Haddad: falar de ‘plano B’ é desrespeitoso com Lula

Apesar da postura, o ex-prefeito de São Paulo deu sinalizações positivas a possibilidade de ter o ex-presidente como cabo eleitoral caso seja condenado e não dispute a eleição em 2018

por Giselly Santos sex, 11/08/2017 - 14:51
Paulo Uchôa/LeiaJáImagens Fernando Haddad cumpre agenda no Recife até este sábado Paulo Uchôa/LeiaJáImagens

Cotado como uma segunda opção do PT para concorrer à Presidência República em 2018, caso o ex-presidente Lula seja condenado em 2ª instância da Lava Jato por lavagem de dinheiro e corrupção, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou, nesta sexta-feira (11), que era desrespeitoso com o líder-mor petista tratar de um “plano B” do partido para a disputa. 

“Acredito na absolvição de Lula em segunda instância. Veja só o caso de uma reitora, eu era ministro e ela foi injustamente condenada, nem estou criticando o juiz, estou falando bem da reitora que ia ser demitida. Se nós fôssemos nos basear na denúncia íamos defender a renúncia, mas ao contrário demos apoio a ela e foi absolvida em segunda instância, conseguiu concluir o seu mandato. Vamos confiar neste processo. É disso que se trata agora, não se trata de discutir eventualidade. Quem sabe o Lula também não é absolvido como a reitora”, argumentou, em conversa com o LeiaJá

Mesmo pregando a inocência, assim como fez Haddad, o próprio Lula já afirmou que se não for candidato vai ser “cabo eleitoral” de algum nome petista. O que o ex-prefeito de São Paulo sinalizou que aceitaria. “Eu e a torcida do Flamengo gostaríamos de tê-lo como cabo eleitoral, o fato é que nós não estamos discutindo isso pela confiança que temos de que a sentença será revertida”, frisou.

Fernando Haddad está no Recife desde a manhã desta sexta-feira, quando participou de uma palestra na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) sobre crise política e democracia. Agora à tarde ele também debate sobre o assunto na Universidade Católica (Unicap). À noite e neste sábado (12), ele complementa a agenda com atividades com a direção do PT e encontros com o governador Paulo Câmara (PSB) e a ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes (PSB). 

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