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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou, nesta terça-feira (21), que o Novo Ensino Médio (NEM) passará por uma 'nova proposta'. 

De acordo com Lula, o Ministério da Educação (MEC) irá realizar um debate com alunos e professores. "Vamos fazer o que for melhor para os estudantes", declarou o presidente.

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O anúncio vem após uma série de polêmicas envolvendo o Novo Ensino Médio, assim como o anúncio do ministro da Educação, Camilo Santana, sobre a criação de um grupo de trabalho para discussão do tema. 

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Um homem de 36 anos foi morto a tiros, no último domingo (19), em um bar no distrito de Selma, a 60 km do município de Jaciara (MT), após uma discussão sobre política. Valter Fernando da Silva era apoiador de Jair Bolsonaro (PL), e o suspeito do assassinato, Edno de Abadia Borges, de 60 anos, é defensor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A Polícia Civil investiga o crime como homicídio qualificado.

Segundo o delegado responsável pela investigação, José Ramon Leite, testemunhas disseram que ambos se desentenderam de forma "acalorada" por causa de opiniões políticas contrárias. "Essa discussão foi tomando um tom mais agressivo, até que, em determinado momento, o suspeito convidou a vítima para ir ao lado de fora do estabelecimento e foram ouvidos dois disparos", afirmou o delegado, com base em depoimentos de quem estava no bar, em áudio enviado ao Estadão.

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A perícia foi acionada e constatou que a vítima estava com duas perfurações na região do abdômen. Até o momento, a polícia não trabalha com a hipótese de crime político, mas de homicídio qualificado por motivo fútil, quando alguém comete o crime por motivo banal. A arma de fogo utilizada no crime não foi localizada.

Segundo testemunhas, Edno de Abadia Borges foi embora de carro do local logo após os disparos. Ele está foragido. Após o início da investigação, a Polícia Civil encontrou o veículo do suspeito a 10 quilômetros do local do crime. "É certo que a Polícia Civil, diante da fuga, assim que nós angariarmos maiores elementos, iremos representar pela prisão preventiva. Iremos concluir esse inquérito dentro do prazo legal, mas motivação e circunstâncias já estão delimitadas, restando apenas a localização e prisão do autor", disse o delegado.

Outros casos

Assassinatos após discussões sobre política também ocorreram antes e durante a campanha eleitoral de 2022. Em julho, o guarda municipal Marcelo Arruda, então tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR), foi morto por um bolsonarista enquanto comemorava seu aniversário de 50 anos. Em agosto, um homem foi baleado em uma igreja da Congregação Cristã no Brasil (CCB), em Goiânia, por causa de discordâncias políticas com outro fiel. Em setembro, um petista esfaqueou um apoiador de Bolsonaro em Santa Catarina. Em outubro, um eleitor do PT matou um bolsonarista a facadas no litoral de São Paulo.

Na manhã desta quinta-feira (16), o presidente Lula se encontrou com a viúva e os filhos de Marcelo Arruda. Ex-tesoureiro do PT e entusiasta da campanha do então candidato, Marcelo foi morto a tiros na própria festa de aniversário pelo policial Jorge Guaranho, em julho de 2022. 

Pamela Silva e os dois filhos foram recebidos pelo presidente durante uma passagem em Foz do Iguaçu, no Paraná.

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"Encontrei hoje em Foz do Iguaçu a família de Marcelo Arruda, covardemente assassinado por um ódio que não podemos aceitar. Minha solidariedade a sua companheira, Pâmela Silva, e seus filhos, que carregarão a memória e o orgulho do seu pai", publicou o líder petista nas redes sociais. 

Marcelo comemorava os 50 anos e planejou uma festa com tema do PT, quando Guaranho interrompeu a comemoração e efetuou disparos contra o aniversariante. Na época, o filho mais novo do casal tinha apenas 40 dias.  

O autor dos disparos foi preso no dia 13 de agosto, no Complexo Médico Penal de Pinhais. O policial penal deve ser levado a júri popular, conforme decisão do juiz Gustavo Germano Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu. 

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A Ordem dos Advogados do Brasil afastou o advogado Claudemir Antônio Parisotto, que pichou os prédios de Brasília com frases sobre o presidente Lula (PT) ter drogado o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e eleitores. O processo corre em sigilo na OAB. Claudemir chegou a entrar com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a diplomação do presidente eleito, alegando que o petista “praticou estelionato eleitoral mediante o uso de droga”. 

A OAB dá licença a advogados em três possíveis ocasiões: quando é solicitada pelo associado; quando a Ordem constata que ele promove “atividade incompatível com o exercício da advogacia”, ou quando é verificado uma “doença mental considerada curável”. A licença é diferente da suspensão do documento. 

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Internautas compartilharam o advogado caminhando em Joinville (SC) com uma cruz com os dizeres: “Processei Lula no TSE, me cancelaram a OAB”. O processo citado foi uma petição com vários erros de português e ideias sem sentido, onde ele tenta impedir a diplomação de Lula por supostamente ter drogado os eleitores e o vice. 

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A Justiça Federal do Paraná (JFPR) decretou, na última segunda-feira (13), que os três filhos do guarda municipal Marcelo Arruda, assassinado em sua festa de aniversário por Jorge Guaranho, recebam pensão alimentícia da União. Guaranho era agente penitenciário federal, e a arma utilizada no crime pertencia à União.

Arruda foi atingido por tiros em sua festa de aniversário, em Foz do Iguaçu, na região oeste do Paraná, no dia 9 de julho de 2022. Ele foi levado ao hospital, mas faleceu no dia seguinte. A briga se deu por questões políticas: Arruda era declaradamente apoiador do atual presidente Lula, enquanto Guaranho apoiava a campanha do ex-chefe do executivo, Jair Bolsonaro. Eles tiveram uma discussão no momento da festa, cujo tema fazia alusão ao então pré-candidato do PT. A prisão preventiva foi decretada e Guaranho foi detido ainda no ano passado.

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De acordo com a decisão recente da JFPR, os três filhos de Marcelo receberão uma pensão alimentícia da União até completarem 21 anos, além da pensão por morte que já recebem. O valor é definido com base no salário que o pai recebia como guarda municipal. Sua esposa também receberá uma pensão pelos próximos quatro meses.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se emocionou durante o seu discurso de diplomação nesta segunda-feira (12), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante solenidade. O petista se emocionou ao lembrar da sua primeira diplomação, em 2002, quando teve a candidatura questionada por não ter um diploma universitário. 

Lula foi recepcionado pelos aliados e apoiadores presentes com “boa tarde, presidente Lula”, rememorando o período em que ele estava preso, quando os apoiadores iam para a frente da prisão da Polícia Federal, em Curitiba, cumprimentá-lo. 

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No discurso, ele agradeceu por estar sendo diplomado pela terceira vez à presidente da República e mencionou as críticas recebidas na primeira eleição por não ter diploma universitário. “Na minha primeira diplomação, em 2002, lembrei da ousadia do povo brasileiro em conceder para alguém, tantas vezes questionado por não ter diploma universitário”, disse, emocionado.

“Peço desculpas pela emoção, é porque quem passou pelo o que eu passei nos últimos anos, estar aqui agora é a certeza de que Deus existe e de que o povo brasileito é maior do que qualquer pessoa. Eu sei o quanto custou não apenas a mim, mas ao povo brasileiro, essa espera para que a gente pudesse reconquistar a democracia”, ressaltou o petista. 

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O presidente eleito lembrou das ameaças que a democracia sofreu nos últimos anos e comemorou a vitória da vontade popular. “A democracia não nasce por geração espontânea, ela precisa ser semeada, cultivada com muito carinho por cada um e a cada dia, para que a colheita seja generosa para todos mas, além disso, ela precisa ser todos os dias defendida daqueles que tentam a qualquer custo sujeitá-la a seus interesses financeiros e ambições de poder”, observou. 

Para Lula, essa eleição não foi de candidatos de partidos políticos com programas distintos, “foi a disputa entre duas visões de mundo de governo”. “De um lado, o projeto de reconstrução do País com ampla participação popular. Do outro, um projeto de destruição do País ancorado no poder econômico e numa indústria de mentiras e calúnias jamais vista ao longo da nossa história”, afirmou, sem mencionar o nome do presidente Jair Bolsonaro (PL).

A Justiça do Paraná decidiu nesta quinta-feira, 1º, que o agente penitenciário federal Jorge Guaranho deve ir a júri popular pelo assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Arruda, em julho passado. Guaranho está preso preventivamente.

O juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3.ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, assina a decisão de pronúncia - aquela que aceita a acusação para encaminhar o processo ao Tribunal do Júri.

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A denúncia por homicídio duplamente qualificado foi oferecida pelo Ministério Público do Paraná. O órgão afirma que o crime foi motivado por "preferências político-partidárias antagônicas", o que foi considerado "motivo torpe". Guaranho pode pegar até 30 anos de prisão.

O crime aconteceu durante a festa de aniversário de 50 anos do petista em um clube de Foz do Iguaçu. O policial penal invadiu a celebração e matou o guarda a tiros na frente de familiares e convidados. O aniversário tinha temática do PT e, segundo o vigilante do local, Guaranho gritou "aqui é Bolsonaro" antes de atirar.

Após gravar um vídeo indo tomar café em um acampamento bolsonarista localizado em Itapema, Santa Catarina, um homem identificado apenas como Rafael foi torturado, humilhado e obrigado a se retratar após ser descoberto pelos apoiadores do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL). 

Na gravação compartilhada pelo deputado federal Alexandre Frota (PROS) em sua conta no Twitter, o rapaz, que é tido como apoiador do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aparece dizendo: "estou aqui na frente dos bolsonaristas em Itapema e vim tomar um café e beber uma água aí. É para isso que eles estão servindo agora", fala. 

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Em seguida, o vídeo mostra Rafael sem camisa dentro de um veículo no meio de dois homens não identificados que dizem ter localizado "o cara do cafezinho". Fora do automóvel, a vítima aparece enrolada em uma bandeira do Brasil, com um chapéu do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), sendo humilhada e obrigada a se retratar. 

"Meu nome é Rafael e hoje de manhã, infelizmente, fiz uma brincadeira de muito mau gosto. Estou muito arrependido do que eu fiz", falou. Em seguida ele é, mais uma vez, obrigado a falar que "está tomando um cafezinho com o povo do Bolsonaro". 

No entanto, outro bolsonarista presente retruca e diz que não é "com o povo de Bolsonaro", mas com "a nação brasileira". Esse mesmo apoiador do presidente Bolsonaro manda Rafael tirar o chapéu do MST da cabeça e pisar em cima. "Aí o que a gente faz com petista é assim, oh". 

Os bolsonaristas insistem na tortura psicológica contra o Rafael e o obrigam a tomar o café e a água, garantindo que "não tem veneno" porque eles não são "vagabundos" e estão há 19 dias "lutando pra gente igual" ao Rafael, que é chamado de "lixo". No final da gravação, o homem é vaiado e obrigado a tomar todo o café que havia no copo. 

De acordo com a Lei 9.455/97, que define os crime de tortura no Brasil, quem constrange alguém a prestar informação ou declaração, sob ameaça ou violência, resultando em sofrimento físico ou mental, comete o crime de tortura.

Confira:

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Atos golpistas

Desde o dia 30 de outubro, quando Jair Bolsonaro perdeu para Lula, os bolsonaristas insistem em não reconhecer o resultado das urnas e clamam por um golpe das Forças Armadas. 

Em Santa Catarina, onde Rafael foi psicologicamente torturado, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmou que as pessoas envolvidas nos atos antidemocráticos realizados no fim de semana usaram métodos terroristas que lembram os black blocs. Eles usaram bombas caseiras com gasolina, rojões e até óleo foi derramado na pista.

Viralizou nas redes sociais um vídeo de dois amigos, um petista e um bolsonarista, que apostaram, respectivamente, os carros no modelo BMW e um Volvo pelo resultado do segundo turno das eleições presidenciais, que acontecerá no próximo domingo (30). 

No vídeo, o bolsonarista, dono do perfil do TikTok que fez a publicação, identificado como “Júnior, gordinho de Catuama”, bolsonarista declarado, anunciou ter firmado uma aposta com o amigo Jailton, que é petista, no dia 21 de outubro. “Apostamos esse Volvo, que me pertence, em cima dessa BMW, que Jailton é dono. Ele é petista e eu sou Bolsonaro. A gente apostou em papel verbado que domingo, dia 30, bolsonaro sendo presidente eu sou dono dessa BMW. Se dia 30, o PT, que não vai ganhar, porque ele já perdeu, sendo presidente, essa Volvo é sua [aponta para Jailton]. Fechado e firmado”. Os veículos estão avaliados em R$ 200 mil. 

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Os comentários no post se dividem entre petistas e bolsonaristas, que dizem “nunca foi tão fácil ganhar esse carro, dia 30 e Lula 13”, “pois vou te ajudar a ganhar essa MBW, meu voto é 22”, e vários outros.

Até a publicação desta matéria, o vídeo já tinha mais de 74,5 mil likes, 10,6 mil comentários e 8877 compartilhamentos no TikTok. 

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Bolsonaristas e petistas precisaram ser contidos pela polícia em Genebra, na Suíça, durante a votação deste domingo (1º). Com ânimos exaltados, eleitores dos principais candidatos na pesquisa eleitoral subiram o tom da provocação e acabaram obrigando os policiais a agirem.

Por muito pouco não houve um confronto físico. Nas imagens divulgadas em uma rede social do jornalista Jamil Chade os opositores começaram a se encarar de uma forma mais tensa e foi aí que alguns policiais suíços agiram para apartar.

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Durante a votação deste domingo (1º) na zona eleitoral em que vota a ex-presidente Dilma Rousseff em Belo Horizonte-MG uma bolsonarista, aos berros, dizia para petistas que não “queria comunistas no Brasil”. Ela chegou a pedir para chamar a policia. 

O vídeo que circula nas redes sociais mostra uma mulher gritando contra petistas que estavam na zona eleitoral. Ela esbravejava que tinha 70 anos, pediu para chamar a polícia e começou a gritar palavras de ordem contra o ex-presidente Lula o chamando de ladrão. Os apoiadores do petistas respondiam com o palavras de apoio ao candidato

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Depois ela usou um argumento que é comum entre apoiadores do presidente Bolsonaro e dizendo que “não queria comunistas no Brasil”. Outros bolsonaristas se juntaram e se iniciou uma verdadeira rinha entre os opositores.

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Na manhã deste sábado (10), durante comício em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, Lula (PT) afirmou que o homem assassinado a facadas após brigar com um colega de trabalho bolsonarista, no interior do Mato Grosso, foi vítima "do genocida chamado Bolsonaro". Ele prestou solidariedade à família da vítima e afirmou que o PT tem obrigação de ajudar.  

O crime ocorreu na madrugada da sexta (9), durante uma discussão sobre política. O candidato disse que foi informado que o trabalhador morava em Santana do Araguaia, no extremo Sul do Pará, e solicitou que o senador Paulo Rocha acompanhasse ao enterro, mas soube que ele havia sido sepultado no mesmo dia.

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Lula deixou para o senador a missão de localizar a família e culpou Jair Bolsonaro (PT) pelo homicídio. "Então, pedi para o nosso senador ir procurar a família dele. Se ele tem mulher e tem filho, o PT tem obrigação de saber de todas as coisas para ajudar essa família que foi vítima do genocida chamado Bolsonaro", afirmou aos apoiadores. 

A Justiça do Paraná negou o pedido de habeas corpus (HC) em favor do policial penal Jorge Guaranho, denunciado por homicídio qualificado por matar a tiros o guarda municipal Marcelo Arruda. A defesa de Guaranho havia pedido que a prisão preventiva fosse transformada em prisão domiciliar humanitária. Com isso Guaranho segue preso no Complexo Médico Penal, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba.

Na decisão, tomada  na noite desse sábado (13), o desembargador Adalberto Jorge Xisto Pereira 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) manteve a prisão preventiva do acusado com o argumento de que o cenário “conturbado”, em razão da proximidade das eleições.

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Segundo o magistrado, a concessão da prisão domiciliar pode “gerar novos conflitos entre pessoas com diferentes preferências político-partidárias”. Guaranho é apoiador do presidente Jair Bolsonaro e Arruda era tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu e apoiador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No pedido  a defesa de Guaranho argumentou  que a ordem de prisão preventiva seria ilegal e que o policial penal não apresentava riscos à ordem pública. “A intolerância, motivada por exagerada paixão, não pode ser aceita e deve ser coibida pelo Poder Judiciário, tendo em vista as eleições que se avizinham e o panorama o atual processo eleitoral, sob pena de consequente sensação de impunidade, que poderá gerar novos conflitos entre pessoas com diferentes preferências político-partidárias”, argumentou o desembargador.

A defesa também alegou que Guaranho ainda se recupera dos ferimentos sofridos durante o episódio que resultou na morte de Arruda e que precisaria de cuidados especiais para se restabelecer. “Ele sequer consegue andar, sua visão está comprometida, não tem condições de se alimentar sozinho e, evidentemente, não consegue realizar a sua higiene pessoal” argumentou a defesa. 

Ao manter a preventiva, o desembargador reforçou o fato de que “a Administração Pública tem plenas condições de prestar a assistência de que necessita o paciente”. “Da atenta leitura do quanto se tem nos autos de origem, ao que tudo indica, ele necessita de cuidados a serem dispensados por médicos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos visando tão somente sua reabilitação física, nada apontando para eventual risco de morte”, apontou o desembargador.

O corpo de um dos diretores do clube onde o petista Marcelo Arruda foi assassinado foi encontrado pela Polícia Civil nesse domingo (17), em Medianeira, no Paraná. Claudinei Coco Esquarcini era responsável pelas monitoramento do local e pode ter repassado as imagens do aniversário de Arruda ao policial penal Jorge Guaranho, acusado do homicídio.

O vigilante Claudinei era um dos responsáveis pela Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu (Aresf) a qual Guaranho já havia sido diretor. A defesa de Arruda sugere que ele poderia ter passado as imagens da festa ao policial que iniciou a troca de tiros e causou a morte do aniversariante.

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Em depoimento que o Metrópoles teve acesso, outro vigilante, identificado como José Augusto Fabri, teria dito que a autorização para ver as câmeras não era um procedimento comum e citou Claudinei como responsável por permitir acesso às câmeras do clube. A suspeita é que ele tenha cometido suicídio.

O assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, militante petista, não pode ser enquadrado como "crime político", de acordo com a legislação penal brasileira, afirmam especialistas em Direito Penal ouvidos pelo Estadão, ainda que, na visão deles, a motivação do crime teria sido política. Nesta sexta-feira (15), a Polícia Civil do Paraná indiciou o agente penal federal Jorge Guaranho, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), por homicídio qualificado por ter matado Arruda, em Foz do Iguaçu (PR), há uma semana, durante a festa de 50 anos da vítima. O tema da comemoração remetia ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

As autoridades descartaram motivação política e imputaram duas qualificadoras - motivo torpe e causar perigo comum. Com elas, a pena varia de 12 a 30 anos de reclusão. A primeira está ligada à "discussão por motivo vil", enquanto a segunda tem relação com o fato de oito pessoas estarem presentes no local do crime e, assim, poderiam ter sido atingidas pelos disparos efetuados por Guaranho.

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Segundo a delegada Camila Cecconello, não há provas suficientes de que Guaranho queria cometer um "crime de ódio contra pessoas de outros partidos". Para ela, o crime não foi motivado por divergências políticas, mas em razão de uma alegada humilhação sofrida por Guaranho por ter sido atingido por terra durante a discussão com Arruda. Os juristas ouvidos pelos Estadão divergem a respeito dos apontamentos das autoridades.

De acordo com especialistas em Direito Penal, no atual texto legal, o crime político ocorre apenas quando coloca em risco a segurança do estado democrático de direito, tipificação criada a partir da revogação da Lei de Segurança Nacional em 2021. Segundo eles, a lei não define a divergência política como hipótese para crime político, ou seja, não é uma espécie de crime à parte. No caso de um crime de homicídio, a divergência política se torna apenas um objeto para configurar a motivação do crime, o que indica a necessidade de um texto mais claro para crimes desse espectro, apontam os juristas.

Para os especialistas ouvidos pelo Estadão, é inegável a motivação política para o assassinato. A discussão permanece aberta apenas na definição da qualificação subjetiva do caso - se enquadrado como "torpe" (relacionado à desqualificação vil da vítima) ou "fútil" - que implica desproporcionalidade.

Para o professor de Criminologia e Direito Penal da USP Mauricio Dieter, não se trata de um crime político, mas houve uma motivação política contemplada na qualificadora motivo torpe. "A motivação é vil, baixa", afirmou. "O motivo torpe é todo motivo que desmerece ontologicamente o sujeito. Se estou fazendo isso, estou dizendo que a opinião política do sujeito autoriza que ele seja eliminado, isso, me parece, é um motivo torpe."

Professor da Universidade Federal de Juiz de Fora e doutor em Direito, Marcelo Mayola corroborou a tese. "Em síntese, e salvo melhor juízo, de fato estamos diante de um homicídio qualificado pelo motivo torpe, sendo este a própria motivação política, qual seja a intolerância própria da extrema direita bolsonarista."

O ex-ministro da Justiça e professor titular sênior da USP Miguel Reale Júnior disse que a motivação política, porém, levaria a uma qualificadora de crime "fútil". "É muito mais um motivo fútil, que, por ter divergência política, ele vai lá e mata a pessoa. Se tira o ato político do adversário, não haveria crime. Se não fosse a festa tendo por mote o Lula, o sujeito não teria ido lá matar o outro. A motivação é essa, a homenagem em torno da figura do Lula", afirma.

Para ele, a inserção da motivação política no inquérito é importante "para passar a mensagem". "A lei penal tem uma função educadora, de mostrar que o motivo pelo qual ele fez esse ato, um motivo fútil, tem de ser recriminado, para passar a mensagem de que não se pode admitir que se destrua o outro por divergência de caráter político", disse.

"O que há de problemático, é que ela (delegada) quer tirar o cunho político para estabelecer que o sujeito voltou porque foi humilhado. O que ela quer é atender interesses políticos de tirar o fato da caracterização de motivação política, para dizer que foi por motivo torpe, vingança, por se sentir humilhado", afirmou o jurista.

Na visão da polícia, a intenção de Guaranho era provocar os participantes da festa, não efetuar os disparos quando chegou ao local. Segundo Camila, "parece mais uma coisa que acabou virando pessoal entre duas pessoas que discutiram, claro, por motivações políticas".

Professor de Direito Penal na Escola de Direito da PUC-RS, Alexandre Wunderlich disse que a tendência é por uma classificação mais objetiva do crime político. "Por exemplo, quando se ensina que os crimes políticos podem ser considerados como todos os delitos que atentem contra a ordem política, social ou jurídica interna ou externa do Estado, tem-se um conceito indeterminado", disse.

Agora o relatório da Polícia Civil segue para o Ministério Público, que, como titular da ação penal, fica incumbido do oferecimento da denúncia. O órgão pode pedir mais diligências, concordar ou discordar das conclusões da polícia e apresentar outras motivações para o crime. Em nota, o MP afirma que vai analisar o processo e trabalhar na peça de acusação.

Para entender

O crime com motivação política tem por motivação questões, divergências ou antagonismos políticos. Praticar uma agressão contra outra pessoa por divergência ideológicas, por exemplo, não é por si só um crime político - porque pode não ter essa repercussão de risco em relação à democracia - mas pode ter uma "motivação" política, por ter o fundamento, a razão da sua prática, na divergência de natureza política. 

Durante culto evangélico na igreja Assembleia de Deus no bairro de Alecrim (Natal-RN), o presidente Jair Bolsonaro disse que o assassinato do petista Marcelo de Arruda em Foz do Iguaçu aconteceu em razão de uma "briga estúpida".

"Dizem que o (meu) discurso levou à morte daquela pessoa em Foz do Iguaçu. O meu discurso levou à morte daquela pessoa? Uma briga estúpida, sem razão?", afirmou a apoiadores.

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"Em 2016, tivemos 61 mil mortes violentas no Brasil, a maioria por arma de fogo. No ano passado, no meu governo, passamos para 41 mil (mortes), quem está no caminho certo? Quem está mentindo, tentando falar diferente para chegar ao poder e, chegando ao poder, ele põe sua linha (de atuação)?", acrescentou.

A esposa do policial penal Jorge Guaranho, que matou a tiros o guarda municipal Marcelo Arruda, afirma que seu marido gritou 'Bolsonaro mito' diante dos convidados no aniversário que tinha como tema o ex-presidente Lula.

Jorge também era sócio do clube onde Arruda realizou sua festa de 50 anos no último sábado (9), e foi até o local para fazer ronda, ação que - segundo a esposa -, era de praxe ser feita pelos associados. 

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À TV RPC, a mulher, que não teve o nome divulgado pela reportagem, disse que o bolsonarista chegou no local tocando em seu carro uma música em homenagem ao presidente Jair Bolsonaro (PL) que dizia: "O mito chegou e o Brasil acordou".

A esposa aponta que, ao ouvir a música, os convidados da festa teriam se incomodado e reagido. "Quando ele falou 'Bolsonaro mito', a pessoa que estava lá dentro, que creio eu que era aniversariante, pegou terra e pedras e tacou no nosso carro", afirmou.

"O que motivou ele a voltar lá foi essa agressão, que ele se sentiu agredido, né, que ele se sentiu ameaçado, a família ameaçada. Então, por ele ter voltado lá, não tem nada a ver com Lula, não tem nada a ver com o Bolsonaro", complementa a esposa.

A polícia investiga se Guaranho foi até o local após ter tido acesso a imagem das câmeras do local e confirmar a temática petista da festa. O assassino está internado em estado grave na UTI do Hospital Ministro Costa Cavalcante, em Foz do Iguaçu. 

O policial penal bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, preso como principal suspeito de matar o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, no Paraná, já respondeu a um processo por desacato à autoridade. A informação, divulgada pelo jornal O Globo, desmente o relato feito pela família, que negou que o homem tenha histórico de violência ou brigas. 

Antes de ser policial penal federal, Guaranho passou pelas forças militares do Rio. Nascido em Magé, ele exerceu a função de policial militar entre março de 2007 e agosto de 2008, quando deixou a corporação para integrar o Corpo de Bombeiros do estado do Rio. 

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A confusão na qual Jorge se envolveu, dessa vez com dois policiais militares, também ocorreu numa festa, em 2018, em Guapimirim, no estado do Rio de Janeiro; um caso que foi posteriormente arquivado. De acordo com o registro de ocorrência, dois PMs foram a uma casa na Estrada do Limoeiro, em Guapimirim, na Baixada Fluminense, para averiguar uma denúncia de perturbação do sossego. 

No local, os policias foram recebidos por Guaranho, que se apresentou como policial federal, apesar de sua função ser policial penal federal. Na ocorrência, está registrado que o homem passou a ofender o capitão identificado como Jorge: "Oficial de merda, capitão de merda". O sargento Maia também foi desacatado, segundo os policiais: "Praça baba-ovo e praça merda", diz o texto do registro. 

Diante dos xingamentos, os PMs deram voz de prisão a Guaranho. Os policiais relataram que ele se negou a os acompanhar, que estava muito "arredio" e "muito alterado", e que teve que ser algemado e colocado na viatura "fazendo o uso necessário progressivo da força".

O guarda municipal de Foz do Iguaçu, no Paraná, Marcelo Aloizio de Arruda disse em palestra sobre combate à violência, dois meses antes de morrer, que agentes de segurança de esquerda seriam "as primeiras vítimas" de uma escalada de violência política no país.

Infelizmente, no último sábado (9), Arruda foi assassinado a tiros pelo policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, que invadiu a festa da vítima fatal - que tinha como tema o ex-presidente Lula (PT) .

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O relato foi dado pelo advogado e professor de Direito Fábio Aristimunho Vargas à BBC News, que aponta que Arruda dizia se sentir "visado" por ser um agente da segurança pública que não era alinhado ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Aristimunho participou do evento citado ao lado do Marcelo. 

"Lamentavelmente, foi ele o primeiro a tombar. Foi ele a primeira vítima desse vaticínio que ele mesmo fez, lamentavelmente", disse Fábio. O professor assevera que Arruda manifestava publicamente a sua preocupação com a narrativa de Bolsonaro em classificar a esquerda e, principalmente o PT, como inimigos, e que isso pudesse se transformar em violência, principalmente contra policiais que discordam da visão do governo. 

"Ele dizia que, como policial de esquerda, estaria mais visado com esse comportamento de tratar o outro como inimigo, esse direito penal do inimigo que, segundo ele, o Bolsonaro vem tentando implantar no país, criminalizando a postura de esquerda, invocando uso de armas e incentivando a sua militância a ser aguerrida", detalhou Vargas

UTI

Nesta terça-feira (12), o acusado Jorge José da Rocha Guaranho, que esperava por uma vaga de UTI desde o dia do crime, foi transferido para o Hospital Ministro Costa Cavalcante, localizado em Foz do Iguaçu.

O policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, que matou a tiros o petista Marcelo Arruda no último sábado (9), foi transferido do Hospital Municipal de Foz do Iguaçu, no Paraná, para o Hospital Ministro Costa Cavalcante, localizado na mesma cidade.

Desde a troca de tiros com o guarda municipal, Guaranho - que também foi atingido -, aguardava por uma vaga de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). 

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Segundo o UOL, não há previsão de liberação de um novo boletim médico do acusado. Até esta última segunda-feira (11), o seu estado de saúde era considerado grave. Guaranho sofreu traumatismo craniano e foi atingido por três disparos da arma de fogo de Arruda. 

O policial penal matou Marcelo Arruda enquanto a vítima comemorava o seu aniversário de 50 anos, que teve o ex-presidente Lula (PT) como tema da festa. Guaranho, que é bolsonarista, invadiu a festa e atirou contra Arruda, que - além de agente da segurança pública, era também tesoureiro do PT.

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