É possível que ministros voltem ao Congresso, diz Bruno

Também deputado federal, o ministro das Cidades pontuou que os auxiliares de Michel Temer estão firmando uma "decisão coletiva" sobre o assunto. Bruno Araújo deixou claro que pretende votar para o processo iniciar apenas em janeiro de 2019

por Giselly Santos ter, 25/07/2017 - 16:35
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo Bruno Araújo foi taxativo e disse que a população foi quem destituiu Dilma Rousseff Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

Os ministros que estão licenciados dos cargos de deputados federais devem deixar os postos para voltar a Câmara dos Deputados na próxima semana, quando ocorrerá a votação da admissibilidade da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), por corrupção passiva. Segundo o ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), os parlamentares estão firmando um acordo diante da possibilidade do peemedebista ser investigado. 

"Haverá uma decisão coletiva. E um saindo, sairão todos. E é possível que todos os ministros que têm mandato na Câmara dos Deputados saiam, retornem ao Congresso Nacional para votar semana que vem. É factível, é possível", declarou o tucano.

Argumentando pela estabilidade do país, Bruno Araújo afirmou que existe uma visão distorcida sobre a votação, quando se acredita que ela determinará ou não a abertura do processo. “Essa é uma visão distorcida. Votar contra não significa o processo ser arquivado. Votar contra significa o processo começar no dia 1º de janeiro de 2019 [quando acaba o mandato de Temer] e permitir que o país respire e ajude a sair dessa grave crise", defendeu. 

Em resposta às provocações do deputado Silvio Costa (PTdoB), que chegou a dizer que gostaria de ver se os deputados favoráveis ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) seriam contrários a abertura do processo contra Temer, Bruno Araújo foi taxativo e disse que a população foi quem destituiu a petista. 

“Quem tirou a Dilma não foram os votos da Câmara dos Deputados, foram as milhões de pessoas que foram às ruas pedir para ela sair e não estão fazendo o mesmo em relação a Temer. Não porque queiram ou não queiram  Temer, mas por uma concepção madura de que o país está muito ferido e precisa chegar em 2018, nas eleições presidenciais. Todo mundo sabe que a Dilma caiu porque além de processos claros de corrupção que avançam, ela meteu a mão na economia brasileira”, bradou. 

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