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As eleições para conselheiros tutelares, ocorridas no último domingo (1º), elegeu cerca de 70% de candidatos conservadores e 50% declarados evangélicos, segundo o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO). O parlamentar divulgou um vídeo nas redes sociais celebrando a mobilização da direita para eleger candidatos apoiados por políticos da oposição ao governo. 

“A direita se mobilizou ao longo dos últimos meses, trabalhou ativamente, de forma impressionante, com muito menos recursos do que eles, e nós elegemos 70% dos conselheiros tutelares no Brasil. São mais de 30 mil conselheiros tutelares, sendo 70% conservadores e aproximadamente 50% são evangélicos. Isso é uma vitória estupenda”, diz o deputado. 

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O papel do conselheiro tutelar é garantir a proteção e os direitos das crianças e dos adolescentes, com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Gayer celebra que agora “temos um batalhão de pessoas para defender os nossos filhos contra a doutrinação, contra a pornografia por parte da esquerda, que quer enfiar goela abaixo, e o conselheiro tutelar tem uma autoridade gigantesca”. 

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“Despertar da direita” 

Após mostrar um vídeo mostrando um local de votação repleto de eleitores, ao que ele nomeou como “um despertar da direita”, Gayer declara que “resgatamos o Conselho Tutelar do nosso país”. 

Informação falsa 

Durante o vídeo, o deputado ainda argumenta que o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, teria feito pedido ao Ministério Público (MP) e o Tribunal de Contas da União (TCU) para anular parte das eleições dos conselhos tutelares, informação que foi refutada pela pasta

 

 

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), foi interrompido por um discurso antivacina enquanto pregava a união da direita em um evento em Belo Horizonte, neste sábado, 23.

O episódio ocorreu em uma palestra na CPAC (Conferência de Ação Política Conservadora, na sigla em inglês), evento que reúne conservadores e políticos da direita, na maioria apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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"No ano que vem, eleição municipal, temos de eleger bons vereadores e bons prefeitos aqui em Minas e em todo Brasil e a direita precisa trabalhar unida, nós temos de estar juntos, não podemos...", disse o governador, sendo interrompido em seguida.

Zema estava encaminhando sua fala para o final quando uma mulher da plateia disse que foi demitida da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) por não ter tomado a vacina contra a covid-19. O governador não respondeu ao protesto e encerrou sua fala agradecendo.

Na sequência, o mediador da conferência subiu ao palco e elogiou o político como um gestor "respeitado" e com "trabalho reconhecido pelo público". "Eu tenho dito que a direita tem de arrumar o bom candidato e todos vamos apoiar o bom candidato", afirmou o governador, em sua resposta derradeira.

As imagens foram transmitidas nas redes oficiais do evento. Na pandemia de covid-19, Zema defendeu a vacinação e tomou quatro doses do imunizante, fazendo questão de mostrar seu ato publicamente, contrariando a postura do ex-presidente Bolsonaro na crise sanitária.

Em entrevista ao Estadão, no início de agosto, o governador havia defendido uma união da direita contra a esquerda nas eleições de 2026. Além disso, anunciou uma frente de Estados do Sul e do Sudeste para buscar protagonismo e evitar perdas contra Norte e Nordeste, provocando críticas de governadores e políticos dessas regiões.

Ele próprio é um dos pré-candidatos apontados para a disputa à Presidência,assim como os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). "Tudo vai passar por um processo da direita tentar se unir e encontrar um nome que tenha apoio. Mas se for para lançar dois, três nomes, aí é para dar de mão beijada a reeleição ao adversário", disse Zema.

Deputados federais tecem críticas ao governo Lula pela crise que atingiu mais da metade dos municípios brasileiros essa semana, devido aos cortes e atrasos no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). As manifestações nas redes sociais são para apoiar a decisão de diversas prefeituras, que dependem do recebimento da verba, de paralisar os serviços nesta quarta-feira (30)

A deputada federal Clarissa Tércio (PL-PE) declarou em suas redes sociais seu contragosto e apoio à decisão das prefeituras. “Considero vergonhosa a atitude do Governo Federal em reduzir repasses de recursos para os municípios, retirando dos prefeitos, meios para manter as cidades funcionando”, afirmou. 

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Publicação da deputada federal Clarissa Tércio nas redes sociais. 

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Seu correligionário, o federal Eduardo Bolsonaro (SP) publicou um vídeo onde o prefeito de Nova Cruz, Flávio César Nogueira (MDB), conhecido como Flávio de Beroi, chama a população para se manifestar contra os cortes. “Quando a arrecadação cai, vai dificultar a nossa vida”, diz o prefeito. 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou ontem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível até 2030. Com os incisivos votos do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, e da ministra Cármen Lúcia, a Corte formou um placar de 5 a 2 para enquadrar o ex-chefe do Executivo federal por abuso de poder político e uso indevido dos meios oficiais de comunicação para atacar, sem provas, as urnas eletrônicas em reunião com diplomatas estrangeiros às vésperas da campanha de 2022.

A saída compulsória de Bolsonaro das próximas disputas eleitorais - incluindo a presidencial de 2026 - tira do páreo o principal personagem da extrema direita brasileira e obriga um novo arranjo no cenário político nacional.

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Embora o discurso oficial do PL seja o de que o ex-presidente assume agora o papel de forte cabo eleitoral, ungindo qualquer candidato que apoiar, há variáveis no horizonte. Nas eleições para prefeito, no ano que vem, fatores locais tendem a pesar muito mais do que os ideológicos. Na próxima disputa presidencial, o quadro pode ser muito diferente, dependendo, em grande parte, do resultado da economia no governo Lula.

HERDEIROS

Bolsonaro queria desafiar novamente o PT, mas, fora do jogo, abre caminho para um "herdeiro" em 2026. Na direita despontam nomes como os dos governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais) e Ratinho Junior (Paraná). Em publicação ontem no Twitter, o governador paulista deu pronto apoio ao padrinho político e disse que a liderança do ex-presidente é "inquestionável e perdura". "Dezenas de milhões de brasileiros contam com a sua voz. Seguimos juntos, presidente."

Nem Tarcísio nem os outros nomes cogitados, porém, podem ser considerados "bolsonaristas raiz". Ala do PL cita Michelle Bolsonaro, apesar de a ex-primeira-dama ser mais cotada para concorrer ao Senado, e a base do agronegócio se apressa em "lançar" a senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura. Todos, porém, estão à espera da reacomodação de forças no pós-Bolsonaro.

Se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estiver bem avaliado pela população e conseguir aglutinar o centro, pode ser candidato a novo mandato ou transferir votos para quem indicar como candidato à sua sucessão. Até agora, o favorito na lista é o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Nesse xadrez em que poucos arriscam prever os próximos passos, uma coisa, contudo, é certa: o Centrão, comandado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não vai jogar água no moinho de quem não tiver caneta nem expectativa de poder.

Nos últimos anos, Bolsonaro simbolizou o avanço eleitoral da direita, ao mesmo tempo que inspirou a consolidação de uma extrema direita no País. Apesar da derrota quando tentou um novo mandato no Planalto, ele conquistou votação maior em 2022 (58,2 milhões de votos no segundo turno) do que em 2018 (57,8 milhões de votos no segundo turno).

REJEIÇÃO

No entanto, a passagem de Bolsonaro pela Presidência da República forjou no eleitorado um sentimento de antibolsonarismo, o que deverá ser calculado por eventuais herdeiros. "O sucessor de Bolsonaro deve ponderar o quão positivo é estar ao lado de Bolsonaro para angariar todos os votos e o quão positivo é estar distante do Bolsonaro para também não atrair uma rejeição", observou o cientista político Thiago Valenciano, da Universidade Federal do Paraná.

Declarado inelegível pelo TSE, Bolsonaro fica impedido de participar das eleições de 2024, 2026 e 2028, mas ainda terá chance de concorrer no pleito de 2030 - conforme especialistas em Direito Eleitoral -, quando terá 75 anos de idade. A inelegibilidade vai criar uma situação inédita para o ex-capitão do Exército, que exerceu mandatos por mais de 30 anos sem interrupção - desde 1989, foram dois anos como vereador, 28 anos como deputado federal e quatro como presidente.

Ontem, em Belo Horizonte, Bolsonaro afirmou que vai continuar na política como um "cabo eleitoral de luxo". O ex-presidente, porém, não quis especular sobre a possibilidade de Tarcísio (Republicanos) ou Zema (Novo) assumirem como atores do seu campo político em 2026. "Por enquanto ainda é o Johnny Bravo", disse, em referência a si mesmo.

Sua defesa informou que vai aguardar a publicação do acórdão do TSE para estudar o melhor recurso, inclusive possível apelação ao Supremo Tribunal Federal. Entre políticos e representantes do Judiciário, a derrota no TSE já era dada como certa. A dúvida era o placar. Ao final, o ex-presidente conquistou os votos já esperados: dos ministros Raul Araújo e Kassio Nunes Marques.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O partido de direita do primeiro-ministro em fim de mandato, Kyriakos Mitsotakis, venceu as eleições na Grécia neste domingo (21), segundo resultados parciais, mas pode ter dificuldade para formar um governo estável diante da falta de uma maioria absoluta.

O partido Nova Democracia (ND), que está no poder há quatro anos, soma 41,1% dos votos, superando por ampla margem o Syriza (esquerda), do ex-chefe de governo Alexis Tsipras, que soma 20% dos votos, de acordo com os resultados de um terço das zonas eleitorais.

Atrás dessas duas forças estão os socialistas do partido Pasok-Kinal, com 12,6% dos votos.

Contudo, se esses resultados se confirmarem, o ND não poderá governar de forma absoluta, o objetivo manifestado por Mitsotakis, já que não conseguiria a maioria necessária para tal.

Por sua vez, Alexis Tsipras, de 48 anos, recorreu ao dirigente socialista Nikos Androulakis com vistas a uma possível aliança em caso de resultados favoráveis, mas este impôs uma série de exigências.

Em caso de impossibilidade de formar um governo, tal como projetam muitos analistas, serão convocadas novas eleições no fim de junho ou no início de julho.

O vencedor desse eventual segundo pleito gozaria de um bônus de cadeiras que poderiam lhe dar uma maioria confortável.

Durante a campanha eleitoral, Mitsotakis não deixou de defender seu desempenho econômico, referindo-se à queda do desemprego, a um crescimento de quase 6% no ano passado e à disparada do turismo.

Neste domingo, pouco depois de votar em Atenas, Mitsotakis disse que quer fazer da Grécia "um país mais forte, com um papel importante na Europa".

Tsipras, por sua vez, pediu que o país "virasse a página de quatro anos difíceis" para possibilitar "um governo justo".

A perda de poder aquisitivo por causa da inflação e os baixos salários continuam sendo uma dor de cabeça para muitas famílias, após uma década de crises e resgates financeiros internacionais que foram traduzidos em cortes nos serviços públicos e em uma redução significativa da renda para os gregos.

A dívida pública do país continua sendo de mais 170% de seu PIB. Já a inflação beirou os 10% no ano passado, agravando ainda mais as dificuldades da população.

Além disso, no fim de fevereiro, uma catástrofe ferroviária que provocou a morte de 57 pessoas, entre elas muitos estudantes, suscitou manifestações multitudinárias contra o governo conservador, acusado de negligência em matéria de segurança.

Mitsotakis, filho de um ex-primeiro-ministro e tio do atual prefeito de Atenas, também foi atingido em cheio por um escândalo de grampos ilegais voltados a dirigentes políticos e jornalistas.

Em março, o Parlamento Europeu denunciou a existência de "ameaças sérias ao Estado de Direito e aos direitos fundamentais" na Grécia.

A deputada Luizianne Lins (PT/CE) foi eleita, no último dia 15, presidente da Comissão dos Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial (CDHMIR). Com 18 membros titulares e 17 suplentes, a comissão é uma das permanentes da Casa Legislativa, levantando debates e promovendo a implementação de propostas acerca do que defendem. A CDHMIR existe há 25 anos. Dentre as suas principais frentes estão o recebimento, avaliação e investigação de denúncias relativas a ameaça ou violação de direitos humanos.

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Com uma agenda ainda incipiente, tendo registrado apenas duas reuniões, um seminário e uma audiência pública, o ponto de maior tensão é, até o momento, a lista dos titulares que assumiram a comissão para a nova legislatura. Um dos que se destaca é o do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). O deputado mais votado do país é também o que responde por transfobia e homofobia devido a seu comportamento na plenária da casa legislativa. No último dia 8 de março, ele colocou uma peruca loira na cabeça e se apresentou na tribuna como “Nikole”. A atitude foi considerada ofensiva por outras bancadas da Casa.

Do Partido Liberal (PL), outros dois parlamentares dividem espaço com Ferreira na Comissão: Gilvan da Federal (ES) e Helio Lopes (RJ). Os deputados são do mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, que defendeu em seu governo ideias conservadoras, fazendo claras referências machistas e homofóbicas em suas falas. O deputado Helio Lopes carregou o sobrenome do ex-presidente durante a campanha eleitoral de 2018, quando foi eleito deputado federal pela primeira vez. Ele chegou a ser condenado, em março deste ano, a pagar uma indenização de R$ 50 mil aos irmãos Luccas e Felipe Neto, após tê-los acusado falsamente de pedofilia.

O bloco da direita na comissão ainda é composto pelos deputados: Clarissa Tércio (PP/PE), Felipe Francischini (UNIÃO/PR), Geovania de Sá (PSDB/SC), Glaustin da Fokus (PSC/GO), Prof. Paulo Fernando (REPUBLICANOS/DF) e Rodrigo Valadares (UNIÃO/SE).

Clarissa Tércio, quando era deputada estadual, fez parte do grupo de evangélicos que bloquearam uma maternidade pública no Recife para impedir a entrada de uma menina de 10 anos que foi estuprada no Espírito Santo e foi encaminhada ao local para realizar um aborto. Na época, Tércio fazia parte do Partido Social Cristão (PSC), e junto com outros colegas e seguidores, bloqueou a entrada de pessoas no hospital, e chegou a chamar a criança, vítima de violência sexual, de “assassina”.

Já como deputada federal, Tércio foi condenada a pagar uma indenização de R$ 10 mil a um casal trans por ter exposto imagens de suas vidas íntimas nas redes sociais, com comentários transfóbicos. Ela também esteve sob investigação por ter participado dos atos golpistas no dia 8 de janeiro em Brasília.

A próxima atividade agendada da comissão é uma audiência pública, marcada para a próxima quarta-feira (4), onde será debatido o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) declarou em uma entrevista concedida ao portal O Globo que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) não tem interesse em se candidatar à presidência da República em 2026. “Tem eu. Não esqueçam de mim, sou boa", afirmou.

Além de si, ela mencionou outros possíveis nomes que seriam opções válidas para uma eventual candidatura, como os governadores Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e ainda o ex-vice-presidente Hamilton Mourão e o senador Rogério Marinho (PL-RN).

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Sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a ex-ministra considera a possibilidade de ele ficar inelegível, mas garante que seu legado é grande o suficiente. “Bolsonaro é nosso líder natural, é o líder da direita, é o meu líder”. Ela ainda defende que foi acertada sua decisão de ter ficado nos Estados Unidos, principalmente após os ataques golpistas que aconteceram na Praça dos Três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro. Damares apoia a instauração de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o que realmente aconteceu na data que marcou a ameaça à democracia brasileira. Na sua perspectiva, muitas pessoas foram presas indevidamente.

A senadora também afirma que não sairia do seu partido caso ele se aliasse à base do governo Lula, mas que manteria seu posicionamento.

Dez deputados de direita se reuniram para lançar a Frente em Defesa da Família na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Os trabalhos serão coordenados pelo pastor Cleiton Collins (PP), que foi responsável pela definição dos nomes da composição. 

Um dos integrantes é o deputado Joel da Harpa (PP), que explicou à reportagem que a nova Frente vai tratar a família "como um princípio" e discutir sobre seu papel na formação do ser. "Tudo começa na família. Esse debate vai desde a questão da infância, da formação da criança, da figura do pai e da mãe no seio da família, na formação do adolescente e o exemplo para com os filhos dentro de casa", comentou. 

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O debate vai girar em torno do conceito de família tradicional e discutir até o onde o Estado pode interferir em questões como aborto e sexualidade. Outro objetivo é  propor políticas públicas voltadas ao fortalecimento da família, descrita pelo deputado como a célula-mãe da sociedade. 

A criação da frente passou pelo pastor Cleiton Collins, responsável por convidar os colegas da Alepe. Entretanto, além do bloco se restringir a representantes da direita, a falta de quadros femininos também chama atenção. A reportagem tentou confirmar com o coordenador se deputadas e deputados da esquerda também foram convidadas, mas obteve retorno até a publicação. Segundo publicação do site da Alepe, o deputado João Paulo (PT) entregou um ofício no último dia 15, quando foi instalada a Frente, para passar a integrar o grupo, mas a publicação no Instagram oficial da Casa não mostra o petista como um dos membros.

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A Frente em Defesa da Família foi lançada com o número mínimo de componentes e, de acordo com Joel da Harpa, está aberta a receber deputadas interessadas nas discussões. "Eu não sei se no decorrer dos trabalhos alguma mulher vai integrar a frente, mas independente da participação direta de uma mulher, a gente não vai fugir desse debate dentro das audiências públicas e das reuniões nós vamos trazer outras mulheres da sociedade organizada, de ONGs, mulheres e igreja e profissionais", assegurou o deputado. 

Conforme a atual conjuntura, além das participações de Cleiton Collins (PP) e Joel da Harpa (PL), o início dos trabalhos será tocado pelos deputados: 

Abimael Santos (PL);

Adalto Santos (PP);

Jeferson Timoteo (PP); 

Kaio Maniçoba (PP);

Júnior Tércio (PP);

Renato Antunes (PL); 

Romero Sales Filho (UB);

William Brigido (Republicanos). 

Não há uma dicotomia entre os "bolsonarismos" do Brasil, de acordo com cientistas políticos que avaliaram as reações desse espectro da direita brasileira, desde os atos terroristas em Brasília, capital federal, no último domingo (8). O que diferencia radicais de não radicais é somente a prática; no discurso, ambos os grupos, com raras exceções, se veem contemplados e justiçados na narrativa antidemocrática que chegou ao recente pico de violência.

Decerto, no eleitorado de cerca de 57 milhões de brasileiros que depositaram sua confiança no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a maior parte não participa do interesse no golpe. É uma convivência contraproducente: a vida seguiu para a maior parte dos bolsonaristas, mas direta ou indiretamente, os discursos que minam a credibilidade do Estado Democrático de Direito são alimentados no boca a boca e nas redes sociais. De qualquer forma, o radicalismo ainda se trata de uma bolha.

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“A negação do governo Lula é de uma parte da população. Inseridos nesse grupo, estão os radicais, responsáveis pelos atos em Brasília. O novo governo já está tomando medidas cabíveis. Mas a construção da narrativa golpista, antidemocrática, está longe de acabar. As movimentações dos bolsonaristas devem diminuir devido à ação conjunta entre os poderes, mas os discursos, a curto prazo, não devem cessar”, salienta Alex Ribeiro, especialista em ciência e história política, e ouvido pelo LeiaJá. 

Relembrando o breve pronunciamento do presidente derrotado, que após os atos golpistas, repudiou a depredação do patrimônio público — mas não condenou a iniciativa geral —, o cientista ressaltou que, comparar os atos do domingo com situações anteriores é uma “falsa simetria”, pois existe nessas manifestações políticas um “movimento de ruptura institucional e antidemocrático”. 

“A construção do bolsonarismo teve como ápice as movimentações e os discursos nos atos em Brasília nesse último domingo. O uso da bandeira nacional, os intitulados “patriotas”, o uso de armas e a ideia do caos são elementos bolsonaristas. A prática é o terrorismo instalado nesses atos”, acrescenta Ribeiro. 

Com a repercussão negativa e internacional do caso, além da iminência da punição, a bolha bolsonarista tem procurado justificativas ou outros responsáveis pelo terrorismo no DF. De infiltrados pagos pela esquerda à “distorção da mídia” diante de supostos atos pacíficos dos patriotas, os argumentos variam. 

“É natural e esperado que exista, dentro do contexto político que o Brasil vive, essas narrativas concorrentes e que tentem terceirizar culpas e fazer esse espelhamento [em relação a atos anteriores e/ou de esquerda]. Isso é também natural também para as pessoas que, ainda que não se identifiquem com os atos de violência, se identificam com as convicções desse grupo de extrema-direita. É espero que tentem dizer que houve infiltrações e sabotagem por parte da esquerda. O que o brasileiro precisa entender é que existem limites estabelecidos no Estado Democrático de Direito e eles foram ultrapassados”, acrescenta Priscila Lapa, segunda cientista política ouvida pela reportagem. 

Diante de vídeos das forças policiais bebendo água de coco enquanto bolsonaristas destruíam o Congresso, as teorias de que a Polícia Militar do Distrito Federal foi conivente e participou, assumindo papel parcial e também golpista, ficaram mais fortes. Com as apurações em andamento e a exoneração do agora ex-secretário de Segurança Anderson Torres, as falhas de Ibaneis Rocha (MDB), da Defesa e até mesmo da Justiça, passam a ser questionadas também judicialmente.  

“Pensando em outras manifestações em que houve a repressão à altura, fica claro que [agora] houve conivência das forças de segurança para esse ato, que foi um ato contra a democracia. Se eles, que devem proteger este Estado, é porque não receberam a ordem para fazê-lo. Poderia ser um ato de qualquer lado, esquerda ou direita, um erro não vai justificar o outro. Além da questão de o Estado ter agido contra si próprio, é fundamental ver que a pauta, o que estava em jogo ali, não foi somente o não-reconhecimento de um grupo político [eleito], o que por si só já é muito grave; mas sim, a destituição, pelo uso da força, dos Três Poderes que constituem a República. O que está em jogo é a sobrevivência do modelo de sociedade vigente”, finaliza Lapa. 

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O ator Juliano Cazarré fez um desabafo nas redes sociais, nesta segunda-feira (26), após receber críticas pela participação no prêmio Melhores do Ano, do Domingão com Huck, exibido no domingo (25).

Seguidores comentaram que o ator estava com uma postura muito séria. Em seu desabafo, Cazarré disse que o programa foi gravado em uma sexta-feira e que, por causa de atrasos, ele precisava "render" a babá que cuidava de seus filhos.

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"Tive uma enxurrada de ódio aqui no Instagram e estava sem entender o porquê. Muita gente falando que eu estava sério, me xingando, por causa de política. Eu estava sério mesmo, porque não estou vivendo uma situação fácil, nossa filha está na UTI há meses. O programa estava marcado para às 15h, mas começou a ser gravado às 17h", declarou. A filha Maria Guilhermina tem problema cardíaco e está internada em hospital.

Cazarré também disse que foi criticado por questões políticas. "Tinha um vídeo meu dando um abraço no Silvero e gente dizendo que ele teve que segurar o vômito por estar abraçando um bolsonarista. Tem muita gente que tem uma obsessão política imbecil e tão grande que não consegue ver nada além de bolsonarismo e PT."

"Eu tenho posicionamento conservador, não acredito numa revolução, no progressimos. Quem me segue sabe disso. Tenho valores cristãos", continuou o artista. "Desde que Bolsonaro assumiu, nunca coloquei uma frase sobre esse governo aqui. Não quer dizer que concorde com p* nenhuma, mas eu não sou de esquerda."

Ele criticou os atores que recebem prêmio e falam sobre política. "Acho caído demais essa história. É muito chato. Quem disse que as pessoas estão interessadas na nossa posição política? Isso divide as pessoas. É hora de confraternização."

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A seccional paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil classificou como 'indefensável' a conduta de um grupo autointitulado 'advogados de direita' que simulou queima de livros em frente à sede da entidade em Cascavel, no interior do Estado, na tarde de sexta-feira, 2. Em vídeo, o grupo disse se manifestar 'contra violações e arbitrariedades perpetradas por representantes do Poder Judiciário'. Durante o protesto, eles atearam fogo em algumas páginas supostamente de um livro de autoria do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo.

Alexandre tem sido alvo de pesadas críticas de advogados, empresários e deputados por causa de medidas adotadas em inquéritos sensíveis como o das fake news e o das milícias digitais - no âmbito do quais decretou bloqueio de contas nas redes e de ativos financeiros de investigados.

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Após a gravação do grupo de Cascavel ser compartilhada nas redes sociais, a OAB Paraná afirmou que a manifestação foi uma 'iniciativa privada em área pública, desvinculada da Instituição'.

"Tais atitudes, além de não representarem a classe dos advogados ou a instituição OAB, merecem o repúdio institucional e estão sendo apuradas pelos instrumentos legais e regimentais apropriados", ressaltou a entidade.

No vídeo que circula no Twitter, os manifestantes se postam em frente à OAB de Cascavel exibindo uma faixa com a inscrição 'Advogados de Direita de Cascavel'.

O áudio da gravação é precário em alguns trechos, mas é possível ouvir o porta-voz dizendo que a simulação de queima de livros se dá como 'materialização' à manifestação 'contra violações e arbitrariedades perpetradas por representantes do Poder Judiciário'.

Um perfil que compartilhou o vídeo, de nome 'Advogados de Direita Brasil', chega a afirmar que os 'livros' queimados seriam de autoria do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Nas imagens, a capa do livro não aparece nitidamente. É possível ler apenas as palavras 'penal especial'.

O magistrado é autor de uma publicação, em parceria com o ex-procurador-geral de Justiça de São Paulo Gianpaolo Poggio Smanio, intitulada 'Legislação Penal Especial'.

Encerrado o segundo turno da disputa presidencial de 2022, os atores políticos do centro e da direita que foram tragados pela polarização entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) buscam agora alternativas para formar novos polos de poder.

Com o horizonte das eleições de 2024 (municipais) e 2026 (gerais), a direita fala em se reagrupar com o intuito de resgatar o eleitorado moderado perdido para o bolsonarismo em uma plataforma econômica liberal e o centro planeja uma reengenharia partidária para projetar novas lideranças fora da órbita do PT.

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O desejo de quebrar a polarização também mobiliza organizações e articulações da sociedade civil que buscam pontos de convergência e uma agenda além da defesa da democracia.

Com a promessa do ex-presidente Lula de não disputar a reeleição, o caminho natural para o PT seria construir um nome para sua sucessão dentro da sigla. No campo oposto, o bolsonarismo vai tentar manter sua hegemonia antipetista.

Após permanecer neutro no 2° turno, o União Brasil negocia formar uma federação com o PP. Esse consórcio teria mais influência na disputa pela presidência da Câmara e cargos nas comissões do Congresso, mas também entraria junto nas disputas municipais.

Em outra frente, PSDB, MDB, Podemos e Cidadania já traçam as primeiras linhas de um projeto de poder de quatro anos que passa por 2024, mas visa também construir uma alternativa eleitoral para 2026.

O nome que se destaca é o da senadora Simone Tebet (PMDB-MS), mas o governador eleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) e a eleita em Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB-PE), também são lembrados. "É fundamental criar um polo político fora da polarização. A federação, se der certo, terá esse objetivo", disse o tesoureiro nacional do PSDB, César Gontijo.

Apoiador de Lula no 2° turno, o ex-senador José Aníbal (PSDB-SP) avalia que o "campo democrático" vai procurar se entender sobre pautas para o País. "Hoje há uma frente de setores liberais e de centro que apoia o Lula, mas não está no horizonte que ela se integre ao PT", afirmou o tucano.

Também apoiador de Lula ainda no 1° turno, o ministro da Justiça Miguel Reale Júnior, que foi um dos autores do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), defende que esse campo busque construir uma plataforma voltada para a governança ambiental, social e corporativa, ou ESG na sigla em inglês.

"Tendo a democracia como pressuposto, a tarefa das lideranças agora é reunir os partidos que se identificam nessa agenda. Não é preciso ficar à reboque do PT. Nomes como Simone (Tebet) e Marina Silva (Rede) podem apresentar projetos próprios e se unirem."

Um dos coordenadores do grupo Derrubando Muros, que reúne intelectuais, economistas e empresários, o sociólogo José Carlos Martins esteve na linha de frente do "plantão democrático" durante a campanha presidencial, mas agora olha para frente. "Essa aglutinação repudia o comportamento grotesco do Bolsonaro e votou por contingência no PT, mas não sabe nem o endereço do partido. Defendemos um governo democrático, mas não necessariamente estaremos alinhados a ele."

MODERAÇÃO

Em um movimento que começou durante os atos pelo impeachment de Dilma em 2015, chegou ao Palácio do Planalto em 2018 e se cristalizou em 2022, o bolsonarismo arregimentou o eleitorado conservador antipetista e esvaziou movimentos e iniciativas que pregam agenda de direita liberal e moderada.

"Precisamos reconstruir a direita realmente liberal e sem a pecha de reacionária. Essa direita precisa de um partido que defenda as reformas", defendeu o ex-presidenciável do Novo, Luiz Felipe D'ávila.

Sensação em 2018, quando João Amoedo recebeu 2.679.744 votos (2,5%) na disputa presidencial, o Novo não ultrapassou a cláusula de barreiras em 2022 e discute a possibilidade de fusão. A ideia é defendida pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema, mas há resistências internas.

Suspenso do Novo por apoiar Lula no 2° turno, Amoedo prega uma articulação partidária da centro-direita com o PSDB, Novo e outras agremiações, mas é contra a fusão. "É preciso organizar uma oposição propositiva. O Novo pode ser a plataforma para agregar pessoas de centro direita."

Prestes a completar 32 anos e já experiente no Executivo, Miguel Coelho (União Brasil) almeja alcançar o Governo de Pernambuco como representante de uma direita mais moderada. Apoiado pela coligação "Pernambuco com força de novo", o candidato tem o maior tempo de propaganda política para apresentar suas propostas e feitos à frente da Prefeitura de Petrolina, essa estratégia visa desvincular sua imagem da disputa entre postulantes à Presidência. 

Graduado em Direito, Miguel dá continuidade à linhagem da Família Bezerra Coelho no cenário político. Com o ex-governador Nilo Coelho entre seus antepassados, o 'galeguinho', como é chamado em seus materiais de campanha, é filho do ex-líder do governo Bolsonaro, o senador Fernando Bezerra Coelho, e irmão dos deputados federal Fernando Coelho Filho e estadual Antônio Coelho. 

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Levado às urnas pelos partidos Podemos, PSC, Patriota e União Brasil - fruto da junção entre o Democratas e o PSL -, Miguel defende a invencibilidade em sua quarta eleição. Desde que ingressou na política, ele jamais perdeu uma eleição e, para consolidar sua base nesta, escolheu a deputada estadual Alessandra Vieira (União Brasil) como vice em uma chapa 'puro sangue'. Para o Senado, sua aposta é em Carlos Andrade Lima, também do mesmo partido.

O histórico vitorioso começou em 2014, como deputado estadual, e seguiu em 2016 e 2020 como prefeito de Petrolina. Outra característica que Miguel reflete da família Coelho é a inquietude partidária. Em seus oito anos na política, o candidato migrou entre MDB, União Brasil e PSB, o qual se tornou seu principal alvo pelo Palácio do Campo das Princesas. 

Na campanha deste ano, Miguel declarou que possui o patrimônio de R$1.966.870,43 à Justiça Eleitoral. Sem sequer possuir um imóvel ou um veículo, seus bens informados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foram apresentados como investimentos e aplicações bancárias. 

Petrolina

Enquanto prefeito, foi reeleito com 76% dos votos, sendo o mais votado do Norte e Nordeste, e conseguiu atingir 88% de aprovação da gestão, segundo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe). Com propostas para atrair o empresariado, em 2021, Petrolina foi considerada pela revista Exame como a única cidade do Nordeste entre as seis melhores para fazer negócios no país. 

O fortalecimento da economia do município pavimentou uma série de investimentos em áreas fundamentais como Educação e Saúde. Sua gestão recebeu o selo internacional da Unicef pelas políticas públicas voltadas para a infância e o reconhecimento da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) como a melhor gestão de Pernambuco. 

Com média superior ao estado, dados do Ministério da Educação (MEC) de 2020 apontam que Petrolina teve uma média superior ao estado em relação a educação básica. O Ministério da Saúde, através do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), também colocou a cidade como a melhor no atendimento básico em 2018. 

O ex-prefeito ainda conseguiu modernizar parte da frota de ônibus com ar-condicionado e wi-fi. Com a missão de expandir seus votos do Sertão e cidades do interior, Miguel Coelho pretende apresentar esses atributos aos eleitores da Zona da Mata e da Região Metropolitana do Recife para se credenciar ao segundo turno da disputa.

Entre 2019 e 2021, o Brasil registrou, ao menos, 1.692 atos autoritários, de acordo com um relatório divulgado pelo Centro de Análise da Liberdade e do Autoritarismo (Laut) no último dia 3 de agosto. O levantamento aponta a gestão de Jair Bolsonaro (PL) como um expoente da autocracia na América Latina e revela comparações de caráter epistemológico sobre o direito e a democracia em países com tendências similares às do Brasil. 

Entre os principais comportamentos que tipificam a lógica bolsonarista no perfil autocrata, estão o desprezo pelas instituições democráticas e o vigilantismo (perfil de “justiceiro”); este último apontado como motivação para 215 atos autoritários pela “legitimação da violência”, de acordo com o relatório do Centro. A Laut é uma organização independente, formada por pesquisadores e comunicólogos de diferentes instituições do país, como a USP e a PUC-SP. 

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O grupo monitorou ainda 235 ataques institucionais a minorias e ao pluralismo. Entre eles, constam o adiamento da decisão sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas por parte Supremo Tribunal Federal (STF). Também foi listado nesse tópico o fato de dois deputados estaduais pernambucanos terem se mobilizado para impedir o aborto legal de uma menina de 10 anos. 

“As estratégias de autocratas na Turquia, Polônia, Índia e Hungria, mais longevas, já permitem perceber como seus efeitos antidemocráticos se acumulam e se fortalecem no tempo. Possibilitam o olhar com algum distanciamento histórico e tornam mais visível o encadeamento de táticas preparatórias da autocratização. Há em todas as áreas analisadas (espaço cívico, educação e segurança) eventos no Brasil que ilustram estratégias e táticas semelhantes às dos autocratas das outras nacionalidades”, escreveram os pesquisadores. 

Ainda na comparação, o estudo apontou para a possível reeleição de Jair Bolsonaro como um perigo iminente, seguindo as avaliações de instituições internacionais dos Direitos Humanos, como a Organização das Nações Unidas (ONU). 

“Especialmente após a eleição de Jair Bolsonaro para a presidência, organizações internacionais vêm alertando para o processo de autocratização no Brasil, refletido em quedas na avaliação do país sobre a qualidade do regime democrático (V-Dem), do respeito às liberdades civis e políticas (Freedom House) e do comprometimento com o Estado de Direito (World Justice Project)”, complementa o relatório. 

Confira o estudo na íntegra, disponível no site da Laut. 

Atento às recentes vitórias de partidos de esquerda na América Latina, o presidente Jair Bolsonaro (PL) está preocupado com os impactos da “Onda Rosa” no Brasil. Diante do retrospecto desfavorável para a agenda ultraconservadora na região, sua campanha à reeleição se enfraquece no confronto ideológico estimulado por ele próprio.

Do México à Argentina, as principais economias da América Latina voltaram a eleger candidatos de esquerda após o baixo desempenho de gestões da direita. A frustração foi proporcional à expectativa em torno de figuras que se diziam afastadas da 'velha política' e prometeram reverter a taxa de desemprego puxada pela crise no financiamento de imóveis nos Estados Unidos, ainda no governo Obama, mas que reverbera até hoje.

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"O resultado foi um aumento de desemprego, de carestia e dificuldade. Não houve uma superação da crise em si, e isso foi um dos motivos do surgimento de uma nova onda progressista na América Latina e no mundo", avaliou o historiador e especialista em Ciência Política Thiago Modenesi.

Esquerda de volta através do voto

A escalada da ultradireita no ciclo eleitoral anterior se expandiu nas redes sociais, mas passou a ser freada nas urnas da América Latina.

Dessa forma ocorreu com o Macri, na Argentina, que foi derrotado pela chapa de Alberto Fernandez e Cristina Kirchner; no Chile, com a vitória de Gabriel Boric após escândalos de Piñera; na Bolívia e no Peru, que sofriam uma crise institucional e elegeram Luis Arce e Pedro Castillo; mais ao norte, com a primeira mulher presidente em Honduras, Xiomara Castro; com a escolha dos mexicanos por André Obrador, e recentemente, com a Colômbia, que elegeu seu primeiro presidente de centro-esquerda, Gustavo Petro.

Foto: Juan BARRETO / AFP

O mapa da região chegou a ser compartilhado por Eduardo Bolsonaro como uma tentativa de induzir o entendimento de uma ameaça ao conservadorismo nas Américas, como sugerido desde a derrota de Donald Trump e eleição de Joe Biden nos Estados Unidos.

A nova "Onda Rosa"

Reestruturada em uma conjuntura mundialmente polarizada, após a experiência com nomes como Evo Morales, Hugo Chávez e o próprio ex-presidente Lula, a esquerda aderiu a um tom mais moderado e flexível às pautas tradicionais.

“A gente tá vivendo uma segunda onda progressista, que a gente chama de 'Onda Rosa'. É claro que ela ajuda e cria as condições para uma possível vitória de centro-esquerda também no Brasil”, projetou Modenesi.

Com um discurso de reconstrução em cima dos escombros deixados pela direita, os candidatos priorizaram a retomada de direitos trabalhistas para se tornarem presidentes. Para o historiador, este seria outro pilar da insatisfação do eleitorado na América Latina.

Encontro de Alberto Fernandéz e Gabriel Boric, presidentes da Argetina e Chile, respectivamente. Foto: Reprodução/Facebook/GabrielBoric

"Também há a perda de direitos que foi vendida internacionalmente como uma medida necessária para a retomada da economia e a ideia de uma pauta democrática com a preservação dos países [...] essas forças de direita tinham o discurso de que eram nacionalistas e defendiam a pátria, mas o resultado foi o desmonte, em particular aqui no Brasil, que está bastante desgastado internacionalmente”, acrescentou.

Estratégia da união

Posicionada mais ao centro, em uma estratégia considerada positiva por Modenesi, a esquerda ao redor do Brasil passou por eleições apertadas e precisou se abrir para alianças com siglas de espectros habitualmente opostos, como a chapa Lula-Alckmin. Ser menos radical e ter a capacidade de conversar com outros setores foi fundamental para o retorno. 

“Quando forças de ultradireita se instalam no poder, não é um processo simples para retirá-las. A gente viu isso com Trump nos Estados Unidos, porque essas forças passam a utilizar de todos os expedientes e a dizer que o processo pode ser fraudado, que as eleições não valem, e isso exige uma frente 'amplíssima', que acaba tendo uma pauta maior e mais ampla que a esquerda”, complementou.

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, 4, indicou que a identificação dos brasileiros com a esquerda cresceu e chegou ao maior índice histórico desde o início da pesquisa, em 2013. De acordo com o mais recente levantamento, 49% da população afirmou identificar-se com esse espectro ideológico (esquerda e centro-esquerda), enquanto 34% se identificaram com a direita e centro-direita. O centro, por sua vez, conta com 17%.

Na última pesquisa com esse questionamento, realizada em 2017, os índices estavam mais próximos. A esquerda atraia 41% da população e a direita, 40%.

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O levantamento ouviu 2.556 pessoas acima dos 16 anos em 181 cidades do País e foi desenvolvida com base em várias perguntas a respeito de temas que dividem as duas posições ideológicas, como armamento, drogas, impostos e homossexualidade.

A partir das respostas aos temas, o instituto determinou uma pontuação e separou os entrevistados em uma escala definida pelo próprio Datafolha.

Considerando temas de comportamento e economia, 17% das pessoas se identificaram com esquerda, 32% com a centro-esquerda, 17% com o centro, 24% com a centro-direita e 9 com a direita. O estudo tem uma margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou menos.

Em 2013, a esquerda registrava 10%, e a centro-esquerda 31%. O centro tinha 20%, enquanto a centro-direita registrava 29% e a direita 10%. Os dados apontam crescimento na esquerda e redução tanto no centro quanto na direita.

A pesquisa mostrou também que de cada dez brasileiros, oito disseram que a homossexualidade deve ser aceita por toda a sociedade. Em 2017, esse número estava em 74% e no levantamento mais recente chegou a 79%. Por outro lado, a ideia de que a homossexualidade deve ser desencorajada reduziu de 19% para 16%. 6% não opinaram no estudo.

A deputada estadual Janaina Paschoal (PRTB), pré-candidata à vaga de São Paulo para o Senado neste ano, foi às redes sociais criticar o presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta interferência na disputa local. "Por que Bolsonaro quer um Senado de pau-mandado?", questionou a deputada, que já foi aliada do chefe do Executivo e é uma das autoras do pedido de impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff (PT).

A postagem feita neste sábado, 7, no Twitter, ocorreu após a deputada federal Carla Zambelli (PL) começar articulações para disputar o cargo com o aval de Bolsonaro, na chapa do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos). Tarcísio é pré-candidato ao governo do Estado neste ano.

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Zambelli, também na rede social, afirmou que segue pré-candidata para mais um mandato na Câmara dos Deputados. A deputada, no entanto, criticou a postagem de Janaina e acenou com a possibilidade de entrar na disputa pelo cargo majoritário: "É por essas e outras que me pedem para considerar o Senado". Ela acrescentou, ainda, que não se considera "pau mandado", "mas gratidão não prescreve e lealdade ao Brasil deve estar acima de tudo". Procurada, Zambelli não respondeu até a publicação deste texto.

Ao Estadão Janaina disse que, ao se referir sobre um "Senado de pau-mandado", ela quis dizer que Bolsonaro foge da independência e busca priorizar parlamentares que o adulem. "Talvez esteja mais dizendo que ele foge da minha independência e se ilude, achando que os aduladores o blindam", afirmou.

Janaina já foi aliada de Bolsonaro, inclusive foi cotada a vice na campanha de 2018. Ela foi eleita com mais de 2 milhões de votos e alcançou a maior votação para um parlamentar na história do Brasil. Zambelli integra a tropa de choque do presidente no Congresso. Enquanto a deputada federal se manteve fiel ao bolsonarismo, migrando para o PL, a parlamentar estadual já fez uma série de críticas ao governo e chegou a dizer que se arrepende de ter votado no presidente.

Aliado de Zambelli, o deputado estadual Gil Diniz (PL) criticou Janaina. "Impressionante a capacidade que você tem de tentar demonstrar uma certa ‘independência’ que não sei a quem ajuda, senão ao teu próprio ego!", afirmou. A deputada estadual replicou que não está pedindo aval ou apoio, mas que disse ser "muito estranha a insistência dele (Bolsonaro)" em inviabilizá-la ao Senado.

Apesar da discussão, Janaina afirmou, no Twitter, que a amizade com Zambelli continua e "nada vai mudar isso". No entanto, reforçou sua disposição para disputar uma vaga no Senado. "Quero deixar algo bem claro: eu sou pré-candidata ao Senado, ainda que venham Carla, Moro, Datena, Skaf, Tício, Mévio e Caio!".

Apoio

Ao Estadão Janaina afirmou que sua pré-candidatura ao Senado "não tem nada a ver com o presidente ou com o ministro Tarcísio". Tanto que, segundo ela, se reuniu com o então ministro em novembro e insistiu para que ele se candidatasse ao governo do Estado. "Eu disse que ele deveria vir, que eu o apoiaria, como estou apoiando, independentemente de ele me apoiar", disse.

A deputada estadual, no entanto, considera praticamente impossível contar com o apoio de Tarcísio ou Bolsonaro. "Essa sinalização de toda hora tentar lançar alguém, que o presidente vem fazendo - primeiro foi a ministra Damares, depois se juntou com Datena. Depois com Skaf, ou vice-versa. Agora tem tentado emplacar a Carla Zambelli - acho que são sinais que confirmam isso."

Ainda assim, ela disse que voltará a estar ao lado de Bolsonaro nas eleições deste ano, mesmo que isso não seja recíproco. "Ou é ele ou é Lula. Temos saída? A tal terceira via morreu!", acrescentou.

Disputas bolsonaristas

São Paulo não é o único Estado com disputas entre candidatos bolsonaristas ao Senado. No Distrito Federal, por exemplo,o Republicanos anunciou a pré-candidatura da ex-ministra Damares Alves ao cargo, que também será disputado por Flávia Arruda (PL), outra ex-ministra do presidente. Nos bastidores, o movimento é visto como pressão para Flávia ceder a vaga da primeira suplência de sua chapa para o Republicanos.

O Rio de Janeiro é outro exemplo. Enquanto o PTB quer lançar Daniel Silveira ao Senado, o ex-jogador Romário (PL), que ocupa a cadeira atualmente, já afirmou que ele é o candidato de Bolsonaro.

Nesta terça-feira (12) faz 50 anos que ocorreu o primeiro conflito armado integrante da Guerrilha do Araguaia. Por mais que seja um episódio “recente” em nosso país, ainda é pouco divulgado e conhecido pelo público em geral.

A Guerrilha do Araguaia foi uma iniciativa de ação revolucionária comunista no Brasil, que ocorreu entre 1967 e 1974 na região do “Bico do Papagaio”. A região é situada na fronteira entre o Pará, Maranhão e Tocantins (na época Goiás). O nome deste período se origina no fato da região ser banhada pelo rio Araguaia.

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Os membros da Guerrilha do Araguaia eram, em sua maioria, vinculados ao PCdoB (Partido Comunista do Brasil), revolucionários dissidentes do antigo PCB (Partido Comunista Brasileiro). As estratégias dos guerrilheiros eram derivadas da filosofia maoista, ou seja, a linha adotada por Mao-Tsé-Tung na China após a Segunda Guerra Mundial.

Para entender um período do país que ainda não foi completamente cicatrizado, preparamos uma lista com leituras essenciais para compreender a Guerrilha do Araguaia, segue a lista:

O Coronel Rompe o Silêncio (Luiz Maklouf Carvalho)

Neste livro, acompanhamos o relato de Lício Augusto Ribeiro Maciel, que era major-adjunto do Centro de Informações do Exército, quando atuou na linha de frente do combate à guerrilha do Araguaia. Após 30 anos do conflito, o ex-militar decidiu compartilhar suas memórias e informações com o jornalista Luiz Maklouf Carvalho. Os relatos, além de dramáticos e chocantes, nos ajudam a remontar um período tão sombrio na história recente do Brasil.

A Lei da Selva: estratégias, imaginário e discurso dos militares sobre a Guerrilha do Araguaia (Hugo Studart)

O livro de Hugo Studart realiza uma pesquisa mais aprofundada nas táticas de comunicação, implantação de notícias falsas, censura da mídia e manipulação realizadas por militares no período da Guerrilha do Araguaia.

Operação Araguaia: Os arquivos secretos da guerrilha (Taís Moraes e Eumano Silva)

O livro de Taís Moraes e Eumano Silva é resultado da análise de mais de 1.120 páginas de 112 documentos diferentes colhidos na época da Guerrilha. Não se sabia, mas a ditadura possuía dossiês completos sobre as atividades do PCB e PCdoB. Neste livro, Taís e Eumano remontam o conhecimento que a ditadura adquiriu sobre os grupos revolucionários no período de guerrilha.

Guerrilha do Araguaia - Esquerda em Armas (Romualdo Pessoa)

Este é um livro do historiador e professor da Universidade Federal de Goiás, Romualdo Pessoa Campos Filho. Em sua segunda edição, lançada em 1997, o livro sofreu atualizações com as informações obtidas nos últimos 15 anos de pesquisas sobre a Guerrilha do Araguaia. Além de debater sobre os desaparecidos no período, o livro também apresenta mapas, fotos e documentos relacionados ao período.

A Ditadura Escancarada (Elio Gaspari)

A Ditadura Escancarada é o segundo volume do livro publicado pelo jornalista Elio Gaspari. Na obra, o jornalista cobre o período entre 1969 até o extermínio da guerrilha do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), nas matas do Araguaia.

Mata!: O major Curió e as Guerrilhas no Araguaia (Leonencio Nossa)

O livro de Leonencio Nossa é resultado de dez anos de pesquisas em documentos públicos e particulares, além de inúmeras viagens até a região do Bico do Papagaio. Com o depoimento de mais de 150 testemunhas, Mata! pode ser lido tanto como reportagem, relato histórico, pesquisa antropológica, reflexão política etc. Trazendo documentos inéditos sobre o período da Guerrilha, Mata! é com certeza um dos principais livros para quem busca conhecer mais sobre o período.

Por Matheus de Maio

 

A polícia brasileira pode ter dificuldade para cumprir a prisão de Allan dos Santos, considerado foragido pela Justiça, mas nada tem impedido o blogueiro de participar de eventos públicos, inclusive realizados dentro do Brasil.

Ao lado de diversos parlamentares de direita, Santos vai participar, por videoconferência, do "1° Congresso de Direita da Transamazônica e Xingu", que acontecerá no dia 12 de março, em Altamira, no Pará.

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Em uma propaganda, Allan dos Santos aparece ao lado de parlamentares como o senador Zequinha Marinho (PSC-PA) e os deputados Daniel Silveira (PSL-RJ), Carlos Jordy (PSL-RJ) e Eder Mauro (PSD-PA), além parlamentares estaduais e produtores rurais. O evento no Pará tem ainda propagandas para venda de ingressos com a foto do presidente Jair Bolsonaro.

Allan dos Santos tem mantido uma agenda constante em eventos. Nesta semana, esteve presente no enterro do escritor Olavo de Carvalho, na cidade de Petersburg, no interior do Estado da Virgínia, nos Estados Unidos.

Duas semanas atrás, foi a vez de Allan dos Santos participar de um evento nos EUA, ao lado do ministro das Comunicações, Fábio Faria. Após o encontro, Faria declarou que, se soubesse da presença do blogueiro, não teria comparecido.

Allan dos Santos está nos Estados Unidos desde que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou prendê-lo no dia 5 de outubro. Moraes determinou a prisão no inquérito das milícias digitais, e indicou que o nome do blogueiro bolsonarista deveria ser incluído na lista de Difusão Vermelha da Polícia Internacional (Interpol) para "viabilizar sua prisão, neste País ou em outro".

Na representação encaminhada ao Supremo, a delegada da Polícia Federal Denisse Dias Rosas Ribeiro pediu a prisão preventiva de Allan com base na prática frequente dos crimes de ameaça, ataques contra a honra e incitação à prática de crime, assim como a participação de organização criminosa.

O blogueiro é investigado em dois inquéritos: o de fake news e atos antidemocráticos.

Evento que acontece no Pará terá a participação de Allan dos Santos, por videoconferência; O blogueiro está nos Estados Unidos desde que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes mandou prendê-lo no dia 5 de outubro

A assessoria do senador Zequinha Marinho afirmou à reportagem que recebeu o convite para participar do evento e que, "pela importância do tema, confirmou presença aos organizadores". "Em respeito aos organizadores e aos convidados, honrado o compromisso ora assumido, ele confirma participação no evento." O senador negou que terá seu nome anunciado como candidato ao governo do Pará, conforme informação dos bastidores políticos no Estado.

O evento é marcado no momento de forte pressão pela abertura de áreas protegidas e terras indígenas para exploração madeireira e do agronegócio. Zequinha Marinho, que critica com frequência a atuação de fiscais do Ibama, aos quais já se referiu como "servidor bandido e malandro", tem apoiado a exploração dentro dessas áreas, como a terra indígena Ituna-Itatá, localizada no município de Senador José Porfírio.

A Fundação Nacional do Índio (Funai) decidiu não reeditar uma portaria que a autarquia mantinha desde 2011 e que garantia a interdição da terra indígena Ituna-Itatá, devido à existência de povos indígenas isolados na região. A área é um dos principais focos de grilagem de terras e extração ilegal de madeira no Estado.

Na quarta-feira, 26, a Justiça Federal deu 48 horas de prazo para que a Funai renove a portaria de restrição de uso que protege a terra indígena. O prazo venceu nesta sexta-feira, 28.

A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) usou as redes sociais nesta terça-feira (21) para chamar a atenção da “pouca direita brasileira”. Para a advogada e figura importante no Impeachment de Dilma Roussef, seus aliados estão fazendo o trabalho para a esquerda ao não se reunir para “ganhar a guerra”.

“A esquerda está fazendo uma frente ampla e não é só para levar a Presidência da República. Sinal de inteligência. Enquanto isso, a pouca direita que há está se digladiando, se desmerecendo... em outras palavras, fazendo o trabalho para a esquerda. Sinal de burrice”, disparou Paschoal.

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Já prevendo que seria atacada por bolsonaristas e lavajatistas, seus principais eleitores, a deputada fez questão de ressaltar que o elogio à esquerda não significa aproximação.

“Não, eu não estou flertando com a esquerda. Mas o primeiro passo para ganhar uma guerra é reconhecer as capacidades do adversário. O País está em uma situação muito delicada”, finalizou.

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