantes do país e está ligada aos fatos históricos mais importantes da formação do povo brasileiro. Olinda protagonizou a primeira manifestação em defesa da república da América Latina. É uma honra grande ser escolhido pela população para governar uma cidade como esta. O Brasil inteiro tem um carinho por Olinda, sempre encontrei as portas abertas nos lugares que cheguei, dos governos estadual e federal à ONU. Isso ajudou muito a viabilizar projeto para reestruturar a cidade e dar uma visibilidade maior, mais pujante”, declarou o ex-prefeito Renildo Calheiros (PCdoB). 

O comunista geriu a cidade vizinha à capital pernambucana por dois mandatos, de 2009 a 2017, e para ele “Olinda é mais que uma cidade é um estado de espírito”. “As pessoas quando batem aqui se apaixonam. A cidade tem uma energia e não é só no Carnaval, a energia vai descendo as ladeiras e contagiando quem a visita ou mora por aqui”, pontuou, frisando a “honra de ter sido escolhido” para administrar o município que hoje celebra 482 anos. 

Basta caminhar pela cidade de Olinda para perceber a atmosfera cultural que permeia a cidade. Não é à toa que o município recebeu o título de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, reconhecido pela UNESCO. Construções que passeiam por diferentes épocas e estilos contam histórias que fazem parte da construção identitária da cidade e de Pernambuco. No entanto, os espaços responsáveis por abrigar e difundir a cultura pulsante de Olinda não estão tendo a atenção necessária - e merecida.

A quase totalidade dos equipamentos culturais da cidade estão de portas fechadas para o público. Alguns, completamente abandonados. Outros, sem funcionar de maneira plena ou funcionando de forma precária.

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O Leiaja.com visitou cinco equipamentos culturais de Olinda: Teatro do Bonsucesso, Clube Atlântico de Olinda, Cine Olinda, Mercado Eufrásio Barbosa e Cine Duarte Coelho, e constatou que muitos estão desativados e à espera de reformas há anos. Em conversas com moradores, artistas e órgãos responsáveis pela gestão desses espaços, fica constatada a falta de atenção aos equipamentos que deveriam atrair turistas e garantir a movimentação cultural o ano todo na cidade eleita como a primeira Capital Brasileira da Cultura, em 2006. 

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"Qualquer cidade com potencial turístico e cultura deveria zelar por seus equipamentos culturais"

Gilú Amaral, músico da Orquestra Contemporânea de Olinda e morador do sítio histórico da cidade, destaca que a situação destes espaços soa contraditória, já que Olinda possui um grande potencial cultural e turístico. "Qualquer cidade com potencial turístico e cultural deveria zelar por seus equipamentos culturais. Em Olinda, eles simplesmente não existem. Isso causa um impacto econômico, além do artístico, e afeta também na geração de empregos", afirma.

Gilú também expõe a ausência de diálogo entre o poder público e moradores. "O Mercado Eufrásio Barbosa está há anos em uma grande reforma. O Cine Olinda passou por restauração durante a gestão de Luciana Santos (PCdoB), mas não voltou a funcionar. Muitas vezes, a gente deixa de tocar por falta de espaços", aponta.

O artista plástico e um dos donos da Casa do Cachorro Preto Raoni Assis fala ao LeiaJá que há muito tempo esses espaços estão sucateados e, por isso criou a Casa. "Nós abrimos a Casa do Cachorro Preto pra poder receber os amigos e dar vazão a uma produção nossa que não encontrava espaço nas galerias já consolidadas e muito menos nos equipamentos públicos que, desde essa época e antes, estavam fechados ou sucateados", relata.

"Nesse processo a gente viu muita coisa sendo empurrada com a barriga, muita falta de interesse de alguns setores, descaso com as peculiaridades da cidade, preconceitos em relação ao que é o próprio patrimônio. Algumas leis já começaram a existir sem abraçar os hábitos da cidade. Olinda é boêmia. Vejo a cidade como um polo de economia criativa. Mas, além da ausência de incentivo, a gente esbarra numa má vontade generalizada e ainda nos boicotes institucionalizados. Espero mesmo que isso mude, acho triste. É um desperdício", desabafa.

A Casa do Cachorro Preto foi fechada recentemente, deixando mais um vácuo entre as opções culturais do sítio histórico de Olinda.

Clube Atlântico de Olinda

A placa de metal enferrujada mostra os sinais do tempo e abandono que já tomam conta de todo espaço. Palco de grandes festas e shows, o Clube Atlântico de Olinda, no Carmo, foi interditado em Janeiro de 2017 por determinação do Corpo de Bombeiros, com a justificativa de não possuir plano de segurança contra incêndios e pânico. O Clube permanece fechado e o que se vê é uma estrutura que se desfaz aos olhos da população e do poder público.

Segundo moradores, o espaço virou abrigo e ponto de consumo de drogas. Durante a nossa visita, não encontramos dificuldades em entrar no Clube Atlântico,  pela ausência de seguranças. Mas, de acordo com o secretário de Cultura da cidade, Gilberto Sobral, a vigilância está sendo feita através de ronda motorizada.

Questionado sobre a existência de um plano de requalificação e reabertura do Clube, o secretário explica que a prefeitura está em busca de parceiros para ajudar na reestruturação do espaço. “O Clube Atlântico necessita de intervenções estruturais e estamos fazendo o levantamento do custo para buscar parcerias que possam ajudar a Prefeitura nessa reestruturação”, disse, ao LeiaJá.

Gilberto Sobral ainda afirma que tem se reunido com outras secretarias do município para traçar estratégias e anunciar o calendário de serviços de restruturação. “Mas é preciso obedecer outras demandas já deliberadas”, explica o secretário.

Cine Duarte Coelho

É com muita nostalgia que os moradores do Varadouro lembram dos tempos de funcionamento do cinema, das grandes filas e das histórias contadas na grande tela. O espaço funcionou até a década de 1960 e foi desapropriado em 1980. 

Por ordens da Prefeitura, os seguranças não permitiram a entrada da reportagem no local. Porém, nota-se uma estrutura que padece com o tempo, sem telhado, com lixo e matagal que tomam conta do que um dia foi um cinema.

Questionada sobre a falta de projetos, a prefeitura, por meio da assessoria, respondeu que estão aguardando verba do governo federal. "O Cine Duarte Coelho faz parte das ações do PAC Cidades Históricas, que sofreram contingenciamento por parte do Governo Federal", afirma a prefeitura.

Teatro Bonsucesso

Espaço de grande significado para grupos cênicos, o Teatro do Bonsucesso está sem atividade há anos. Segundo moradores do bairro do Bonsucesso, os 16 anos de gestão de Luciana Santos e Renildo Calheiros, ambos do PC do B, o espaço foi reaberto apenas uma vez. "Uma inauguração de fachada", disparou um morador vizinho. Grupos culturais surgiram ali e uma escola de teatro funcionava no espaço. Atualmente, o teatro popular está trancado e sem atividades culturais. 

Na entrada, o teatro tem pedras empilhadas e mato. Uma placa chama atenção: com o valor e o prazo de fim das obras, indicado como junho de 2016. A prefeitura não deu previsão para o funcionamento. "O Teatro Bonsucesso teve sua requalificação retomada e as cadeiras foram instaladas", explica a gestão municipal, em nota. 

Mercado Eufrásio Barbosa

Com uma arquitetura datada do século 18, o local foi a primeira Casa da Alfândega de Pernambuco e uma antiga casa de doces, e foi tranformado em mercado público e artesanato. Virou espaço para apresentações culturais e shows. Em 2006, foi interditado, pois havia risco de desabamento de parte do teto. 

Há três anos, o Eufrásio está completamente fechado para reformas e tem previsão, de acordo com a assessoria da Prefeitura, para que parte estrutura esteja pronta no segundo semestre de 2017. Os comerciantes da área relatam que há tempos o espaço está em reforma e que sempre as autoridades prometem entregá-lo, mas isso não acontece.

Museu de Arte Contemporânea - MAC

O museu, que ocupa os cômodos de uma antiga prisão, funciona de maneira precária há anos. Abrigo de obras importantes para a arte brasileira, a exemplo de quadros de Portinari, o Museu de Arte Contemporânea é administrada pela Fundarpe. Recentemente, houve uma tentativa de roubo a obras do acervo do local, que já não está aberto à visitação, apesar de a informação oficial dar conta de que o espaço está funcionando. A reportagem esteve no museu numa terça-feira, às 14h30, e encontrou as portas fechadas.

Cine Olinda

Inaugurado em 1911, o Cine Olinda está fechado há 51 anos e continua à espera de reformas. Durante três meses, o espaço foi ocupado como forma de protesto pelo movimento Ocupe Cine Olinda. Neste período, os ocupantes exibiram filmes, promoveram debates e até aulões pré-vestibular.

"Saímos de lá sem promessas ou perspectiva de requalificação do espaço. A não ser com as mesmas promessa feitas há 30 anos, a promessa vaga de reforma. Várias licitações para reforma foram feitas, houve até realização de compra de parte do equipamento que até hoje ninguém sabe dizer para onde foi. Mesmo depois da nossa saída, ainda continuamos a fazer pressão junto à Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), que assumiu a reforma e a realização de uma audiência pública para se discutir essa questão", diz, ao LeiaJá, Elaine Una, que participou da ocupação.

De dois meses para cá, a Fundarpe tem mantido um diálogo conosco. Ela nos informou que a verba para a requalificação do espaço foi liberada. Foi construído um projeto, mas não foi discutido com a sociedade civil. A gente não sabe se esse projeto atende às necessidades de um cinema público, popular e democrático", complementa.

Mesmo diante de cobranças e protestos, o Cine Olinda permanece sem exibições e trancado. De acordo com o segurança do local, o espaço recebeu este ano a visita de técnicos da Fundarpe, responsável pelo equipamento cultural, e engenheiros. Ele não soube informar a previsão para início das obras de requalificação ou reabertura. Os únicos indícios de obra são sacos de cimento e tijolos deixados no local.

Procurada pelo LeiaJá, a Fundarpe não respondeu aos questionamentos sobre nenhum dos espaços culturais em Olinda que estão sob sua responsabilidade.

A Prefeitura de Olinda afirma que acompanha e dialoga com a Fundarpe para saber o andamento de obras e abertura dos equipamentos culturais. "Estamos mantendo um bom diálogo com os órgãos estaduais de cultura. Acompanhando os passos dados pelo Governo do Estado no que dia respeito às obras de requalificação". 

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A nomeação de políticos aliados e derrotados na última eleição ou que concluíram o mandato nos municípios não se resume apenas a gestão estadual. Nesta terça-feira (16), o Diário Oficial da Assembleia Legislativa (Alepe) traz a nomeação do ex-prefeito de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Renildo Calheiros (PCdoB) como assessor especial do deputado Waldemar Borges (PSB). 

O socialista é casado com a deputada federal e presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos. Ela também já foi prefeita de Olinda e indicou Renildo para sucessão em 2008. Renildo Calheiros administrou a Marim dos Caetés de 2009 a 2016. 

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De acordo com a publicação que nomeia o ex-prefeito para o cargo comissionado, ele vai receber uma gratificação de 120% em cima do salário-base na Casa. Ou seja, R$ 11.327,45 por mês. 

Espaço para aliados

Em fevereiro, o governador Paulo Câmara (PSB) nomeou seis aliados para o governo com o mesmo perfil. Entre eles estavam o ex-prefeito de São Lourenço da Mata, Gino Albanez (PSB), que assumiu a vice-presidência da Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur) e o ex-prefeito de Moreno, Adilson Filho (PSB), que virou secretário-executivo de Apoio aos Municípios da secretaria de Planejamento e Gestão. 

A nova legislatura na Câmara de Olinda deve ser marcada por uma fluidez maior nas atividades parlamentares. Ao menos é esta a impressão que a primeira sessão deliberativa da Casa, que aconteceu nessa terça-feira (7), deixou para alguns vereadores como Jesuíno Araújo (PSDB). Sob a ótica dele, com a saída do PCdoB do comando da cidade e da presidência da Mesa Diretora a tendência é de que os trabalhos sejam “mais eficazes”. 

“A princípio na Câmara a movimentação e as atividades estão sendo bem maiores que no último mandato. Não apoiei Lupércio, mas estou com esperanças de que ele não vai interferir nas pautas da nossa Casa. Antes, com o presidente [Marcelo Soares] aliado ao prefeito [Renildo Calheiros] a pauta era cercada apenas de matérias de interesse da prefeitura. Agora a coisa começa a ganhar forças e a Câmara abre o diálogo com a população”, argumentou o vereador em conversa com o LeiaJá.com.

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Um dos motivos que justifica a observação, segundo o tucano, é a aprovação de 56 requerimentos na primeira reunião do ano. “Apenas na primeira sessão foram 120 requerimentos de vereadores apresentados e 56 aprovados. Eu consegui, por exemplo, aprovar sete audiências públicas. Uma delas é sobre educação que tentei seis vezes no último mandato e não passava. Foram quatro anos que tentei aprovar a audiência pública e nunca conseguia”, afirmou. 

Jesuíno integra o G-9 da Casa Bernardo Vieira de Melo, considerada independente a gestão de Lupércio. Apesar disso, o tucano fez avaliações positivas sobre o prefeito. “Ele foi participar da abertura da sessão, o que Renildo nunca fez. Com isso ele mostra que quer ter sintonia com a Câmara”, ressaltou. 

“Não vai ter cerceamento nenhum”

Novo presidente da Câmara de Olinda, Jorge Federal (PR) corroborou a tese exposta por Jesuíno e prometeu que não haverá “cerceamento” das pautas previstas para a Casa. “O que os vereadores estão sentindo é que a nova Mesa é independente do Poder Executivo, não é vinculada ao prefeito. Antes a mesa trazia alguns requerimentos e processos legislativos em detrimento a prefeitura. O nosso intuito é dar liberdade para qualquer vereador requerer, por exemplo, a presença de qualquer membro da gestão para prestar contas na Câmara”, detalhou. 

Federal, que também integra o G9, disse que a intenção dele não é fazer oposição a Lupércio, mas reativar o papel de fiscalizar a Câmara. “O processo político do país se acostumou a estar sempre alinhado com o governo, mas não precisa ser aliado para votar a favor de projetos encaminhados pelo prefeito. O que não vamos é abrir brechas para influência do executivo na pauta ou aprovação dos projetos”, garantiu. 

O LeiaJá.com entrou em contato com o vereador e ex-presidente da Casa, Marcelo Soares (PCdoB), mas até o fechamento desta matéria não conquistou êxito.   

O prefeito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB), que participou de uma cerimônia nesta terça-feira (27), no Palácio do Campo das Princesas, falou com a imprensa no final do evento sobre os seus últimos dias de mandato, após oito anos à frente da Prefeitura de Olinda. Ele disse que, apesar da crise, conseguiu pagar 13° dos servidores. “Eu, por exemplo, hoje, comecei a pagar dezembro [salários]. Na semana passada, paguei o décimo terceiro. Nesta crise, vou terminar com os servidores tudo em dia. Quando Luciana [ex-prefeita] recebeu a prefeitura, não foi assim. Além de todas as obras, eu vou entregar tudo em dia, direitinho”, disse.

Renildo foi questionado sobre as críticas feitas pelo novo prefeito eleito da cidade, Lupércio (SD), à sua gestão. “Eu não tenho o que responder para Lupércio. Eu governei oito anos e, sobre Lupércio, vamos falar quando ele governar. Eu não posso ficar falando sobre Lupércio hoje. Agora, quando ficam me dizendo isso é ruim porque eu fico com a tendência de rebater, mas eu não quero ficar rebatendo ele. Eu quero que ele dê certo e vou torcer porque, se ele acertar, é melhor para a cidade”.

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“Eu li nos jornais ele [Lupércio] dizer, algumas vezes, que o PCdoB não participará do seu governo e eu disse pessoalmente a ele que nós não queremos participar do seu governo. Nós queremos que você faça um bom governo. Nós não estamos pedindo para participar do seu governo. Agora, isso faz parte da luta política. Não tenho mais nada a dizer sobre isso”, acrescentou. 

O prefeito ainda disse que a crise econômica interferiu em sua gestão. “Senão fosse a crise econômica, várias obras a gente teria concluído. Agora, no meio aos meus defeitos, não está o de ser mal agradecido. Se atrasaram uma coisa ou outra, eu não vou pensar que é por malvadeza ou por perseguição porque senão nem teria sido feito os projetos. Então, eu não fico denunciando ou acusando. Eu não sou desse tipo”.

Em agosto deste ano, Renildo Calheiros concedeu entrevista ao Portal LeiaJá. Na ocasião, ele afirmou que encarava as críticas com naturalidade. “O processo político é assim: os partidos e os candidatos, no período das eleições, gostam de se colocar e lançam suas ideias para torná-las mais conhecidas. Eu encaro as críticas com naturalidade, como aquilo que faz parte do processo. Analiso sempre o que os candidatos colocam e me coloco numa posição de muita humildade”, chegou a dizer.

O gestor declarou que torcia para que o município ficasse “em boas mãos”. “A vida não começa nesta eleição. Olinda já passou por vários governos e as pessoas sabem como a cidade era, como a cidade está hoje, o que foi feito e o que está sendo feito. As pessoas não são bobas. Elas moram na cidade. O que espero e que torço é para que os olindenses escolham bem o candidato”, falou.

Derrota do PCdoB

A vitória de Lupércio trouxe uma derrota histórica para o PCdoB. Há 16 anos, o partido governava a cidade. A expectativa era, ao menos, a ida da então candidata Luciana Santos ao segundo turno, no entanto, o segundo turno foi disputado por Lupércio e o advogado Antônio Campos em uma campanha repleta de polêmicas.

Na época, Luciana Santos, que é deputada federal e presidente nacional do PCdoB, usou como uma das justificativas pelo mau êxito o fato do “Brasil viver uma conjuntura de muito ataque à esquerda, ao direito do cidadão e à democracia e que isso refletiu na primeira disputa eleitoral após o golpe". 

O processo de transição de governo em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), será coordenada pelo vice-prefeito eleito Márcio Botelho (SD). Ele vai intermediar o repasse de informações da gestão de Renildo Calheiros (PCdoB) para o prefeito eleito Professor Lupércio (SD). Uma equipe com 12 pessoas, composta por membros da prefeitura e representantes do novo gestor, devem iniciar uma série de reuniões a partir da próxima semana. 

Nessa quinta-feira (3), Botelho se reuniu com o secretário de Relações Institucionais da cidade, Roberval Veras, para definir como seria o processo. Segundo o vice, o encontro foi tranquilo e propositivo.

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Em entrevista recente ao Portal LeiaJá, Lupércio disse que apesar de ter concorrido contra do PCdoB no primeiro turno acredita que o processo de transição será sem desconfortos. "Já estamos nos preparando para analisar a questão do secretariado. Tenho nomes em mente, pensando em pessoas que sejam comprometidas com a população e possam fazer com que os olindenses se sintam representados na prefeitura”, pontuou, sem adiantar nomes. “Ainda vamos fazer os convites”, acrescentou garantindo que até 1º de dezembro terá a equipe montada. 

Segundo ele, a primeira ação a partir de 1º de janeiro será “um levantamento das obras em andamento e paralisadas na cidade”. “Espero que em pouco tempo possamos reativar os serviços da prefeitura”, projetou.

A Procuradoria da República na 1ª Região denunciou 443 ex-deputados por envolvimento no caso conhecido como “Farra das Passagens”, revelado em 2009. De acordo com o órgão eles são acusados de uso indevido de dinheiro público. Entre os ex-parlamentares, estão o atual vice-governador de Pernambuco, Raul Henry (PMDB), o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB) e o advogado Maurício Rands (PSB). 

Além dos pernambucanos, também compõe a lista o ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB); o secretário nacional do PSB, Renato Casagrande; o atual secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco; e o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). A informação foi divulgada pelo site Congresso em Foco. 

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Os 443 são acusados de peculato, que prevê pena de até 12 anos em caso de condenação, em 53 ações diferentes. O escândalo da Farra das Passagens veio à tona em 2009 quando o presidente da Câmara era o atual presidente da República, Michel Temer (PMDB). Na época, de acordo com o site, Temer teria cedido sua cota de passagens para viagem de turismo de familiares à Bahia. Ele não aparece na denúncia. 

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), as passagens aéreas foram utilizadas pelos ex-parlamentares denunciados para fins diferentes do que estabelecia a regra: os deputados deveriam usar a cota para se deslocar entre as bases eleitorais e Brasília. Entretanto, os denunciados são suspeitos de utilizar a verba para viagens nacionais e internacionais de turismo, com familiares e amigos.  

As acusações assinadas pelo procurador Elton Ghersel serão analisadas pelo desembargador Olindo Menezes. O voto dele será levado para julgamento na 2ª Seção do TRF 1. Caso a denúncia seja aceita, os ex-deputados viram réus e passam a responder a ações penais.

Veja a lista completa dos denunciados:

1. Abelardo Luiz Lupion Mello

2. Acélio Casagrande

3. Agnelo Santos Queiroz Filho

4. Airton Bernardo Roveda

5. Albano do Prado Pimentel Franco

6. Albérico de Franca Ferreira Filho

7. Alceni Ângelo Guerra

8. Alceste Madeira de Almeida

9. Alceu de Deus Collares

10. Alexandre Aguiar Cardoso

11. Alexandre José dos Santos

12. Alexandre Silveira de Oliveira

13. Aline Lemos Correa de Oliveira Andrade

14. Almerinda Filgueiras de Carvalho

15. Almir Morais Sá

16. Almir Oliveira Moura

17. Ana Isabel Mesquita de Oliveira

18. Ana Maria Quintans Guerra de Oliveira

19. André Luiz Costa De Souza

20. André Luiz Vargas Ilário

21. André Zacharow

22. Andreia Almeida Zito dos Santos

23. Ângela Regina Heinzen Amin Helou

24. Ângelo Carlos Vanhoni

25. Anivaldo Juvenil Vale

26. Anselmo de Jesus Abreu

27. Antônia Magalhães da Cruz

28. Antônio Carlos Biffi

29. Antônio Carlos Pannunzio

30. Antônio Carlos Peixoto de Magalhães Neto

31. Antônio Carlos Silva Biscaia

32. Antônio Charles Lucena de Oliveira Mello

33. Antônio da Conceição Costa Ferreira

34. Antônio Elbano Cambraia

35. Antônio Eudes Xavier

36. Antônio Eustáquio Andrade Ferreira

37. Antônio Ferreira da Cruz Filho

38. Antônio José Castelo Branco Medeiros

39. Antônio Marcelo Teixeira Sousa

40. Antônio Palocci Filho

41. Antônio Roberto Soares

42. Aparecida Maria Borges Bezerra

43. Aracely de Paula

44. Armando Abilio Vieira

45. Arnaldo Franca Vianna

46. Ary Kara José

47. Asdrubal Mendes Bentes

48. Astrobaldo Fragoso Casara

49. Athos Avelino Pereira

50. Augusto Cesar Cavalcante Farias

51. Ayrton Alvarenga Xerez

52. Benedito de Carvalho Sá

53. Bernardino Barreto de Oliveira

54. Bernardo Ramos Ariston

55. Bruno Campelo Rodrigues de Souza

56. Camilo Cola

57. Cândido Elpidio de Souza Vaccarezza

58. Carlito Merss

59. Carlos Alberto Cavalcante de Souza

60. Carlos Alberto de Sousa Rosado

61. Carlos Alberto Leréia da Silva

62. Carlos Alberto Moreira de Mendonça Canuto

63. Carlos Augusto Abicalil

64. Carlos Augusto Alves Santana

65. Carlos Daudt Brizola

66. Carlos Eduardo Torres Gomes

67. Carlos Eduardo Vieira da Cunha

68. Carlos Fernando Coruja Agustini

69. Carlos Frederico Theodoro Nader

70. Carlos Marques Dunga

71. Carlos Orleans Brandão Júnior

72. Carlos Roberto Massa Junior

73. Carlos William de Souza

74. Celcita Rosa Pinheiro da Silva

75. Cezar Augusto Carollo Silvestri

76. Cezar Augusto Schirmer

77. Ciro Ferreira Gomes

78. Ciro Francisco Pedrosa

79. Clair da Flora Martins

80. Cláudio Antônio Vignatti

81. Cláudio Castanheira Diaz

82. Cláudio Magrão de Camargo Cre

83. Cleuber Brandão Carneiro

84. Clóvis Antônio Chaves Fecury

85. Clóvis de Jesus Savalla Correa Carvalho

86. Colbert Martins da Silva Filho

87. Cristiano Matheus da Silva e Sousa

88. Custódio Antônio de Mattos

89. Darci Martins Coelho

90. Denise Frossard Loschi

91. Devanir Ribeiro

92. Dilto Vitorassi

93. Djalma Vando Berger

94. Domingos Francisco Dutra Filho

95. Edgar Moury Fernandes Sobrinho

96. Edigar Evangelista dos Anjos

97. Edilberto Afonso de Moraes Junior

98. Edmar Batista Moreira

99. Edmílson José Valentim dos Santos

100. Edna Bezerra Sampaio Fernandes

101. Edson Aparecido dos Santos

102. Edson Ezequiel de Matos

103. Edson Gonçalves Duarte

104. Edson Santos de Souza

105. Eduardo Alves de Moura

106. Eduardo Cosentino da Cunha

107. Eduardo Francisco Sciarra

108. Eduardo Seabra da Costa

109. Edvaldo Baião Albino

110. Eliene José de Lima

111. Elimar Maximo Damasceno

112. Elismar Fernandes Prado

113. Emanuel Fernandes

114. Ênio César Cesilio

115. Enio Egon Bergmann Bacci

116. Enivaldo Ribeiro

117. Érico da Silva Ribeiro

118. Ernandes Santos Amorim

119. Etivaldo Vadão Gomes

120. Eugênio Rabelo

121. Evandro Costa Milhomen

122. Fábio Loureiro Souto

123. Fábio Rodrigues de Oliveira

124. Fátima Lúcia Pelaes

125. Félix de Almeida Mendonça

126. Fernando Antônio Folgado Gonçalves

127. Fernando Barrancos Chucre

128. Fernando Dantas Ferro

129. Fernando Lopes de Almeida

130. Fernando Melo da Costa

131. Fernando Paulo Nagle Gabeira

132. Fernando Ricardo Galbiati Estima

133. Fernando Stephan Marroni

134. Filipe de Almeida Pereira

135. Flávio Bezerra da Silva

136. Florisvaldo Fier

137. Francineto Luz de Aguiar

138. Francisco Almeida Lima

139. Francisco Antônio Sardelli

140. Francisco Ariosto Holanda

141. Francisco de Assis Rodrigues

142. Francisco Ednaldo Praciano

143. Francisco Eduardo Aniceto Rossi

144. Francisco Garcia Rodrigues

145. Francisco Gomes de Abreu

146. Francisco Gonçalves Filho

147. Francisco Marcelo Ortiz Filho

148. Francisco Octavio Beckert

149. Francisco Sérgio Turra

150. Frankembergen Galvão Da Costa

151. Gastão Dias Vieira

152. Geraldo Magela Pereira

153. Geraldo Roberto Siqueira de Souza

154. Geraldo Simões de Oliveira

155. Geraldo Tenuta Filho

156. Geraldo Thadeu Pedreira Dos Santos

157. Germano Mostardeiro Bonow

158. Gerson dos Santos Peres

159. Gervásio José da Silva

160. Gilmar Alves Machado

161. Giovanni Correa Queiroz

162. Guilherme Campos Junior

163. Guilherme Menezes de Andrade

164. Gustavo Bonato Fruet

165. Heleno Augusto de Lima

166. Henrique Afonso Soares Lima

167. Henrique Eduardo Lyra Alves

168. Herculano Anghinetti

169. Homero Barbosa Neto

170. Homero Silva Barreto

171. Humberto Guimarães Souto

172. Ibrahim Abi-Ackel

173. Ilderlei Souza Rodrigues Cordeiro

174. Ildeu Alves de Araujo

175. Iliobaldo Vivas da Silva

176. Inocêncio Gomes de Oliveira

177. Irapuan Teixeira

178. Irineu Mario Colombo

179. Iriny Nicolau Corres Lopes

180. Iris de Araújo Rezende Machado

181. Iris Xavier Simões

182. Isaías Silvestre

183. Itamar Serpa Fernandes

184. Ivan Cesar Ranzolin

185. Ivo José da Silva

186. Jaildo Vieira Reis

187. Jair de Oliveira

188. Jairo Alfredo Oliveira Carneiro

189. Jairo Ataíde Vieira

190. Janete Rocha Pietá

191. Jeronimo de Oliveira Reis

192. Jilmar Augustinho Tatto

193. João Alberto Pizzolatti Junior

194. João Alfredo Telles Melo

195. João Almeida dos Santos

196. João Antônio Rodrigues Bronzeado

197. João Batista Matos

198. João Batista Ramos da Silva

199. João Bittar Junior

200. João da Silva Maia

201. João Eduardo Dado Leite de Carvalho

202. João Felipe de Souza Leão

203. João Fontes de Faria Fernandes

204. João José Pereira de Lyra

205. João Lúcio Magalhães Bifano

206. João Oliveira de Sousa

207. João Paulo Cunha

208. João Paulo Gomes da Silva

209. João Tota Soares de Figueiredo

210. Joaquim Beltrão Siqueira

211. Joaquim de Lira Maia

212. Joaquim Francisco de Freitas Cavalcanti

213. Joel de Hollanda Cordeiro

214. Jofran Frejat

215. Jorge Alberto Teles Prado

216. Jorge de Faria Maluly

217. Jorge dos Reis Pinheiro

218. Jorge José Gomes

219. Jorge Khoury Hedaye

220. Jorge Ricardo Bittar

221. José Abelardo Guimarães Camarinha

222. José Aldo Rebelo Figueiredo

223. José Carlos Machado

224. José Carlos Vieira

225. José Cesar de Medeiros

226. José da Cruz Marinho

227. José de Araújo Mendonça Sobrinho

228. José de Ribamar Costa Alves

229. José Divino Oliveira de Souza

230. José Domiciano Cabral

231. José dos Santos Freire Júnior

232. José Edmar de Castro Cordeiro

233. José Eduardo Martins Cardozo

234. José Eleonildo Soares

235. José Fernando Aparecido de Oliveira

236. José Francisco Cerqueira Tenório

237. José Fuscaldi Cesilio

238. José Genoíno Neto

239. José Gerardo Oliveira de Arruda Filho

240. José Heleno da Silva

241. José Iran Barbosa Filho

242. José Lima da Silva

243. José Linhares Ponte

244. José Lupércio Ramos de Oliveira

245. José Maurício Rabelo

246. José Nazareno Cardeal Fonteles

247. José Paulo Toffano

248. José Rafael Guerra Pinto Coelho

249. José Renato Casagrande

250. José Roberto Santiago Gomes

251. José Santana de Vasconcellos Moreira

252. José Severiano Chaves

253. José Thomaz da Silva Nono Netto

254. José Wilson Santiago

255. Joseph Wallace Faria Bandeira

256. Josias Quintal de Oliveira

257. Jovino Cândido da Silva

258. Julião Amin Castro

259. Júlio Francisco Semeghini Neto

260. Jurandil dos Santos Juarez

261. Jurandy Loureiro Barroso

262. Jusmari Terezinha de Souza Oliveira

263. Juvenil Alves Ferreira Filho

264. Lael Vieira Varella

265. Laurez da Rocha Moreira

266. Lavoisier Maia Sobrinho

267. Leandro José Mendes Sampaio Fernandes

268. Leandro Vilela Velloso

269. Leodegar da Cunha Tiscoski

270. Leonardo José de Mattos

271. Leonardo Moura Vilela

272. Leonardo Rosário de Alcântara

273. Luciana de Almeida Costa

274. Luciana Krebs Genro

275. Luciano de Souza Castro

276. Luciano Ferreira de Sousa

277. Luciano Pizzatto

278. Luiz Alberto Silva dos Santos

279. Luiz Antônio Vasconcellos Carreira

280. Luiz Carlos Bassuma

281. Luiz Carlos Setim

282. Luiz Carlos Sigmaringa Seixas

283. Luiz Eduardo Rodrigues Greenhalgh

284. Luiz Fernando de Fabinho de Araújo Lima

285. Luiz José Bittencourt

286. Luiz Paulo Vellozo Lucas

287. Luiz Piauhylino de Mello Monteiro

288. Luiz Roberto de Albuquerque

289. Manoel Ferreira

290. Manoel Salviano Sobrinho

291. Manuela Pinto Vieira D’Avila

292. Marcello Lignani Siqueira

293. Marcelo Augusto da Eira Correa

294. Marcelo Beltrão de Almeida

295. Marcelo de Araújo Melo

296. Marcelo de Oliveira Guimarães Filho

297. Marcelo Zaturansky Nogueira Itagiba

298. Márcio Alessandro Flexa de Oliveira

299. Márcio Henrique Junqueira Pereira

300. Márcio João de Andrade Fortes

301. Márcio Luiz Franca Gomes

302. Márcio Reinaldo Dias Moreira

303. Marco Aurelio Ubiali

304. Marcondes Iran Benevides Gadelha

305. Marcos Antônio Medrado

306. Marcos Antônio Ramos da Hora

307. Marcos Roberto Abramo

308. Maria Aparecida Diogo Braga

309. Maria Dalva de Souza Figueiredo

310. Maria do Carmo Lara Perpetuo

311. Maria José Conceição Maninha

312. Maria Lucenira Ferreira Oliveira Pimentel

313. Maria Lúcia Cardoso

314. Maria Perpétua de Almeida

315. Mariângela de Araújo Gama Duarte

316. Marina Terra Maggessi de Souza

317. Mario Assad Junior

318. Mario de Oliveira

319. Matteo Rota Chiarelli

320. Maurício Gonçalves Trindade

321. Maurício Rands Coelho Barros

322. Mauro Nazif Rasul

323. Miguel de Souza

324. Mílton João Soares Barbosa

325. Moisés Nogueira Avelino

326. Murilo Zauith

327. Narcio Rodrigues da Silveira

328. Natan Donadon

329. Neilton Mulim da Costa

330. Nelson Goetten de Lima

331. Nelson Luiz Proenca Fernandes

332. Nelson Roberto Bornier de Oliveira

333. Nélson Tadeu Filippelli

334. Neri Geller

335. Neucimar Ferreira Fraga

336. Neudo Ribeiro Campos

337. Nice Lobão

338. Nicias Lopes Ribeiro

339. Nilmar Gavino Ruiz

340. Nilson Moura Leite Mourão

341. Nilton Gomes Oliveira

342. Odacir Zonta

343. Odilio Balbinotti

344. Olavo Calheiros Filho

345. Orlando Desconsi

346. Orlando Fantazzini Neto

347. Osmanio Pereira de Oliveira

348. Osmar Ribeiro de Almeida Junior

349. Osório Adriano Filho

350. Osvaldo de Souza Reis

351. Paulo Afonso Evangelista Vieira

352. Paulo César Baltazar da Nóbrega

353. Paulo César da Guia Almeida

354. Paulo César de Oliveira Lima

355. Paulo Henrique Ellery Lustosa da Costa

356. Paulo José Gouvêa

357. Paulo Piau Nogueira

358. Paulo Roberto Barreto Bornhausen

359. Paulo Roberto Manoel Pereira

360. Paulo Rubem Santiago Ferreira

361. Pedro Henry Neto

362. Pedro Irujo Yaniz

363. Pedro Novais Lima

364. Pedro Pedrossian Filho

365. Pedro Ribeiro Filho

366. Pedro Wilson Guimarães

367. Raimundo Sabino Castelo Branco Maues

368. Raquel Figueiredo Alessandri Teixeira

369. Raul Jean Louis Henry Junior

370. Raymundo Veloso Silva

371. Rebecca Martins Garcia

372. Regis Fernandes de Oliveira

373. Reinaldo Gripp Lopes

374. Reinaldo Nogueira Lopes Cruz

375. Reinaldo Pereira Pinto

376. Reinaldo Santos e Silva

377. Reinhold Stephanes

378. Remi Abreu Trinta

379. Renato Cozzolino Sobrinho

380. Renato Fauvel Amary

381. Renildo Vasconcelos Calheiros

382. Ricardo José Ribeiro Berzoini

383. Ricardo Nagib Izar

384. Ricardo Quirino dos Santos

385. Ricarte de Freitas Júnior

386. Rita de Cássia Paste Camata

387. Robério Cássio Ribeiro Nunes

388. Roberto Lúcio Rocha Brant

389. Roberto Magalhães Melo

390. Robson Lemos Rodovalho

391. Rodolfo Pereira

392. Rodrigo Santos da Rocha Loures

393. Rogério Martins Lisboa

394. Roland Lavigne do Nascimento

395. Romel Anizio Jorge

396. Ronaldo Cezar Coelho

397. Ronaldo de Brito Leite

398. Ronaldo Dimas Pereira Nogueira

399. Rubeneuton Oliveira Lima

400. Rubens Moreira Mendes Filho

401. Salatiel Sousa Carvalho

402. Salvador Zimbaldi Filho

403. Sandra Maria da Escossia Rosado

404. Sandro Antônio Scodro

405. Sandro Matos Pereira

406. Saturnino Masson

407. Sebastião Ferreira da Rocha

408. Sebastião Torres Madeira

409. Selma Maria Schons

410. Sérgio Antônio Nechar

411. Sérgio Barradas Carneiro

412. Sétimo Wanquim

413. Severiano Alves de Souza

414. Silas Brasileiro

415. Sílvio Lopes Teixeira

416. Sílvio Roberto Cavalcanti Peccioli

417. Simplício Mario de Oliveira

418. Solange Amaral

419. Solange Pereira de Almeida

420. Sueli Rangel Silva Vidigal

421. Suely Santana da Silva

422. Talmir Rodrigues

423. Tarcísio João Zimmermann

424. Telma Sandra Augusto De Souza

425. Thelma Pimentel Figueiredo de Oliveira

426. Uldorico Alves Pinto

427. Urzeni da Rocha Freitas Filho

428. Valdemar Costa Neto

429. Vanderlei Assis de Souza

430. Vandeval Lima Dos Santos

431. Victor Pires Franco Neto

432. Vilson Luiz Covatti

433. Virgílio Guimarães de Paula

434. Vitor Penido de Barros

435. Walter Correia de Brito Neto

436. Walter Shindi Iihoshi

437. Wandenkolk Pasteur Gonçalves

438. Wellington Moreira Franco

439. William Boss Woo

440. Wilson João Cignachi

441. Wilson Leite Braga

442. Zelinda Novaes e Silva Jarske

443. Zenaldo Rodrigues Coutinho Junior

Eleito para governar Olinda pelos próximos quatro anos, o Professor Lupércio (SD), afirmou, nesta segunda-feira (30), que espera não encontrar dificuldades no processo de transição dos governos, apesar de ter disputado contra o PCdoB, da atual gestão. Ao avaliar a conquista de 57,04% dos votos válidos na cidade e projetar as primeiras ações de governo, em conversa com o Portal LeiaJá, Lupércio disse que pretende ligar para o prefeito Renildo Calheiros (PCdoB), ainda nesta semana, para agendar uma audiência e ficar a par da atual conjuntura administrativa do município. 

“Concorri contra o PCdoB, mas acredito que vamos ter uma transição tranquila. Já estamos nos preparando para analisar a questão do secretariado, tenho nomes em mente, pensando em pessoas que sejam comprometidas com a população e possam fazer com que os olindenses se sintam representados na prefeitura”, pontuou, sem adiantar nomes. “Ainda vamos fazer os convites”, acrescentou garantindo que até 1º de dezembro terá a equipe montada. 

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Segundo ele, a primeira ação a partir de 1º de janeiro será “um levantamento das obras em andamento e paralisadas na cidade”. “Espero que em pouco tempo possamos reativar os serviços da prefeitura”, projetou. Já sobre a crise econômica que afeta as contas das gestões em todo o país, ele falou que pretende fazer “o dinheiro circular no município”. 

Indagado sobre qual será a prioridade da sua gestão, o prefeito eleito destacou que a principal intenção é retomar a confiança da população com o governo municipal. “Quero imprimir um trabalho transparente, que a população possa se sentir representada e tenha uma qualidade de vida melhor. A prefeitura tem muitas áreas engessadas, vamos mudar esta realidade. Quero o que o povo possa confiar no nosso governo”, ponderou. 

A vitória de Lupércio finda uma hegemonia de 16 anos do PCdoB no comando da prefeitura de Olinda. Ele também derrotou o PSB, ao vencer nas urnas o candidato do partido, Antônio Campos. “Disputamos o primeiro turno com um partido só e agora ganhamos do PSB, que é um partido forte nacionalmente. Não foi fácil”, salientou. 

Questionado se pretende procurar Campos para uma eventual aliança, Professor Lupércio disse que não terá dificuldade com isto. “O que for para somar não vamos nos negar. Não temos dificuldade. Até mesmo as criticas levantadas podem ajudar a gestão. Os ataques estão superados, já desarmamos o palanque”, garantiu, alinhando o mesmo discurso quanto ao governador Paulo Câmara de quem o SD já é aliado no estado.

O prefeito de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Renildo Calheiros (PCdoB) anunciou que não vai apoiar os candidatos que disputam no 2º turno o comando da cidade. Concorrem ao posto, hoje ocupado por ele, Antônio Campos (PSB) e Professor Lupércio (SD). Em nota, ele faz um balanço político dos 16 anos da legenda comunista à frente do município e pontua que o desejo de renovação é compreensível.  

“Foram 16 anos de governo, em que fizemos muito pela cidade, com obras, ruas calçadas e grandes investimentos em infraestrutura e no fortalecimento de nossa economia. Estes anos seguidos levaram a uma certa ‘fadiga de material’, refletindo um desejo de renovação, perfeitamente compreensível. As obras em curso criaram um roteiro para os próximos gestores, que refletem nossas principais necessidades. Espero que prossigam e sejam concluídas”, ponderou, pouco depois de dizer: “no segundo turno da eleição em Olinda não apoiarei nenhum dos dois candidatos”.

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Avaliando o resultado do pleito, que deixou a ex-prefeita Luciana Santos (PCdoB) em quarto lugar com 16,57% dos votos válidos, Calheiros pontuou a necessidade de ‘tirar lições’ dos números. Derrotados e com uma hegemonia de 16 anos posta ao fim, o prefeito prometeu que deixará as finanças da prefeitura equilibrada para quem for eleito no dia 30 deste mês. 

“Compreendendo que isso faz parte dos ciclos da luta política e eleitoral, principalmente no quadro difícil que a economia brasileira vem atravessando, onde os municípios brasileiros estão com suas finanças bastante combalidas. O momento exige muitos cuidados para superarmos os enormes desafios. Sendo assim, dedicarei os próximos três meses de gestão ao esforço de manter as finanças do município equilibradas para facilitar o trabalho de quem me suceder”, salientou. 

Sob a ótica do comunista, as eleições também refletiram a conjuntura política nacional. Renildo ainda declarou que continuará “na mesma trincheira” e agradeceu a população pelos dois mandatos concedidos a ele. 

A postura de Renildo tende a ser seguida pela coligação que endossou a candidatura de Luciana composta, além do PCdoB, pelo PSD, PP, PRTB e PDT. O conjunto político vai se reunir na tarde desta terça-feira (4) para definir o posicionamento. De acordo com a assessoria de imprensa da ex-prefeita, a chapa Olinda Frente Popular vai aguardar Luciana voltar de Brasília, para onde foi desde esta segunda (3), para anunciar como vai se alinhar para a próxima etapa da disputa na Marim dos Caetés.

Candidato à Prefeitura de Olinda, Ricardo Costa (PMDB) acusou a gestão do prefeito Renildo Calheiros (PCdoB) de abandonar a cidade. Sob a ótica do peemedebista, a Marim do Caetés “está mal cuidada” e vivendo “de aparência”. 

“Identificamos muitos problemas deixados pela atual gestão, que está no poder há 16 anos. A população exige mudança, Olinda não pode ficar abandonada como está”, alfinetou o postulante que dedicou o domingo (11) para uma carreata pelas ruas de Rio Doce, Jardim Atlântico, Casa Caiada, Bairro Novo, Bultrins e Ouro Preto.

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“Você anda por Olinda e parece que não tem ninguém tomando conta da cidade. Qualquer turista que entrar aqui não precisa andar muito pra ver como a nossa cidade, que é linda, está mal cuidada. Mais do que a aparência, a gente precisa entregar uma Olinda boa para os olindenses. A cidade precisa de gestão eficiente e responsável, com os pés no chão”, acrescentou Costa. O postulante se colocou ainda como “a melhor alternativa” para o comando do município. 

Candidata a prefeita de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), a deputada federal Luciana Santos (PCdoB) afirmou, nesta sexta-feira (12), que durante a campanha pretende desmistificar a ideia de desgaste da população pelo modelo do PCdoB de governar a cidade. Segundo ela, a “palavra de força” para o pleito é “inovar” e mostrar que, apesar de ser o mesmo partido finalizando 16 anos de administração e pleiteando mais quatro, será instalado um “novo ciclo” e com maior participação popular.

“A gente tem que se reinventar, por isso que a palavra força é inovar. Aí então, este será um novo ciclo. Daí a nossa insistência em ser um ambiente eminentemente de debate para possibilitar uma discussão mais crítica, mais assertiva, das pessoas se envolverem mais. Reconhecer os nossos erros, consertar e partir para frente”, argumentou, durante um café da manhã com a imprensa para explicar o mecanismo do Ciclo de Debates Cidades Mais Humanas que vai abrir a discussão sobre o programa de governo dela. 

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Para Luciana, a eleição deste ano em Olinda será uma das mais difíceis. “Temos plena consciência de que será uma das eleições mais duras e difíceis que vamos participar. Tem um legado, que a gente não se envergonha dele, muito pelo contrário, só temos a afirmar e defender que não é um legado pequeno.

Além de enfrentar o discurso do novo, que certamente será utilizado pelos palanques adversários, a comunista também vai precisar saber lidar com a má avaliação de governo do prefeito Renildo Calheiros (PCdoB), indicado por ela para sucessão. Sob a ótica da comunista, “os problemas são óbvios”, mas ela vai tentar superar. Indagada sobre como será o protagonismo do aliado durante o pleito, Luciana garantiu: “cada qual no seu quadrado, fazendo seu papel”. 

“É inevitável que [a avaliação negativa de Renildo] repercuta, mas a campanha ajuda as pessoas a se formar, politiza muito. Você vai ali, no debate, para mostrar os feitos e isso vai reduzir o próprio desgaste que é até natural numa cidade como Olinda”, pontuou. “Ele precisa inaugurar. Se Renildo quisesse inaugurar obras até o ano que vem não daria tempo. Eu disse a ele: ‘entregue essas obras’. Na campanha vai ser cada qual no seu quadrado, fazendo seu papel. Ele cuidando da cidade, na articulação política, fazendo entregas e participando de eventos maiores”, completou Luciana. 

Entre os principais anseios da população, a candidata afirmou que pretende focar na “manutenção da cidade”. “É o principal clamor da população, além de segurança, mas este você vai compor e procurar uma política para integrar com a estadual. Dizer que vai resolver é pretensão. As obras estruturantes são reais, mas tem problemas, óbvio. Impossível não ter com os limites que Olinda tem. Mas vamos apresentá-los, no sentido de superar”, frisou. 

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O seminário “Cidades Mais Humanas - Construindo hoje a cidade do Amanhã" é promovido pela Fundação Maurício Grabois, do PCdoB, e vai debater, entre outras coisas, estratégias para a economia, o desenvolvimento urbano e a gestão da máquina pública local. “A partir daí o debate vai ser permanente, vamos criar grupos temáticos durante a campanha toda e depois a mesma coisa na gestão. Vamos criar mecanismos. Tem vários conselhos que precisam atuar de uma maneira melhor. Ou seja, botar para moer. Isso vai gerar uma gestão crítica e vai otimizar o modo de governar”, detalhou Luciana. 

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) que participou do encontro pela manhã, a vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão (PCdoB), o urbanista Jan Bitoun e a economista Tânia Bacelar participam do evento que acontece durante a tarde de hoje. 

O primeiro a falar na convenção que homologa a candidatura de Luciana Santos (PCdoB) à Prefeitura de Olinda, o prefeito Renildo Calheiros disse que tem conversado com todos os olindenses e que os questiona sobre qual o nome mais indicado para substituí-lo. Segundo o gestor, os eleitores estão inclinados em reeleger a comunista. "A quem fazemos essa pergunta, a resposta é a mesma. O nome que se escuta é o de Luciana", falou.

Renildo disse que é uma das pessoas que mais votou em Luciana. "Em toda minha militância, eu votei em você. Sinto uma alegria enorme em você ser a nossa candidata. Conversando com cada partido conversamos com várias pessoas para ver que iria compor a chapa. O nome que acabou se impondo é de um jovem empresário da cidade, que foi eleito vereador da cidade e deputado estadual. Que foi duas vezes deputado federal pelo estado de Pernambuco. Um bravo olindense", destacou se dirigindo a candidata.

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Alfinetando a gestão que antecedeu a de Luciana, a ex-prefeita Jacilda Urquiza, mão da candidata do PSDB, Izabel Urquiza, ele disparou: "quando você assumiu em mandato passado você recebeu esta cidade endividada. O lixo batia nas janelas das casas Olinda e você foi capaz de fazer tanto, imagina agora que você recebe a cidade organizada com várias obras em andamento. Estou muito feliz por essas duas escolhas e por esta convenção. Eleição não se ganha de véspera. Essa eleição tem quase dez candidatos. É necessário a gente trabalhar muito. Ir de casa em casa. As pessoas precisam saber o que ainda vamos fazer", salientou. 

O vice- prefeito do Recife, Luciano Siqueira também acompanha o ato.

No último domingo (31), dois candidatos à Prefeitura de Olinda oficializaram a disputa sendo Teresa Leitão (PT) Antônio Campos (PSB). Os dois enfatizaram os problemas da cidade. Em entrevista exclusiva ao Portal LeiaJá o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB), destacou que encara as críticas com naturalidade e que faz parte. “O processo político é assim: os partidos e os candidatos, no período das eleições, gostam de se colocar e lançam suas ideias para torná-las mais conhecidas. Eu encaro as críticas com naturalidade, como aquilo que faz parte do processo. Analiso sempre o que os candidatos colocam e me coloco numa posição de muita humildade”, declarou.

Sobre as críticas, o prefeito se defende. “Olinda carece de muitos investimentos. Os investimentos que são vistos na cidade são recursos trazidos ora do Governo do Estado, ora do Governo Federal porque a cidade não tem recursos próprios para enfrentar seus problemas, por isso,  o município tem quer governado por pessoas politicamente fortes porque são elas que podem abrir portas e trazer as coisas que interessam para a cidade e para ajudar a desenvolver a nossa infraestrutura e economia. Tem muito o que se fazer para se melhorar, mas eu sou uma pessoa otimista. Olinda é muito querida e aqui encontrei  muita gente disposta a ajudar e creio que isso irá prosseguir”, rebateu.

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Renildo também falou sobre o seu mandato à frente da Prefeitura Municipal. “Por duas vezes me candidatei e, nas duas, eu venci no primeiro turno. O que eu posso mais querer? Agora é esperar para que a população analise os candidatos que se colocam hoje e vejam quem é coerente em seus discursos, quem fala com honestidade de propósitos e avaliem quem apenas está querendo surfar em alguma onda. É necessário escolher alguém que conhece a cidade, que gosta da cidade, quem tem serviço prestado à cidade e quem já deu demonstração de compromisso com a cidade, mas isso quem vai julgar é a população e eu como eleitor também vou fazer a minha escolha”.

O comunista disse que torce para que a cidade fique “em boas mãos”. “A vida não começa nesta eleição. Olinda já passou por vários governos e as pessoas sabem como a cidade era, como a cidade está hoje, o que foi feito e o que está sendo feito. As pessoas não são bobas. Elas moram na cidade. O que espero e que torço é para que os olindenses escolham bem o candidato. Faltam seis meses para completar o mandato e estou focado em concluir as obras que estão próximas e ainda tentando iniciar outras porque a administração da cidade não  acaba com o meu Governo. Tudo que aquilo que eu puder começar na cidade quem for eleito e assumir, em janeiro, terá mais uma obra para realizar”, complementou Calheiros.

O prefeito participou do lançamento da pré-candidatura ao executivo da cidade Luciana Santos (PCdoB), mas não fez juízo de valor. “As eleições está nas mãos da população. É ela quem decide. Qualquer escolha que a população fizer será bem feita porque é o sentimento da cidade. Olinda vai ser governada por quem a população quiser”, acrescentou.

 

Renildo Calheiros finalizou afirmando que se sente honrado. “Fui escolhido duas vezes, mas agora não posso mais. É hora de uma nova prefeita ou novo prefeito assumir e eu estou sempre disposto pra ajudar vença quem vencer. Minhas palavras são de agradecimento à população”.

 

 

 

Neste domingo (24), ocorreu o Encontro Municipal do PT de Olinda. No evento, a deputada estadual Teresa Leitão reafirmou sua pré-candidatura à Prefeitura do município da Região Metropolitana do Recife (RMR) e confirmou seu vice, Gilberto Sobral (PRB), fazendo uma dobradinha PT e PRB no nas cidades irmãs. 

Segundo Teresa, o lançamento de sua candidatura é uma ação ousada do partido. “É ousada porque a gente faz 24 anos que não disputa [a Prefeitura de Olinda]. A gente vai ter que se apresentar com muita identidade”, disse. O PT e o PCdoB são aliados históricos em Olinda. Este ano, entretanto, serão rivais, com o PCdoB lançando a deputada federal e ex-prefeita Luciana Santos.

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“A mim não causa desconforto, não sei se vai causar a ela [Luciana]”, complementou Leitão. “A cena nacional deve ser considerada porque a gente precisa saber quem está do lado do golpe contra a presidente e quem não está, mas para uma campanha municipal isso é pouco”, disse a pré-candidata, referindo-se ao papel ativo de apoio a Dilma realizado por Luciana Santos. “Não há mais espaço para recuperar a aliança porque a primeira aliança é com o povo e o povo clama por mudanças”.

 A pré-candidata também fez críticas ao atual gestor municipal Renildo Calheiros (PCdoB), cujo vice é o petista Enildo Arantes. “A gestão tem muitas insuficiências. O prefeito, apesar de ser liderança nacional e cumprido um papel de articulador, não conseguiu trazer isso ao município. Fez uma aliança com 21 partidas e todos estão saindo dessa aliança, como o PT, o PSB, o PMDB e o Solidariedade”. Teresa Leitão também chamou Olinda de “canteiro de obras inacabadas”. 

No encontro, a deputada ainda negou que a escolha de Luciano Siqueira (PCdoB) em se manter como vice do PSB no Recife tenha influenciado na candidatura própria petista, como alguns colocam. “De jeito nenhum. No início do ano se falava que se o PCdoB ficasse com o PT no Recife, poderia se ponderar o apoio ao PCdoB em Olinda. Mas a gente já sabia que o PCdoB iria ficar com Geraldo”, ela avaliou.

O candidato a prefeito do Recife, João Paulo, esteve presente no encontro municipal. De acordo com o petista, a candidatura de Teresa tem um valor simbólico. “Nesse momento, quando um golpe parlamentar tenta tirar a presidente eleita, essa candidatura tem um sentido muito especial. É uma cidade importante. Temos uma militância aqui e sempre fomos muito bem votados em Olinda. Vamos fazer uma campanha diferenciada e vamos para o segundo turno”, disse o petista. 

O vice de Teresa Leitão será Gilberto Sobral do PRB, partido que, na esfera nacional, apoiou a admissibilidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Ela comentou a escolha dizendo que Sobral é um agregador. “Não causa desconforto ter um vice do PRB. Acho que todo mundo aplaudiu a ideia de ser Gilberto Sobral. Sobral é uma pessoa de Olinda, que tem experiência em gestão, já trabalhou na Prefeitura, tem experiência na área de educação, foi coordenador de escolas e tem vínculos fortíssimos com a cultura”, ela resumiu.

A convenção do PT em Olinda, com a formalização dos candidatos e dos partidos aliados, ocorrerá no próximo domingo (31). O encontro será no Bairro Novo, em Olinda. 

A deputada federal Luciana Santos (PCdoB) afirmou ao Portal LeiaJá, nesta quinta-feira (7), que está finalizando as articulações para oficializar sua candidatura à Prefeitura de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Entre os entendimentos ainda pendentes está a aliança do PCdoB com o PT, que pode participar da corrida com a deputada estadual Teresa Leitão. Apesar do nome petista já estar posto e aguardando confirmação, a comunista deu sinalização de ainda ter esperança da coalizão dos partidos para o pleito.

“As eleições nos municípios vão ter coisas [quebra de alianças] desta natureza. Lutamos para que coesionassem, mas isso ainda não está descartado. Afinal desde 2000 estamos juntos com o PT e o PSB”, ressaltou a parlamentar. O PSB já confirmou que no dia 31 de julho oficializará o nome de Antônio Campos para a prefeitura. Caso os dois partidos resolvam marchar em palanques distintos, Luciana considerou que terá um impacto negativo. “Sempre que há uma dispersão consideramos que não é positivo. Faz parte da luta política é natural. Vamos ver”, disse.

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O retorno da parlamentar a disputa acontece oito anos após ter deixado o comando da gestão para o atual prefeito Renildo Calheiros (PCdoB) que, inclusive, é mal avaliado pela população da cidade. Indagada se isso prejudicaria de alguma forma sua postulação, Luciana disse que a campanha será o momento de “esclarecer alguns assuntos”. “Olinda sempre foi uma cidade muito difícil. Não há gestor que consiga atender a uma cidade complexa. As eleições será o momento certo para esclarecer alguns assuntos”, argumentou ao defender o aliado. 

A deputada federal, que foi prefeita de Olinda entre os anos de 2001 a 2008, disse que o retorno à disputa será “como começar de novo”. “É um recomeço, uma retomada com a dimensão da responsabilidade que tenho”, frisou. O PCdoB ainda não marcou a data da convenção partidária na cidade.

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