Marina Silva diz que visita a Renata Campos é natural

Presidenciável falou que sua visão de política não impede sua relação com as pessoas

qui, 22/02/2018 - 23:08
Rafael Bandeira/LeiaJáImagens Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Questionada sobre a visita que fez a viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos, nesta quinta-feira (22), a pré-candidata a presidente da República Marina Silva definiu como "natural" o encontro. "Temos uma relação de respeito e amizade que deve ser preservada, independente dos encaminhamentos políticos. Foi uma visita de caráter pessoal", respondeu durante coletiva de imprensa.

Marina falou que sua "visão de política" não impede sua relação com as pessoas. "Temos uma relação de respeito pelo PSB, por seus caminhos e também pelos caminhos da Rede. Sempre tenho dialogado com os dirigentes nacionais do PSB dizendo que independente dos caminhos que tomarmos, temos que ter sempre a clareza de que é possível manter o diálogo".

A presidencial também disse que não acredita na "política do ódio". "Em que o fato de termos projetos políticos diferentes tenha que se inviabilizar as relações e o diálogo entre os diferentes partidos".

"Tanto Julio Lossio quanto eu temos a ideia de que as coisas boas a gente preserva, não temos uma visão política de terra arrasada e sim que as coisas que não foram feitas devem ser feitas. Foi assim que me posicionei em 2010: corrigir os problemas e encarar os desafios. Foi assim que fiz em 2014 quando, infelizmente, perdemos Eduardo Campos. É assim que vamos fazer a nossa campanha. É possível discutir Pernambuco em cima das ideias sem ter a atitude de desconstruir as coisas boas que foram feitas", explanou. 

Em relação a possibilidade de apoiar, em um segundo turno, o PSDB, como aconteceu na eleição presidencial de 2014, ela disse que não. "Se fosse hoje não teria declarado. Aliás nem os eleitores de Dilma nem os eleitores de Aécio deveriam votar neles porque ambos estão investigados pela Lava Jato. Aliás, foi o meu partido que entrou com pedido de que Aécio deveria ir para o Conselho de Ética. Ambos cometeram erros sem o brasileiro saber a magnitude e a profundidade que a Lava Jato está revelando".  

"Brasil no fundo do poço"

Sobre a candidatura do ex-prefeito de Petrolina para o Governo de Pernambuco, Marina disse que era importante para mostrar que Pernambuco pode mais. "Porque estamos no fundo do poço no Brasil e a candidatura de Julio ajuda o projeto nacional". Ela disse que é preciso cada vez mais governos, lideranças e parlamentares comprometidos para combater a realidade "sofrida" do Nordeste e de outros estados.

Marina ainda foi perguntada sobre o que pretende fazer pela população evangélica. Na resposta, ela ressaltou que um presidente da República deve governar para todos os brasileiros. "Quando se dialoga com os cidadãos brasileiros no processo político e, principalmente, em uma crise grave como essa crise econômica, social e de valores, você está dialogando com os cidadão e entre os cidadãos brasileiros têm os que são evangélicos, os que são católicos e os que são espíritas. Ainda que tenhamos a nossa fé, a gente tem que entender que o presidente da República é para todos os brasileiros".



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