Humberto diz que é preciso o fim do monopólio da imprensa

O senador discursou sobre o assunto, no Recife, durante lançamento do Plano Popular de Emergência

por Taciana Carvalho qui, 15/06/2017 - 12:13
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo Sobre o Plano de Emergência, o senador disse que é muito importante diante do momento que o país vivencia Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

Ferrenho defensor de Lula e da tese de que o ex-presidente é perseguido pela “grande mídia”, o senador Humberto Costa (PT) falou, na noite dessa quarta-feira (14), que é necessária a “democratização da mídia” erradicando a propriedade monopolista dos meios de comunicação. “[Precisamos] de uma legislação que democratize o controle sobre os meios de comunicação e acabe com o monopólio. Para isso, precisa ter coragem e apoio popular”, disse.

A declaração aconteceu durante o lançamento do Plano Popular de Emergência, que entre outros pontos também defende a adoção da lei. Em cartilha distribuída ao público presente, uma parte destaca que é preciso “criar mecanismos de incentivo e proteção à pluralidade dos veículos de informação e da indústria cultural”. 

Sobre o Plano de Emergência, o senador disse que é muito importante diante do momento que o país vivencia. “Como resultado de várias reflexões de inúmeras entidades da sociedade civil, do movimento sindical, de partidos políticos e MST. O plano representa algo que hoje faz falta no debate que a sociedade faz, que é exatamente onde nós queremos chegar”, declarou. 

O projeto, que também defende uma nova eleição presidencial em 2017, é um ponto que o parlamentar citou afirmando que é muito difícil conseguir mobilizar a sociedade em torno de uma bandeira como as eleições diretas quando não se fica claro o que é necessário fazer “para chegar lá”. “Eu acho que as respostas que estão no Plano de Emergência, elas são respostas bastante avançadas ainda que a gente possa ter algumas divergências, mas que cumpre um papel importante porque procura resgatar o país do desmonte que está sendo feito hoje nas políticas como todo, especialmente, das políticas sociais. Esse é o ponto principal”. 

“Mas eu entendo que há algo além que esse programa procura colocar, que foi tocar naquilo que os nossos governos precisavam ter feito para que a gente não vivenciasse hoje esta crise na amplitude que estamos vivenciando e vendo os trabalhadores pagarem por essa crise”, acrescentou ainda falando sobre o projeto. 

Em sua explanação, o petista ainda disse que a reforma política é preciso como forma de “democratização do estado” e que o Brasil já teve uma “ampla condição” de ter feito uma reforma que criasse condições de disputas em termo de igualdade entre as diversas forças políticas. “Em 2007, estivemos perto de aprovar a reforma política com eleições por lista fechada”, lamentou.

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