Só Jesus ganha para mim, compara Lula sobre 'perseguição'

Segundo o ex-presidente da República, setores da oposição mantêm um “ódio” antigo por ele e querem "extirpar" o PT

por Giselly Santos qui, 15/09/2016 - 15:47
Roberto Parizotti / Cut Pense num cabra conhecido e marcado neste país, destacou Roberto Parizotti / Cut

Durante a coletiva, nesta quinta-feira (15), para se defender das acusações do Ministério Público Federal (MPF) de que seria o comandante do Petrolão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se colocou como um “cidadão indignado” e disse que os setores da oposição mantêm um “ódio” antigo por ele e pelo Partido dos Trabalhadores. O petista classificou as denúncias contra ele como a tentativa de finalizar uma novela para “extirpar” o partido da política brasileira. 

Segundo o petista, apenas quem perde no quesito de perseguição no país é Jesus Cristo. “Só tem um jeito de ser perseguido neste país, sendo honesto. Ninguém está acima da lei. Nem o ex-presidente, nem o procurador... Estou falando como um cidadão indignado. Como um pai de cinco filho, um avô de sete netos e bisavô. Tenho uma história pública. Só ganha de mim aqui no Brasil, Jesus Cristo. Pense num cabra conhecido e marcado neste país”, destacou. 

De acordo com ele, em 2005, quando já estava no poder, tentaram fazer com ele o que fizeram com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), ao aprovar o impeachment.  "Quando começamos a dar certo na Presidência tentaram fazer o que fizeram em 2005 com a Dilma agora, com o tratamento de uma parcela da mídia brasileira e uma parcela no judiciário", salientou.

O ex-presidente da República falou também sobre o passado na vida sindical e alegou de que era um espaço muito limitado para a sua atuação, pois queria olhar mais para a cidade, para o País, por isso decidiu criar um partido político. "Tenho orgulho de ter criado o mais importante partido de esquerda da América Latina", disse, lembrando do momento em que iniciou a trajetória pela eleição ao comando do país. 

“Na minha cabeça eu pensava, não posso fracassar. Se eu fracassar vão colocar uma cangaia no meu pescoço e nunca mais um trabalhador vai disputar a presidência. Minha meta era só que cada cidadão brasileiro tivesse tendo as três refeições por dia, mas no meio do caminho percebi que era possível fazer muito mais que isso", ressaltou. 

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