Teresa Leitão: "coxinhas não batem mais panelas"

A deputada estadual também falou, na noite desta quinta (11), que a direita não aceita as iniciativas de Lula para com os menos favorecidos

por Taciana Carvalho qui, 11/01/2018 - 22:02
Taciana Carvalho/LeiaJáImagen/Arquivo Taciana Carvalho/LeiaJáImagen/Arquivo

Durante o lançamento do comitê em apoio a Lula, na noite desta quinta-feira (11), a deputada estadual Teresa Leitão (PT) também esteve presente. A petista falou sobre a atual conjuntura política e, para uma plateia repleta de militantes e representantes de movimentos sociais, voltou a defender Lula. 

A parlamentar afirmou que o momento atual é a continuidade de um processo de “golpe” acumulado e ressaltou que a sociedade vivencia um emblema muito “perverso” da luta de classes. “Por que os coxinhas não batem mais panelas? Por que os coxinhas não fazem adesivos pornográficos com Temer como fizeram com Dilma? Um ato, inclusive muito misógino também. Não fazem e nem farão porque o golpe é de classe”, disparou. 

Ela também disse que a casa do líder petista foi vasculhada. “Lula contou que procuraram dinheiro até no fogão da casa dele. É de uma intencionalidade de humilhação muito grande para dizer para ele não se meter onde você não devia ter se metido. Para não se meter a inverter prioridades, a transformar minimamente a pirâmide social do Brasil. Não se meter a botar filho de trabalhador na universidade, não se meta porque isso não é coisa de peão, não é coisa de pobre, não é coisa de trabalhador. Fique no seu devido lugar. É esse o recado que os gestos da direita, que os gestos da mídia, que os gestos deste golpe estão transmitindo”, discursou. 

Teresa Leitão ainda lamentou os gestos de desrespeito para com o Lula. “Desde a condução coercitiva, desde a tentativa de prendê-lo no aeroporto, até a forma como a sua casa foi vasculhada. Levantar o colchão de Lula foi um gesto não somente desrespeitoso e absurdo, mas emblemático. Porque quem guarda dinheiro debaixo do colchão é pobre. Rico guarda na Suíça. Vocês imaginam a polícia levantando o colchão de Fernando Henrique Cardoso ou mesmo do Eduardo Cunha? Jamais fariam isso”. 

 

A petista pediu para que o povo “ganhasse as ruas” porque eleição sem Lula seria um “golpe” e avisou que isso não será admitido. “Vamos nos preparas para o dia 13, nos prepararemos para o dia 24 e, sobretudo, para o dia depois do 24. Que a jornada de janeiro nos fortaleça, nos unifique e nos de vigor e credibilidade entre nós e no diálogo com o povo”, assegurou. 

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