Cabral refuta igualdade na aposentadoria entre os gêneros
O deputado disse que a proposta prevista pela reforma previdenciária é "desigual", pois as mulheres têm mais dificuldade no acesso ao mercado de trabalho, remuneração desigual e cumprem jornada dupla
O deputado federal Danilo Cabral (PSB-PE) criticou, nesta quarta-feira (8), o estabelecimento de um critério único para a aposentadoria entre mulheres e homens, previsto pela proposta da reforma da Previdência em tramitação no Congresso Nacional. Segundo ele, para condições diferentes de trabalho, como ocorre com os gêneros, devem ser adotadas condições diferentes de acesso às aposentadorias.
“A PEC da Reforma da Previdência trata de forma desigual a relação entre homens e mulheres na medida em que todos passarão a ter o mesmo critério de aposentadoria. Esse modelo não reconhece a desigualdade que temos nas relações de trabalho entre homens e mulheres”, disparou Cabral. Ele destacou que as mulheres ainda encontram dificuldade no acesso ao mercado de trabalho, têm remuneração desigual e enfrentam uma carga maior de trabalho, com a jornada dupla.
Segundo o parlamentar, a bancada do PSB na Câmara dos Deputados vai se articular para manter os atuais critérios de aposentadoria. Hoje, as mulheres precisam contribuir por 30 anos ou terem 60 anos de idade contra os 35 anos de contribuição ou 65 de idade dos homens. O texto que está em discussão estabelece um mínimo de 65 anos de idade e 25 anos de contribuição para ambos os sexos. O assunto também é o mote das manifestações que acontece em todo o país hoje.
“O 8 de março é uma data que celebra as conquistas na luta das relações de gênero, mas também um dia de afirmação de luta. Ainda temos muito o que avançar, por isso, é importante darmos consequência à caminhada de luta das mulheres. E o debate da Reforma da Previdência diz respeito à questão da luta pela igualdade de gêneros”, frisou.