Vereador quer que Geraldo Julio vá se explicar na Câmara

Rinaldo Junior (PRB) solicitou a presença do pessebista na Casa durante a sessão do dia 31 de maio para se explicar da citação do nome dele na delação do diretor da JBS, Ricardo Saud

por Giselly Santos qua, 24/05/2017 - 10:58
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo Geraldo Julio já negou a acusação e a classificou como “absurda” Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

O vereador Rinaldo Junior (PRB) quer que o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), vá à Câmara Municipal prestar esclarecimentos sobre a citação do nome dele na delação do diretor da JBS, Ricardo Saud. Em um requerimento, apresentado nessa terça-feira (23), Rinaldo solicitou a presença do pessebista na Casa durante a sessão do dia 31 de maio. 

Ricardo Saud disse, em delação premiada, que Geraldo teria procurado ele para cumprir um suposto acordo de pagamento de propina acertado inicialmente com o ex-governador Eduardo Campos. O montante repassado teria sido de R$ 15 milhões para a campanha do governador Paulo Câmara (PSB) em 2014. Geraldo Julio já negou a acusação e a classificou como “absurda”

Segundo Rinaldo Júnior, a Câmara do Recife “é a maior tribuna para dar esses esclarecimentos”. “É o local para que o prefeito fale diretamente com os vereadores, representantes do povo, e com toda a população do Recife”, defendeu. “A cidade do Recife, é umas das maiores do país, jamais poderia ter o nome do chefe do Executivo citado numa delação como essa”, acrescentou.

Em contrapartida ao pedido do vereador de oposição, a líder do governo na Casa José Mariano, Aline Mariano (PMDB), disse que ela própria levaria os esclarecimentos para os parlamentares. 

“Esse requerimento não tem o menor sentido. Não é verdade que o prefeito foi citado, não há sequer investigação ou inquérito... Consideramos uma grande irresponsabilidade quando o delator fala em propina, o que não aconteceu”, declarou, fazendo referência a ausência do nome dos pessebistas na petição de abertura de inquéritos encaminhado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin. 

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