Marília Arraes: “Lula é inocente e tem que ficar livre”

Em entrevista ao LeiaJá, a pré-candidata a governadora de Pernambuco disse que se o ex-presidente for preso é porque faz parte do “script do golpe”

por Taciana Carvalho ter, 27/03/2018 - 15:26
Ricardo Stuckert Ricardo Stuckert

No cenário político nacional um dos momentos mais esperado, na próxima semana, é o resultado do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o habeas corpus preventivo de Lula, impetrado pela defesa com a finalidade de evitar a prisão do ex-presidente. Antes disso, o líder petista não pode ser preso. 

Uma das maiores defensores de Lula em Pernambuco, em entrevista ao LeiaJá, a vereadora e pré-candidata a governadora de Pernambuco Marília Arraes (PT) afirmou que a luta em prol da liberdade do petista continuará. Questionada se acredita que Lula será preso ou não, a neta do ex-governador Miguel Arraes falou que não trabalha com “futurologia”, mas disse que se o ex-presidente for preso é porque faz parte do “script do golpe”.

Marília pediu para que todos que acreditam que ele não é culpado continuem lutando. “O que nós temos que fazer é continuar lutando e não jogar a toalha porque Lula é inocente e tem que ficar livre porque ele representa a vitória de um projeto popular contra o golpe. A gente precisa é esclarecer cada vez mais as pessoas e o que a gente sente nas ruas é que o povo está muito consciente de que esse julgamento é político”. 

A pré-candidata ressaltou que querem tirá-lo da disputa porque sabem que ele ganha a eleição presidencial. “Vamos continuar defendendo Lula porque o que está acontecendo é um julgamento político e o que está sendo posto em cheque é o projeto que Lula representa: um projeto que colocou o povo como prioridade. Na verdade, o que querem é tirar Lula da disputa eleitoral deste ano porque sabem que Lula ganha a eleição e barra toda essa agenda antipovo que está sendo colocada em prática”. 

Condenado – Lula foi condenado a 12 anos e 1 mês em regime fechado, em janeiro passado, pelo Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-4), responsável por analisar os processos da Lava Jato em segunda instância. Os desembargadores do TRF-4 decidiram que a pena deverá ser cumprida quando não couber mais recurso ao próprio tribunal. 

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