Aliados de Temer não vão questionar testemunhas de Dilma

Definição foi anunciada pelo senador Aécio Neves (PSDB). Iniciativa é para evitar que o depoimento de Dilma Rousseff, marcado para a segunda-feira (29), seja adiado

por Giselly Santos sex, 26/08/2016 - 12:44
Edilson Rodrigues/Agência Senado O acordo foi anunciado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) Edilson Rodrigues/Agência Senado

Os senadores de partidos favoráveis ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) decidiram, logo após a suspensão da sessão, que vão retirar as inscrições para fazer perguntas às testemunhas arroladas pela defesa acelerando, assim, as oitivas. O acordo foi anunciado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG). Segundo ele, a intenção é evitar que o depoimento da petista, marcado para a segunda-feira (29), seja adiado. 

“Todos estão retirando suas assinaturas porque estas testemunhas já foram ouvidas na comissão especial e trazem aqui o objetivo intrínseco de procrastinar a sessão”, afirmou. O tucano deixou claro que os parlamentares aliados ao presidente em exercício Michel Temer (PMDB) só vão usar a palavra "se for necessária uma intervenção”.

A sessão do Senado foi interrompida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, após o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), protagonizar uma discussão com a senadora petista Gleisi Hoffmann. O peemedebista disse que a postura dos parlamentares está “obrigando o presidente do Supremo a presidir uma sessão num hospício”. 

Sobre o episódio, Aécio saiu em defesa de Renan. “Difícil analisar uma manifestação pessoal sem avaliar o contexto que ela ocorreu. O que aconteceu de grave foi Gleisi dizer que esta Casa não tem moral, se ela não acredita deveria deixar o Senado... Palavras pela ordem apenas para atacar companheiros não contribuem. Vamos zerar daqui para trás e olhar daqui para frente”, ponderou. 

Com o clima acirrado, Aécio ironizou e disse esperar que os aliados de Dilma estejam "tomando chá de camomila e suco de maracujá".

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