Tópicos | extirpar o PT

Líderes nacionais do Movimento Brasil Livre (MBL), o deputado federal eleito por São Paulo Kim Kataguiri, o deputado estadual Arthur do Val (Mamãe Falei) e o vereador da capital paulista Fernando Holiday estão em Pernambuco para uma campanha de “patriotismo”, segundo eles, no Estado natal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que tradicionalmente é reduto político do PT.

Nesta sexta-feira (26), o trio participa de um encontro em Garanhuns, no Agreste. Na noite dessa quinta-feira (25) eles estiveram em Caruaru, na mesma região, e antes disso, visitaram a Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, classificada por eles como “uma das obras da Petrobras onde os corruptos mais faturaram e também uma das primeiras a ter seu inquérito concluído na Lava Jato”.

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Durante ato em Caruaru com simpatizantes do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), Kim Kataguiri disse que a missão deles é “extirpar” o PT do país. “Não basta só vencer a eleição, tem que acabar com o PT em cada cidade e em cada interior [do Nordeste]. É nossa missão extirpar esse mal de uma vez por todas. Ou aqui alguém vai aceitar candidato indicado por presidiário? Esse é o Nordeste que representa a população brasileira”, considerou, afirmando que “não tem clima de já ganhou” para a campanha do capitão da reserva.

O mesmo tom foi usado por Fernando Holiday. “A direita se uniu nesse país e o povo de bem não vai permitir que eles retornem ao poder. Hoje vocês fazem parte da história da libertação do Nordeste. Nada vai ter adiantado a nossa luta se no final eles voltarem ao poder”, salientou o vereador paulista.

Holiday também acusou o PT de financiar ditaduras. “Eles nos acusam de acobertar a ditadura, mas quem acoberta a ditadura são eles que na sua fundação acorbertaram os crimes da ditadura cubana, que tiraram do nosso bolso para financiar ditaduras do mundo inteiro. Agora inventam um tal de ‘caixa 2 de Bolsonaro’ para silenciar a nossa voz e não vão conseguir”, disparou.

Um dos fundadores do MBL, Renan Santos também participou do evento. Ao discursar, ele disse que se Bolsonaro garantir a perda de espaço do PT no domingo será a “primeira vez desde que aquele maldito homem Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a Presidência que vamos reunificar o país”.

“Se está rolando uma revolução hoje é especialmente por causa de vocês. Lá no Sudeste o PT sempre falou ‘o Nordeste é nosso’, ‘são nossos escravos’. Tratam vocês como reféns deles, vítimas e coitados. O que está acontecendo hoje é o momento mais bonito da história do Brasil, pela primeira vez não vai ser mais nós e vocês, somos todos nós. Acabou essa divisão. [...] Vocês são a favor de putaria na escola? De bandido solto fazendo o que quer? De um corrupto mandando no país?”, indagou, sendo respondido ao coro de “não” e “fora PT”.

Em Pernambuco, o MBL deve encerrar a campanha contra a eleição de Fernando Haddad (PT) neste sábado (26) com um ato na Praça da Independência, no Centro do Recife, às 14h.

Durante a coletiva, nesta quinta-feira (15), para se defender das acusações do Ministério Público Federal (MPF) de que seria o comandante do Petrolão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se colocou como um “cidadão indignado” e disse que os setores da oposição mantêm um “ódio” antigo por ele e pelo Partido dos Trabalhadores. O petista classificou as denúncias contra ele como a tentativa de finalizar uma novela para “extirpar” o partido da política brasileira. 

Segundo o petista, apenas quem perde no quesito de perseguição no país é Jesus Cristo. “Só tem um jeito de ser perseguido neste país, sendo honesto. Ninguém está acima da lei. Nem o ex-presidente, nem o procurador... Estou falando como um cidadão indignado. Como um pai de cinco filho, um avô de sete netos e bisavô. Tenho uma história pública. Só ganha de mim aqui no Brasil, Jesus Cristo. Pense num cabra conhecido e marcado neste país”, destacou. 

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De acordo com ele, em 2005, quando já estava no poder, tentaram fazer com ele o que fizeram com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), ao aprovar o impeachment.  "Quando começamos a dar certo na Presidência tentaram fazer o que fizeram em 2005 com a Dilma agora, com o tratamento de uma parcela da mídia brasileira e uma parcela no judiciário", salientou.

O ex-presidente da República falou também sobre o passado na vida sindical e alegou de que era um espaço muito limitado para a sua atuação, pois queria olhar mais para a cidade, para o País, por isso decidiu criar um partido político. "Tenho orgulho de ter criado o mais importante partido de esquerda da América Latina", disse, lembrando do momento em que iniciou a trajetória pela eleição ao comando do país. 

“Na minha cabeça eu pensava, não posso fracassar. Se eu fracassar vão colocar uma cangaia no meu pescoço e nunca mais um trabalhador vai disputar a presidência. Minha meta era só que cada cidadão brasileiro tivesse tendo as três refeições por dia, mas no meio do caminho percebi que era possível fazer muito mais que isso", ressaltou. 

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