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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira, 8, que será um "bom cabo eleitoral" para os candidatos petistas nas eleições municipais e que as ações do governo começarão a aparecer a partir do ano que vem.

"Não tenho pressa, faz um ano que assumimos e não aconteceu tudo. As coisas não nascem no dia. 90% das coisas que anunciamos ainda não brotou. E é o ano que vem que vai começar a brotar e vocês vão estar em campanha", afirmou o presidente.

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Lula disse que não conseguirá visitar todas as cidades, mas se comprometeu a seguir o que a direção do partido definir para fazer campanha no ano que vem. Também colocou seus ministros à disposição para ajudarem nas campanhas eleitorais.

"É uma campanha que vamos ter que nacionalizar. Ministros não podem fazer campanha no horário de trabalho, mas depois a gente pode dar um pitaco, quando tiver acabado a jornada da gente", afirmou, em tom de brincadeira.

Apesar disso, o presidente tentou incentivar o trabalho de militância ao dizer que não são as ações do governo federal que vão, por si só, garantir as eleições.

"Não tem nenhum governo em nenhum País que em tão pouco tempo fez o que fizemos nos primeiros meses do nosso governo, mas não é isso que vai ganhar as eleições. Pode ajudar. Mas o que vai ganhar as eleições é a gente ter coragem de fazer o embate político ideológico com os nossos adversários, para que a gente possa mostrar a diferença de projetos de cidades", afirmou.

O presidente tentou blindar a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e a direção do partido dos pedidos recorrentes por fatias do fundo eleitoral no ano que vem. Disse diversas vezes que o dinheiro é importante, mas não mais que o trabalho de militância.

"O dinheiro pesa, mas o trabalho de base não tem dinheiro que compre. E precisamos voltar a fazer trabalho de base. Não podemos ter candidato querendo comprar apoio de um líder de bairro, não podemos ter candidato querendo comprar apoio não. Apoio se conquista, a gente trabalha, vai para a rua", afirmou o presidente.

Apesar das críticas construtivas aos aliados, Lula foi ovacionado e aplaudido algumas vezes durante o seu discurso e contou com o apoio da plateia e dos petistas que estavam ao palco ao seu lado, como a presidente do PT, alguns ministros, governadores e parlamentares.

Caso fosse candidato à reeleição, o presidente Michel Temer (MDB) teria um desafio pela frente: reverter o quadro de rejeição. Segundo dados da pesquisa do Instituto Datafolha divulgados nesta quarta-feira (31), no primeiro turno 60% dos entrevistados não votariam nele "de jeito nenhum". Temer já afirmou diversas vezes que está fora do páreo pela Presidência. 

O candidato escolhido por ele também não estará em bons lençóis, de acordo com o levantamento. Ao aferir a força do presidente como cabo eleitoral, o Datafolha registrou que 87% dos eleitores questionados afirmam que não votariam no nome indicado pelo emedebista. 

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No quesito rejeição, segundo o Datafolha, o senador Fernando Collor (PTC-AL) é o pré-candidato com o maior índice de rejeição: 44%. Collor comandou o país entre 1990 e 1992, quando sofreu impeachment, por suspeita de corrupção. Ele é seguido pelo também ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), rejeitado por 40% dos entrevistados. O levantamento, inclusive, foi às ruas e ouviu 2.826 eleitores entre 29 e 30 de janeiro, depois de Lula ser condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Lava Jato.

Outros percentuais

O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) é rejeitado por 29% do ouvidos pelo Datafolha, seguido pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) 26%; o apresentador Luciano Huck (sem partido) 25%; a ex-senadora Marina Silva (Rede) 23%; Ciro Gomes (PDT) e Rodrigo Maia (DEM), cada um com 21%.

Ainda estão na lista dos que não seriam votados no primeiro turno “de jeito nenhum”: o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) rejeitado por 19%; o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD) 19%; o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT) 15%; o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro (PSC) 14%; o ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa (sem partido) 14%; o senador Alvaro Dias (Podemos), a deputada Manuela D’Ávila (PCdoB) e o líder do MST, Guilherme Boulos (sem partido), cada um com 13%. 

Cotado como uma segunda opção do PT para concorrer à Presidência República em 2018, caso o ex-presidente Lula seja condenado em 2ª instância da Lava Jato por lavagem de dinheiro e corrupção, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou, nesta sexta-feira (11), que era desrespeitoso com o líder-mor petista tratar de um “plano B” do partido para a disputa. 

“Acredito na absolvição de Lula em segunda instância. Veja só o caso de uma reitora, eu era ministro e ela foi injustamente condenada, nem estou criticando o juiz, estou falando bem da reitora que ia ser demitida. Se nós fôssemos nos basear na denúncia íamos defender a renúncia, mas ao contrário demos apoio a ela e foi absolvida em segunda instância, conseguiu concluir o seu mandato. Vamos confiar neste processo. É disso que se trata agora, não se trata de discutir eventualidade. Quem sabe o Lula também não é absolvido como a reitora”, argumentou, em conversa com o LeiaJá

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Mesmo pregando a inocência, assim como fez Haddad, o próprio Lula já afirmou que se não for candidato vai ser “cabo eleitoral” de algum nome petista. O que o ex-prefeito de São Paulo sinalizou que aceitaria. “Eu e a torcida do Flamengo gostaríamos de tê-lo como cabo eleitoral, o fato é que nós não estamos discutindo isso pela confiança que temos de que a sentença será revertida”, frisou.

Fernando Haddad está no Recife desde a manhã desta sexta-feira, quando participou de uma palestra na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) sobre crise política e democracia. Agora à tarde ele também debate sobre o assunto na Universidade Católica (Unicap). À noite e neste sábado (12), ele complementa a agenda com atividades com a direção do PT e encontros com o governador Paulo Câmara (PSB) e a ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes (PSB). 

Um cabo eleitoral do vereador Ricardo Bocalon (PSB), que concorria a um novo mandato, foi baleado neste domingo (2) por outro candidato a vereador, em frente a uma escola municipal, em Itupeva, interior de São Paulo. O apoiador, Rafael Gonsales, de 24 anos, que é funcionário municipal, levou quatro tiros, na cabeça e no tórax, e passou por cirurgia no Hospital São Vicente, de Jundiaí.

O estado de saúde dele é considerado estável. O suspeito, o candidato a vereador José Carlos Morais (PSC), está foragido. De acordo com testemunhas, o cabo eleitoral e o candidato discutiram, quando este sacou uma arma e fez os disparos.

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O candidato a governador de Pernambuco, Zé Gomes (PSOL), criticou, em nota, o uso da comoção, com o falecimento do ex-governador Eduardo Campos (PSB), como cabo eleitoral neste pleito. Segundo ele, o PSB e até o PTB tem usado de a imagem de Campos como trampolim para conquistarem o Palácio do Campo das Princesas. "A tragédia que tirou sete vidas, entre elas a do ex-governador Eduardo Campos, infelizmente, inaugurou um novo método de se tentar ganhar votos em Pernambuco", crava o postulante.

No texto, Gomes diz ter respeitado o luto dos socialistas e pernambucanos, no entanto com o início do guia ele considerou "fazer algumas ressalvas, no campo da política". "A estratégia de Paulo Câmara vem buscando elegê-lo por “ato falho”, isto é, fazendo o eleitor acreditar que está votando não nele, mas em Eduardo Campos... Armando Monteiro tem agido com mais cautela. Mas não se furta a usar a imagem de Campos em seu guia eleitoral, algo que certamente o próprio ex-governador desaprovaria", destaca Zé Gomes.

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Veja o texto na íntegra:

A estreia da comoção como cabo eleitoral

Nós, do PSOL, não tentamos ganhar votos aproveitando o estado emotivo dos eleitores. Queremos discutir os problemas concretos da população pernambucana e denunciar as distorções do processo eleitoral, como a farra de doações milionárias de empresas às candidaturas que as representam. É isso que temos apresentado na TV em nosso guia. E assim seguiremos, com coragem e ousadia de construir um Governo Popular com profunda e efetiva participação do povo e controle social sobre a gestão do Estado. 

Hoje completamos uma semana de exibição do horário eleitoral gratuito. Para as candidaturas ao governo de Pernambuco, tivemos três programas e, em parte, nenhuma surpresa. Paulo Câmara e Armando Monteiro usaram o tempo de TV como seu projeto político comum sempre fez, fazendo produção hollywoodiana e milionária. Marketing puro, para esconder o debate político e prioridades atrás de obras de ficção. Mas a tragédia que tirou sete vidas, entre elas a do ex-governador Eduardo Campos, infelizmente, inaugurou um novo método de se tentar ganhar votos em Pernambuco.

O PSOL-PE manteve, desde a confirmação das mortes, uma postura de pesar e respeito às famílias das vítimas. Respeitamos o luto, suspendendo nossa campanha. Entretanto, diante do que temos visto nas ruas, nos guias de rádio e TV, consideramos que deveríamos fazer algumas ressalvas, no campo da política.

A estratégia de Paulo Câmara vem buscando elegê-lo por “ato falho”, isto é, fazendo o eleitor acreditar que está votando não nele, mas em Eduardo Campos. 

Esconder qual o projeto político, prioridades e soluções concretas defendidas para os problemas dos pernambucanos atrás de peças publicitárias emotivas e despolitizadas e de choro forçado, é algo lamentável. 

Armando Monteiro tem agido com mais cautela. Mas não se furta a usar a imagem de Campos em seu guia eleitoral, algo que certamente o próprio ex-governador desaprovaria. 

Esperamos que, em vez disso, use o espaço para justificar à população seus projetos no Senado, como os que aumentam penas para menores infratores, criminalizam  como “vandalismo” mobilizações populares e militarizam as guardas municipais. E explique seus posicionamentos em defesa da flexibilização das leis trabalhistas, do fim da gratuidade universal nas universidades públicas e do projeto Novo Recife para o cais José Estelita. 

Seu histórico no parlamento não pode ser ocultado da população, pois evidencia o que esperar de suas ações como gestor.

Zé Gomes 

Candidato a Governador do PSOL pela coligação Mobilização por Poder Popular

 

A administração do ex-governador e candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB), continuará influenciando na disputa pelo cargo ocupado por ele durante sete anos e três meses. De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), divulgados neste sábado (2), para 54% dos eleitores pernambucanos o estado mudou para melhor nos últimos anos. Tal mudança é atribuída, por 51,3% desses entrevistados, a administração de Campos.

“Este é um retrato da importância que ele reflete em Pernambuco”, avaliou o analista e coordenador da pesquisa, Maurício Romão. “O governo dele é um dos mais avaliados, em todas as pesquisas”, completou. 

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Em contrapartida, 39% dos pernambucanos disseram que o estado não melhorou. E para aqueles que apontaram a melhora, os ex-aliados do socialista, pernambucano e ex-presidente Lula (PT), seria o responsável pela melhoria do Estado para 19,5%. Já a presidente Dilma Rousseff (PT) é apontada por 5%.

 

O levantamento do IPMN aferiu também o sentimento do eleitor após o fim do governo de Eduardo Campos. Para 41% dos eleitores ele deixará saudades, já 31% afirmou que não deixará nenhuma saudade e 23% se colocou como indiferente.

 

Já como cabo eleitoral, 26% dos entrevistados votariam em alguém indicado por Eduardo Campos, 21% prefere algum postulante do campo de oposição e um percentual maior, 36%, apontam como indiferente à indicação do ex-governador. 

Após a mudança para São Paulo, em abril, Campos perdeu um pouco a influência no estado. “A ausência dele contribui, pois a presença é sempre lembrada e, principalmente, a dele que é atuante e protagônica. A ausência não só para os percentuais baixos de Paulo Câmara, como a indiferença a indicação dele”, pontuou Romão. 

De acordo com o cientista político e coordenador do levantamento, Adriano Oliveira, será necessário “trazer de volta a presença dele” para ampliar as intenções de votos ao candidato do PSB para governar Pernambuco. “O governador Eduardo Campos deverá em algum momento priorizar a eleição em Pernambuco. Ele é um grande eleitor e para o candidato indicado dele crescer, ele precisa participar da campanha no estado”, observou Oliveira. 

A continuidade

Dos 54% que indicaram Pernambuco com uma mudança para melhor nos últimos anos, 81% frisou acreditar que o estado continuará mudando e 11% apontou que não. A continuidade desta mudança, não seria tão favorável às indicações de Eduardo Campos para assumir a gestão. Para 23,3% o poder de mudança está nas mãos do candidato a governador Armando Monteiro (PTB), 18,3% colocou Campos como responsável pela permanência no ritmo de gestão e, em terceiro lugar, aparece Paulo Câmara com 9,3% da indicação. A presidente Dilma também é indicada pelos entrevistados, com 8%, e Lula com 2,5%. 

 

 

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O senador e pré-candidato a deputado federal, Jarbas Vasconcelos (PMDB), declarou, nesta sexta-feira (25), que tem efetuado um trabalho interno no PMDB em busca de apoios para a candidatura do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB). Vasconcelos é um dos políticos pernambucanos com grande influência no cenário nacional e, segundo ele, pretende usar esta "autoridade política" para atrair mais votos para Campos. O PMDB é atualmente o principal aliado nacional do PT, ocupando a vice-presidência da República, com Michel Temer, ao lado da presidente Dilma Rousseff (PT). 

"Vou ajudar (na campanha)e já estou ajudando dentro do PMDB, tanto é que quando ele foi lançado, tinha um jantar lá em casa com Pedro Simões, mas eu voltei a me encontrar com Pedro, que vai apoia-lo no Rio Grande do Sul. Antes de sair (de Brasília) ontem tive uma conversa com Luiz Henrique, de Santa Catarina, e ele abriu mão da aliança com Dilma e vai apoiar Eduardo. Estamos fazendo este trabalho interno", revelou durante entrevista em uma rádio local.

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Jarbas garantiu também que vai participar das andanças de Campos pelo Brasil. "Ele (Eduardo Campos) perguntou se eu iria para alguns eventos com ele pelo Brasil, eu disse que ia. Se me convidar para Salvador, eu vou, para o Maranhão, eu vou. A minha campanha para federal vai me permitir isso", frisou o peemedebista.

Sem ressentimentos

Os comentários de Eduardo Campos, nas redes sociais, sobre os avanços do governo dele, comparando com os dois mandatos da gestão de Jarbas feitos nos últimos dias, foi observado pelo senador como "normal". "Qual é o governante que não quer comparar o seu governo com o anterior, ele comparou, disse que ia andar mais. Deve ter andado, não sei se mais", disse.

Para o peemedebista, uma das vantagens de Campos, foi o apoio do ex-presidente Lula (PT). "Ele se aliou a Lula, eu deixei o estado preparado para receber os recursos. Deixamos as coisas já funcionando na Refinaria e em Suape. Preparamos Suape, a MG foi trazida no nosso governo. Fizemos a BR 232, a estrada do Gesso e do vinho. Ninguém vai aplicar dinheiro no estado se não tiver infraestrutura", afirmou. "Se você for comparar com recursos Pernambuco teve mais com Lula, do eu no meu governo com Fernando Henrique Cardoso. Se eu tivesse no lugar dele, também iria dizer que faria um governo melhor", acrescentou.

 

A aprovação e a influência do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), vão ser levadas em consideração pelo pernambucano, na hora de escolher o candidato que ocupará a vaga deixada pelo socialista, no último dia 4. Segundo um levantamento do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) – encomendado pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio – divulgado neste sábado (12), 22% dos eleitores estão entusiasmados para votar em alguém indicado por Campos. 

Os números comprovam que a aposta do ex-governador para o pleito que se avizinha, Paulo Câmara (PSB), mesmo tendo a desvantagem de não ser tão conhecido pela população poderá, com a oficialização da campanha eleitoral, vincular a imagem de Campos, a dele, e assim garantir a adesão dos que ainda não definiram em quem votar.

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“A pesquisa como um todo deixa claro o conceito de mudança. Os eleitores querem continuar a mudar, mas não mudar o que já está aí (o modelo de gestão). Eles querem uma mudança continuada”, avaliou o cientista político, Adriano Oliveira.

Os que preferem votar em um candidato que faça oposição a Eduardo Campos, configuram 16% dos entrevistados pelo IPMN. Já o número dos que se colocam como indiferentes a influência (42%) somado aos que não souberam responder (20%) chega a um total de 62%. O resultado, segundo o analista Maurício Romão, é justificado pela distância do pleito, o sentimento apolítico disseminado em junho e a indefinição da população. 

“Eles (os pernambucanos) estão mais absortos no dia-a-dia, no lazer, na família e no trabalho. Este é um padrão que pode representar a distância e pode estar influenciado pelas manifestações de junho. As pessoas ficaram mais apolíticas e reticentes”, afirmou Romão. Para ele, a indefinição em relação aos candidatos, que ainda não são conhecidos, também deve ser levado em consideração. “Isso pesa porque o estágio da pesquisa é antecedente. Temos fases importantes vindo por aí e essas coisas vão começar a ir se absolvendo”, ponderou.

 

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